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História Maybe I just wanna be yours - Apenas por impulso.


Escrita por: velhadosgatos

Notas do Autor


HEYYY I'M BACK s2
Olha, eu sinceramente achei esse capítulo bem descansado, não vou mentir. Mas eu juro que me esforcei pra fazê-lo, e que pode não parecer, mas a historia tá tomando um rumo. Até agora tem pouquíssimos "vestigios" de Bubbline, mas vão aparecer nos capítulos seguintes. Confiem em mim, EU SO VOU PARAR DE ESCREVER ESSA PORRA AQUI QUANDO ELAS DUAS SE BEIJAREM EM (leiam isso numa voz bem autoritaria, ou da forma que acharem melhor)

Boa leitura migos

Capítulo 5 - Apenas por impulso.


Posicionou o instrumento, enquanto tentava recordar das notas e da letra da música que cantaria. Olhou um pouco nervosa para as crianças e para Bonnie, todos estavam a aguardando.

- Okay. - limpou sua garganta, tocando a primeira nota no violão.

Come along with me                         

And the butterflies and bees

We can wander through the forest

And do so as we please

Come along with me

To a cliff under a tree

Where we can gaze upon the water

As an everlasting dream

Eles a ouviam atentos com e fascinação, o que a fez relaxar um pouco. 

All of my collections

I'll share them all with you

Maybe by next summer

We won't have changed our tunes

Olhou rapidamente para Bonnibel, que tinha brilho nos olhos. Já havia escutado a voz da morena uma vez, mas só naquele momento percebera como era bonita. Era leve, rouca, e queira ela admitir ou não, encantadora.

I still want to be

With the butterflies and bees

Making up new numbers

And living so merrily

All of my collections

I'll sharm a you

I'll be here for you always

And always be with you

Come along with me

And the butterflies and bees

We can wander through the forest

And do so as we please

Living so merrily

Cantou o último trecho, olhando para frente. As crianças batiam palmas e sorriam, e algumas pediam para a “tia Marcy” cantar outra.

- Ela canta muito bem, né, docinhos? - Bonnibel falou botando um garotinho no colo e mexendo em seus cabelos.

- O-obrigada. – Marceline sorriu, tímida, enquanto colocava o violão ao seu lado.

- Tia Macy, olha o que eu fiz! – uma menina foi até ela segurando um papel, e entregou nas mãos da garota. Era um desenho. Um lindo desenho. Ao contrario dos que eram feitos para Bonnie, este era pintado com rabiscos estranhos de preto e vermelho, o que provavelmente seriam o cabelo e a roupa. A jovem havia amado aquilo.  A.m.a.d.o.

- Meu Deus, eu adorei! Tá muito, muito lindo, é.. Qual o nome dela mesmo, Bonnie?

- É Rebeca. – sorriu com a cena.

- Rebeca! Seu desenho tá maravilhoso! – exclamou olhando-o mais uma vez, e recebendo um abraço da pequena.

- Quer colar na parede? – Bonnibel perguntou.

- Sim, quero sim! – as duas foram na parede cheia de outros desenhos, pegaram um pedaço de fita adesiva, e colaram ao lado de um em que tinha a rosada desenhada.

Ficaram observando-os por um tempo. O modo como colaram fazia com que elas ficassem uma do lado da outra, como se os desenhos se completassem. Era lindo.

- Já são 17:30, acho que já está na hora de irmos, Marcy. – falou se levantando.

- Já? Ah.. Tudo bem. – acompanhou o ato da amiga, enquanto ia para perto das crianças para se despedir. Muitas a abraçaram e pediram para que ela fosse outra vez, algumas não queriam deixá-la ir embora, e o garotinho ruivo simplesmente mostrou a língua para a morena.

* * *

- Então, o que achou? – a rosada perguntou quando já haviam descido do ônibus, ela sabia a resposta.

- Bonnie, eu adorei! Sério, eu nunca fui muito chegada em crianças, mas aquilo é lindo! – respondeu sorrindo junto com a amiga.

- Sabia que ia gostar. Olha, eu vi a forma que o Daniel olhava para você. Não liga pra isso, tá? Ele sempre foi muito apegado a mim, provavelmente estava com ciúme. – Bonnie falou enquanto andavam em direção à suas casas.

- Daniel? É aquele ruivinho? Eu não ligo, não. Ele é uma criança, né? – deu de ombros.

- Pois é. – ambas estavam cansadas pelo dia, então continuaram em silêncio até a esquina de Bonnibel.

- Até amanhã, Bonnie!

* * *

- Uh.. Escadas. – a rosada suspirou ao se deparar com os degraus de sua casa. Sempre pareciam dez vezes maiores quando estava cansada. 

Pegou a chave com o chaveirinho de cupcake e abriu a porta.

Olhou ao redor procurando por seu pai, estranhando o fato de ele não estar sentado no sofá lendo um livro, ou falando no telefone com um colega de trabalho.

- Pai? Cheguei. – gritou indo para seu quarto, e colocando todos seus livros em seus lugares. 

Sorriu ao lembrar da sua tarde com Marceline. Apesar de gostar muito das crianças, sentia-se sozinha as vezes. E tê-la ao seu lado fora, de fato, muito divertido.

- A Marcy é uma boa pessoa.. – pensou alto enquanto tirava seus sapatos.

- Bonnibel! – a voz de seu pai a tirou de seus pensamentos. – Filha?

- Ah! Oi, pai! 

- Nem te vi chegando. – forçou uma risada, colocando as mãos na cintura. – Então, como foi lá na.. Hum.. Escolinha?

- Pai! Não é uma escolinha. É um orfanato. Não lembra? – revirou seus olhos e riu. – Foi ótimo. Levei uma amiga nova pra conhecer e ela cantou uma música.

- Amiga nova? Eu disse que você faria novos amigos, não disse? – ele falou animado. 

Bonnibel se sentiu um pouco triste. Quando seu pai a arrancara de tudo que conhecia pela terceira vez, passou uma semana inteira repetindo que encontraria amigos novos. Ela sabia que nada daquilo era culpa dele, mas mesmo assim parecia que seu velho não se importava realmente com o fato de que suas constantes viagens e mudanças a faziam mal.

- É.. – se encolheu um pouco em sua cama. – Pai, você prometeu que me levaria pra ver a Phoebe mês passado. 

- E-eu.. Prometi? – coçou a cabeça.

- É, prometeu. – Bonnie suspirou, deitando a cabeça em seu travesseiro. Seu pai a olhava um pouco preocupado, ou pelo menos fingia estar assim. – vou comprar algo pra comer, quer que eu compre pra você também?

- EI! Quase ia me esquecendo. Tenho uma surpresa! – o homem a puxou pela mão até a cozinha, onde ela sentou em uma cadeira e passou a observá-lo mexendo em algumas coisas com um sorriso.

- Tcharam! – ele apareceu com uma grande bandeja em suas mãos, a colocando na mesa. – Torta de maçã. É a sua preferida, não é?

“É de morango..” ela sorriu. Seu pai não lembrara de seu sabor de torta preferido, mas ainda sim ficou feliz. De fato, ele se esforçava para deixá-la bem. Era um bom pai, afinal.

- Pai! Obrigada. Sim, as de maçã são uma delícia! – deu um beijo em sua bochecha, mas ele baixou a cabeça um pouco frustrado.

- Não é de maçã, né? – apoiou a cabeça em uma mão. – Desculpa, filha. É de cereja? Ah! É morango! Você me disse semana passada. Desculpa, okay?

- Pai, se acalme! – Bonnibel riu partindo dois pedaços e colocando nos pratos. – Tava louca pra comer torta de maçã. 

Seu pai sorriu, provando de sua comida.

- Ah! Isso tá muito quente. 

Bonnibel não pôde deixar de rir.

- Acabou de sair do forno, né? – tampou a boca, abafando a risada. – Quer água?

- Não, não. Tá tudo bem. – olhou para o rosto da filha. – sua danada, rindo da minha desgraça?

Bonnibel riu mais alto.

- Claro que não. Vamos comer logo, ou vai ficar gelada.

- Então, como está a nova escola? – perguntou colocando um pedaço frio de torta na boca.

- Ah, o de sempre. Encontrei umas pessoas legais. – deu de ombros.

- Ah, foi? Traga alguém aqui um dia desses.

- Pensei que não gostasse de trazer pessoas aqui. Quase explodiu da última vez que trouxe uma amiga. – Bonnie se irritou um pouco, mas decidiu manter a calma.

- Ah filha, aquilo foi um erro. Ou talvez não. Não fui muito com a cara daquela menina. Parecia que era meio.. Sapatão. – sussurrou a última parte.

- Pai! – era difícil ter paciência com tais comentários, mas resolveu focar apenas na sua torta.

- Mas é verdade. – deu de ombros. – Enfim. Pode trazer alguém, se não destruírem a casa. Você se lembra daquela vez que..

- Você nunca vai me deixar esquecer aquilo, né? – certa vez, quando seu pai estava no trabalho, Bonnibel levara Phoebe para passar uma tarde na sua casa. Devido ao ócio e às suas cabeças retardadas de início de adolescência, concluíram que não havia problema algum em bagunçar toda a casa e quebrar objetos valiosos. Ambas ficaram de castigo, apesar das insistências da rosada de que a ideia foi toda da amiga. – Não tenho mais 14 anos.

O pai riu. 

- Quebraram o vaso da vovó... – balançou a cabeça, escondendo um sorriso. Fazia aquilo apenas para provocar a filha.

* * *

Bonnibel estava jogada em sua cama lendo um livro de ciências que havia comprado há alguns meses em sua antiga cidade. Passara dias enlouquecendo seu pai para que o comprasse, mas não achara aquilo tudo.

O fechou e colocou no criado-mudo, tateando a procura de seu celular. 

[ 21:46 Phoebe: Hey Bon

21:46 Phoebe: como ta aí? Começaram as suas aulas né?

21:47 Phoebe: saudades. Qualquer dia te visito. ]

Bonnie sorriu com as mensagens. Estava morta de saudades de sua amiga.

[ 21:58 Bubblegum: HEY foguinho!

21:58 Bubblegum: Estou com saudade também 

21:58 Bubblegum: Aqui é um lugar bem legal, mas sinto falta daí

21:58 Bubblegum: Fiz amigos..

21:59 Phoebe: Que rápida! Fico feliz, só não esqueça de mim, bitch.

21:59 Bubblegum: Rapida? Passei 2 meses sem falar com ninguem

22:00 Bubblegum: Bitch é? Até parece..

22:00 Bubblegum: não vou esquecer de você 

22:00 Phoebe: Eu sei disso, você me ama

22:00 Bubblegum: E você?

22:00 Bubblegum: Como anda a vida e os namorados?

22:01 Phoebe: Fiz uns amigos

22:01 Phoebe: Mas 0 esquemas

22:01 Phoebe: Minha boca ta implorando por um beijo

22:01 Bubblegum: Se controla, vaca ]

Os temas eram os mais diversos. Desde fofocas até o que comeram no almoço. Continuaram a conversa até Phoebe dormir e deixar Bonnie no vácuo.

- É a segunda vez que fazem isso comigo hoje. – a rosada guardou o celular embaixo do travesseiro, se enrolando com seu lençol. 

* * *

- Bonnibel! Filha! 

- Humpf. – Bonnibel se levantou da cama em uma rapidez que deixaria qualquer preguiçoso com inveja. Sempre fora determinada. – Já acordei!

- Fiz seu café. Estou indo pro trabalho. – Bonnibel ouviu o barulho da porta, seu pai tinha ido.

- Que sono.. – tirou seu pijama, indo direto para o banheiro.

A água gelada do chuveiro fez seu corpo estremecer, mas precisava daquilo para acordar. Nunca gostara de ir aos lugares exibindo uma cara de que acabou de levantar, apesar de realmente ter.

Procurou em seu guarda-roupas uma blusa rosa que havia comprado no outro mês. Uma busca bastante desnecessária, digamos, pois 60% das peças eram essa cor; qualquer uma serviria.

Não é como se tivesse uma obsessão, era apenas seu gosto, por mais peculiar que fosse. “Não faz mal a ninguém, faz?” Era a forma que costumava pensar.

Foi na cozinha, colocando em sua xícara o café que seu pai preparara.

- Que amargo... – abriu o pote de açúcar e colocou duas colheres cheias, sem pena alguma. – Isso.

Saiu de casa rápido. Tal pressa não era desnecessária ou repentina, pretendia encontrar Marceline no caminho. 

Sentou em um banco de madeira, esperaria ali por 20 minutos, caso a morena não aparecesse, iria sozinha.

- Dudinhazinha, eu vou te levar mas te trago de volta, okay? – Bonnibel ouviu enquanto conversava com Phoebe pelo celular. 

- Psiu – chamou a amiga, que olhou para os lados, até ver a rosada sentada.

- Hey Bonnie, o que tá fazendo aí? – parou na sua frente. 

Bonnibel corou um pouco. Não queria deixar parecer que já havia se apegado à garota. 

- Nada. – se levantou, sorrindo para a amiga. – Vamos?

- Tá bom. Trouxe a Duda, não queria deixar ela em casa.

- Mas você não ia cuidar dela só ontem?

- Não, decidi ficar com ela! – Marceline sorriu, abraçando a gata. – Não é ótimo?

- É sim! Não é tão fácil assim cuidar de animais, não vá largar ela depois.

- Eu sei disso, dã. Não vou largar ela, Bonnie.

* * *

- Vamo procurar Finn e Jake? – Marceline chamou na hora do intervalo, após comprarem seus lanches.

- Vamos sim! – as duas foram até a quadra, a morena sabia que costumavam ficar por lá.

- Hey, otários. – sentaram ao lado dos dois. – Como andam as coisas?

- Marcinha! Bonnibel! – Jake abraçou as duas. – Tirando a fome que a gente ta aqui, ta tudo bem.

- Oi Bonnibel.. – Finn acenou para a rosada, que fez o mesmo com um sorriso.

- Oi pra você também, Finn. – Marceline disse.

 

- Ele não podia ter feito isso comigo! Não podia! – os jovens ouviram a voz vindo no banco acima deles da arquibancada, e olharam pra ver de quem era.

- Bonnie, a Amanda. – Marceline sussurou.

A garota de cabelos dourados se encontrava em uma situação lamentável. Ou não. Quem a conhecia sabia o quanto gostava de chamar toda a atenção para si.

Ao seu lado, a falando frases de consolação, estava o loirinho que Bonnibel conhecera no outro dia. Não se lembrava o nome dele.

“Quanto drama.” A rosada pensou. Isso provavelmente era o que se passava na cabeça da maioria que estava ali.

- Ah miga, não liga pra isso. Aquele Brad é um idiota. – o garoto olhou para Bonnie e acenou, ela fez o mesmo.

- Amanda? Tá tudo bem? – Marceline perguntou, e a garota olhou para ela. – Sou a Marceline, lembra? A da fila.

- Marceline! – Amanda berrou, não parecia que há alguns milésimos estava se desmanchando em lágrimas. – Claro que lembro! Senta aqui, garota.

A morena se levantou e sentou ao lado dela.

Bonnibel revirou os olhos, apesar de gostar de Finn e Jake, ainda não se sentia totalmente a vontade com eles. 

- Hey. – chamou o loirinho, que se sentou-se entre ela e Jake. – Como vai?

- Vou bem!

- Olha, esses são Finn e Jake. – apontou para os dois, que acenaram para o garoto. 

Ele e Bonnibel conversaram bastante. A garota surpreendeu-se com a quantidade de coisas iguais que gostavam. Eram como uma duplinha maravilhosamente gay.

Finn e Jake se juntaram à eles; e Amanda com Marceline não ficaram por fora.

Logo o intervalo, que costumava ser um tédio completo, fora responsável pela junção daquele grupo.

E era bem diferente. Não era como aqueles em que várias pessoas com o mesmo estilo se uniam e conversavam sobre coisas que apenas eles entendiam. 

É como um clube dos cinco, só que composto por 6 pessoas.

- Tá na hora de voltar, né? – Jake disse. Já haviam se passado 5 minutos desde de que o sino havia tocado.

- Estou tentando dizer isso faz 10 minutos. – Bonnibel se levantou, sendo acompanhada pelos amigos.

As aulas correram como sempre; tediosas para algumas pessoas, péssimas para outras, e para alguns isso não importava, porque a levaram dormindo.

Na conversa que haviam tido no intervalo, descobriram que Bon-Hwa e Amanda estavam no segundo ano. Descobriram bastantes coisas, aliás. 

- Hey Bonnie, você não parece gostar muito da Amanda... – Marceline comentou quando estavam saindo da classe. 

- Não é que eu não goste.. Só parece que ela não vai muito com a minha cara, sabe?

- Ah, no começo ninguém vai. – riu.

Bonnibel empurrou a amiga, e as duas riram.

- Ah, é? Bom saber.

- Tô brincando, retardada. – mentiu. De fato, não gostara muito de Bonnibel quando a vira pela primeira vez.

- Acho que vou na casa dos meninos hoje, quer ir? Tenho certeza que os pais deles vão adorar te conhecer. – Marceline chamou.

- Ah, eu queria.. Mas hoje não vou poder, Marcy. Desculpe. – a rosada marcara de ir na casa de seu novo amigo àquela tarde.

- Aff. – revirou seus olhos. 

Bonnibel deu de ombros.

Voltaram para suas casas conversando e brincando com Duda.

Era um percurso divertido para ambas. Um bom papo, um amigo, e uma gata eram suficientes para torná-lo assim.

- Tchau, Marcy. - o ato a seguir fora movido por puro impulso, Bonnibel deduzira mais tarde. Se não foi, perguntava-se o que a fizera puxar a amiga para um abraço bastante apertado.

Separaram-se tão repentinamente quanto se juntaram. As duas resolveram apenas ignorar o calor que se formara dentro de seus corpos. 

“Não é nada demais.” Pensavam.

- Tchau, Bonnie.

 


Notas Finais


Perdoem o nome "Bon-Hwa", apenas joguei no google "nomes coreanos" e apareceu esse.

Espero que tenham gostado dessa... Coisa.
Okay

Comentários me deixam feliz. :)

Mais uma coisa*
Luto pelo garoto (não sei se ficaram sabendo) que foi assassinado pela mãe. É uma noticia triste e chocante, principalmente pra comunidade LGBT+.

Abraços, até o próximo.


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