História Maze. - ''Ela me deixa louca.''

 

 

Justo você me falando isso? Hipócrita.

 

Andava nos corredores de Sweet Amoris, as pessoas não paravam de me parabenizar por ter batido na Ambre, acho que ninguém gostava muito dela não hein.

Caminhando no corredor eu vi uma poça nem tão grande mas também não tão pequena de sangue, provavelmente era a da vagabunda, ela não tinha me machucado seriamente, ela só sabia puxar os meu cabelos e me arranhar, os arranhões alguns saíram sangue mas nada que uns 2 dias passasse e eu ficasse bem de novo.

Armin estava me levando até a sala da diretora, a diretoria.

 

-Qual é o seu jogo favorito de console?-Perguntou ele.

 

-É Beyond: Two Souls, amo a história e o modo de jogo. E o seu qual é?

 

-Não tenho um especifico mas esse Beyond: Two Souls é bom mesmo, ele é de PS3 né?

 

-Yup.

 

Depois que alguns segundos de silêncio.

 

-E a sua cor favorita?

 

Impressão minha ou ele ta puxando assunto para me conhecer melhor?

Pobre Armin, mal sabe ele que eu sou um lixo na vida.

 

-Preto, melhor cor por um simples fato, representa tudo e ao mesmo tempo nada.-Falei, até que estava legal essa conversinha antes de eu ser suspensa.

 

-Também, estranho, eu sempre falo isso, se tu falar isso para o Alexy ele surta, ele já ta cansado de ouvir de tanto eu falar isso.-Ele até que é simpático.

 

Ele parou na frente de uma porta, a porta para diretoria, estava escrito em uma plaquinha.

 

-Boa sorte, estressadinha.

 

-Obrigada nervosinho.

 

Bati na porta escutando um ''entra'' abri a porta e me deparo com a diretora sentada na cadeira dela com um cachorro em seu lado e uma grande mesa em sua frente, e também via uma Ambre com cara de merda segurando gelo na bochecha.

Ela não parava de gritar e reclamar para a diretora, acho que a própria diretora não aguentava mais.

 

Bem, modo atriz em ação Morgan.

 

Caminhei até a cadeira do lado de Ambre, eu fingia uma cara preocupadíssima,

 

-Ambre me desculpe, eu, eu não quis fazer isso, me desculpe por favor fofa...-Falei encostando em seus ombro vendo ela resmungar porque estava doendo.

 

-NÃO ENCOSTE EM MIM SUA LACRAIA, OLHE O QUE VOCÊ FEZ COMIGO, ALÉM DE ME EXPOR PARA A ESCOLA INTEIRA!-Berrava ela.

 

-AMBRE PARA DE GRITAR NINGUÉM AQUI É SURDA!-A diretora gritou mais que a Ambre.-Deixa a Morgan explicar o lado dela da história, vamos senhorita Moldren, olha só o estado que esta a sua colega de aula.

 

-B-bem, diretora Shermansky, não foi proposital eu só me defendi...-Falei fingindo que ia chorar.-Veio a Ambre e mais três meninas muito bonitas e disseram para mim ficar na minha que ninguém ia se machucar, mas não foi isso que aconteceu, ela me arranharam olha aqui como eu estou!-Mostrei para diretora que estava interessadona na minha explicação.-Então como era uma contra três eu fiquei com medo e usei toda a minha força, mas... Não queria que acontecesse algo tão grave com elas mas infelizmente aconteceu um acidente horrível!-Falando a verdade aqui, eu poderia ser atriz né? puta que parolas.-Tinha um garoto atrás de mim carregando um trabalho pesado e eu sem querer bati nele e ele caiu em cima da Ambre, daí ela desmaiou e não lembrou de nada, deve ser por isso que ela deve estar achando que fui eu, mas não foi! Eu juro! Aliás estou muito preocupada com ela!-Falei deixando uma lágrima falsa cair dos meu olhos.

 

Novela mexicana me contratem! eu sou demais!

 

-Não é Ambre?-Botei a minha mão atrás das costas dela fingindo fazer carinho mas na verdade estava era puxando o cabelo dela.

 

-PARE SUA VADIA! DIRETORA OLHA ESSA ABUSADA PUXANDO O MEU CABELO!-Ambre falou desesperadamente tentando mostrar o meu ato para a diretora mas foi falho.

 

-Eu? Ambre, pensava que você não era tão maldosa!-Assim comecei a chorar falsamente.

 

-SHERMANSKY ELA É UMA FALSA, UMA ATRIZ DE PRIMEIRA NÃO ACREDITE NELA!-Ela tava desesperada arrumando um jeito pra eu me dar mal.

 

Que pena que a Shermansky já estava na palma da minha mão, não tinha mais volta.

 

-Ambre esta dispensada! Ficará por dois dias aqui na escola durante uma hora depois que as aulas acabarem! Por calúnia!

 

-O QUE? VOCÊ ESTA BRINCANDO COMIGO NE SUA... LINDA E ÓTIMA DIRETORA?!-Ela perguntou não acreditando no que estava acontecendo.

 

Minha vontade naquele momento era de rir da cara dela.

 

-''Até que você mandou bem baby...''

 

Eu sei.

 

Ambre estava saindo então pensei que poderia sair também, mas não foi o que aconteceu.

 

-Fique senhorita Moldren, preciso trocar umas palavrinhas contigo.

 

Me sentei de volta.

 

-Você sabe que eu sei sobre você e tudo mais, e queria perguntar uma coisa, mas tem que responder com sinceridade. A esquizofrenia atacou no momento em que Ambre e suas amigas estavam te azucrinando?

 

-Não querida diretora Shermansky, eu era 100% eu naquele momento!-Menti.

 

O que a maioria das pessoas não sabem é que a esquizofrenia não ''ataca'', ela sempre esta lá, atacando.

 

-Ok pode ir, mas como castigo você irá ter que limpar a poça de sangue no corredor.

 

Só isso? Acho que me dei bem, e o Castiel dizendo que eu não sairia sem ficar com suspensão.

 

-Sem suspensão?-Perguntei.

 

-Sim, sem suspensão, mas não se acostume! Agora vá logo!

 

Sai abrindo a porta indo pro corredor.

Tinha muita gente esperando lá na frente da porta da diretoria, quem diria que uma briguinha dessas causaria tanto furdúncio.

 

-Estão bem? Perderam alguma coisa aqui?-Perguntei.-Se me derem licença.-Tentei sai daquele amontoado de pessoas empurrando quem estava na minha frente.

 

Saindo de lá respirei fundo, fui até a sala do grêmio onde a diretora disse que estariam as coisas para eu conseguir limpar o sangue que estava no chão.

Tinha um balde e um esfregão.

Peguei o balde e o esfregão e fui o corredor limpar logo aquilo.

Quando eu cheguei na poça tinha batido para o quarto período, todos estavam passando por mim e me olhando segurando aquele balde e esfregão, até que finalmente o corredor tinha ficado vazio, todos já estavam em suas salas.

Então comecei a limpar, a marca do sangue não estava saindo muito fácil então tive que botar força naquilo, me cansou. quando terminei de limpar botei o esfregão e o balde de volta onde estavam e fui pro banheiro lavar as mão e o meu rosto que estava um pouco suado.

Chego na porta do banheiro e a abro empurrando, vou até a pia, limpo o meu rosto e minhas mãos, me olho no espelho, e vejo ela atrás de mim, a sombra de dois metros atrás de mim, ela era toda escura só tinha os olhos que eram totalmente brancos, a sombra era realmente alta e magra, essa sombra era a dona da voz que me atormenta, as vezes ela aparecia assim pelo espelho e ficava me admirando, mexendo no meu cabelo eu só ficava parada mesmo, quando eu conseguia vê-la eu não conseguia ouvi-la, mas quando conseguia ouvi-la eu não conseguia vê-la. É bem confuso.

Ela raramente aparece assim, dessa vez ela estava mais nítida e mais real que nunca.

Eu ficava a admirando e ela ficava me admirando.

Ela não tinha gênero, não pela sombra, só a voz dela era definida, era feminina.

Os olhos dela tem tanta coisa a dizer mas ao mesmo tempo as palavras que descrevem-nas eram vazias.

Era um total branco e a sua pele uma total escuridão.

Eu desde menininha tenho medo de escuro, mas não tenho medo da imagem dela, só da voz.

Ela me deixa louca.

 

Quando ela desapareceu, eu sai do banheiro, as visitas dela não são longas, na verdade muito pelo contrário, são bem curtinhas no máximo uns 3 minutos.

Eu estava indo para a minha sala quando escuto uns gemidos, mas que porra é essa.

Estava vindo do porão, como não estava muito afim de ficar na aula mesmo, fui ver o que era e quem era.

Cada vez que eu chegava mais perto do porão os gemidos de mulher ficava mais altos.

Cheguei na porta do porão e botei o ouvido para tentar reconhecer a voz de bezerro que esta gritando, mas não conseguia, então abri um pouco a porta e consegui ver só a menina, eu, eu acho que já vi ela...

Como eu queria saber quem era o garoto que estava causando esses gemidos exagerados eu abri mais ainda a porta.

Olhei a posição dos dois e estava bem bizarra... Não parecia muito confortável para os dois, acho que ela tava gritando de dor, não é possível. Quando eu fui olhar o rosto do cara e............ Já falei que ele só me decepciona?

Castiel do céu.

Minha vontade era rir daquela cena, mas não podia porque se não iria chamar atenção.

Era o seguinte, ela tava com cara de realizada gemendo pra caralho tipo '' ah que delícia super bom uhul'' e ele lá emburradão KKKKKKKKKKK acho que a ideia da posição foi dela, eu estava rindo muito internamente. A cara dele como se estivesse lá por obrigação é impagável! KKKKKKKKKK.

Até que ele me viu, sim eu ele me viu espionando quase morrendo de me segurar para não rir, ele então ficou com a cara mais emburrada ainda, não consegui e comecei a gargalhar MUITO. 

Amo a desgraça alheia.

Quando comecei a gargalhar que nem hiena fechei a porta rapidamente para ela não me ver.

Eu tive que me sentar nas escada para rir, eu não me aguentava.

Vi de relance a garota abrindo a porta e correndo de lá sem olhar pra trás, enquanto atrás tinha um Castiel desanimado e com a cara de quem se arrepende de ter feito tal coisa. 

Foi ai que eu comecei a rir mais.

Eu não parava, sério eu não me aguentava em pé, eu berrava, eu roncava eu tava descontrolada.

Até que o Castiel sentou do meu lado ainda com a mesma cara e disse:

 

-Você tem razão de rir disso.

 

PUTA QUE PARIU KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

COMO FAZ PRA PARAR DE RIR? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.

 

-TÁ MAS NÃO TANTO CARALHO, CHEGA.-Falou tentando segurar um risinho.

 

Quando eu dei uma roncada de porco sem querer ele também não se aguentou e começou a rir comigo.

 

Demorei um pouco para parar mas parei. 

As vezes eu parava e começava de novo e o Castiel me acompanhava.

 

-Acho que nunca ri tanto assim na minha vida quanto eu ri hoje, juro.-Falei colocando os cotovelos e me apoiando no degrau de trás.

 

-Primeira vez que vejo você rindo.-Falou ele apoiando seus braços nas suas próprias pernas.

 

-Primeira e única, eu daria de tudo para ver aquela cena de vocês dois de novo. Tu viu que eu até fechei a porta para não atrapalhar vocês num momento tão feliz e satisfatório quanto aquele com a minha risada? Não precisa agradecer sei que sou demais.-Falei jogando o cabelo na cara dele.

 

-HA-HA, tomar no cu, a pior transa na escola da minha vida na moral.-Disse.

 

-Então quer dizer é o  transante da escola? Vi pela a sua cara KKKKKKKKK-Ri mais um pouco.

 

-Ah cala a boca.-Falou me dando um soco na perna.-E então como ficou o bagulho da Ambre lá?

 

-Hunf, o que você acha?-Perguntei o encarando.

 

-Suspensão por pelo menos cinco dia no mínimo.

 

-Errou, como eu falei Gardner, não duvide das minhas capacidades, a minha única punição foi limpar o sangue dela mesmo. A Ambre que vai ficar aqui na escola depois da aula, não eu.

 

-COMO ASSIM, VAI TE FODER, COMO VOCÊ CONSEGUIU?-Perguntou surpreso.

 

-Atuando, óbvio.

 

-ME ENSINA. Não como você conseguiu vencer a Ambre em mentir, ela mente pra porra e sempre se da bem.

 

-Tenho meu truques tomate.

 

-Cala a boca tábua.-Ele deu aquela ''discreta'' olhada nos meus peitos.-Ah, mentira que a tábua gosta de Metallica.

 

-Que discreta essa olhada hein.

 

-Se não for pra não ser discreto nem olho. Mas afinal, curte mesmo ou é só uma modinha nojentinha?

 

-Curto desde pequena que nem jogos, eu curto muito esse estilo de música, claro que também curto outras mas esse estilo fica em primeiro lugar.

 

-Olha ai, finalmente tu tem uma qualidade.-Falou.

 

-Uma? Querido eu tenho várias só me conheça melhor e você descobrirá.-Falei me levantando.-Anyway, vamos pra aula, daqui a pouco vai bater para o último período.-Falei saindo das escadas, e ele caminhando atrás de mim.

 

Até que o Castiel é legalzinho.

 

-''Daria para um bom saco de pancadas. Sentimentais.''