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História Maze - Chapter 4


Escrita por: BNiehues

Capítulo 5 - Chapter 4


 Delphine estava esperando seu café ficar pronto, imagens da noite anterior ainda circulando pela sua mente. Tudo estava fodido, não que ela não tivesse consciência do risco que corria quando permitiu que Sarah entrasse em seu apartamento. O perfume dela ainda presente no nariz, lembrando-a da traição.

 Ela foi surpreendida pelo fato de que dois organismos geneticamente idênticos poderiam ser tão diferentes. Seus corpos pareciam exatamente o mesmo, exceto as tatuagens de Cosima, mas ao mesmo tempo completamente diferentes. Era difícil acreditar que seus DNA eram cem por cento idênticos. Nada sobre Sarah a lembrou de sua namorada. Mesmo que ela estivesse usando delineador como Cosima usava e suas roupas. Seus olhos pareciam diferentes, mais intensos e seus beijos mais exigentes. Ela falava de forma diferente, com a voz um pouco mais gutural do que a de Cosima.

 Delphine tinha esperado que ela fosse confiante, mas ela ficou surpresa com o quão confiante ela era. Ela pegou o que queria, com as mãos explorando o corpo de Delphine ansiosamente, quase bruscamente. Ela nunca tinha notado todos esses pequenos detalhes antes. De longe os clones do Projeto Leda pareciam iguais, mas depois de comparar dois deles dessa forma suas distinções eram inconfundíveis.

 Delphine deixou seus olhos vagarem. A evidência da noite passada era visível em toda parte. As garrafas de uísque vazias ainda estavam de pé no balcão, a jaqueta de couro de Sarah e o cardigan de Cosima ainda estavam jogados no chão do corredor e Sarah Manning ainda estava dormindo em sua cama. Delphine não se atreveu a acordá-la com medo da conversa estranha que, sem dúvida, aconteceria. Seu plano era ir para o chuveiro no momento em que ouvisse ela se mexer. Faltava ainda duas horas para ela ter que estar na Dyad. Nervosa, ela verificou seu celular, mas até agora não haviam chamadas perdidas ou mensagens de texto de sua namorada. O último encontro com certeza tinha sido estranho, mas ela piorou significativamente a situação.

 Ainda não havia nenhum ruído no quarto quando ela terminou sua primeira xícara, então ela decidiu dar uma olhada.  Foi na ponta dos pés para o quarto e cuidadosamente abriu a porta. Sarah ainda estava envolta em lençóis na sua cama king size. Seu cabelo formando um forte contraste com os lençóis brancos. Ela estava deitada de bruços, com os ombros e a parte superior das costas visíveis. Delphine reparou até mesmo na sua respiração e deixou seus olhos vaguearem sobre a mulher em sua cama. Com a mão pousada na maçaneta da porta ela se permitiu uma última olhada antes de fechar a porta do quarto um pouco mais alto do que o necessário. Rapidamente, ela correu para o banheiro, ouvindo atentamente para detectar quaisquer sinais de Sarah saindo do apartamento.

 

O corpo de Sarah ficou tenso quando ouviu a porta do quarto abrindo. Ela tinha estado acordada por um tempo, pensando em uma maneira aceitável de ir embora, possivelmente, sem encontrar Delphine. Quando a porta se fechou, ela se levantou calmamente assim que ela ouviu os passos de Delphine desaparecendo.

"Ah, não me fode", ela sussurrou enquanto vasculhava os lençóis procurando sua roupa de baixo. Eventualmente, ela encontrou-a do lado de Delphine da cama, enquanto suas calças e camisa estavam ao lado da porta. Tendo conseguido com sucesso se vestir ela começou a verificar seu celular. Inúmeras chamadas não atendidas de Felix e uma mensagem de texto dele pedindo desculpas por não atender. Ela decidiu que ligaria para ele, logo que ela estivesse fora do apartamento.

O som de água corrente assegurou-lhe que o caminho estava livre e ela saiu do quarto. Quando viu as garrafas de uísque um sorriso brilhou em seu rosto. Ela pegou o casaco e a jaqueta, verificou sua bolsa e as chaves. Depois de um último olhar para se certificar de que ela não tinha esquecido nada, ela saiu, fechando a porta silenciosamente.

Sarah saiu para rua, colocando o capuz ao sentir o ar frio da manhã golpear seu corpo. Sua cabeça doía e ela tinha gosto de cabo de guarda-chuva na boca, por causa do excesso de bebida da noite anterior.

Ela não queria pensar no que tinha acontecido. Suas atitudes sempre foram impensadas, mas ela nunca imaginou sacanear alguém que amava dessa maneira, Cosima sempre foi muito boa com ela, e o peso da traição pesava na boca de seu estomago. 

 

Delphine suspirou e fechou o laptop. Ela tinha ficado para trás de propósito, certificando-se de que ela não corria o risco de encontrar Cosima na garagem. Mas, aparentemente, Cosima tinha pensado o mesmo. Quando Delphine saiu do elevador elas estavam a passos de distância. Assim que ela reconheceu Cosima, diminuiu a velocidade e se escondeu atrás de uma grande van. Ela se sentiu infantil, mas, novamente, ela não tinha ideia de como se aproximar dela. É claro que ela não podia evitá-la para sempre, mas, pelo menos, até que ela soubesse como lidar com a situação. A viagem de volta para casa foi tranquila, geralmente Cosima estava sentada no banco do passageiro, freneticamente falando de algo que ela queria compartilhar com ela.

Quando ela chegou em seu apartamento o vazio a atingiu. Ela não tinha estada sozinha ali há um bom tempo. Os acontecimentos da noite anterior se repetiam em sua cabeça e ela foi para o quarto para se certificar de que sua empregada tinha mudado os lençóis. Havia ainda um leve cheiro do perfume de Sarah no ar quando ela abriu a porta, mas os lençóis brancos foram trocados por cinzentos. Depois de vestir algo confortável, ela ligou a TV e assistiu a uma reprise de uma serie que tinha visto há muito tempo. Sua mente vagava e ela se viu pensando se devia ou não chamar Cosima. Depois de tudo o que fez, ela devia isso a ela, falar com ela através de Scott tinha sido infantil é claro, mas ela não poderia olhá-la nos olhos, ainda não. Aqueles olhos fiéis, emoldurados pelos aros escuro de seus óculos, aqueles olhos que olhavam para ela como se ela fosse algo mágico. De repente, os óculos desapareceram e a imagem em sua mente alterou para o mesmo par de olhos castanhos que olharam para ela intensamente, exigentes, quase ameaçadores. Ela encolheu os ombros. Não havia nenhuma maneira dela falar com sua namorada antes de resolver a situação com Sarah primeiro. Com a mão trêmula, ela pegou o telefone e discou.

 



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