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História Maybe there's a happy ending. - “ Foi uma honra ”


Escrita por: ShyCake

Notas do Autor


Oi galeris desculpa a demora por postar, mas a escola tá bem puxada é isso tá corroendo muito o meu tempo, enfim, boa leitura!

AAH E COMO FALADO ANTES, TEM PERSONAGEM NOVO

Capítulo 4 - “ Foi uma honra ”


Fanfic / Fanfiction Maybe there's a happy ending. - “ Foi uma honra ”

  Após passar um bom tempo encarando o teto branco no qual estavam colados os adesivos de estrela que meu padrinho comprou pra mim no meu aniversário de 8 anos.

Me lembro perfeitamente o momento e a fala de minha madrinha ao me entregar o pacote.

" Dia 28 de janeiro de 2007

10 anos atrás.

Eu estava sentada nos degraus que levavam para a entrada da casa, usando um vestido rodado branco com flores coloridas bordadas no mesmo.

Esperava ansiosamente os convidados para a festa, até que vi o carro de meus padrinhos estacionando em frente ao jardim.

Com um sorriso em meu rosto eu corria pelo espaço gramado e florido. O vento soprava meus cabelos fazendo alguns fios entracem em minha boca.

Ao chegar onde o carro estava pulei nos braços de meu padrinho o abraçando, ele me rodou no ar e logo em seguida me pôs no chão. E eu como uma criança muito educada coloquei minhas mãos na cintura e indaguei inclinando a cabeça levemente para o lado:

- Onde está meu presente?

O homem de uns 30 anos então retirou um pacote azul de seu bolso me entregando. Imediatamente abri, sorrindo ao ver o que tinha dentro:

- São estrelas!

- Sim, para que até nas noites chuvosas e nubladas elas te façam companhia.

Minha madrinha se abaixou ficando em minha altura e disse dando um beijo na ponta de meu nariz:

- Estrelas para uma Lua. "

[ ... ]

Eu me levantei da cama indo em direção ao meu guarda roupa, tirei meu moletom e a blusa do uniforme os jogando na cadeira de minha escrivaninha, eu ainda ia usar eles amanhã.

Peguei outro moletom com uma estampa de pizza - super madura - e o coloquei saindo do quarto, como ainda não tinha almoçado fui até a cozinha fuçar o que tinha pra comer, nisso achei um bilhete no balcão, ele estava escrito com a letra de meu avô, o mesmo dizia o seguinte:

" 02/02/2017

Querida, eu e sua avó saímos para reencontrar antigos amigos nossos, voltamos logo.

Com amor, vovô Giulios. "

Ao pegar o bilhete percebi que havia outro grudado nele, este, provavelmente era de minha vó, comecei a ler:

" Meu doce, como você estava em um sono tão tranquilo, eu e seu avô ficamos com pena de acorda-lá para almoçar, então deixei o seu prato pronto no forno para não esfriar.

Fiz estrogonofe de frango, seu preferido.

Espero que se delicie.

Te amo, vovó Anna.

Quinta feira, dia 02 de fevereiro de 2017."

Guardei os bilhetes em meu bolso, tenho essa mania de guardas os recados que me deixam, não me pergunte o porque.

Peguei o meu prato do forno e felizmente ele ainda estava em uma temperatura agradável.

Enquanto comia pensei em dar uma saída de casa, sim, era uma boa ideia.

Após terminar meu almoço lavei e enxuguei o prato e o copo os guardando no armário.

Peguei meu celular e abri no Whats, entrei em um dos grupo que estavam eu, Thalita, Gabi, e o Lucas.

" WhatsApp on:

[ 16:38PM 02/02/2017 ] Lua: Pessoas lindas do meu coração, vamos na praça do sol hoje? Tipo agora?

[ 16:38PM 02/02/2017 ] Luba: Sim sim, já estou a caminho bbs

[ 16:39PM 02/02/2017 ] Thali: Ain gente

[ 16:39PM 02/02/2017 ] Thali: lógico que eu vou.

[ 16:39PM 02/02/2017 ] Gabe: Não vou conseguir ir :(

[ 16:40PM 02/02/2017 ] Gabe: Minha mãe quer que eu passe um dia de beleza com ela.

[ 16:40PM 02/02/2017 ] Gabe: Bem empolgante hein

[ 16:40PM 02/02/2017 ] Lua: Que triste amora

[ 16:41PM 02/02/2017 ] Lua: Então só a Gabriela que não vai né?

[ 16:41PM 02/02/2017 ] Luba: 👍

[ 16:41PM 02/02/2017 ] Thali: é ;-;

[ 16:41PM 02/02/2017 ] Lua: Beleza então, daqui a pouco chego lá.

[ 16:42PM 02/02/2017 ] Luba: Belezinha então galeris

WhatsApp off "

Bloqueei o celular colocando o no meu bolso de trás da calça, andei até a sala e peguei a chave da casa que se encontrava na mesinha de centro.

Andava tranquilamente, afinal a praça era só a alguns quarteirões da minha casa, eu viajava em meu próprio mundo enquanto ouvia uma música qualquer, estava atravessando a rua quando ouvi uma buzina, virei me rapidamente pro lado e vi um carro branco vindo em minha direção, ele estava perto demais pra conseguir frear, o farol do carro me cegava, as lembranças de quando era pequena vieram a tona e eu paralisei, não conseguia correr, gritar, nada.

O carro estava a centímetros de distância, a única coisa que meu corpo consegui fazer foi fechar os olhos e tapar a cara com as minhas mãos, a buzina se intensificava quando senti meu corpo ser envolvido e jogado pro lado me fazendo cair no chão, ouvi uma voz:

- Está tudo bem?

Não respondi, ainda estava em choque, meu corpo suava frio e as minhas mãos tremiam freneticamente, senti alguns dedos segurarem meu pulso e os puxar com delicadeza fazendo eu destampar meu rosto e abrir os meus olhos, como a minha vista estava um pouco turva, vi apenas um rosto embaçado, pisquei algumas vezes na tentativa de conseguir enxergar melhor, e por incrível que pareça, deu certo.

Eu estava literalmente de queixo caído, quem tinha me salvado era o cara que eu sonhei, o mesmo que eu vi enfrente a escola hoje. Ele estava na minha frente, o cabelo loiro estava em topete um pouco bagunçado, seus olhos azuis estavam apreensivos, abri e fechei minha boca algumas vezes na falha tentativa de quebrar o silêncio, até que ele fez a mesma pergunta:

- Você tá bem?

Dessa vez eu consegui responder, agrsdeci a mim mesma por isso.

- Sim, eu acho que sim - soltei um riso sem humor - obrigada.

- Não foi nada, era minha obrigação lhe ajudar.

Ele falou e deu uma leve bagunçada no cabelo dando um sorriso torto.

- Não, claro que não, você arriscou sua vida pra proteger a minha, essa não é sua obrigação.

- Enfim, venha levante.

Ele disse me estendendo a mão, só aí percebi que ele estava em cima de mim, aceitei a ajuda e nos levantamos juntos, soltei sua mão ainda sem conseguir desviar meu olhar do dele que me encarava.

- Por que fez isso?

- Isso oque?

- Se jogar na frente de um carro por uma estranha.

- Mateus 22:35 a 39 - ele apenas respondeu isso e eu com certeza fiquei com a maior cara de paisagem, pois ele suspirou e continou - " E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar.

E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:

' Mestre, qual é o grande mandamento na lei? '

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas. "

Só aí percebi que ele estava citando trechos bíblicos, ah, então era isso ele era só mais um fanático religioso.

Sim, eu creio que exista algo superior, Deus, o diabo, e.. anjos? É, talvez.

Mas arriscar a própria vida por uma pessoa que você nem sabe o nome só porque a Bíblia diz isso é bem doentio, mas não vou julgar não, graças a ele eu ainda tô viva.

Ele então me tirou de meus pensamentos perguntando se eu sentia alguma dor.

- Não, tá tudo bem, eu acho que só torci o pulso - falei encarando meu pulso esquerdo e logo depois voltando a encarar o menino em minha frente - mas de resto eu tô inteira!

Exclamei dando um pequeno pulinho fazendo o mesmo rir levemente.

- Tirando a sua roupa né?

Ele falou me observando dá cabeça aos pés o que me fez analisar instantâneamente a minha roupa. Ótimo. Minha calça estava em uma das pernas com um rasgo da pantorrilha até o joelho e na outra com um na coxa, ri da minha desgraça, pelo menos meu moletom estava inteiro.

- Se não fosse pelo sangue do ralado eu poderia falar que são uma daquelas calças que todo mundo está usando.

Ele riu, ou melhor, gargalhou, e meu Deus, que risada vergonhosa, o garoto se transformou em uma hiena.

- Quer que eu ir no hospital pra resolver o pulso?

Ele perguntou voltando com sua expressão de preocupação.

- Não, não precisa, tá tudo bem, quando eu voltar pra casa meu padrinho da um jeito.

- Médico?

- Sim - dei um leve sorriso - cirurgião.

- Que interessante, acho magnífico isso de cuidar das pessoas, salvar a vida delas, as fazerem ficar " novas " denovo.

- Pois é.. Ah! Você salvou a minha vida! 

Disse batendo meu dedo indicador com certa brutalidade em seu peitoral, ele apenas riu, suas bochechas coraram levemente o deixando com um ar de criança, a fofura era tanta que estava preste a apertar as suas bochechas.

Porém fui interrompida quando ouvi passos rápidos atrás de mim, o loiro olhou pra direção do barulho e eu segui o seu olhar, e então pude ver uma Thalita correndo e suando na nossa direção, ri internamente por isso.

Ela então nos alcançou e colocou a mão no peito recuperando o ar, quando já estava recomposta se pronunciou:

- Caralho, sedentarismo é foda viu.

- Te entendo perfeitamente.

Respondi e o garoto apenas deu uma risada baixa.

A Thali me analisou por completo fazendo uma cara de confusa e então perguntou, quer dizer, gritou:

- LUA DO CÉU O QUE ACONTECEU CONTIGO? TU TA SANGRANDO!

- Thalita, calma - Ri de seu desespero - deixa eu contar..

Eu expliquei a história toda com a ajuda do menino.

No final, a boca de minha amiga se encontrava escancarada, e além disso ouvimos pelo menos uns 5 minutos só dá Thalita xingando o cara do carro que passou reto e nem prestou socorro, exagerada ela? Um pouco.

- Gente, já que está tudo bem eu vou indo.

O loiro falou e se virou andando.

A Thali cochichou pra mim:

- Ele é o menino do sonho né?

- Sim..

- E qual o nome dele?

Sim, eu esqueci de perguntar o nome dele. As vezes me surpreendo com a minha burrice.

Por eu não ter respondido ela deve ter sacado que eu não sabia e suspirou revirando os olhos. Mas eu finalmente fiz algo que preste.

- HEEEEY

sim, eu estava gritando no meio da calçada.

O loiro então se virou me encarando como se me perguntasse oque eu queria. Ele se aproximou mais um pouco fazendo com que eu não precisasse mais berrar.

- Eu posso saber o nome da pessoa que me livrou de uma possível morte?

Ele riu e mexeu no cabelo.

- Meu nome é Rafael.

- E o sobrenome?

A garota ao meu lado perguntou, provavelmente já planejando achar o menino nas redes sociais.

- An... Lange, Rafael Lange - deu um sorriso de lado - E vocês?

- Lua Hauser e Thalita Meneghim.

A minha amiga disse jogando seus lisos fios castanhos para trás do ombro.

Meu Deus, como a minha amiga é ligeira.

O gar.. Rafael apenas assentiu sorrindo.

- Obrigada novamente.

Falei por fim.

- Foi uma honra.

Ele disse e eu observei o azul intenso de seus olhos antes dele se virar e continuar seu caminho, não pude deixar de o analisar. A calça jeans clara estava suja - mas nem se comparava a minha - a fina blusa branca estava amarrotada, as mangas compridas arregaçadas na altura do cotovelo e um AllStar vermelho com um dos pés desamarrados.

- Ele é um gatinho.

Thalita falou me tirando dos meus pensamentos, apenas ri.

  - Vem, o Luba deve estar esperando a gente.


Notas Finais


Bom, acho que no próximo cap outro personagem importante vai aparecer.. 99% de certeza.

Então.. Por hoje é isso pessoal!

bye bye


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