História Maze Runner - The Other Runners. - Capítulo 1 - Beginners.

                                                                              CAPÍTULO 1 - BEGINNERS.

                              "Não é a primeira impressão a que fica. É a última.

                                                                    Apenas certifique-se de que a primeira não seja a última." 

                                                                                                                                                           -Aldo Novak. 

Os socorristas chegaram, mas não eram fortes o suficiente para carregá-los. Portanto, fizeram uns exames rápidos, sem necessidade de aparelhos, e logo concluíram que os três pareciam perfeitamente bem. A garota não demonstrava sinal de ter sido picada, nem os outros dois. Aparentemente, estavam inconscientes de pura exaustão. Todos concordaram em deixa-los assim, afinal, de nada valia os acordar se não tivessem disposição para responder às tantas questões que se formavam nas mentes clareanas. 

 Newt carregou a garota ruiva nos braços, Minho levou o de cabelos castanhos, e dois corredores ficaram com o platinado. Os transportaram até a sede, onde deixaram todos no mesmo quarto. Por precaução, os punhos foram amarrados ás camas, embora ninguém achasse que eles realmente fossem tentar atacar alguém. 

 A notícia da chegada dos novatos se espalhou rapidamente, e todos queriam respostas, cada um criando tua própria teoria, ninguém sabendo realmente o que estava a acontecer. Alguns tentaram invadir a sede, ou apenas dar uma espiada pela janela. Por isso, Alby decidiu colocar garotos, em turnos, para guardar  os aposentos dos recém-chegados. Isso também seria útil para quando os mesmos acordassem, de qualquer forma. 

Os corredores foram fazer o que deveriam, explorando o labirinto, cheios de vontade de encontrar algo novo. Newt e Alby foram inventar tarefas para fazer, ocupar suas mentes e desviar a ansiosidade que sentiam.

Uma hora se passou, e mais outra. Era a vez de Gally vigiar.

Ele se sentou em uma cadeira no canto do cômodo, e olhou para cada um dos adormecidos, parando bruscamente no que havia derrubado quando o mesmo adentrou a Clareira, que se encontrava deitado de lado. Reparou então que o mesmo tinha a parte de traz da camisa levemente levantada, revelando algo curioso. Uma espécie de mancha preta.

Gally queria não ligar, mas ligou. Alvejava ser o primeiro a reunir provas, ou o que quer que fosse, contra aqueles três para que fossem expulsos logo. Então se levantou, aproximando-se do garoto. Exitou um pouco, mas logo puxou o tecido branco e o levou mais para cima. O que formava-se diante do seus olhos era impressionante.

Asas, como de um anjo. Uma tatuagem profissional, bem feita, bem marcada. Cobria as costas torneadas inteiras do menino, e parte de teus ombros. Instintivamente, tocou-o. Queria sentir aquele desenho. Mas logo recolheu os dedos. O que diabos estava fazendo?

Bufou e franziu o cenho.

Que porra era aquela?

(...)

Newt decdiu trocar de lugar com Gally, e então o loiro vigiaria dalí para a frente. Durante a noite, então, seria o emburrado quem ficaria por lá.

Sentou em uma pequena espécie de sofá, ao lado de uma mesinha. Olhava para as três camas, entediado. Talvez aquilo não desse em nada, fosse apenas outra perda de tempo.

Mais uma vez, rodavam em círculos. Não iriam sair. Não tinha jeito. 

Maldito labirinto, maldita Clareira, malditas pessoas.

Os pensamentos ruins crepitavam em sua mente. Ele se levantou agitado.

Malditos Verdugos. Maldita Teresa. Maldito Gally. Maldito Thomas!

Por que ele tinha se afastado? Por que o deixou daquela maneira? Porra! Ele não podia ter feito isso! Não depois de tê-lo feito...

Se apaixonar.

Maldito, droga!

Maldito dia em que ele tentou se matar.

Malditos garotos que não o deixaram morrer.

Malditos, malditos, malditos!

Sem perceber, pegou um recipiente de vidro na mesa, e o jogou no chão, com ira. Os cacos explodiram. E com um baque, ele tornou a realidade.

A sua respiração estava descontrolada. Em todos os pedaços espalhados pelo chão, ele via teu reflexo. De olhar arregalados, face vermelha. Uma expressão sombria.

Ele não conseguia se reconhecer. Não naqueles espelhos minúsculos.

Porém, de repente, se viu.

Não nos pedaços de vidro. Nem em nenhum outro lugar.

Mas sim, dentro de um par de olhos completamente azuis, levemente cobertos por fios loiros platinados. Dentro de um sorriso divertido. Dentro de um semblante curioso. Que estava bem ali, na sua frente.

Se viu saindo da caixa, descobrindo todo aquele mundo novo. Se viu querendo explorar um labirinto que todos diziam ser mortal.

E por um segundo, ele quis ser.

Quis ser aquele garoto pálido, que o olhava fixamente, impressionado, de pulsos atados.

O menino disse algo, mas não ouviu. Então, o mesmo repetiu.

-Eu... Acho que conheço você. –Falou, alargando o sorriso que carregava, a curiosidade quase pulsante nas veias.

(...)

Newt chamou Gally, por segurança. Não sabia o que aquele garoto iria pretender, portanto, melhor prevenir.

O carrancudo se dirigiu até um canto do quarto, quase que irritado por ter de fazer aquilo, mas tentando se convencer de que, daquela forma, teria as primeiras informações necessárias para levantar tua própria teoria.

-Olha só... Vocês me amarraram! –O platinado deu uma risadinha.- Por que não estou surpreso?

-Qual o seu nome? Consegue se lembrar? –Não sabia ao certo como se referir ao mesmo.

-Sim! Eu... –Ele sorriu, muito verdadeiramente. Parecia feliz por lembrar de algo. – Perseu! Mas, prefiro Percy. Newt... Me pergunto apelido de que é isso. Mas, deixa para lá, prefiro assim.

-C-como sabe o... Meu nome? –O loiro franziu a testa, em seguida o cenho. Como aquele garoto  sabia?

-Eu... –De repente, Perseu também parou para pensar. –Não faço ideia. Sério. –Esboçou uma feição engraçada, parecia achar tudo aquilo o máximo.

Exatamente como Newt, no dia em que chegara.

-Quando vão me soltar? Estas coisas machucam... –Perguntou.

-A garota não está reclamando... –O clareano se referiu a ruiva, brincando sem pensar.

-O masoquismo da Isabella não justifica minha fragilidade. –Devolveu a brincadeira. – Merda, de onde estão vindo esses nomes?! –Perguntou quase que para si mesmo.

Então era assim que a ruiva se chamava.

-Responda algumas perguntas, e eu te solto, pode ser? –Se sentou no pequeno sofá em que estivera anteriormente.

-Claro. Mas você também vai ter que responder algumas minhas. –Arqueou uma sobrancelha.

-Ele não está negociando com você, trolho. -Falou Gally do canto do aposento, frustrando-se com aquele diálogo.

-E eu não estou falando com você, cabeção. –Respondeu, sínico.

Newt riu. Não gargalhou, mas riu. Céus, á quanto tempo ele não fazia isso?

Ia prosseguir com o seu “questionário”, quando, bruscamente, duas pessoas adentraram o quarto.

Eram Thomas e Minho. Ofegantes, suados, ansiosos também.

-Você não vai acreditar...! –Começou Minho.

-Eles mataram dois verdugos! –Concluiu o Thomas.