Ponit of View of Thomas Daniel Anderson
Desde o trote ocorrido com Charlie estava fazendo marcação serrada na minha prima. Eu era praticamente a sombra dela. Confesso que estava com medo do que ela fosse capaz de fazer, já que no dia em que desapareceu soube que a maluca pulou naquele mar gélido do porto de Seattle e nadou alguns minutos, até a guarda costeira retirá-la da água quase em estado de hipotermia. Ligaram aflitos para meu celular e tive que encontrá-la no hospital após o Dr. Pattinson encobrir das autoridades que ela estava mais drogada do que Quentin Tarantino quando escrevia seus roteiros bizarros de filmes. Minha tia Scarlett nem sonhava nas barbaridades que a filha estava cometendo nas últimas semanas. Choque mesmo era ver o estado dela por causa de um babaca como Greene.
Charlie dormia agora no meu quarto, dividindo minha cama. Não era Anny ali, mas gostava do fato de tê-la comigo. Seu cheiro era triste e vulnerável, o que me fazia lembrar do quanto ela sofria desde que o titio Gale havia falecido. Levantei e fui tomar um banho. Havia decidido que aquele seria o dia em que Charlotte voltaria para a escola, enfrentando todos de cabeça erguida. Scarlett andava preocupada com o sumisso dela nos treinos de natação. Mal sabia que a filha havia desistido do sonho e nem cogitava a expulsão dela de Harvard, onde nossa família fazia carreira, mantendo uma tradição idiota. Eu planeja ir para o Vale do Silício, Califórnia, enfrentar Stanford com todo o seu sol e pegação 24 horas por dia. Ao contrário da minha prima, eu não queria me dedicar a medicina, não era tão focado assim. Minha meta era o curso de Ciências da Computação e já imaginava-me um importante CEO da Anderson Enterprises!
Após me enxugar, acordei Charlie e a ajudei a escolher uma ótima roupa para o retorno. Algo provocativo, porém que mostrasse a firmeza dela, embora a garota ainda estivesse despedaçada por dentro. Escovei seus cabelos, separei um perfume e escolhi um Christian Louboutin preto de solado vermelho, tão poderoso quanto ela.
- Linda como sempre! Você sabe que te amo, certo? – beijei sua testa, encorajando a morena a sair de casa. Com um meio sorriso na cara, ela apenas baixou a cabeça e seguiu para o elevador se arrastando.
Joguei as chaves do Crimson no seu colo, impondo que ela fosse dirigindo naquele dia, como sempre fazia. Contrariando meu humor, coloquei One Direction para agradá-la e a fiz sorrir pela primeira vez em dias após relembrarmos a #AfeterSexSelfie dela com Louis e Harry. Ela confessou que trapaceou na aposta, concedendo a mim o título de maioral naquelas férias. Agradeci a sinceridade e humildade, mas deixei o título com ela, afinal, não é todo dia que alguém transa mais de 3 vezes com Louis Tomlinson e o desafia a escrever uma música melhor que Shawn Mendes escreveu para ela. Stitches era boa, mas estava curioso para ouvir uma versão mais desafiadora sobre os feito de Charlotte no coração alheio.
- Anime-se! Só mais alguns dias e teremos duas semans de férias. Planejo algo surreal dessa vez, C! Europa? Que tal? Você ama trepar com Europeus!!!! – disse animado, checando meu celular uma última vez, ainda sorrindo com as notícias fresquinhas que Gally enviava de hora em hora desde a noite passada. Nosso plano tinha sido bem executado e uma hora dessas aquele loiro escroto do Newt devia estar gemendo numa cama de hospital, com sua motoca do “Fantastico mundo de Bob” destruída. Bem feito. Mexeu com Charlie, mexeu comigo. Ninguém fode com a minha prima.
Gally aguardava ansioso na entrada da escola, mas pisquei para ele, evitando contar o trote contra o escrotinho a Charlotte. Kate e Minho aparecerem sorridentes ao nosso encontro, animando minha moreninha chata e a incentivando a entrar. Kate, Gally e Charlie seguiram para a aula de álgebra e Minho e eu para física. Estranhei a ausência de Anny na sala e comecei a ficar preocupado. Será que a garota estava sendo solidária com o babaca do priminho no hospital ou tinha morrido no acidente? - Que desperdício! Queria ter comido ela antes...
Trocamos mais uma vez de matéria e dessa vez Kate estava conosco, deixando Charlotte e Minho seguirem para educação física. Combinamos de almoçar todos juntos meio dia em ponto no refeitório. Cruzando a multidão como um trator desgovernado, Anny apareceu enfurecida, com uma tala na mão, enfiando um soco na minha cara.
- Anderson, seu imbecíl! Você podia ter matado nós dois! – gritou histérica, conseguindo a atenção de todos no corredor. Que delícia!
Kate e Minho olhavam chocados, assim como Gally, que tentava afastar Charlie da confusão. Ela não podia ouvir aquilo. Ela não me perdoaria se soubesse que eu tinha metido o loirinho filho da puta numa cama de hospital.
- Do que você está falando, Greene? – dei uma de desentendido, confundindo a ruiva.
- Você sabe exatamente do que estou falando – ela disse esfregando a tala na minha cara – Você deu sorte que só quebrei meu dedo.
- Não sabia que havia se machucado. O que aconteceu? – dissimulação era meu forte.
- Argh, Anderson! – ela gemeu brava, lançando as mãos para o alto – Você sabotou a moto do Newt! Ele está internado no hospital, seu babaca! – ela denunciou.
Olhei rapidamente para Charlie, que me fitou espantada e tentou avançar na minha direção. Gally travou ela em seus enormes braços e jogou minha prima em seu colo, afastando ela aos gritos dali – menos uma – pensei.
- Na queda Newt me protegeu com seu corpo, mas bateu o capacete com tudo na guia da calçada, esfolando a jaqueta dele e machucando a costela. Eu juro que te mato se ele perder a memória por causa dessa maldita concussão – me ameaçou, batendo um dedo em riste no meu peito.
- Você acha que eu tenho medo de você, Anitta? Olha bem pra minha cara! – peitei ela, fazendo Minho se aproximar mais da briga – Olhe pra você! É outra pessoa. Você se tornou arrogante e prepotente, exatamente aquilo que mais odiava na vida. Você pensa que eu não sei o que se passa na sua cabeça? – desafiei.
- Cale essa sua boca, Anderson!!! – ela deu alguns passos para trás, um tanto quanto abalada com minhas últimas palavras.
- Thomas, você já foi longe demais – Minho colocou a mão no meu ombro, mas a afastei como um animal. Eu estava puto. Possuído de raiva. Charlie e Gally já estavam longe do teatrinho da ruiva então apertei o foda-se para tudo aquilo.
- NÓS JÁ FOMOS LONGE DEMAIS! – arrumei a sentença do meu amigo asiático – Não é mesmo, Anny? – ela me olhou confusa, e tenho certeza de que estava com um nó na garganta – A Anny de três anos atrás nunca teria ficado de joelhos no concreto da cobertura da escola, chupando meu pau até eu gozar na sua boca!
Bang! Havia exposto a gracinha na frente de todos, assim como ela e o primo fizeram com a Charlie. Aqui se faz, aqui se paga.
- Eu não acredito que você disse isso Thomas... – deixou escapar entre os lábios trêmulos. Suas bochechas coraram a medida que seu queixo caiu sobre a face.
Olhos e expressões maldosos cercavam a cena. Na minha frente uma Anny vermelha, pronta para explodir, até que lancei estufando o peito – Pode vir quente que eu estou fervendo, gatinha! Não tenho medo de você. Eu sou a porra do Thomas Daniel Fucking Anderson! – rosnei.
Cedendo a provocação, Anitta avançou feito uma leoa na minha direção. Sem calcular as consequências, meti minhas duas mãos em seu tórax, jogando com violência seu frágil corpo no chão. Assim que ela rolou pelo solo frio, investi contra ela, pronto para enfiar a mão na sua cara insolente. A palma da minha mão ficou a apenas alguns centímetros do rosto dela, com Minho impedindo a total ação.
- Thomas, o que você está fazendo??? – me olhou atônito ao ver que eu seguiria fácil na agressão física contra aquela menina. E seguiria mesmo. Já estava na hora de alguém brecar toda aquela petulância que brotava em menos de 1 metro e 55 de altura.
Kate levantou Anitta do chão. A ruiva serrou os dentes, comprimiu os lábios e desvenciliou-se dos braços da morena com zanga. Deu alguns passos para longe de mim, antes de prometer:
- Você me paga, Thomas Daniel Anderson!!!! VOCÊ ME PAGA! – gritou enfurecida, totalmente atônita com meu comportamento.
- Desde que seja com mais um boquete ou tirando esse seu cabaço, estou a disposição pra você, querida! – emendei, virando as costas até onde Gally estava segurando Charlotte ao longe.
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