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História Maze Runner - Small Evil Season 01 - Chapter Fifty Seven - Taking back the control


Escrita por: LadyNewt , verlak e OsnapitzNadur

Notas do Autor


F o l l o w e r s, monstrinhos e monstrinhas,

Reta decisiva de Small Evil. Faltam só mais 2 chapters para o final!
Uhhhhhhhhh…
Estão prontos para retomarmos o controle da situação?
Anny vai sobreviver? Onde está Thomas FUCKING Anderson? Minho morreu? Cadê a Charlie? Newt e sua perna manca darão conta do resgate? hahahaha
HOLD ON!

B o a L e i t u r a!

Capítulo 58 - Chapter Fifty Seven - Taking back the control


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Small Evil Season 01 - Chapter Fifty Seven - Taking back the control

"Keep your head up! GOD gives his hardest battles to his strongest soldiers"

 

 

Point of View of Newton August Greene

 

Eu vi.

Eu presenciei.

Pude observar tudo a uma distância segura, afinal, eu não estava em condições de lutar por causa da minha perna ferrada, por isso mantive-me longe, apenas atirando nos guardas para nos proteger, engolindo a seco ao ver Anny levar um tiro e minha garota ser arrastada por Ava. Essas imagens não saem da minha cabeça, mesmo com Alby agora do meu lado, me ajudando a perseguir minha mãe, que fazia Charlie refém.

Deveria sentir algo. Um remorso? Uma dor? Um sentimento de perda, talvez? Mas absolutamente nada era mais forte do que o sentimento de prazer e satisfação quando Janson morreu.

Nenhuma lembrança boa sobre ele brotava na minha cabeça. Nada. E isso era vago. Triste. Vazio. Oco. Nunca tive uma presença masculina forte comigo. Tampouco da figura de uma mãe carinhosa, preocupada e protetora. Cresci praticamente sozinho, por assim dizer.

Meus pais passavam horas enfiados em laboratórios, experimentos e livros, enquanto eu enfrentava um mundo sozinho, isolado. Nunca tive com quem compartilhar a primeira vez que andei sem rodinhas na bicicleta, nem quando quebrei meu braço ao cair da casa da árvore que tio Jorge construíu pra mim de Natal. Anny adorava brincar ali quando vinha passar as festividades conosco. Nunca pude contar empolgado como foi meu primeiro beijo no porão da casa de Will, com a prima sueca dele, Martina. Ninguém riu das minhas brincadeiras. Ninguém nem ligou quando tirei dez na apresentação musical de fim de ano da escola.

Recordo mesmo de Janson mimando Anitta. Dando os melhores presentes, os abraços mais apertados, estimulando e parabenizando seus feitos na escola. Enquanto eu? Passava despercebido pela família, fazendo a figuração de pobre garoto sobrevivente. Muito do meu jeito e do meu físico tem a ver com tudo que passei quando bebê...

Sabe, não é fácil nascer de seis meses. Eu cabia na palma da mãos das enfermeiras. Essas, que por sinal, mantém contato comigo até hoje. Sei que meu pai nunca foi me visitar enquanto estive na UTI neonatal, aprendendo a respirar, aprendendo a comer, aprendendo até a engolir uma simples saliva.

Desde o começo tudo foi tão dolorido e sofrido pra mim. Anny vinha sempre em primeiro lugar para tudo. Ava até tentava equilibrar as coisas em casa, mas sempre sem sucesso.

Nunca fui bom aluno na escola. Nunca fiz nada de surpreendente na vida. Tinha poucos e bons amigos. Meu jeito fechado e acanhado fez com que as meninas me achassem estranho, esquisito, besta. Nem em fazer sucesso com as garotas eu era bom. Tinha cara de bebê, corpo de um franguinho e me vestia como um perdedor. Até Anny se mudar para Londres...

Tudo mudou quando ela pisou os pés lá, decidida a mudar nosso destino, enxergando um futuro brilhante para um cara normal e uma garota ruiva. Começei a beber, experimentei algumas drogas com ela, aprendi a dirigir uma moto, porque minha prima/irmã achava que era sexy e que as garotas cairiam aos meus pés - o que era verdade. Entrei nas aulas de pilotagem de helicóptero, perdi minha virgindade com uma holandesa quando fomos para Amsterdam no red light district, entrei numa banda, botei fogo numa tenda do V festival, furtei alguns cds numa loja em Chelsea, pichei um muro, peguei detenção na escola por andar nú no corredor após uns babacas roubarem minhas roupas nas aulas de lacrosse, dei um porre em Anny no ano novo em Paris deitados na grama em frente a Torre Eiffel, tatuei na Nova Zelândia dois símbulos maori nas costas, na linha da coluna vertebral, que servia como identidade para membros dos grupos, diferenciando funções, hierarquia e conquistas na vida. A minha era KORU, nova vida, crescimento, renascimento, conexão com a Terra. E tinha também o HEI-MATAU, desejando prosperidade, força e boa sorte na minha nova jornada. Tinha ido lá para conhecer as instalações e locações de filmagens de O Senhor dos Anéis. Anny bufava a cada nova descoberta sobre Bildo Bolseiro e Frodo Beggins. A maluca, em transe e possuída por êxtase, me fez saltar em Queenstown do The Nevis Bungy, 134 metros de altura, você dentro de um bondinho, no alto da montanha, com um simples cabo preso ao seus pés. E ela quando saltou ainda gritou: “I’m the king of the World!”, como se fosse Leonardo DiCaprio na proa do Titanic. Eu apenas chorei e fiz literalmente xixi na calça, sentindo ele escorrer pelo meu corpo de ponta cabeça. Devo minha nova e estimulante vida a Anny, justamente aquela quem começou me tirando tudo.

Fora isso, eu e Anny armamos alguns planos para desestruturar os primos demoníacos de Seattle, que agora eram tudo de mais precioso que tinha na minha vida. E agora eu me arrastava com Alby, um cara que tinha acabado de conhecer, que nutre um carinho óbvio demais pela minha namorada. Quase me carregando no colo, o moreno perseguia minha mãe, enquanto ela ameaçava Charlie, enfiando uma arma na cabeça da minha garota enquanto minha irmã agonizava no chão.

- Anny, por favor, abra os olhos! – pedi ao encontrar o corpo da ruivinha em meio ao caos.

- Eu estou bem, Newtie... – ele murmurou com a careta mais feia de dor, tentando me poupar. Pude ver o tiro depurando sangue logo abaixo do peito – Vá atrás da Charlotte, traga ela de volta.

- Mas e você...? – murmurei com um olho em minha irmã e outro em Ava, incapaz de esconder meu nervosismo ao ver tanto sangue encharcando sua roupa.

Foi tempo suficiente para Anderson nos alcançar. Assim que o moreno a viu no chão, voou até ela desgovernado, envolvendo-a em seus braços. Rapidamenete içou Anny, ignorando temporariamente minha presença ou a de Alby, afastando-a de nós.

- Eu vou cuidar dela e do Minho, agora corram atrás de Charlie, por favor! – Thomas urrou com a ruivinha em seu colo, procurando ajuda.

Anderson sentiu minha relutância.

- NEWT! AGORA! – exigiu bravo – Eu amo a sua irmã e não vou deixar mais nada acontecer com ela. Confie em mim! Agora mexa essa sua bunda branca e vá atrás da minha prima!

Alby lançou um olhar de cúmplice e no meio de todo o caos, sorriu – Vamos logo, seu fedelho! Temos que resgatar sua garota!

Assenti num breve aceno de cabeça, seguindo meio trôpego pela trilha, avistando toda a movimentação mais a frente.

Ava alcançou o heliponto e socou Charlotte com grosseria dentro da aeronave. Até onde sei, minha mãe não tem experiência em pilotagem, deixando sempre as viagens a cargo de Malcon. Me questionei tudo que ela havia escondido de mim durante anos, já que ligou o helicóptero com uma precisão filha da puta.

Alby, bom de mira, posicionou seu rifle AK47 sobre os ombros e atirou na hélice, acertando em cheio uma das pás. Deu mais três tiros no local, acabando com qualquer possibilidade delas decolarem dali. Ava socou o painel com raiva e bateu com a arma no rosto de Charlie como punição.

- Newt, acha que consegue desviar o foco da sua mãe enquanto eu tiro a Charlotte de lá?

- Com todo o prazer! – disse confiante, mancando de dor em direção a loira.

Ela tentava apertar alguns botões e chamou reforço pelo rádio. Senti o sangue escorrer pela minha perna, minando ondas de angústia por toda extensão do meu corpo. Sabia que seria uma conversa decisiva entre nós dois.

E haveria apenas um vencedor...

- Hey, Ava! – chamei por ela levantando minha arma, calibre 9mm – Que tal uma pequena conversinha? – ela me encarou, arrancando Charlie pelos cabelos, posicionando a morena como escudo na frente de seu corpo. Cretina!

- Não tenho nada para conversar com você, Newton. Saia da minha frente! – ordenou como sempre, tentando controlar minha vida e qualquer ação que saísse de mim.

- Desculpe te decepcionar, mamãe. – disse aquilo ironicamente frio – Mas hoje, quem dita as regras aqui sou eu!

Ava pressionou a morena contra seu corpo, enfiando a arma na cabeça dela. Charlie me olhava melancólica, sem piscar.

- Newton, vai mesmo colocar a vida da sua mãe em risco por causa de uma putinha? – Ava jogou sujo - Sabia que hoje essa vagabunda e seu pai, sim, meu anjo, seu pai se beijaram na sala dele enquanto ele quase comia ela?

- ISSO É MENTIRA! É SÓ MAIS UMA VARIÁVEL IDIOTA! – gritei descompassado com aquelas palavras. Grey deixou uma lágrima cair e mordeu os lábios. Vi em seus olhos a verdade. O que quer que tenha acontecido, teria uma explicação óbvia – Charlie? – minha voz falhou tremula pelo ar ao chama-la.

- Desculpe, Newt... – minha garota balançou a cabeça, desviando o olhar embargado.

- CHARLIE!?– dei um grito sofrego e Ava riu da minha cara. Meu coração? Em pedaços ruindo em meu peito.

- Filho, quando é que você vai entender que você nunca vai ter sucesso em nada? Você nunca deu conta de fazer nada direito e eu ainda tinha que esconder suas cagadas do seu pai... claro que...

Interrompi Ava, com os olhos embebecidos – CALE A SUA BOCA! CALE ESSA MALDITA BOCA! CHARLIE? – insisti mais uma vez com a morena. Não sei se era o certo a fazer, mas precisava que ela colocasse minha cabeça de volta ao lugar. A ideia de Janson tocando-a me deixou enojado.

- Ele ia matar você justo quando Minho e Alby estavam tirando todos da ala D. Ele queria que eu o ajudasse a matá-lo, delicinha. Eu NUNCA faria isso, NUNCA seria capaz de acabar com a sua vida. Então tive que agir rápido, evitando que ele estragasse todos os planos. Newt, por favor, isso não significou nada... – C justificou com dificuldade, sendo pressionada pelas unhas de Ava em seus braços.

Eu acreditava nela, sabia que Charlotte nunca ficaria com Janson porque sentia um atração por ele. Eu entendi o propósito, jogar sujo com o melhor que ela sabe fazer: seduzir.

- Viu filho, sua namoradinha é uma vadia! – Ava apertou o pescoço dela, fazendo-a tremer.

- Minha namorada é uma vadia por tentar salvar a vida daqueles que ama? Vadia é você que nunca soube criar um filho, descontando todas as suas frustrações de mulher traída sobre uma criança indefesa. Minha vida foi um inferno graças a você! – cuspi na cara dela.

- Sua vida foi um inferno porque você sempre foi um bosta, um nada, um normal, esquisito, sem amigos, namoradas ou qualquer outra coisa que não fosse esse casulo que você se meteu desde que nasceu!

- EU TE ODEIOOOO! – gritei fraco, abaixando minha arma. Aquilo tinha atingido meu coração.

- Olhe só pra você Newton! Nem consegue controlar uma situação simples como essa. Já está todo choroso, envolto por lágrimas ao invés de agir como um HOMEM e atirar em mim! – gritou irônica, debochando mais uma vez do filho normal, mediano.

- Você alguma vez me amou? – questionei baixinho, quase que num murmúro.

- Amar? Você? É, acho que sim...

- Você acha que sim? – indaguei mais uma vez para minha mãe, incrédulo.

- Sim. Já amei você. – afirmou – Mas a vida é muito dura Newt. Ela nos ensina, ela nos deixa calejados, ela nos faz cair e levantar novamente. Amei você no instante em que descobri que estava grávida, mas assim que Janson me traiu, engravidando aquela cadela da Jéssica, você perdeu o sentido, a essência. Você era o culpado de tudo.

- Que bom. Você está na vantagem! – falei firme, impondo um tom de voz superior.

- Estou? Não compreendi. – parecia confusa.

- Está na vantagem no amor, pois eu NUNCA te amei! – despejei sobre Ava, que arregalou os olhos, me odiando por aquilo.

- Por que não acabamos logo com isso? – empinou a face, metida e indiferente.

- Obrigado pela dica! – levantei novamente a Glock e atirei sem ao menos respirar, acertando em cheio uma bala em seu ombro.

Sei que joguei com o perigo e a sorte. Ela poderia ter acertado Charlie, ou Ava disparado sua pistola na morena. Mas no instante em que Ava ruiu, Alby saltou sobre Charlotte, derrubando minha garota no chão, protegendo-a de qualquer perigo.

Ava gemia de dor, incrédula com o que eu tinha acabado de fazer. Alby levantou Charlie e se posicionou na frente dela, observando a cena. Ela tentou ir até mim, mas o moreno brecou seu corpo, pedindo que deixasse aquela responsabilidade para mim. Minha garota gemeu, preocupada. Lancei um olhar para ela, dizendo que estava tudo bem, que eu era capaz de resolver aquilo sozinho ao menos uma vez na vida.

Mais uma vez me arrastei, segurando minha perna machucada. Fiquei cara a cara com minha mãe. Ela no chão, ferida, sem sua arma e eu em pé, fitando aquele expressão de medo e pavor.

- Engraçado... – eu disse, coçando minha cabeça com a ponta da arma – Olha quem é a patética aqui. Quem é a mediana, normal, imbecíl! – falei rindo.

- Newtie, querido... – tentou contra argumentar, com palavras vazias.

- Newtie? Querido? Me poupe, Ava! Você consegue mentir melhor do que isso. - Levantei a Glock em riste, mirando seu rosto. Seus olhos imploravam perdão.

- Delicinha, não... Por favor! – Charlie pediu carinhosa, a distância. Ela sabia o que eu ia fazer, minha garota me conhece melhor do que ninguém. Entreguei um sorriso a ela, casto e sincero, antes de voltar minha atenção a Ava.

- Filho, me perdoe...

- NUNCA!

Descarreguei a arma em cima dela, interrompendo seu falso momento de arrependimento e purificação. Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco balas cravadas, desfigurando a sua face, enterrando para sempre Ava Paige Greene e suas maldades sem fim pelo CRUEL e em minha vida.

Charlotte correu na minha direção tirando a arma da minha mão, virando meu rosto para longe daquele drama do caralho. Ela me envolveu em seus braços, beijando repetidas vezes meu rosto frio.

- Precisamos sair daqui! Temos que nos juntar aos outros. – pediu, passando meu braço sobre seu ombro, com Alby do lado oposto, fazendo exatamente o mesmo.

Não virei para trás.

Nem cogitei me despedir.

Não fiz questão de demonstrar sentimento algum por Ava, afinal, como poderia sentir algo por alguém que nunca tive?!

A partir dali minha família seria apenas Grey, Anderson, minha irmã e meus amigos.


Notas Finais


Tchau, querida! Já vai tarde, Avinha! :)
rs


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