História Maze Runner - Small Evil Season 01 - Chapter Twenty Four - London

Point of View of Anitta Jolie Greene

— Ah, seus nojentos! — gemeu Newt, fazendo-me rir e desgrudar minha boca da de Tyler. Lambendo meus lábios, fiz uma careta para Newt e cai na gargalhada.

Revirando os olhos, Newt e Tyler se abraçaram daquele jeito embaraçado que os homens se abraçam e começaram a conversar. Não prestei muita atenção, pois estava ocupada em sentir o ar puro e gélido de Londres contra meu rosto.

Entramos na Mercedes-Benz Sl-Class preta conversível de Tyler. Sentei-me na frente, deixando Newt se acomodar nos bancos de couro de trás. Deitando no banco, ele colocou os fones.

— O que aconteceu com meu melhor amigo? — perguntou Tyler, assim que deu a partida. Respirei fundo.

— Digamos que Newt se apaixonou pela vítima. — murmurei, fazendo uma careta.

Tyler somente deu uma risadinha como resposta.

— Vamos fazer dessas mini férias as melhores? — questionou, lançando seu sorrisinho torto.

— Com certeza. — sorri, estalando a língua.

Assim que chegamos a Residência Greene, fiquei feliz por notar que estava vazia. Janson deveria estar na Clínica, como sempre, e Ava viajando. Newt subiu emburrado com sua única mala para o seu antigo quarto, enquanto Tyler me ajudava com minhas duas malas e mochilas.

— Caralho, Ann, que peso. — reclamou o moreno, largando uma de minhas mochilas de qualquer jeito no chão de meu quarto.

— Cuidado, trolho! — adverti, pegando minha mochila e jogando-a na cama. — São meus bebês. Meus livros. Se você estragar algum, vendo você e Newt no Mercado Negro para comprar novos. — ameacei, com os olhos em fendas.

Logo caímos na gargalhada, enquanto arrumávamos meus livros e roupas no quarto. Quase matei Tyler quando ele deixou Julieta, da Anne Fortier cair no chão, e quis estrangulá-lo quando abriu minha mala de lingeries e colocou um de meus sutiãs na cabeça, dizendo que era o Mickey.

— Para com isso, babaca! — gritei, correndo atrás dele pela casa.

— Oh, Minnie, não fique tão nervosa! — volveu ele, imitando a voz do camundongo e fazendo-me ter um ataque de risos.

— Será que as duas crianças podem parar?! — berrou Newt, da porta de seu quarto. — Obrigado. — emendou, batendo a porta.

Tão estático quanto eu, Tyler estava boquiaberto.

— TPM? — perguntou o moreno. Assenti.

— Quer saber, Ty? Vamos dar uma volta no London Eye! — exclamei, mandando o moreno na missão impossível de fazer Newt largar a guitarra e socializar com a maravilhosa e cinzenta Londres que ele tinha a disposição.

Chegamos ao local em que eu planejava esfriar a cabeça de Newt pontualmente às onze horas. Compramos os Fast Track Tickets e evitamos a fila do caralho que se formava e com algumas piscadinha minhas e algumas libras a menos de Tyler, conseguimos ficar sozinhos na cabine.

Eu gostava de ficar sentar colada ao vidro, admirando minha amada Londres, enquanto Newt curtia colocar alguma música no Ipod e utilizar a meia hora de passeio para sofrer sozinho. Mas dessa vez eu não ia deixar.

Primeiramente, roubei os fones de Newt. Ele rosnou. Depois, segurei seu queixo e Tyler lhe mostrou um pacotinho cheio de ecxtasy para ele. Newt franziu o cenho e depois negou com a cabeça.

— Ah não, Ann. — gemeu ele, olhando-me como se eu estivesse errada.

— Ah não o seu cú, Newton. Escuta aqui, você pode querer passar as próximas duas semanas enfiado no seu quarto alternando entre escrever musiquinhas de corno e Netflix, mas eu quero me divertir. E nem que eu tenha de te amarrar você vai curtir junto. — explodi, peitando meu primo. Ele simplesmente suspirou. — Porra, Newton, seja menos broxante, pelo amor da Rainha Elizabeth.

Ao ouvir isso, Newt me olhou com ódio, sorriu como um maníaco, e, arrancando o pacotinho da mão de Tyler, colocou três balas na boca. Sorrindo e urrando com a primeira investida de Newt, Tyler e eu imitamos sua ação, ficando bastante felizes durante o trajeto.

O Big Ben havia se transformado num pênis com forma engraçada aos nossos olhos, o céu cinza parecia rosa e o Tâmisa imundo lá e baixo era de chocolate. Perdi a conta de quantas balas chupei depois da sétima, e tinha certeza que os meninos tinham ingerido mais que eu.

Quando descemos, resolvemos dar uma volta pelo Píer. Debrucei-me sob as barras de proteção, recebendo olhares de desaprovação dos turistas e dos londrinos céticos que eu normalmente incorporava. Newt deu um forte tapa em minha bunda empinada, fazendo-me cair na gargalhada.

— Escroto. — balbuciei, enfiando mais uma bala na boca. Overdose, lá vou eu!

— Boqueteira. — volveu Newt, as pupilas dilatadas quase engolindo suas íris. Sentindo meu corpo mole, empurrei o loiro, que trôpego como estava, sentou na barra de proteção e caiu de costas no Tâmisa. Graças a Deus, o Píer estava quase que completamente vazio. Tyler ria como um retardado.

Olhei para baixo e vi Newt rindo e nadando ali, e não pude evitar desejar imitar. Tirando minha jeans e meus sapatos, subi nas barras de proteção e pulei nas águas escuras, ignorando a temperatura fria.

Depois de mergulhar e pular nas costas de Newt, afogando-o algumas vezes, fomos recebidos por um Tyler só de boxer preta. Começamos a jogar água um nos outros até que escutamos o apito de algum policial. Ou ele estava de bom humor, ou queria continuar vendo três adolescentes drogados e felizes nadando no Tâmisa. Ainda não sei dizer qual dos dois.

Quando saímos, mais de duas horas depois, já eram quase três da manhã, e tremíamos de frio.

— Caralho, Anitta, que ideia idiota a sua! — exclamou Newt, quase sem efeito das balas e novamente cético. Ele tremia e estava bastante puto por eu tê-lo empurrado e afogado seu celular.

— Você estava curtindo e rindo que nem um smurf feliz, então cala a boca. — argumentei em minha defesa, vestindo minha calça e admirando a bunda de Tyler, que era o que mais se drogara e que agora estava falando que queria comer a Smurfette.

— Prazer, Smurfette! — exclamei, fazendo Tyler me beijar como seu não houvesse amanhã e Newt reproduzir sons de vômito.

Uma meia hora depois, voltamos para o apartamento, comigo e Tyler nos engolindo no banco de trás e Newt aumentando o som de Stitches o quanto podia. Corno ouvindo música de corno que o mesmo corno fez para uma vadia chamada Charlotte. Perfeito!

Esse foi o nosso primeiro dia em Londres. A primeira vez que passei de Minnie para Smurfette em menos de cinco horas. A primeira vez que ingeri tanto ecxtasy que temi para num hospital. A primeira (e última) que nadei no Tâmisa. A primeira vez que pensei em transar com outro cara que não fosse Thomas. E era só o começo.

Dia Um

A) Acordamos por volta das seis da tarde. Havíamos tomado um banho de banheira na madrugada anterior, e acordamos abraçados no chão da sala. Newt quase teve um ataque quando notou que Tyler estava encoxando ele. Eu estava encoxando Tyler, então tudo continua rosa.

B) Resolvemos que era um horário perfeito para tomar café. (Chá, no caso do Newton Veado Greene). Seguimos para o Hard Rock Café, com as cabeças latejando não só pelo ecxtasy, mas também porque Newt não parava de ouvir Stitches. (Fica aqui inserida toda a minha vontade de matar Newt por ter me feito decorar essa musiquinha gay).

C) Depois de um Americano Médio Preto Duplo e sem açúcar para mim, um Cappuccino aboiolado para Tyler e um Chá Preto Pequeno para Newt, chegamos a conclusão de que a banda amadora de Indie Rock que tocava era uma bela bosta. Vaiamos eles de pé, e como eu sabia que aquilo aumentaria a testosterona de meus acompanhantes, sugeri que nos apresentássemos. Ponto para mim!

D) Depois de um apelo aos presentes no bar, nos apresentamos, com Newt na guitarra, eu no piano, Tyler no vocal (confesso que cantei também), Freddie (um amigo de Tyler que brotou, por sorte) na bateria e Tony no baixo. Tony merece uma frase inteira, não somente um parêntese. Mais alto que Newt, com olhos que mais me parecem duas safiras e um físico de Deus grego, esse moreno me fez ficar molhada somente com um oi.

E) A presentação foi um sucesso elevado ao cubo. Tocamos Wolf Like Me, TV on the Radio. Empolgados pra caralhos, exalando testosterona e aproveitando a vibe positiva, cantamos Ready to Start, Arcade Fire. Se a primeira foi boa, essa foi ótima. Contagiamos todos os presentes, e um produtor de meia idade que estava na plateia veio falar com Tyler depois que descemos do palco. O moreno quase surtou de felicidade pelo interesse do cara na banda, levando todos nós ao The Swan, nosso PUB favorito.

F) Dei uma escapadinha entre uma rodada e outra, e só não transei com Tony porque quando ele prometeu me arrombar me lembrei de Thomas. Mas isso não fez com que eu parasse de beijá-lo. Prometi que continuaríamos um dia desses. Ele deixou um puta chupão no meu pescoço e disse que esperaria ansiosamente.

Dia Dois

A) Acordei sem ter a miníma noção de onde estava. Quando consegui abrir os olhos, notei que mais uma vez eu estava no chão da sala, só que dessa vez sendo encoxada por Tony. (Ereção matinal constatada. Uma delícia. Anotação mental: transar com ele).

B) Tyler me perguntou porque eu sempre pedia o celular dele lá pelas três da manhã. Ainda grogue de sono e da ressaca de dois dias, contei que ligava para Thomas. Era um impulso. Eu gostava de ouvir a voz dele. Tyler deu de ombros.

C) Mesmo feliz por uma promoção para ter uma banda, Newt continuava imerso numa TPM do caralho, a qual, eu tentava com todas as minhas forças tapar com drogas, bebidas, e de agora em diante, novas garotas.

D) Depois que Tony e Freddie foram embora, Newt, Tyler e eu passamos o dia andando de skate. Anotação mental: andar mais de skate e roubar a blusa escrito Let It Be, do Tyler.

E) Doze shots de tequila, um baseado, diversos arrotos e uma visita ao Insta de Charlotte Bitch Grey,  Newt decidiu que queria ir pra balada. Eram três da manhã. Liguei para Thomas pelo celular de Tyler e fui recebida por um “vai tomar no cu” bem-humorado. Sorrindo, fomos nos divertir.

F) Fiquei com um loiro e dois morenos. Não faço nem ideia de seus nomes. Sei só que quando a língua deles entrava na minha boca eu pensava em como queria que fosse a de Thomas ali.

Dia Três

A) Fizemos maratona de Game of Thrones e The X-Files, comigo quase gozando nas cenas em que o Loras ou o Mulder apareciam.

B) Lá pela terceira temporada de The X-Files, Newt novamente se emputeceu ao ver o Insta da vidiane de Seattle com um cara bombadinho pinta de surfista, e saiu da sala dizendo para nos arrumarmos. Aquilo me deixou de mau humor. Não estava a fim de largar meus sonhos eróticos imaginários com o Fox Mulder da terceira temporada para ir numa balada.

C) Na entrada para o The Red Door, um cara nos barrou, dizendo que estávamos com roupa demais. Transformei a blusa social de Newt num colete, rasguei a minha ao meio, deixando meu sutiã a vista e fiz de minha jeans um microsshorts. E, ah, arranquei a blusa de Tyler. Depois de piscar para o cara que nos barrou, entramos na boate do demônio.

D) Por mais que Newt falasse, não pegava ninguém. Hora ou outra eu notava uma mancha de batom em Tyler. Só no The Red ele comeu duas. E Newt ali, mofando no bar com seu whisky, afogado na Srta. Grey. Puxei o moreno e fizemos uma aposta: eu faria Newt transar. Se eu ganhasse, Tyler me levava no evento de escritores que estava rolando e no qual minha titia favorita, Cassandra Clare estaria. Se eu perdesse, o moreno queria outro boquete. (Meu primeiro boquete foi pra ele, exatamente porque perdi uma aposta. Pelo menos ganhei um 69).

E) Quatroze fucking meninas. Cinco delas dariam até o cú pra Newt, e duas queriam casar, ter dois filhos e um cachorro chamado Rex com ele. E o que meu priminho fez? Recusou TODAS. Se ele não fosse meu primo, diria que é gay.

Dia Quatro

A) Mais uma vez acordando sendo encoxada. Dessa vez era por Tyler. Perdi a aposta, então acordei o moreno com um boquete. Anotação mental: o pau dele é maior que o de Thomas.

B) Newt entrou na sala bem no momento em que Tyler gozava no meu rosto. Eu gemendo, Tyler urrando e Newt berrando com nós dois. Resultado: Tyler levou um soco e eu um puxão de orelha bem forte. Doeu.

C) Naquela tarde, Tyler resolveu ir pra casa dele e deixar Newton Irritadinho Greene esfriar a cabeça. Janson resolveu aparecer em casa. Passei a tarde com meu tio (este que chamo de pai), conversando sobre como andava a vida em Seattle e explicando porque minha orelha esquerda estava vermelha.

D) Fiz merda ao contar que Newt puxara minha orelha. Ouvi meu pai e ele brigando do andar debaixo. Também ouvi o estalado do tapa na cara do meu primo, que passou o dia no quarto trancado, chorando.

E) Liguei para Kate, querendo apoio, mas me lembrei que a morena estava puta comigo. Mais uma pra lista. Desliguei assim que ela atendeu. Percebi que sem Newt e Tyler, eu estava sozinha. Naquele dia eu chorei até a hora de ligar para Thomas.

Dia Cinco

A) Um dos piores dias. Resolvi checar o Insta de Thomas assim que acordei, e vomitei toda a bile que tinha no estômago. Simplesmente ele estava comendo metade da população feminina do mundo.

B) Saí sem avisar. Fui até nosso Hangar e passei o dia planando com Flier. Não atendi as ligações de Tyler, nem mesmo as de Newt ou meu pai.

C) Mesmo depois que pousei, chorei deitada dentro de Flier. As coisas estavam perdendo o sentido.

D) Na quinquagésima ligação do dia, atendi, puta. Era Tony. Ele foi até o Hangar e ficou deitado comigo dentro do Flier. Ficamos horas em silêncio, até que adormeci em seu peito.

Dia Seis

A) Acordei na cama de Newt. Dessa vez quem me encoxava era ele. Virei-me para meu primo, beijando sua testa e me acomodando em seu peito. Ao menos alguém que eu sei que nunca vai me abandonar.

B) Pedi desculpas a Newt assim que acordamos de novo, grogues de sono. Ele tinha orelhas, me passando sermão por sumir. Quando pedi desculpas, ele simplesmente deu de ombros e disse nossa frase: “Let It Be”.

C) Arrastei meu primo para um estúdio de tatuagem. Ambos tatuamos os dizeres “Let It Be” no braço direito. Depois do estúdio, fomos novamente ao London Eye. Já dentro da cabine, deitamos no chão e ouvimos Let It Be, Beatles, durante todo o passeio.

D) Tocamos o foda-se para as festas e baladas. Era um dia meu e de Newt. Só nosso. Voltamos a maratona de The X-Files, brincando que eu era a Scully e ele o Mulder. Eu gritava com ele sobre como E.T's não existem, quando um barulho estranho interrompeu. Achamos uma gatinha na área de serviço. Era preta e tinha olhos azuis. Chamei ela de Tessie. Tenho certeza que Newton Stitches Greene chamava ela mentalmente de Charlie.

Dia Sete

A) Tyler e Newt se entenderam. Resolvemos ir numa balada temática. Tema da vez: Halloween. Newt e eu fomos de vampiros. Meio quilo de base branca, algumas rachaduras feitas com lápis e sombra, batom preto, três camadas de lápis de olho e roupas rasgadas e manchadas de suco de tomate. (Essa porcaria parece muito sangue). Lentes vermelhas e presas de silicone de cinco centímetros para completar o visual.

B) Quase gozei quando vi Tyler de lobisomen. Com uma máscara de pele de silicone, presas do mesmo material e lentes azuis, o moreno podia me comer se quisesse.

C) Setenta e duas selfies, uma garrafa de Tequila, uma de Red Label 18 anos, oito London Pride's, três baseados e muitos, muitos caras me pedindo uma chupada, resolvemos dançar. Break Free quase explodiu nossos tímpanos, e dançamos como três retardados. (Nenhum de nós pegou alguém).

Dia Oito

A) Passamos a noite em claro, andando pelas ruas de Londres ainda fantasiados, e assustando quem quer que resolvesse passar por nós.

B) Voltamos pra casa às sete da manhã, tomamos uma ducha, dormimos até as cinco da tarde (encoxei Tyler de novo), e acordamos por causa da larica. Ou melhor, eu acordei e comecei uma guerra de travesseiros para acordar meus machos.

C) Saímos para o centro, comigo gemendo a cada cinco segundos que queria um doce. Encontramos uma carrocinha de doces personalizados, e quase tive um surto quando notei que eles tinham algodão-doce preto.

D) Pelo menos trinta selfies depois, alegando que agora podíamos ser góticos com diabetes, detonamos fucking 16 algodões-doces juntos. Voltamos para casa pelas dez da noite, comigo quase morrendo de tanto doce e implorando por algo salgado.

E) Três da manhã. Pedi o celular de Tyler e liguei para Thomas. Má ideia. Ouvi gemidos dele transando com alguém. Quis morrer. Newt estava se arrumando para ir numa balada gay com Tyler e Freddie, mas quando Tyler viu meu olhar vítreo, dispensou o programa.

Dia Nove

A) Adormeci depois de um longo desabafo com Tyler, com direito a choro, fungadas nada bonitas e soluços. Ele demorou três horas para me fazer sorrir, mas depois que conseguiu, ganhou um beijo carinhoso.

B) Newt chegou em casa às oito da manhã, bêbado, dizendo que os homossexuais eram unicórnios malvados e que muitos tentaram estuprar ele. Freddie confirmou, rindo e dizendo que ele mesmo o faria, se não soubesse do time de Newt. Enquanto Tyler, Newt e Freddie preparavam o almoço como um casal bem estranho de gays, me tranquei no meu quarto e chorei mais um pouco ao som de More Than This, One Direction.

C) Lá pelas três da tarde, Newt estava dormindo e Tyler disse que eu estava muito caidinha, e que queria me levar num passei especial. Ele me levou no Evento, conheci a Cassandra Clare, ganhei autógrafo e o elogio de que eu daria uma boa Clary. Como se isso fosse pouco, depois Tyler me levou a um show pequeno que estava rolando, da Marina & the Diamonds. Também conheci ela.

D) Dei um selinho em Tyler, agradecendo por tudo e prometendo que o recompensaria depois.

E) Não liguei para Thomas.

F) Newt roubou Tessie para ele.

Dia Dez

A) Acordei com Tyler dizendo uma meia dúzia de palavrões diferentes em espanhol. Ele gritava com o celular, e pelo que consegui traduzir, ainda meio dormindo, ele dizia que não havia nenhuma “chupadora de pica” ali e que ele estupraria o cara da outra linha se ligasse para ele novamente - Trote maldito! – o moreno protestou.

B) Depois de almoçar sanduíches de geleia e pasta de amendoim, eu e os meninos resolvemos comprar celulares novos. (Eu e Newt prometemos um ao outro não entrar no Insta de Thomas ou Charlotte após assistirmos um video deles num karaokê mandando nós dois tomarmos no cú com uma canção de Lili Allen).

C) Tyler e Newt saíram lá pelas dez para ir num PUB. Falei que estava enjoada e fiquei com Tessie assistindo X-Files. Pelo menos ela ronronava quando o Mulder aparecia.

Dia Onze

A) Acordei com os gritos de Ava. A chata berrava comigo sobre como eu havia deixado uma gata vira-lata dormir em seu sofá de coura e blá-blá-blá. Mandei ela tomar no cú. Levei uma bofetada. Peguei minhas coisas e Tessie, coloquei tudo no Cooper de Newt e sai dali. Anotado: Eu odeio Ava.

B) Newt, Tyler e eu resolvemos passar os últimos dois dias e meio num hotel. Eu e Ty passamos a tarde na piscina, enquanto Newt preferiu ficar no quarto e colocar o sono em dia. Não pude contestar. Ele havia se esforçado para sorrir, pelo menos na minha frente.

C) Meu pai (Janson) me ligou, dizendo para eu voltar para casa e falando que Ava era uma velha chata. Falei que voltaria no dia seguinte para Seattle, então continuaria no hotel. Newt nem fez questão de se despedir dos pais.

D) Levamos Tessie no veterinário e descobrimos que a gatinha tinha apenas três meses. Na volta para casa, ouvimos Stitches, em homenagem a Newt.

Dia Doze

A) Assim que acordamos, resolvemos fazer um piquenique nas “montanhas” que davam vista ao Observatório de Greenwich.

B) Passamos horas bebendo, fumando, brincando com Tessie e cantando Beatles, enquanto admirávamos a bela vista de nosso cantinho.

C) Deixamos Tessie no quarto e resolvemos dar uma última andada de Skate. Lá pelas seis da tarde, começou a chover. Brincamos na chuva, Tyler e eu tiramos selfies nos beijando e pulamos nas poças. Pela primeira vez na viagem, Newt sorriu ao me ver beijando Tyler.

D) De volta ao Hangar, nos despedimos de Tyler, com a promessa de nos encontramos assim que fosse possível. Peter ficou como piloto e eu como co-piloto, enquanto Newt cantarolava baixinho Stitches, com a gata em seu colo, quebrando a promessa e checando as fotos da Bitch Grey no Insta.

Quando voltamos para Seattle, recebi dois convites para a apresentação da Ariana Grande, no Space Needle. Junto, um bilhetinho de meu pai:

“Para finalizar seus trotes em alto estilo. Espero que sirva. E, desculpe por Ava. Toparia ser minha advogada no processo de divórcio? Amo você, filhinha. Você me orgulha todos os dias, não se esqueça disso nunca. Cuide da aberração do seu primo.

Com carinho,

Janson.”