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História Maze Runner - Small Evil Season 02 - Chapter Seventeen - In a Bubble


Escrita por: verlak e LadyNewt

Notas do Autor


Leitores lindos,

Segue uma reflexão da nossa DIVA Anitta! :)

B o a L e i t u r a!
LadyNewt
&Verlak

Capítulo 17 - Chapter Seventeen - In a Bubble


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Small Evil Season 02 - Chapter Seventeen - In a Bubble

Point of View of Anitta Jolie… Greene? 

 

Eu me sentia dentro de uma bolha. 

Tudo ao meu redor parecia acontecer em câmera lenta. Arthy me questionava alguma coisa, mas eu simplesmente não conseguia ouvir o que ele estava falando. Crystal me perguntou algo, pela expressão preocupada, mas somente assenti e subi as escadas. Até mesmo Bilbo tentou comunicação, lambendo minhas panturrilhas, mas ganhou somente um olhar perdido de minha parte. 

Subi até o quarto, pegando meu celular. Já era tarde, quase nove da noite. Ele vazaria o vídeo a qualquer instante e eu iria para o Inferno. Bom, não é como se eu merecesse ir ao Céu, mas esperava que salvar o mundo de meu pai psicopata e seus planos fosse, pelo menos, limpar minha ficha. Claro que não. Engoli a seco, nunca sentindo meu corpo tão trêmulo quanto naquele momento. 

Destravei a tela. O mais irônico disso tudo é que a senha é o dia de meu casamento com Thomas. Qual devo colocar a seguir, a do nosso divórcio? Ainda estou com ódio de Thomas e sua assistentezinha barata, mas isso não significa que eu não o ame mais. Eu o amo! Eu o amo. Eu o amo? 

Balancei a cabeça, confusa comigo mesma, discando o número que por vez me fez sorrir ao aparecer na tela. Conquanto, naquele caso, fazia meu estômago sofrer um espasmo, minha boca seca e meu coração palpitar, fazendo-me ouvir o batimento descompassado em minhas têmporas. Desejei que tudo fosse um sonho enquanto escutava o som da chamada sendo efetuada. Desejei que não passasse de um pesadelo bastante ruim, um daqueles em que a gente acorda suspirando por ter sido somente isso: uma ilusão. 

— Vejo que ainda sabe escolher o certo, Princesa. — não era um sonho.

— Quando podemos nos encontrar? — não era eu falando. Era uma outra pessoa, alguém cuja voz continuava firme, mesmo que por dentro eu estivesse desmoronando. Quem era aquela pessoa? Será que era essa “eu” da qual Janson tanto tinha orgulho?

— Coloque seu filho na cama e deixe-o com Crystal. Seu irmão está em casa? — como eu podia gostar daquela voz? Certo que Andy tinha uma voz grossa, baixa e inebriante, mas como eu podia ter me deixado levar por aquilo?

— Não. — mais uma vez a voz firme respondeu em meu lugar. Engoli a seco, fitando a parede com detalhes, essa mesma que eu e o Thomas passamos uma semana brigando para decidir de qual cor pintar. Acabamos optando por papel de parede. — Ele saiu com todos. — emendei, passando a língua pelos lábios.

— Vamos sair também. — eu podia sentir seu sorriso. Maldito sorriso. — Quero te levar a um lugar especial. Esteja vestida apropriadamente, Princesa. Me encontre às onze, em frente a Editora. — dito isso, o som estalado de um beijo ressoou, e em seguida o som da chamada finalizada.

Quanto tempo passei ali, daquele jeito catatônico, encarando o maldito papel de parede? Thomas sempre odiou aqueles desenhos sem sentido, que faziam círculos e linhas disformes. Acho que também odeio essa porcaria. Quando saí do quarto, metade da parede estava lisa. 

Quando entrei no banho, notei que minhas unhas sangravam. Quando foi que machuquei-as assim? Forcei-me a lembrar, mas somente quando voltei ao quarto e encontrei a apelido “TOM” escrito nas partes em que arranquei o papel é que lembrei. Não digo que eu tenha recordado de tê-lo feito, mas quem mais teria?

Desci as escadas usando somente meu roupão. Sorri para Crystal e peguei Arthy no colo. Brinquei com seus cabelos claros entre meus dedos doloridos, cantarolando qualquer coisa musical. Que música era aquela? Será que minha mãe cantava para mim antes de morrer? Há quanto tempo eu não visitava o túmulo de mamãe? Anotei mentalmente que deveria visitá-la, talvez levar Arthy junto e lhe explicar o que era morrer. 

Quando dei por mim, estava cobrindo Arthy com o lençol azulado de sua cama, para em seguida voltar ao meu quarto. Arranquei mais um pouco do papel de parede, tentando escrever um “DESCULPE”, mas tudo que consegui foi um “DES” disforme, que só me irritou mais. Larguei minha arte abstrata não terminada, dizendo a mim mesma que não tinha terminado por ser como Michelangelo. Arranquei o roupão, tendo certeza que o som que ouvi foi da seda resgando. Mais uma coisa pra lista das merdas que faço, balbuciei mentalmente. 

Não sei que roupa coloquei, como escolhi ou por que. Quando olhei para o espelho, vestia uma camisa de botões preta e uma calça jeans vinho. Uma maquiagem leve, que em algum momento resolvi fazer, e um batom marrom escuro. Estava bonita, talvez, mas não importava. Importava? Passei perfume, lembrando que aquele era o perfume favorito de Thomas. Quando dei por mim, o fraco estava longe e havia estilhaçado o espelho. 

Eu tinha feito aquilo? 

Engoli a seco, rosnando para Crystal quando ela se ofereceu para limpar. Disse que sairia e que quando voltasse, eu mesma arrumaria aquela merda. Mas doeu ver o olhar de receio, o medo contido nas orbes castanhas de minha fiel escudeira. Será que estou me tornando outra pessoa? Suspirando, dei um último beijo na testa de Arthy e acariciei a orelha de Bilbo antes de sair. 

Fui de moto, sentindo o vento frio cortar minha pele. Ignorei, acelerando mais. 

Às onze horas, estávamos na frente da Editora. Andy me levou para algum lugar que ele julgou que me faria sorrir, mas somente fez minha expressão vazia aumentar. Eu não ligava para aquilo. Belisquei minha pele, desejando vagamente que aquilo fosse um sonho. Ele foi cavalheiro, empurrando minha cadeira quando sentei. 

Jantamos num lugar bonito, mas não me lembro onde era. A noite foi um borrão. Andy era todo sorrisos, mãos bobas e tentativas de me beijar. Não respondi a nenhuma investida, fitando veementemente a embalagem de pimenta. No final daquilo, eu sabia todos os ingredientes e fornecedores daquela marca, porém não fazia ideia do que tínhamos comido. Eu comi? 

— Creio que queira falar sobre nós dois. — sorriu, ajeitando os óculos.

Normalmente eu acharia aquilo meigo. Agora, só me perguntava por que infernos nunca criaram um óculos que não escorre da ponte do nariz. Assenti sem encará-lo, fazendo-o começar a falar sobre como eu estava distante naquela noite. Assenti novamente. O que ele queria? Que eu sugerisse que transássemos novamente, talvez em cima daquela mesa de restaurante? Idiota.

— Aceita? — perguntou, provavelmente pela segunda vez, pelo rubor de irritação que subia por seu rosto. Votei meus olhos para ele, enfim focalizando-o. Andy usava um terno azul-marinho, como o favorito de Thomas. Será que quando ele entrava em nosso quarto, ficava mexendo no armário de Thomas e vendo qual roupa comprar igual? Patético.

Finalmente foquei na aliança de prata que ele tinha em mãos. Não havia caixa de joias, não havia ele ajoelhado, sequer havia declaração. (Ou eu não prestei atenção quando cada uma dessas coisas aconteceu). Sorri, negando com a cabeça, para em seguida pronunciar um “não” em alto e bom som. 

— Como assim não, sua vadia?! — ri em seu rosto, tão próximo agora que ele me segurava pelo pulso, aumentando o aperto conforme eu ria.

— Eu já perdi Thomas mesmo. Não me importo mais. Vai vazar o vídeo? Vaze. Mas eu não sou, nem nunca serei obrigada a ficar com quem não amo, Andrew. Boa noite. — a voz saiu forte, e finalmente senti-me romper aquela bolha.

Puta que pariu! 

Notei que estávamos num restaurante costeiro, próximo ao mar. Ew, que nojo, comemos peixe. Eu odeio peixes. Só gosto de salmão e bacalhau, mas essas porcarias de lugares chiques inventam diversas gororobas com frutos do mar. Contento o enjoo, corri para longe, sentindo meu pés doerem. Mas que porra, por que eu estava de salto?

Arranquei os malditos sapatos, continuando a correr. O vento estava gelado e salgado, fazendo-me sorrir levemente. Eu vou me foder, mas primeiro preciso sorrir. 

Eu estava ferrada mesmo. Perderia meu marido, perderia a amizade de Charlie, perderia meus sogros, eu perderia tudo. É como quando você não estuda para uma prova e sabe que vai se foder redondo. Você pode escolher entre se escolher em posição fetal e chorar, ou simplesmente curtir o restinho de liberdade que você tem antes da nota sair. 

 

01h17min

Charlie, Charlie, preciso relaxar. Fui uma má aluna e vou tomar bomba. Que tal destruirmos o mundo antes de minha nota sair? — Anny 

 

Assim que terminei de dedilhar a mensagem, sorri para o motorista do táxi, que era um senhor de uns setenta anos de idade. Ele volveu o sorriso, com os poucos dentes amarelados. Deixei uma risada escapar, abrindo a janela e podendo vislumbrar a lua beijando o mar. Tão bonito. 

— Muito bonito. — completei, fazendo o motorista do táxi franzir o cenho.

— Falou comigo, menina? — questionou, esticando o pescoço gordo para olhar meu reflexo pelo retrovisor. Sorri para o mar.

— Não. Falava com a Lua. 

— Maluca… Esses jovens de hoje são todos malucos. — murmurou para si mesmo, voltando a atenção para o trânsito.

Meu sorriso aumentou quando o celular vibrou em meu colo. 

 

01h21min

Só se for agora, ruivinha! Algo muito louco nos espera, muahahaha! — Bitch Grey 

 

É, pensei sorrindo para a mensagem. Talvez eu realmente seja maluca. 

 


Notas Finais


Oh My GOD!
Onde será que a Charlie vai meter a Ann?
hiihihihih


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