História Maze Runner - Small Evil Season 01 - Chapter Twenty - Bones

“I'd rather laugh with the sinners than cry with the saints.”

― Billy Joel

Point of View of Thomas Daniel Anderson

Acordei na segunda-feira com meu celular apitando. Mal consegui abrir os olhos e ainda sim, o maldito apitava alto e estridente. Não fazia idéia da onde eu estava, até vencer a batalha contra meus olhos cansados. Ah, sim. Agora eu percebi onde havia me metido; na cama de uma cheerleader qualquer para saciar meu desejo de Anitta. A garota havia me provocado ao extremo alguns dias atrás quando caiu de boca no meu pau, fazendo-me gozar de uma maneira nunca antes sentida. Ainda pensava naquele boquete. Pensava muito nele aliás, inclusive na noite passada, quando comi outra garota pensando na ruiva.

Anitta Jolie Greene estava empregnada na minha mente. Não sei ao certo se era só desejo, vontade de foder ela ou se estava realmente sentindo algo a mais. Meus sentimentos andavam confusos demais sobre aquela garota, mas o que quer que eu estivesse sentindo, era bom. E eu queria mais.

Catei o celular e fui conferir quem estava me acordando às 5:30 da manhã, sendo que as aulas só começavam às 7:30. Duas mensagens de Anny, quinze ligações perdidas de Charlotte e um e-mail de remetente desconhecido. Óbvio, fui conferir o que Anny queria primeiro.

Aproveitou bem o orgasmo, Tommy? Espero que sim, pois vai demorar para ter outro XX A.G – 23:47

Inaceitável uma provocação dessa. Precisava muito colocar essa garota de quatro para mostrar quem manda nessa porra. Segui para a próxima mensagem dela.

Ainda sinto o gosto do seu pau entre meus lábios... Imaginando como seria senti-lo em outro lugar... XX A.G – 00:33

Okay. Agora Greene havia pegado pesado comigo. Precisava bater uma ou comer de novo aquela garota deitada do meu lado, ainda dormindo. Controlei meu impulso e por fim, fui checar o email desconhecido. Ao abrir, havia um link de um vídeo, com os dizeres: Todo mundo tem um coração, e agora, ela também. Confira a ascensão e ruína de Charlotte Elizabeth Grey.

Eu gelei. Cogitei se não era melhor ligar para Charlie antes e checar como ela estava, afinal, haviam 15 ligações perdidas dela no meu celular - Argh, que se dane! – Abri o link e tomei um susto quando vi Newt se declarando para Charlie no gramado do que julguei ser sua casa, quase fazendo sexo com ela. Em uma edição muito bem feita, ele deixava minha prima sozinha no quarto, apenas de lingerie, após negar fogo, fazendo ela checar um vídeo onde o filho de uma puta acabava com a reputação dela. Ela chorava sem parar vendo aquilo, encolhendo-se na cama dele, até juntar suas forças e sair desgovernada de lá.

Céus, Charlie devia estar arrasada! E devia ter feito alguma merda! Desisti imediatamente da idéia de foder a cheerleader e me vesti. No caminho liguei para minha prima, que não atendeu a ligação. Quando cheguei em casa, ela também não estava lá e isso me deixou preocupado. Checando o relógio a cada dez segundos, já era quase hora de ir para a maldita escola. Encontraria ela lá então.

Seu carro não estava na vaga habitual, ainda sendo guardada por Gally. Estacionei o meu lá mesmo e saltei pra fora.

- Você sabe da Charlie? – perguntei preocupado, guardando meus óculos escuros. O loiro estava com o semblante pior que o meu.

- NÃO! – respondeu grosso – Você já viu a porra do vídeo?

- Já! Você também recebeu? – questionei preocupado, espiando e sacando os olhares de alguns alunos na minha direção.

- A escola inteira recebeu, Thomas! Aquele escroto fodeu com sua prima! – bravo, socou a lataria do carro ao lado.

- Preciso encontrar esse cuzão. AGORA GALLY! – gritei, avançando pelos corredores da escola.

Todos nos encaravam com um sorriso maldoso no rosto e expressão de satisfação pelo trote com a Charlotte. Ao longe vi Newt todo intocável mexendo no seu armário, com algumas garotas a sua volta babando, quase se esfregando nele. Lancei um olhar perverso a Gally e ele assentiu na hora, partindo para cima do loiro junto comigo.

O grandalhão empurrou o Don Juan com toda sua força, fazendo ele cair no chão junto com alguns livros. As garotas a sua volta gritaram e saíram da mira da nossa ira. Passei a chutá-lo, completamente transtornado.

- Seu viado do caralho! O que você fez com a Charlie? – continuei a descontar a raiva sentida, batendo em seu corpo caído.

Em segundos o corredor já estava lotado de alunos a nossa volta. Foi aí que Gally puxou Newt pelo pescoço e o escurraçou até a saída do estacionamento, evitando que fossemos flagrados por algum professor. Com o rosto sangrando e totalmente sem reação, não resistiu quando meu amigo prosicionou-se atrás dele, segurando seus dois braços com força.

- Ele é todo seu Thomas! Acabe logo com esse escrotinho – Gally riu, dando um tranco severo no corpo do loirinho.

- Eu vou te ensinar a não foder com a minha prima, Greene – joguei perverso, socando a boca do seu estomago. Newt tossiu e arqueou as costas. Gally levantou o tronco dele, eu prossegui – Charlie sumiu por sua culpa. Se alguma coisa acontecer com ela, eu arranco seu pau fora! – apertei o saco dele com força, fazendo o idiota gemer de dor – VOCÊ ME OUVIU, GREENE? – gritei, literalmente cuspindo na cara dele.

- Vai se foder, Anderson! – articulou entre os dentes serrados, me fitando com uma cara provocativa.

De relance observei os olhares atentos das pessoas a nossa volta, esperando minha reação. Sorrisos maldosos mesclados com semblantres de prazer e 05% de preocupação. A única coisa que me faria parar aquilo, seria Anny. E graças a Deus ela não estava lá para me frear.

Fiz sinal como se estivesse indo embora, virando minhas costas para Newt. Gally ainda segurava o garoto com força. Balancei negativamente a cabeça e num espasmo, girei com tudo meu corpo, acertando meu melhor gancho de direita da vida bem na maça do rosto daquele puto.

Caído no chão, com as mãos no rosto, ameacei-o:

- Se eu fosse você Greene, a partir de hoje andava com medo até da própria sombra. Prometo acabar com você! – saí de perto, antes que algum professor ou o diretor Stevenson aparecesse por lá.

- Qual seu plano, Anderson? Quero ajudar – Gally estava tão empolgado quanto eu na vingança, afinal, Newt havia mexido com a princesinha do grandalhão.

- Primeiro preciso achar a Charlie. Preciso saber como ela está. Estou seriamente preocupado, Gally. Você conhece minha prima... Depois disso, pensei em sabotar aquela motoca primária dele.

- Tipo, provocar um acidente? – o loiro arqueou as sobrancelhas medonhas, satisfeito com a minha proposta.

- É Gally! Tipo MUITO provocar um acidente. – rimos juntos, saíndo para a aula de educação física.

Lá inventamos qualquer dor e frescurite ao treinador e fomos imediatamente dispensados das atividades, com a condição de ficarmos na biblioteca estudando. Passamos a hora seguinte bolando o plano de vingança. Gally estava empolgado e me deu até dó dele pensar que após todo aquele estresse ele teria alguma chance com a minha prima. Conheço Charlotte desde que ela nasceu. Se Newt fodeo com ela, seria com ele que ela queria ser fofida o resto da vida. Predisposição forte para caras filhos da puta. Essa era Charlie.  Mas antes dela voltar correndo para Newt feito uma cadelinha no cio, eu faria ele pagar por magoá-la, nem que isso deixasse a Srta. Grey brava comigo.

Nesse meio tempo Gally ligou diversas vezes para Charlie e nada. Soube até que Kate estava atrás dela, enviando torpedos e mensagens no whatsapp. Eram quase 10:00 da manhã quando meu celular vibrou. Saquei-o rápido do bolso, na esperança de ser ela dando algum sinal de vida. Senti meu membro latejar quando li o nome de Anny na tela. Respirei fundo e engoli a seco antes de abrir a mensagem:

Soube que bateu no meu primo. Tsc, tsc, tsc. Podia ter batido bem forte na minha bunda quando teve a chance! Menino malvado! A.G – 09h57min