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História Maze Runner - Small Evil Season 01 - Chapter Forty Eight - Give me something for the PAIN!


Escrita por: LadyNewt , verlak e OsnapitzNadur

Notas do Autor


H i L o v e s

Sorry for the delay!
Segurem o coração neste chapter tá!
Nada mais gostoso nesse domingo: um pouco de dor não faz mal a ninguém!
LEMBRETE: esse é um chapter revelador. Vocês vão ler diversas vezes Anny chamando Janson de pai, lembrando que ela o chama assim carinhosamente desde que o pai dela morreu. Janson é o papaizinho lelé da cuca de Newt.
Recadinhos nas notas finais.

B o a L e i t u r a!
As Autoras.

Capítulo 49 - Chapter Forty Eight - Give me something for the PAIN!


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Small Evil Season 01 - Chapter Forty Eight - Give me something for the PAIN!

“Give me something for the pain, Give me something for the blues, Give me something for the pain when I feel I've been danglin' from a hang-man's noose, Give me shelter from the rain, Give me something I can use, To get me through the night, Make me feel all right, something like you”- Jon Bon Jovi

 

 

Point of View of Anitta Jolie Greene

 

Assim que abri meus olhos, sem mesmo ter noção de aonde estava ou me importar com isso, saltei da cama macia na qual me encontrava, gritando por Newt. Thomas, que estava num sentado no sofá lendo, levantou-se assustado.

— Anny, calma. Não sabemos para onde levaram ele. — murmurou, se aproximando lentamente, olhando dentro de meus olhos. Senti todas as minhas células se agitarem.

Okay. Eu acho ele sozinha. — resmunguei, antes de sair do quarto em que me encontrava e sair correndo, enquanto ouvia Thomas berrando e chamando por mim.

Primeiro, corri até o centro do Complexo, forçando minha cabeça a raciocinar rapidamente. Para onde levavam os recém-recrutados? Voltei a correr, passando pelo Refeitório e pela Cozinha, com intenção de seguir para a Ala Hospitalar. Porém, a Ala Vermelha estava aberta. Aquilo fez algo dentro de mim chocalhar.

A Ala Vermelha era o nome que meu pai havia dado à área do Complexo que era utilizada para aplicação de Punição e Tortura em membros que desobedecessem e afins. Ali também ficavam as Solitárias. Sabia disso porque, depois de me apresentar o local, quando eu já conseguia andar sem resmungar a cada cinco passos, meu pai me dera um presentinho.

Eu passara algumas horas dentro de uma Solitária com Gally amarrado e alguns brinquedinhos dispostos à minha vontade. Meu pai arrancara três dedos de Gally, mas antes eu removera suas unhas lentamente, e quebrara uma de suas pernas. Só para depois colocar no lugar, como ele havia feito comigo.

Nada nunca me dera mais prazer que seus gritos e seu sangue manchando minhas mãos. Porém, o melhor de tudo havia sido fazer aquilo com meu pai ao meu lado. Ver o brilho sádico de meus olhos refletido nos dele, ver o orgulho que ele sentia pela nossa loucura. Era um prazer altamente novo e exótico.

— Anny! — berrou Thomas, finalmente me alcançando, resfolegando e vermelho. Revirei meus olhos. — Nunca… Mais… Corra… Assim. — bufou, entre uma arfada desajeitada e outra. Em seguida, me encarou sério. Somente apontei para a porta que levava a Ala Vermelha.

— Ele está lá. — dito isto, somente voltei a correr, dessa vez com Thomas ao meu lado. Deixei meus sentimentos me guiarem. Eu tinha uma conexão sobrenatural com meu primo. Algo que eu nunca soubera explicar, só sabia que sentia quando ele estava mal, ou bem, ou mentindo.

Eu simplesmente sabia descrever o estado mental de meu primo somente ouvindo sua voz. Ele sempre fora meu melhor e maior amigo, sempre comigo, a todas as horas, em todos os momentos, nunca me abandonando.

Senão ele, eu não teria nada. Ela quem me acolhera quando eu fora para Londres. Ele quem me ajudara a me enturmar com seus amigos. Ele quem me tirara da melancolia de tocar violino durante todo meu tempo livre. Sempre fora ele. Então, agora, eu não podia deixá-lo sofrer. Digo, não mais do que eu já havia deixado.

Quando dei por mim, estávamos de frente para uma sala. Newt estava sentado numa cadeira, os olhos roxos, os cabelos desgrenhados a pele recoberta por hematomas e arranhões.

Senti meus joelhos fraquejarem.

O que nos separava era uma enorme parede de vidro. Todas as celas da Ala eram daquela forma. Os detentos não podiam nos ver por dentro, mas quem passasse poderia ver tudo. Analisei o restante da sala. Dois homens de preto, enfermeiros que eu conhecia e que pretendia matar assim que saíssem dali.

E um homem de branco. Ele usava a mesma máscara que o assassino de meus pais usava. O calafrio que subiu pela minha espinha, não era somente metafórico, mas também a mão de Thomas de dando apoio. O homem de branco se aproximou de Newt, e os outros imitaram seus movimentos.

O de branco puxou seu cabelo com força, levantando seu rosto e encarando-o antes de esbofeteá-lo uma vez. Depois, pediu para um de seus companheiros segurar o rosto de Newt, enquanto ele continuava a bater. Conforme batia, ia dizendo coisas que somente eu e Newt sabíamos. Coisas pessoais. Ele jogava na cara de meu primo, de meu doce priminho, todos os seus medos.

— Ahn, Newton. Você sempre foi mediano. O que você sabe fazer, além de decepcionar os outros? Ahn? Exatamente, garoto. Nada. Seu inútil. — dito isto, mais uma bofetada. Newt chorava silenciosamente.

Eu sentia meu coração esmaecer. Eu sentia toda a minha estabilidade ir embora. As lágrimas também começaram a rolar por meu rosto, e eu gritava toda vez que Newt apanhava, mas eles não podiam ouvir. Thomas desistiu de tentar me acalmar e me deixou ali, me auto-torturando, sofrendo com meu primo.

— Anitta sempre foi melhor do que você. Ela sempre foi perfeita. Inteligente, rápida, bonita. Ela não decepcionou o parceiro na primeira vez dela, não, Greene? Ou acha que não me lembro que broxou lindamente na frente daquele corpinho nu e gostoso da sueca que sua prima te arrumou?

Newt não olhava mais para o homem de branco. Nem para lugar nenhum. Ele olhava para o vazio. O brilho de seus olhos estava se apagando aos poucos. O Newt que eu amava estava morrendo, parte por parte. Estavam matando ele. E eu não podia fazer nada.

Comecei a esmurrar a parede, até minhas mãos arderem, e então com mais força, até sangrarem.

— Fraco. É o que você é. Nunca fez nada direito. Nunca. Sequer ser saudável você é. Doentinho miserável.

— Você é estúpido, Newton. Nem a Charlotte, a única vagabunda que conseguiu te suportar, nem mesmo ela você teve a capacidade de manter.

— Você é deplorável, garoto.

— Nem mesmo a sua mãe, aquela vadia fútil, nem mesmo ela te aguentou, não é? Afinal, você deixou ela feia. Gorda. Com cicatrizes horrendas por ter nascido na hora errada.

— Agora vejamos Anitta. Saudável. Bonita. Animada. Inteligente. Quase que um prodígio da pilotagem. Ela não deixou que seus amigos quase morressem numa queda de helicóptero. Na realidade, foi ela quem salvou todos, lembra?

— Sua mãe foi fraca. Mas Jéssica… Ah, doce Jéssica. Além de linda, era maravilhosa na cama. Mil vezes melhor que sua mãe. Anitta puxou isso dela, Anderson sabe muito bem disso. É uma diabinha na cama, eu bem sei disso. Acho que se não fosse pelo meu amor a ruivinha, eu mesmo comeria ela, como comi a mãezinha dela. De quatro e com força.

Nessa hora, foi a vez de Thomas esmurrar a parede. Eu tremia e soluçava. Não consegui processar o que estava ouvindo. Nem Newt. Ele estava tão ou até pior do que eu.

Depois de tanto falar, o homem de máscara deu as costas para Newt e desamarrou-o. Ele estava tão quebrado que simplesmente caiu no chão em posição fetal e ficou ali. Não satisfeito, ele voltou, chutou o estômago de Newt e disse:

— Saiba que enquanto você quase matava sua mãe numa sala de hospital, eu amava a mãe de Anny. E depois que esta nasceu, eu a amei e amo muito mais do que eu amo você. Ela é minha filha de verdade. Ela pode ser minha bastardinha, mas me dá muito mais orgulho que você, verme. Enquanto você foi somente um erro, somente uma camisinha que estourou, Anitta foi uma prova de um amo genuíno.

— Porque ela é especial. Ela é minha filha.

Dito isto, ele finalmente saiu, deixando Newt caído e machucado. Eu estava em transe, mas assim que notei que eles iam sair, ataquei os dois homens de preto. Eu havia recebido Treinamento Avançado em autodefesa, e mesmo antes disso meu avô sempre me incentivara em aprender a lutar e a me defender. Quebrei o pescoço do de um, matando-o e perna de outro com um chute. Quando ambos estavam caídos, arranquei a máscara do de branco.

Era Janson.

Estaquei no lugar. O ar fugiu de meus pulmões. Tudo ficou desfocado por um segundo. Não. Não podia ser. Meu pai não poderia ser aquele homem. Ao menos, não com Newt. Meu Newt. Meu irmão.

— Por quê? — balbuciei, quase sem voz.

— Porque eu te amo, Fadinha. Vai entender, no final de tudo. — dito isto, beijou minha testa e saiu andando.

Irada, virei para o homem que gemia, o que eu havia quebrado a perna. Com um chute, esmaguei seu rosto. Depois de limpar seus miolos em sua própria roupa, corri para a sala em que Newt estava. Ele ainda estava caído no chão. Ainda definhava. Assim como eu. Thomas tentava falar com ele, mas não surtia efeito algum.

Me aproximei lentamente, sentindo meu coração machucado latejar. Tudo que eu queria era poder abraçar meu irmão. Ainda era novo chamá-lo assim, mas o sentindo ainda era o mesmo. Eu ainda o amava, e queria, em suma, protegê-lo de tudo e de todos os maus que lhe haviam sido feitos.

— Newtie… — balbuciei, esticando minha mão para tocá-lo. Porém, no momento em que meus dedos roçaram em seu rosto, ele empurrou minha mão brutalmente e se arrastou para longe.

Aquilo doeu. Doeu mais do que todas as palavras de Janson. Doeu mais que meu estupro. Doeu mais que ser abandonada por Thomas. Doeu, porque, de tudo na vida, o amor de Newt sempre fora minha única certeza. E agora nem isso mais eu tinha.

 


Notas Finais


LadyNewt lançará uma nova Newtmas Fic dia 12/06, um presente de dia dos namorados.
LINK DO TRAILER OFICIAL NO VIMEO: https://vimeo.com/167620710
LINK DA NOVA NEWTMAS FIC: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-orgulho-e-preconceito-orgulhopreconceito--newtmas-version-5639979

- vale a pena dar uma conferida!
BjinXX


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