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História Maybe there's a happy ending. - “ Você faz jus ao nome. ”


Escrita por: ShyCake

Notas do Autor


GALERIS
Desculpa a demora, mas em compensação, esse capítulo tá gigante.
Hoje tem um novo personagem super importante.

Boa leitura!

Capítulo 5 - “ Você faz jus ao nome. ”


Fanfic / Fanfiction Maybe there's a happy ending. - “ Você faz jus ao nome. ”

 Agora são exatamente 17:29, me encontro sentada na sarjeta segurando o meu pulso com uma mão pra tentar diminuir a dor que tinha se intensificado, enquanto isso a Thalita está em uma ligação com o Luba.

- Sim, aham. - vejo ela confirmar algo pelo telefone - quando chegar aqui a gente explica melhor, não, só torceu, meu Deus que isso? tá viva sim - ela me encara como se me desse um sermão e logo depois solta um risinho - é, aquele do sonho, gato? Gato é pouco - ela ri novamente e eu reviro os olhos - okay, okay, beijos.

Ela bloqueia o celular e o guarda no bolso da calça se sentando ao meu lado.

- O Lucas já tá vindo.

- Ele já tava na praça?

- Sim, ele foi de carro - ela colocou os cotovelos no joelho apoiando a cabeça nas mãos - em menos de cinco minutos acho que ele chega.

- hum..

- Tá doendo muito?

Ela perguntou se referindo ao meu pulso.

- Um pouco, sinto como se estivesse queimando.

Falei fazendo uma careta.

- Ai, que agonia te ver assim.

Ri fraco, quando ia falar algo escuto uma buzina ao nosso lado, olho e vejo quem eu já esperava, Luba, nos olhando através do óculos escuro com um sorriso no rosto:

- Bora moçada?

- Até que enfim!

Thalita exclamou se levantando rapidamente.

- Tá achando ruim vai apé.

O Luba falou com um ar debochado, me fazendo rir e enquanto me levantava para entrar no carro pude ouvir ela bufar.

Me sentei no banco do passageiro da frente e Thalita foi no de trás.

- E então Moon, me explique como você fez essa proeza?

- Primeiramente, eu já disse pra parar com esse apelido ridículo.

Olhei feio pra ele que arqueou uma sombrancelha protestando:

- Ridículo?! Esse apelido é maravilhoso! Diz aí Tha, é lindo ou não é?

Paramos por um estante para encarar a menina sentada atrás de nós aguardando uma resposta, até que ele se pronunciou:

- Não me metam nas discussões de vocês.

Olhei pro Lucas convencida​.

- Viu, é completamente brega.

- Eu acho maravilhoso.

- Você precisa melhorar os seus conceitos de maravilhoso.

Disse e Thalita deu risada, que logo foi cortada pelo olhar fuzilante do Luba.

- Maas - ele esticou o " a " mais do que realmente seria necessário - me conte, oque tu fez com o seu pulso?

Ele falou já dando partida no carro.

- Então, eu tava indo pra praça, daí eu fui atravessar a rua e veio um carro muito rápido na minha direção, e eu paralisei, as poucas memórias do acidente invadiram a minha mente, e me deu desespero, e eu, eu acho que aconteceu de novo..

- O ataque de pânico? É isso? Aconteceu?

Ele perguntou com a preocupação evidente em sua voz.

- Eu não sei, talvez, mas eu tava nervosa, e..

As palavras saíram rápidas e logo ele as interrompeu tranquilizando a minha confusão.

- Okay, calma, tá tudo bem okay? Só me conta o que aconteceu.

- Ta bem.. - Respirei fundo largando o peso da minha cabeça no banco do carro. - E quando eu menos esperava alguém veio e me jogou para o lado, na calçada, me salvando? É, me salvando.

- O menino do sonho?

- Sim, mais especificamente Rafael.

- Rafael Lange!

Thalita disse estranhamente animada do banco de trás.

- E oque você achou dele?

Ele perguntou com uma pitada de malícia na voz.

- Parece ser legal.

Respondi sem interesse e ele e Thalita se entreolharam.

- A Thali disse que ele é gatinho.. Verdade?

- An.. Sim, é, acho que sim.

- Gente! Vocês não vão acreditar!

Thalita disse impedindo Lucas de continuar com as perguntas sobre o loiro.

- Oque?

Perguntei me virando curiosa para encarar a morena que olhava para o celular indignada.

- O menino, Rafael, não tem nenhum resquício de vida em redes sociais.

- Bom, já que estamos no século XXI, isso é bem improvável de acontecer.

Falei voltando a me virar pra frente encarando a rua.

- Você só não deve ter procurado direito.

Luba disse por fim e eu concordei com a cabeça.

- Não gente! - ela disse com uma euforia sem necessidade - Vocês não tem noção, eu pesquisei em tudo, Twitter, Instagram, Facebook.. Nada, não tem nada.

- Ah.. talvez ele não goste dessas coisas de rede social e tal..

- Lua, estamos em 2017! Todo o adolescente tem pelo menos uma conta no Face!

Eu e o Luba se encaramos procurando alguma resposta pra acalmar a Thali, mas tudo o que me saiu foi:

- Vai ver ele usa outro sobrenome nas redes sociais do qual ele disse pra gente.

E foi como se uma luz que invadisse sua mente se refletisse nos olhos da menina.

- Isso! Vou procurar com outros sobrenomes!

Troquei um olhar com o Luba e só aí percebi que ela não sossegaria enquanto não achasse esse garoto.

- Chegaamos - o Lucas falou chamando minha atenção, então olhei através da janela e vi a tão aconchegante e familiar casa branca que eu moro desde que nasci - quer ajuda?

Ele disse estendendo a mão pra mim enquanto eu me esforçava para sair do carro sem machucar mais o meu pulso.

Assenti peguei sua mão e com o outro braço ele me levantou me colocando de pé, o agradeci e lhe lancei um sorriso, o qual retribuiu.

Entramos nós três dentro de casa, chamei por meus avós, ninguém respondeu, creio que ainda estavam no encontro com os amigos, sendo assim peguei o telefone fixo que se encontrava em uma mesinha no canto da sala e disquei o número do hospital no qual meus padrinhos trabalham, enquanto esperava a chamada ser atendida pude observar o Luba jogado no sofá sorrindo para o celular, provavelmente conversava com um boy novo que ele estava saindo, se eu não me engano ele se chama Wellinton, é uma boa pessoa, mas isso acabou com o meu shipp favorito, no qual se consistia no Luba e no T3ddy, um apelido bem fofo, porque ele também se chama Lucas, e provavelmente ficaria bem confuso, ele é um outro amigo nosso, e daí que o T3ddy é hétero? A gente gosta mesmo é de shippar, direcionei meu olhar pra Thalita, assim, mudando o rumo de meus pensamentos, a vi voltando da cozinha com um copo de água na mão, ela então se sentou ao lado do meu melhor amigo bebendo vagarosamente o líquido do copo e também falhando miserávelmente em ler a conversa do Lucas sem ser pega no flagra.

Os conhecia a tão bem que os considerava da família, o jeito em que eles já estavam ligados em nossas vidas era de se assustar, a aproximação era tanta que eles chamavam meus avós de " vó " e " vô " naturalmente, e meus avós não os viam diferente de netos.

- Hospital Central, pois não?

A voz extremamente fina da atendente me voltou para a situação em que estávamos vivendo, na qual o meu pulso latejava.

- Olá, eu poderia falar com o Senhor ou com a Senhora Caniff?

- Vou ver oque posso fazer, quem fala?

- Lua, Lua Hauser, a afilhada deles.

- Okay, por favor aguarde na linha.

- Tudo bem.

Meu olhar se cruzou com os dos dois seres que me encaravam sentados no sofá.

- Alô? - a secretária me chamou do outro lado da linha. - o Sr. Caniff está comandando uma cirurgia mas conseguimos um tempo para que a sua madrinha fale contigo, vou passar o telefone pra ela.

- Okay, obrigada - ouvi uns chiados e então a voz de minha madrinha falando algo com a secretária - Alô? Madrinha?

- Oi querida, oque aconteceu pra você me ligar?

- Oi, então.. Eu quase fui atropelada - antes que ela começasse a dar o seu questionário sobre se eu estava bem, fui mais rápida. - mas eu estou bem, eu só acho que torci o pulso, e a vó nem o vô estão em casa então pensei em ligar pra vocês, afinal com certeza sabem oque fazer.

- Okay, você tá sozinha?

- Não, o Lucas e a Thalita estão comigo.

- Melhor assim, coloca no viva voz - ela disse e assim eu fiz, então pensou por um instante antes de se pronunciar novamente - Então, alguém vá até o banho do primeiro andar e pegue a maleta de primeiros socorros.

Assim que ouviu oque minha madrinha disse o Luba saltou e correu em direção ao banheiro, em menos de 40 segundos ele estava de volta com a maleta branca nas mãos.

- Pronto - ele disse se sentando - e agora?

- Eu não posso sair daqui, mas vou dando as instruções - apenas assentimos - Okay, agora peguem o rolinho da faixa e peguem também uma pomada azul e amarela, é a única com essas cores. Pegaram?

- Sim, pegamos.

Thalita falou segurando as coisas nas mãos​.

- Ótimo, agora Lua, você vai lavar bem o pulso e depois vai passar a pomada no local em que está doendo, depois dá umas três voltas no pulso com a fita e prende com o esparadrapo, não deixa muito apertado e nem muito frouxo. Conseguem fazer?

- Sim, conseguimos.

- Okay então, façam isso e quando eu voltar para casa vejo melhor oque aconteceu.

- Tudo bem madrinha, muito obrigada, tenha um bom trabalho.

- Magina, e se cuida.

- Pode deixar.

[ ... ]

Enfim conseguimos arrumar os negócios no meu pulso e não estava mais doendo, apenas sentia formigar de vez em quando, depois de um tempo meus avós chegaram e explicamos tudo oque aconteceu, resumindo: Levei um belo de um sermão por ser desatenta, mas pra compensar, nós jantamos pizza juntos.

Quando o Luba e a Tha foram embora já passava das nove da noite.

Exatamente as 23:00 meus padrinhos chegaram do hospital:

- Oi gente, boa noite.

Meu padrinho disse enquanto adentrava na sala.

- Oi e tchau! - meu avô disse com o seu ótimo senso de humor - já estou subindo pra repor as energias - sorriu - tenham uma boa noite.

[ ... ]

Eu estava no quarto de meus padrinhos enquanto eles analisavam meu pulso.

- Eu acho que foi só um mal jeito.

Ela falou por fim encarando o marido.

- Deve ter sido mesmo, não está mais doendo?

Ele me perguntou.

- Não, nem o formigamento estou sentindo mais.

- Entendo, isso é bom.

- Agora é só continuar passando a pomada por mais uns três dias okay?

- Sim, tudo bem.

- Então tá, agora vá descansar, boa noite.

- Okay, obrigada. Boa noite.

Dito isso sai do quarto deles indo em direção ao meu.

Entrei no banho fazendo de tudo para não molhar a faixa, fazia algumas algumas caretas conforme a água caia em meus ralados no joelho, aquilo ardia pra caralho, e novamente não lavei o cabelo, daqui a pouco ele vai começar a ficar oleoso, mas fazer oque.. a preguiça fala mas alto.

Me sequei e passei um remédio que meu padrinho me deu nos ralados e então coloquei meu pijama, e assim peguei no sono logo que me deitei na cama.

Realmente, foi um dia bem exaustivo.

[ ... ]

Acordei enquanto o despertador berrava intensamente, me sentei desligando o mesmo, esfreguei meus olhos me espreguiçando.

E então levantei ainda meio grogue, fui para o banheiro e abri a torneira lavando meu rosto, levantei minha cabeça tendo a minha imagem refletida no espelho, a minha pele continuava com o tom pálido, porém, por algum milagre divino minhas olheiras não estavam tão aparentes, me deixando com menos cara de defunto. Encarei a mim mesma, olhando diretamente nos olhos. Já ouviram falar que se você faz isso por muito tempo cria um portal? Enfim.. Partiu começar aquela rotina de sempre..

Mal cheguei na escola já avistei as meninas me acenando, fui em direção a elas e Gabe nem me falou oi, apenas me lotou com perguntas sobre o meio quase acidente, me fazendo rir disso. E ah! sim, era óbvio que a Thalita já havia contado tudo, me livrando do trabalho de contar essa história pela sexta - ou sétima.. Não sei, já perdi a conta.. - vez, me deixando apenas com o ' trabalho ' de dizer que estava tudo bem.

Conversamos empolgadas sobre tudo o que vinha a mente, até sermos interrompidas pelo sinal, indicando que deveríamos ir pra sala, e então, assim fizemos.

Entramos as três juntas, e por incrível que pareça eu não estava atrasada. Nos sentamos nos nosso devido lugar enquanto as meninas conversavam vi o professor de história sair da sala e voltar logo em seguida com alguns papéis na mão e acompanhado de um garoto alto - mas é alto mesmo, não duvido que ele tenha quase uns dois metros de altura - a pele branca - só não quanto a minha - e os fios castanhos do cabelo em um topete desleixado, estava de calça preta e moletom, e seu físico.. Ah ele possuía um físico bem.. é.. como posso dizer isso? An.. okay, vou ser bem direta: ele é gostoso pra porra.

O professor então pigarrou chamando a atenção da sala, inclusive das minhas amigas que logo fizeram uma rápida avaliação no menino, tipo a que eu acabei de fazer, as duas se encararam com a boca levemente aberta e logo depois me encararam fazendo a mesma cara, apenas ri voltando a minha atenção​ a eles:

- Então turma, esse é o aluno novo, tenho certeza que vão o receber bem - o professor deu um sorriso pro garoto voltando a falar - Bom, se apresente!

O moreno coçou a nuca esboçando um sorriso tímido então finalmente se pronunciou:

- Oi.. Eu me chamo Shawn, Shawn Mendes, e tenho 18 anos.. E bem, eu acho que é isso.

Ele riu sem graça.

- Seja bem vindo Shawn! - o professor deu dois tapinhas nas costas dele logo apontando na minha direção - Eu sou o Wilson, dou aula de história. Bem.. sente ali, na frente da senhorita Hauser.

Senti o olhar da sala em mim, principalmente os olharem maliciosos de Thalita e Gabriela.

O professor deu início a aula e então meu olhar se cruzou com o do menino, senti um arrepio subir pela minha espinha, e ele veio na direção da carteira que antes era de Félix - um antigo amigo nosso que acabou fazendo umas burradas, e os pais o colocaram em uma escola militar, isso só faz algumas semanas, me parecem que já preencheram sua vaga. - o garoto se sentou em minha frente colocando a mochila cinza no chão, logo retirando o material que ele julgava que iria usar os depositando na mesa, ele se virou pra mim com um sorriso no rosto:

- Oi, eu sou o Shawn! Posso saber seu nome "senhorita Hauser"?

Ri fraco, ainda impressionada com a dentição maravilhosa do garoto, tão alinhados e branco quanto os de minha avó:

- Me chamo Lua, senhor Mendes.

Ele riu e o senti analisar meu rosto, assim como eu fazia com ele.

- É um prazer Lua - Estendeu a mão e eu a apertei, me sentindo imediatamente pequena, sua mão era gigante. - Você faz jus ao nome.

- Como?

Perguntei confusa.

- Você realmente me lembra a Lua, - o encarei com uma sombrancelha levantada, talvez ele estaria me chamando de redonda? O mesmo percebeu minha confusão e abriu aquele maldito sorriso - É tão linda quanto ela.

Me deu mais uma encarada ainda com o sorriso no rosto e se virou. Me deixando ali, atordoada e com um sorriso brincando em meus lábios.

E eu com certeza não prestei mais atenção na aula, quem precisa saber sobre a Grécia sendo que um dos próprios deuses gregos estava ali, sentado na minha frente?

Eu realmente não estaria exagerando se dissesse que eu arrepiei com os seus olhares, e muito menos que o contato de sua mão fria em minha quente me deixou com leves formigamentos na ponta dos dedos.

Eu quero aqueles lábios rosados nos meus agora.

Sinto que bastasse ele lhe encarar com aquele abismo de olhos castanhos e lhe lançar aquele sorriso, que pronto: Você acaba de perder a sua sanidade.

E eu não estou brincando.


Notas Finais


Acho que é isso.. Não sei quando vai sair o próximo, mas prometo que não vou demorar tanto.
Leitoras fantasmas, apareçam!
Comentem oque acharam, e cliquem no coraçãozinho, me deixa muito feliz!​
e antes que eu esqueça:
JÁ OUVIRAM O NOVO HINO DO SHAWN? THERE'S NOTHING HOLDIN' ME BACK É MARAVILHOSA!

bom, é isso shsjsjwjkd

xx


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