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História Mayday - Move along


Escrita por: defarsoul

Notas do Autor


oi bebês, boa leitura!

leiam as notas finais.

xoxo!

Capítulo 5 - Move along


Se passaram cerca de duas semanas desde o ocorrido com o Jinyoung e desde então tenho reparado sua mudança repentina na personalidade. Na maior parte do tempo ele era o mesmo que sempre foi, mas quando se tratava de negócios ou poder até mesmo em um jogo idiota que jogamos semana passada, ele muda e suas ações ficam agressivas. Tem algo de errado com ele, mas não consigo decifrar o que é, acho que nem se eu soubesse saberia como muda-lo.

- Jaebum hyung, tem visto o Jinyoung? – Indaguei e seus olhos pequeninos se desviaram de seu celular até meu rosto.

- Não – Pareceu pensativo. – A última vez que reparei nisso ele disse que estava trabalhando em um projeto e logo poderíamos ver. – Deu de ombros voltando a olhar para seu aparelho.

- Sabe sobre o que é? – Perguntei curioso. Seria sobre o projeto pedido pelo JYP?

- Não, ele disse que era segredo. – Respondeu. – Por que o interesse?

- Curiosidade, apenas. – Sorri de canto.

Jaebum estava deitado na minha cama como quase toda noite no último mês. Já estava quase na hora do almoço, já havíamos nos levantado, mas o fato de eu ter voltado para a cama por preguiça fez com que ele quisesse voltar também.  As cortinas ainda estavam fechadas, então apenas a claridade do dia e alguns raios de sol adentravam o quarto.

- Jae, acho que preciso te contar uma coisa. – Jaebum disse sério e pôs seu celular sobre o pequeno móvel que tinha ao lado da minha cama.

- Sobre o que? – Indaguei olhando para meu aparelho que tremia devido as muitas mensagens no kakao.

- Sobre mim. – Suspirou. – Alguns problemas.

- Quais? – O encarei. Fiquei em expectativa, será que ele vai finalmente me contar sobre seus machucados?

Antes que o mais velho pudesse começar a me contar a porta se abriu com um estrondo e – sem ao menos pedir – Bambam e Yugyeom adentraram o quarto aos gritos, seguidos do Jackson e Jinyoung.

- Jaebum hyung, resolva isso, por favor, não aguento mais esses dois. – Jinyoung reclamou bufando.

Olhei confuso para todos, esperando que alguém tivesse a decência de pelo menos explicar o que estava acontecendo ali.

- Primeiro de tudo, expliquem o que. – Disse chamando atenção de todos para mim.

- Bambam e Yugyeom estão quase se matando. – Jinyoung revirou os olhos impaciente.

- Ele acha que tem o direito de me impedir de trocar de quarto. – Bambam debochou.

- E eu como seu melhor amigo tenho sim! – Yugyeom cruzou os braços, convicto de suas palavras.

- NÃO SOMOS NEM AMIGOS, QUEM DIRÁ MELHOR AMIGOS! – Bambam gritou. Yugyeom pareceu espantado. – Espero que tenha entendido agora. Se quer dividir quarto com alguém, divida com o Lee Joon.

- Isso é ciúme!

- Não, seu idiota. – Bambam respirou fundo. Todos observavam a briga calados. – Eu não quero mais estar no mesmo quarto que você, consegue entender ou preciso desenhar?

Yugyeom ficou calado olhando para o ex melhor amigo, o resto de nós estava quieto, porém tensos. Ninguém sabia que reação o mais novo teria, se a briga recomeçaria com suas insistências ou acabaria por ali.

Ele deu de ombros e saiu corredor a fora e os meninos o seguiram com o olhar. No instante seguinte seus rostos foram tomados por expressões de surpresa, olhei para Jaebum assustado que tinha uma expressão confusa, ele também tinha notado a mudança repentina nos meninos. Nos levantamos e paramos na porta para observar, Yugyeom jogava todas as coisas do Bambam no corredor, fiquei em choque com isso. Yugyeom nunca conseguiu mais do que gritar com alguém, quem dirá expulsar alguém dessa forma.

- O que está fazendo, Yugyeom? – Jaebum perguntou tendo a atenção do menor para si.

- Joon hyung me ensinou que quando algo não deveria estar na nossa vida, nós simplesmente o colocamos para fora. – Sorriu. Chutou algumas peças de roupas que ficaram em sua porta para o corredor. – Que ele pegue essa merda e se enfie em qualquer buraco, se ele quiser até com os ratos.

Olhei imediatamente para o Bambam que engolia o choro e negava incrédulo. Eu sei que Yugyeom fazia aquilo por causa da mágoa com o que Bambam tinha dito há poucos minutos, mas devolver na mesma moeda nunca é a solução. Voltei meu olhar para o mais novo que continuava a amontoar as coisas do Bambam no corredor, algumas coisas de vidro – que eu imagino que sejam do amigo – foram acertados contra a parede. Até mesmo os lençóis da cama foram arrancados e jogados corredor a fora.

- Yugyeom, pare com isso! – Ordenou o líder. E foi ignorado. – AGORA! –Esbravejou e foi quando Yug finalmente parou o fitando hesitante. Eu podia ver sua luta interna entre obedecer ou fingir que nem o ouviu.

- Estou ajudando-o a sair o mais rápido possível. – Justificou-se.

- Pare com essa merda, Yugyeom. – Jaebum o repreendeu. – Você só vai magoar o Bambam assim.

- Vocês só pensam na merda que ELE sente. – Acusou e riu irônico. – Mas ele gritar comigo, ai sim, tudo bem. Vão se foder!

Yugyeom bateu a porta com força, achei até que fosse quebra-la. Jaebum negou e respirou fundo antes de ir até a mesma e começa a bater nela, o fato do Yugyeom estar ignorando totalmente os protestos do líder para que abrisse – em suas palavras. – a merda da porta, o deixava cada vez mais irritado. Ele não estava só batendo na porta, agora esmurrava a mesma.

- Jackson... tire-o dali. – Jinyoung ditou sem conseguir desviar o olhar do mais velho.

Jackson parece ter saído do transe que todos permaneciam e correu para chamar Jaebum, antes que ele derrubasse a porta que protegia Yugyeom.

- Abra esta merda, Yugyeom, estou mandando! – Gritou mais uma vez.

- Ya! Pare com isso, venha. – Jackson o puxava pelo braço. Em seu último esforço para acertar a porta Jaebum a chutou, sério, um pouco mais de força e ela quebra.

Jaebum adentrou meu quarto e seu corpo emanava raiva, olhei para Bambam que parecia perdido em seus pensamentos, seu olhar focado em algum ponto no chão. Jinyoung continuava observando o corredor onde tudo aconteceu e Jackson tentava acalmar Jaebum.

- Aquela criança pensa que é gente para fazer uma cena daquela e ainda não abrir a porta pra levar bronca. – Bufou.

- E você estava fazendo cena porque uma criança te desobedeceu, o que é pior? – Jackson indagou.

- Ele vai achar o respeito onde ele perdeu e vai agora.

- Hyung, o que vai fazer? – Bambam perguntou receoso.

- Se ele quer agir como criança, será tratado feito um. – Sorriu debochado.

- Jaebum, deixe o garoto, ele já é um adulto. – Jackson rolou os olhos.

- Ele é um garoto como você mesmo disse. – Respondeu simples e pôs-se de pé.

Saiu do quarto em passos rápidos de forma que nem tivéssemos tempo para o impedi-lo e foi até a porta do mais novo.

- Yugyeom, eu vou contar até 5, se você não abrir eu derrubo. – Ditou em voz alta. Eu arregalei os olhos com a possibilidade do Jaebum derrubar a porta.

Corri até ele antes que começasse a contar, mas meu braço foi segurado por Jinyoung que negou e puxou-me para perto de si.

- Ele não vai fazer nada. – Sussurrou. – Deixe-o bancar o pai que acha que é.

- Yugyeom, vou começar. – Alertou o mais novo.  – UM!

O silêncio reinou em expectativa do Yugyeom finalmente obedecer.

- DOIS! – Estalou dedos de uma mão. – TRÊS. – Estalou os dedos da outra mão.

Um barulho dentro do quarto chamou-me a atenção e eu olhei para trás, Jackson tinha derrubado algo da minha mesa para se apoiar. Olhou-me e um sorriso vazio tomou seus lábios.

- Tudo bem? – Indaguei sem que saísse nenhum som.

- Sim. – Respondeu no mesmo tom.

- QUATRO! – Jaebum contou mais uma vez. – Yugyeom estou avisando, é sua última chance!

Nada. Nenhum barulho, nenhum sinal de que abriria. Jinyoung ficou tenso ao meu lado no mesmo instante, talvez estivesse repensando se deveria mesmo ter me contido achando que Jaebum não faria nada.

- CINCO! – Ditou e no mesmo instante a porta abriu.

Soltei o ar aliviado por ele ter aberto, mas ainda estava atento a qualquer movimento dos dois. Jinyoung deu um passo para frente pronto para entrar no meio, olhei de relance para Bambam que estava sentado em minha cama com a cabeça entre as mãos.

- Nunca achei que fosse preciso, mas já que voltou a ser criança será tratado como tal. – Jaebum respirou fundo. – Está de castigo, por tempo indeterminado. – Completou.

- O que? – Todos, sem exceção, responderam em uníssono.

- Com criança se age assim. – Estalou a língua e sorriu com o espanto de todos. – Sem sair de casa até segunda ordem e nem se quer sonhe em tentar fugir, será pior Yugyeom.

- Você não é meu pai! – Bateu o pé irritado.

- Mas sou seu responsável desde que entrou nessa merda de grupo, então não me tire do sério e obedeça.

Yugyeom voltou para o quarto batendo a porta com força na cara do Jaebum que se limitou a apenas sorrir. Meu queixo estava no chão, eu ouvi direito? Castigo? Para o maknae? O que?

- Não me olhem com essa cara de merda. – Rolou os olhos. – Bambam junte suas coisas e vá para o seu quarto. – Ditou e seguiu na nossa direção, mas virou para seu quarto.

Após ouvir o barulho do miado da Nora tive certeza que agora ele estava deitado ou fazendo qualquer coisa que não seja perto da porta ouvindo algo que pudéssemos dizer.

- Ele colocou mesmo o maknae de castigo? – Indaguei confuso.

- Acho...que...sim... – Jinyoung falou pausadamente. – Eu não tenho certeza do que aconteceu aqui.

- Galera, acho que ele está mesmo de castigo. – Jackson soltou um risinho. – Essa é nova.

Nos entreolhamos e uma explosão de gargalhadas surgiu, era  engraçado demais para ser real. Algum de nós de castigo? Pelo líder? Se eu não tivesse visto e alguém me contasse eu riria tanto que até choraria. Nada diferente do que estou fazendo.

- Você está de castigo Yugyeom! – Jackson imitou o líder entre os risos.

- Do que estão rindo? – Jaebum abriu um frecha da porta e colocou sua cabeça ali para espiar.

Os risos sumiram imediatamente, prendi o riso virando o rosto para o lado. Eu não ia conseguir prender se continuasse o olhando. Jinyoung respirou fundo e disfarçou.

- Ahn... Jackson tropeçou aqui, ai estávamos rindo. – inventou e parece ter convencido Jaebum que voltou a trancar-se no quarto.

- Bambam, se eu fosse você ia juntar suas coisas antes que fique de castigo também. – Jackson debochou.

Diferente de nós, Bambam apenas soltou um risinho e saiu do meu quarto caminhando até suas coisas jogadas no chão, começou a juntar tudo e jogar em cima da cama de seu novo quarto que ficava de frente para o de Mark – que era ao lado do Yugyeom – e ficando ao lado do Jackson.

 - Vou ler um pouco, até o almoço. – Acenou e saiu entrando em seu quarto, muito próximo ao meu.

- Jae, vou lá. – Jackson sorriu e já estava saindo.

- Jackson... – Chamei-o. Ele se virou esperando uma resposta minha. – Entre, vamos conversar. – Sorri, mas ele sabia do que se tratava a conversa.

Ele entrou em silêncio e rumou até minha cama, jogando-se nela e tirando seus sapatos. Aconchegou-se ali abraçando meu travesseiro.

- Sobre o que quer falar, lontra? – Indagou.

- Você. – Fui direto.

Sua expressão era confusa, mas eu sabia que no fundo ele tinha certeza do que se tratava. Fui até a cama deitei-me ao seu lado.

- Jack... – Respirei fundo tentando encontrar a palavra certa. – Você está com algum problema?

- Não. – Respondeu e fitou-me. – Jae, por que isso?

- Por que estava bêbado? O que são aquele monte de bebidas escondidas? Por que Jackson? – Soltei tudo de uma vez. – Por que estava se destruindo? Aquele choro sentido que teve, me conte de uma vez, por favor. – Supliquei.

Jackson ainda me olhava atento e em silêncio, parecia à espera de mais uma rajada de perguntas, mas me contive. Com certeza ainda tinha mais umas dez, mas só aquelas – se tivesse a resposta de pelo menos uma – já era suficiente. Respirou fundo e desviou o olhar para suas mãos, sua expressão era confusa e ao mesmo tempo triste, os segundos se passavam lentamente e ele mexia suas mãos um pouco nervoso. Vamos Jackson, não tenha medo. Me conte.

- Não é nada para se preocupar. – Disse por fim. – Apenas tirei o dia para beber um pouco, as garrafas apenas deixei guardadas para quando precisasse e o choro foi só porque exagerei.

Eu não acredito que ele estava mentindo para mim.

- Hyung, tem certeza? – Perguntei preocupado. – Mesmo que seja algo a mais pode me contar.

- Não é. – Sorriu entristecido e passou as mãos em meu cabelo, bagunçando-os e voltando a arruma-los em seguida. – Fique tranquilo lontra, estão tão bem quanto sempre estive.

Não acreditava em uma se quer palavra, mas não iria força-lo a dizer como se sente ou seu problema. Eu sei como é ser pressionado para por para fora coisas que você nem consegue organizar em pensamentos concretos, coisas que são apenas uma grande bagunça na sua cabeça. Eu o entendo. Fui forçado a me abrir com a Dra. Park diversas vezes, nenhuma delas eu estava pronto ou confortável, tive que tentar por meus pensamentos em ordem nos poucos segundos que tinha entre sua espera e sua cobrança por resultados.

Vamos Youngjae, preciso que me diga o que pensa e o que sente, só assim poderei ajuda-lo. Ajude-me a te ajudar também.” Ela dizia impaciente. E eu nem se quer me lembrava o que eu pensei primeiro ou o que estava sentindo no momento.

Péssimos dias naquele consultório.

- O que está pensando? – Jackson chamou-me a atenção e riu quando o olhei. – Por que essa carinha? Estava enchendo sua cabeça de paranoias sobre mim não é? Pare com isso  Jae-ah. – Beijou-me a testa e puxou-me para um abraço apertado.

Abraço no qual durou tempo suficiente para que eu pegasse no sono logo em seguida em que mexeu em meu cabelo. Acordei com barulho de batidas na porta, tentei me desvencilhar dos braços do mais velho e sai de fininho, abrindo a porta.

- Oi hyung. – Yugyeom sorriu contido. Nós não tínhamos nos falado muito desde a briga com Bambam.

Até porque ele achava que eu estava errado e era culpado e eu me recusava a aceitar tal atitude vinda dele sendo que o errado era ele. Jaebum hyung me proibiu de correr para Yugyeom desde que me encontrou chorando na sala e teve de cuidar de mim e dos meus ataques de pânico duas noites seguidas. Por duas noites ele não saiu para se machucar ou qualquer coisa que estivesse fazendo na rua de madrugada, apenas para me olhar dormir e me ajudar caso passasse mal.

- Oi... – Respondi um pouco sonolento ainda.

- Jackson hyung está ai? – Indagou tentando olhar por cima dos meus ombros.

- Ele está dormindo. – Falei baixo e bocejei cansado. Ainda estava morto de sono.

- E Jaebum hyung, está ai também? – Perguntou, agora com mais interesse.

- Ahn... Não. – Olhei-o confuso. – Não apronte nada Yugyeom, ele já está uma fera com você.

- Não farei nada. – Bufou. – E não se meta nos meus assuntos, apenas peça ao hyung que quando acordar vá até o meu quarto.

Virou as costas e seguiu o corretor até a sala. Nem se quer pediu um “por favor” ou disse um “tchau hyung, até mais tarde”, Yugyeom estava cada vez mais mudado, mais parecido com o que eu conheci naquele jogo do demônio.

Respirei fundo e fiquei olhando por mais alguns segundos antes de fechar a porta, olhei em volta do quarto a procura da Coco, que não estava lá. Voltei para a cama, me colando nos braços do Jackson novamente, inspirei fundo e torci o nariz no mesmo momento em que o cheiro de álcool subiu. Céus, ele está mesmo fedendo a bebida, mesmo que seja apenas um resquício. Isso significa que talvez tenha mentido para mim ao dizer que não tinha mais bebido.

Eu queria mesmo saber se ele tinha bebido recentemente ou aquilo era de sua roupa. As vezes Jackson hyung esquece de colocar as roupas dele para lavar e quando não consegue pegar uma nossa, ele só pega uma qualquer jogada e veste, mesmo se estiver suja. Aproximei-me dele devagar, segurei seu queixo tentando com que sua boca se abrisse minimamente apenas para que eu sentisse o cheiro do seu hálito, aproximei ainda mais meu rosto e eu quase tive um infarto quando seus lábios se formaram em um sorriso e um riso baixo e rouco saiu do mais velho.

Afastei-me sentindo minhas bochechas queimarem e desviei o olhar envergonhado, como eu explicaria isso sem parecer que estava desconfiando?

- Se queria me beijar era só pedir. – Disse sonolento, mas ainda com um sorriso sorrateiro no rosto.

- Aish hyung, não. – Um bico involuntário formou-se em meus lábios. As vezes eu odeio parecer tanto uma criança.

- Lontra. – Riu nasalado. – Você é muito fofo, eu não aguento. – Disse apertando minhas bochechas e bati em suas mãos tentando afasta-las.

- Ya hyung! – Resmunguei baixo enquanto ele caia na gargalhada.

- O que estão fazendo? – A voz forte de Jaebum ecoou pelo quarto.

- Eu estava dormindo. – Jackson disse em seu tom sapeca. – Mas a lontra não deixou.

- Aish... – murmurei. – Ele estava me zoando, só isso hyung.

Jaebum me olhava desconfiado como se eu estivesse escondendo algo e eu queria rir disso, mas me contive, não queria leva uma bronca tão cedo, ainda não tinha nem anoitecido.

- Vocês viram se Yugyeom saiu ou...? – Indagou.

- Não, ele veio aqui só. – Disse dando se ombros. – Ah, Jackson hyung, ele pediu para que fosse vê-lo em seu quarto.

Jackson levantou-se dizendo que iria ver o que o maknae queria e saiu rapidamente, deixando Jaebum desconfiado dos dois. Lá vamos nós, mais uma cisma do líder em cima dos meninos.

xxx

Point of view Jackson Wang

3h04a.m.

O flashback dos acontecimentos da última hora passava repetidamente pela minha cabeça, eu estava atônito, mal conseguia digerir o que havia acontecido. A culpa de um pequeno erro, uma ação que parecia estar minimamente calculada – e estava. – que deu tão errado para mim e Yugyeom.

Pessoas passavam para todos os lados sem se quer notar a minha presença  ali, eu estava prestes a me descabelar, sem saber como explicaria aquilo para o grupo,  como consertar e como se desculpar com Yugyeom, que agora sofria as consequências do meu erro.

Jaebum adentrou o hospital com sua raiva exalando, parecia cego de ódio e ao ver Im tão furioso já sabia onde isso daria. A raiva do líder era nítida, mas não era só porque eu havia feito besteira, mas sim de preocupação com Yugyeom que até agora não tinha dado noticias, sentia raiva por ter sido desobedecido pelo mais novo.

- Onde está Yugyeom? – Jinyoung perguntou preocupado.

- Lá dentro. – Apontei para as grandes portas brancas, escrito “EMERGÊNCIA”.

- Hyung, o que houve? – A voz baixa de Youngjae soou embargada e ele me olhou com uma tristeza imensa nos olhos. O que só fez minha culpa aumentar em 100%.

Ali faltava apenas Mark e Bambam para estar todos os membros na sala de espera daquele grande hospital no centro de Seul. Eu poderia ter levado ele para um mais perto de onde estávamos, mas a pessoa com quem estávamos implicou tanto e me proibiu de atrair atenção para si. Fiquei com tanto medo de perder Yugyeom ali mesmo que nem tive tempo para discutir que merda ele tinha na cabeça, peguei o mais novo no colo e liguei para o hospital avisando que estava chegando.

Jaebum bufava de tanta raiva, eu sentia isso de longe. Eu me sentia tão culpado que nem todo álcool que eu bebi naquela noite estava sendo suficiente para tirar esse sentimento de mim.

- Foi ele não foi? Lee Joon? – Youngjae agora estava ao meu lado e sussurrava enquanto olhava para o chão.

- O que? – Olhei-o confuso. Jae conhecia o Joon?

- Como isso aconteceu? – Jinyoung perguntou. – Ele não deveria nem estar na rua!

Jinyoung implicava com o Yugyeom quase 24h por dia e vice-versa, mas ninguém poderia ao menos tocar em um fio de cabelo do maknae sem seu consentimento. Muitas vezes Yugyeom mal precisava gritar para que Jinyoung já estivesse olho nas brincadeiras, ele tinha esse cuidado especial com o mais novo, não que não tivesse com os outros, tinha e muito. Yugyeom sempre foi um chaveirinho para nós. Agora meu chaveirinho estava em um hospital por minha causa.

Continuei calado, eu não sabia o que dizer, a vontade de chorar estava entalada na minha garganta e a preocupação com Yugyeom me corroia por dentro.

Jaebum aproximou-se e segurou na gola da minha camiseta, tirando meus pés – mesmo que por pouquíssimos centímetros. – do chão. Não existia nada além de raiva em seu olhar, por um segundo Jaebum me odiou de verdade, isso acabou comigo.

***recomendo que agora vocês Ouçam, Move Along - All American Rejects***

- VAMOS JACKSON, CONTE DE UMA VEZ. – Esbravejou.

Flashback on

- Hyung, ganhe isso por nós. – Yugyeom sorria tanto que seus olhinhos sumiam.

- Não sei se posso, me sinto tonto com o tanto que bebi. – Suspirei, reconsiderando a ideia de correr.

- Ah hyung, você é ótimo nisso mesmo bêbado, você provou isso da ultima vez. – Soltou um riso. – Ei, Jackson hyung está pronto, vamos começar. – Yugyeom disse para uma garota alta e magra, que aparentava ter no máximo 20 anos e estava organizando a corrida.

Flashback off

- O QUE VOCÊ FEZ COM ELE? – Jaebum gritou mais uma vez. Pude ver de relance Youngjae chorando pedindo para que líder me soltasse.

Eu não conseguia dizer nada, só se passavam cenas na cabeça, ouvia vozes a minha volta, mas não as compreendia.

Flashback on

- Yugyeom, ele está muito atrás? – Indaguei, estava considerando diminuir a velocidade, já que minha visão estava um pouco turva.

- Não, eles podem nos alcançar a qualquer momento. – Respondeu ao colocar seu corpo de volta para dentro do carro. – Corra mais!

Olhei pelo retrovisor e vi o carro de Lee Joon se aproximando gradualmente, troquei a marcha e pisei fundo no acelerador. Yugyeom gargalhava ao meu lado com a adrenalina que tomava conta do seu corpo.

Flashback off

Então o primeiro soco veio, Jaebum acertou em cheio o meu rosto e eu não consegui nem me equilibrar ou conseguir focar no que acontecia, cai chocando meu corpo contra o chão, levei a mão até minha boca e tentei limpar o sangue que escorria da mesma. Um soluço, apenas um, que ficou entalado na minha garganta todo esse tempo, saiu. Um choro descontrolado demais para eu aguentar.

O segundo soco acertou meu nariz e uma dor enorme me atingiu, não foi a dor física que tomou conta e sim a dor de sabe que machuquei uma das pessoas que eu mais amava, por ter sido idiota ao ponto de me deixar levar por uma criança de 21 anos!

Eu não conseguia ver nada por conta das lágrimas que saiam sem parar, Jaebum era segurado pelo Jinyoung e Youngjae, que não eram fortes o suficiente para segura-lo. Não demorou para que mais um soco acertasse meu rosto.

- Se Yugyeom tiver um arranhão, Jackson, eu juro, eu mato você! – Jaebum ameaçou com toda sua raiva. – Olhe para mim! ME RESPONDA! – Gritou frustrado.

Flashback on

- Hyung corra, vamos corra! – Yugyeom me atormentava.

- Não posso Yugyeom! – Bufei. – Tem uma curva fechada logo ali.

- Você consegue passar. – Revirou os olhos. – Você já fez isso antes!

Yugyeom ligou o som em uma música, que era trilha sonora de algum filme. Move Along combinava bem com a adrenalina do momento e isso me deu um gás para repensar se deveria fazer a curva sem diminuir a velocidade consideravelmente.

Virei o último gole da garrafa de alguma bebida que achei e Yugyeom já sabia o que isso significava, apenas sorriu e aumentou o som.

- When all you got to keep is strong… - Cantamos juntos. – MOVE ALONG, MOVE ALONG LIKE I KNOW YOU DO… - Yugyeom cantou essa parte mais alto para mim e eu ri de como ele estava feliz.

Conforme a música ficou lenta por poucos segundos foi ao mesmo tempo que calculei que daria para fazer a curva. Ela era mais fechada do que eu imaginava.

Go on go on go on go on

Right back wath is wrong

We move along…

Diminui a velocidade minimamente, o carro do Lee Joon me alcançou e tentava me fechar, virei todo o volante. Daria, sim daria para fazer.

Não deu.

O carro capatou antes mesmo de terminar a curva, fechei meus olhos tentando proteger meu rosto dos estilhaços com o braço. O airbag se abriu amortecendo o choque do meu corpo contra o volante. Minha cabeça doía por ter batido muito forte contra o banco e a janela, podia sentir o sangue escorrer em meu rosto, tossi um pouco tentando respirar e limpei minha mão na blusa de frio – que estava suja do sangue que saiu da minha boca. - Yugyeom estava sem cinto, tentei tirar o meu e empurrar o airbag para longe, para que eu pudesse ver como o mais novo estava.

Flashback off

- JACKSON! – Jaebum continuava a gritar.

- Senhores, por favor, façam silêncio. – Um homem alto, com aparência muito boa e expressão gentil, disse chamando nossa atenção. – Responsáveis pelo Kim Yugyeom?

- Eu! – Jinyoung se prontificou imediatamente. – Todos nós na verdade.

- O estado dele não é tão grave, mas ele precisa de transfusão de sangue. – O médico disse calmamente. – Preciso de doações e de um responsável para fazer a ficha e histórico médico dele.

- Jaebum, fique calmo. – Jinyoung suspirou. – Eu vou resolver isso.

Jinyoung caminhou ao lado do médico em direção aquelas grandes portas e sumiram por ali. Tentei me levantar e senti a mão de Youngjae me ajudar, pequenos soluços ainda escapavam de mim. Ouvir que Yugyeom estava mal a ponto de precisar de transfusão foi pior do que um tiro, preferia estar em seu lugar.

- Viu o que você fez com ele? – Jaebum riu irônico. – Eu disse que se ele tivesse um arranhão mataria você...

- Você não vai matar ninguém... – murmurei. – Foi um acidente.

Outro soco e eu estava de volta ao chão. Agora Youngjae tentava sozinho conter a ira do líder. Eu merecia aquilo, merecia aquele ódio do Jaebum e seus socos eram nada perto do que Yugyeom estava passando.

- ACIDENTE QUE NÃO ACONTECERIA SE ELE ESTIVESSE FICADO ONDE EU MANDEI. – Gritou a todo pulmão.

Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios ao lembrar de como Yugyeom sorria feliz por eu ter aceito sair escondido com ele. Isso parece ter irritado ainda mais Jaebum, que ao soltar-se desferiu socos atrás de socos, sentia minha boca encher de sangue e meu rosto doer o dobro conforme ele acertava algum ponto que eu havia machucado no acidente.

                                                                                 Flashback on

Estiquei o braço para o banco ao lado e não senti nada, nenhum sinal do corpo de Yugyeom. O desespero bateu em cheio ao lembrar que ele estava sem cinto e sua janela estava aberta, ele foi arremessado para fora, eu tenho certeza. Não sei como, mas consegui me desvencilhar do cinto e airbag. O carro tinha parado em sua posição normal e eu agradeci muito por não ter sido de ponta cabeça. Empurrei a porta e sai do carro cambaleando, indo contra o chão imediatamente, olhei em volta a procura do corpo do Yug e vi sua cabeleira ruiva logo atrás, tentei correr, mas nem de pé eu fiquei. Estava tonto demais para isso.

Arrastei-me o tanto que pude até conseguir ficar de pé e em passos bem lentos chegar até o mais novo desacordado. Ajoelhei-me e tirei os cabelos que cobriam seus olhos, seu rosto estava ferido, com alguns cortes e saia sangue pelo canto da sua boca.

- Yugyeom. – Chamei-o quase desesperado. – Por favor, acorde, Yugyeom!

- Hyung... – sua voz soou fraca, mas seus olhos nem abriram.

Foi a última vez que ouvi sua voz.

Flashback off

Eu já sei o que tenho que fazer Yugyeom, por você, pelo seu bem e para o bem de todo o GOT7.


Notas Finais


OI AMORES, EU SEI Q TO ATRASADA, MIL DESCULPAS, SERIO!! MAS TIVE UNS PROBLEMAS Q PRECISAVA DECIDIR ANTES DE ATUALIZAR AQUI, ENFIM EH ISTO.

então crianças, espero que tenham gostado desse cap q eu particulrmente gostei demais de escrever, oq o jackson vai faze bicho???? tadinho do chaveirinho, foi apronta e se lasco.
jaebum paizao memo hein kaakakkaak

enfim, comentem oq estão achando, SENTI FALTA DE VCS COMENTANDO NO CAP PASSADO, não respondi ainda, mas li todos e prometo responder ainda nessa madrugada!
quero saber das teorias da vida hein kakakka

caso alguem se interesse em ouvir a música citada: https://www.youtube.com/watch?v=IyGNDG1isJo olha eh mt boa, recomendo, além de ser trilha sonora dquele filme tope "ela é o cara" q eu se q todo mundo adora hahahah

caso queiram falar cmg: https://twitter.com/biebseven <MEU GATO CURIOSO EH O MSM USER, ENTÃO PODEM MANDAR PERGUNTINHAS LÁ!!

ah e eu talvez mude o dia de postar p sabado ou sexta, mas veremos ai, eh isto, se cuidem, bebam agua, comam, estudem e durmam bem!

VIEW EM YOU ARE!
até a próxima quarta, xoxo bebes!


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