1. Spirit Fanfics >
  2. Maze >
  3. Chapter 7

História Maze - Chapter 7


Escrita por: BNiehues

Capítulo 8 - Chapter 7


Sarah entrou no loft em busca de Felix, eles haviam combinado de saírem para uma festa nessa noite. A intenção era esquecer o drama clone e perderem a cabeça como nos velhos tempos. Mas ao invés dele, ela encontrou Cosima deitada no colo de Delphine no sofá.

“Heey, não sabia que vocês estavam aqui, estou atrás do Fe” ela ficou parada ao lado do sofá desconfortável, Delphine não dirigiu o olhar a ela.

“E aí Sarah, ele saiu, disse que voltava logo” Cosima disse, levantando do colo de Delphine e se sentando.

“Talvez eu devesse voltar depois então, pode pedir pra ele me ligar?” E começou a caminhar de volta para a porta, rapidamente.

“Não, não, não precisa sair, ele disse que já ia voltar, senta aí” Cosima parecia querer quebrar o clima estranho que tinha se instalado entre elas nos últimos dias.

Sarah considerou, se ela saísse talvez a situação ficasse pior. A francesa ainda não olhava para ela.

“Ok” ela disse e se sentou na cadeira mais longe possível do sofá. Elas tentaram desenvolver uma conversa, mas apenas Sarah e Cosima conversavam, Delphine permaneceu quieta na maior parte do tempo.

Felix chegou quebrando a tensão, apenas Cosima não parecia realmente incomodada. Sarah pulou da cadeira, se adiantando.

“Fe! Você chegou, ótimo, podemos ir?” ela disse, desesperada para sair dali.

“Wow wow Sarah, calma lá! Não vou sair desse jeito, tá louca? Você vai esperar eu me arrumar devidamente, maquiagem e cabelo” e saiu em direção ao banheiro.

“Onde vocês vão?” Cosima parecia animada.

“Ah, numa festa, beber um pouco para aliviar a pressão, você sabe”

“Hmm, acho uma ótima ideia, você parece estressada ultimamente” e Cosima riu. “Aliás, acho que todos nós estamos precisando disso, não é mesmo? O que acha Delphine?”

Sarah e Delphine gelaram no mesmo momento. A morena observou a outra abrir e fechar a boca sem realmente dizer alguma coisa.

“Oh deus, isso seria incrível! Nós juntos e se divertindo só para dar uma variada nesse negócio de clone!” Felix voltou do banheiro só para expressar sua concordância.

Cosima sorriu e olhou para Delphine em busca de aprovação.  ‘Merde’ ela pensou.

 

 

O porão estava lotado, escuro, pessoas de diversas tribos se misturavam na confusão de corpos, a música alta soava de todos os lados, aflorando as emoções.

Sarah havia se destacado do grupo a muito tempo, com uma garrafa de cerveja em uma mão, ela dançava muito perto a um homem ruivo e tatuado a alguns metros de distância deles, que estavam no bar.

“Vamos dançar! Essa terceira tequila é a minha deixa” Felix intimou as duas para a pista.

“O que acha? Faz tempo que não dançamos” Cosima disse no ouvido de Delphine com um sorriso malicioso nos lábios.

Delphine considerou, ela não era muito desse tipo de festa, na verdade, ela não era nem um pouco o tipo de pessoa que frequentava esses lugares. Alguma coisa dentro dela estava se revirando com a visão de Sarah aos amassos com o barbudo ali perto. Ela não entendia o que significava esse interesse repentino pelas atitudes da morena, e ao invés de buscar uma explicação, ela apenas entornava um copo atrás do outro de vodka, tentando aliviar esse desconforto.

“Vou terminar minha bebida pra tomar coragem, você sabe que não estou acostumada com esse tipo de ambiente” Ela respondeu com uma expressão de desculpas “Por que você não vai indo com Felix e eu já alcanço vocês, mon petit?”

Cosima não pareceu satisfeita com a resposta e estava prestes a protestar, mas Felix já estava a puxando e Delphine a incentivou com um sorriso.

Ela observou sua namorada e Felix, que dançava até o chão, divertindo Cosima. Então, ela desviou o olhar novamente para onde Sarah estava, a tempo de ver ela se esgueirando com o homem tatuado entre as pessoas em direção a um canto mais escuro. A raiva a atingiu como eletricidade, se espalhando da cabeça aos pés, ela pediu outra vodca para o barman e respirou fundo. Cosima estava entretida, dançando com os olhos fechados, os braços para cima, ondulando ao ritmo da música.

Delphine tentou se conter, ela realmente tentou, mas era algo que ela não conhecia e não tinha controle, ela virou o resto da dose de vodca e bateu o copo no bar.

 

Sarah não estava raciocinando direito, essa era a intenção. Ela puxava o cara que conhecera na pista e não sabia o nome, mas que beijava bem e isso era o suficiente, pela mão em direção a uma das cabines destinadas a propósitos obscuros. Ela só queria se livrar do que quer que estivesse azucrinando sua cabeça nos últimos dias, e que tinha nome, mas que ela se recusava a mentalizar.

Ela sentiu um puxão firme no braço quando estava prestes a passar por uma das portas e virou pronta para brigar. “Bloody hell! O que você acha que tá fazendo Delphine?”

A loira estava séria, a mandíbula travada, seus olhos deixavam bem claro o tamanho da sua irritação, e a força do aperto no braço, também.

“Me larga porra!” Sarah puxou o braço com violência.

“Não faça isso” A voz de Delphine era baixa, mesmo o lugar onde elas estavam agora sendo menos barulhento, Sarah quase não entendeu o que ela disse.

“O que? Qual o seu problema?” O ruivo atrás dela se aproximou e a beijou no pescoço. Delphine bufou, fechando os olhos para se controlar.

“Sarah.” Ela insistiu, um pouco mais alto dessa vez. Um pouco de suplica na voz.

“Sabe Delphine, eu sei que nós somos iguais, então acho que você está me confundindo, sua namorada está para aquele lado” zombou e apontou em direção a pista de dança “Cai fora!”

E desapareceu com o ruivo no encalço. Delphine voltou para pista respirando fundo e batendo os saltos no chão, se juntando a Cosima, que a olhou desconfiada.

“Onde você foi? Estava quase indo atrás de você”

“Fui lá fora tomar um ar, esse lugar me deixa tonta” A loira disfarçou.

“Você está bem? Quer ir embora?” Cosima a olhou com um misto de preocupação e desconfiança no rosto.

No no, ma cherie, já passou” e beijou Cosima com vontade, porque ela precisava disso. Ela precisava extravasar sua raiva, caso contrário achava que ia ter uma sincope, e esperava que sua namorada pudesse desatar o nó dentro do seu peito e trazer a paz como ela sempre foi capaz de fazer.

Cosima retribuiu, balançando seus corpos juntos, finalmente deixando a expressão de suspeita do rosto, fazendo com que Delphine se sentisse suja. Mas afinal, essa não era a primeira coisa que ela escondia da namorada, era só uma das milhares de farsas que ela encenou desde que conheceu Cosima.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...