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História Maze Runner - Clareanos


Escrita por: MiaMiaM

Notas do Autor


Minha primeira "Fanfic" e eu espero realmente que dê certo. Eu amo Maze Runner e tenho o coração dividido entre o Newt e o Minho, então já sabem...
É uma história baseada no filme, mas não é fiel aos acontecimentos do mesmo.
Vou tentar postar sempre que possível, mas prometo ao menos um capítulo por semana.
Espero que gostem, o primeiro capítulo é sempre meio chatinho.

Capítulo 1 - Clareanos


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Clareanos

Meu corpo inteiro estava dolorido e suado, a camisa larga de manga comprida estava molhada e grudenta contra meu corpo, a calça suja assim como as botas; Meus olhos estavam pesados e a vontade de me entregar a sonolência quase venceu, senão fosse pelo barulho... Metal se arrastando contra metal, engrenagens enferrujadas se movendo com um gemido agudo. Abri os olhos devagar e me concentrei ao máximo para mante-los abertos, o lugar era escuro e se movia rapidamente como um elevador subindo em alta velocidade. Rolei para o lado e coloquei o peso do meu corpo sobre minhas mãos, meus cabelos caíram em longos cachos bagunçados cobrindo meus braços enquanto eu me sentava. Havia cestas com grãos, sementes para ser mais exata, a minha volta, entre outros mantimentos e roupas. Uma luz vermelha se fez presente me fazendo olhar para o teto alarmada, o fim do túnel se aproximava e a velocidade da caixa de metal onde eu estava não diminuía, me preparei para o impacto cobrindo a cabeça com os braços, mas ele não veio, foi substituído por um solavanco que me jogou para trás; A caixa havia parado e uma sirene infernal berrava por todos os lados, me encolhi em um dos cantos da caixa protegendo meus ouvidos.
Então tudo parou, meu coração estava a mil e eue mal respirava quando o teto se abriu dando passagem para a luz do dia, me encolhi ainda mais e alguém pulou na caixa impedindo o sol de seguir maltratando minhas retinas.
- Oi - levantei meu olhar para o dono da voz. Era um loiro, alto, de olhos escuros, olhos esses que denunciavam seu espanto ao me ver - você ta bem?
Tentei recuar ainda mais ao encarar sua mão estendida em minha direção: - Tudo bem, eu não vou te machucar...
- Ei, Newt - alguém gritou acima de nós, outro garoto - cadê o trolho?
Ousei olhar para cima ainda escondida entre as cestas e avistei vários rostos curiosos, todos garotos adolescentes, dezenas deles. Minha mente estava uma bagunça e a falta de informações me deixava ainda mais apavorada. O que estava acontecendo? Onde eu estava? Por que eu estava ali? Quem eram aqueles garotos?
O loiro a minha frente não respondeu a pergunta do outro garoto, apenas olhou rapidamente para os companheiros como se pedisse calma e se voltou para mim, ele se movia com cuidado como se estivesse frente a frente com uma cobra venenosa, mas sorria tentando ganhar minha confiança; Notei um facão em seu cinto enquanto ele voltava a falar:
- Sou Newt - disse - Qual seu nome? Você se lembra dele?
Como se a pergunta tivesse acionado um botão, aconteceu um "click" em minha mente e um nome surgiu; De alguma forma eu tinha certeza que esse era o meu nome.
- Esther - respondi com a voz rouca graças a garganta seca.
Então o burburinho acima de nós começou: "É uma garota?" alguém perguntou. "Cadê ela?" outra voz disse. As vozes sobressaíam umas por cima das outras. "Tira ela daí, Newt" "Que mértila".
Newt porem sorriu e se aproximou um pouquinho mais se abaixando a minha frente: - Bem-vinda a clareira, Esther!
- Que lugar é esse? - perguntei focando meu olhar somente nele.
- Sua casa agora - afirmou me estendendo a mão novamente e dessa vez eu aceitei. Apesar de desejar me esconder daqueles olhares para sempre, eu me permiti ser levantada - não tenha medo.
- Eu não tenho - menti forçando mina voz a soar firme.
  Newt sorriu ainda mais se posicionando atrás de mim, me assustei ao sentir suas mãos prendendo minha cintura como garras, ele me levantou e logo uma avalanche de olhares masculinos me atingiu, aproveitei que Newt já estava ao meu lado e puxei o facão de seu cinto, tentando me sentir um pouco mais segura diante de tantos garotos desconhecidos.
"Calma" ouvi Newt dizer, mas já estava olhando em volta curiosa. A clareira, como o loiro havia denominado, era enorme, cercadas por bosques e muros que se sobressaíam as árvores, tinha muitas cabanas ou casas, não saberia descrever, todas, apostaria, construídas por esses garotos.
- Vamos, deixem a novata respirar - alguém gritou enquanto os garotos falavam uns por cima dos outros - voltem ao trabalho. Newt e eu cuidamos dela - achei o dono da voz em meio a tantos garotos, era um garoto negro, forte, de expressão séria.
Os garotos começaram a se dispersar obedientes restando apenas o moreno e o loiro próximos a mim: - Sou Alby - continuou - Qual seu nome?
- Esther - respondi mantendo o facão firme em minha mão - que lugar é esse? É uma prisão?
Os dois trocaram olhares e sorriram com pesar: - Esta com fome? - Alby mudou o assunto.
- Eu não sei porque estou aqui - insisti - na verdade eu não sei de nada. Eu não lembro de nada...
- O nome é tudo que eles deixam para nós - Alby me interrompeu.
- Eles quem?
- Os criadores.
- Quem são eles?
- Eu não sei - admitiu - ninguém sabe. Tudo que sabemos é que críamos uma organização para viver na clareira. Newt aqui - ele deu um tapinha no ombro do loiro - é quem fica no comando quando eu não estou por perto. E nós cuidamos para que pelo menos três regras sejam cumpridas, com você não será diferente se quiser viver aqui. Primeiro: Faça sua parte, aqui não tem lugar para preguiçosos. Segundo: Nunca machuque outro clareano, precisamos uns dos outros, não construímos nada sem confiança. Por último a terceira regra: Nunca vá além dos muros - ele apontou para um lugar que até então havia passado despercebido por mim. Uma saída para fora da clareira.
Me virei encarando o local, meu corpo inteiro gritando para que eu corresse até lá;
- Antes que pense bobagem - Newt interferiu meus pensamentos - não é uma simples saída. Lá fora tem um labirinto e ele é muito perigoso.
- Você não tem permissão de ir lá - disse Alby autoritário.
- Vamos, vou te apresentar o lugar - Newt acabou com o assunto - depois vou te apresentar ao Caçarola.
- Quem? - o olhei confusa.
- Nosso cozinheiro - sorriu se despedindo de Alby com um tapinha no ombro e começando a caminhar sem nem olhar se eu o seguia, sustentei o olhar do moreno por alguns segundos antes de revirar os olhos e seguir o loiro que já se encontrava longe falando sozinho. Mesmo exausta o segui por toda clareira ouvindo com atenção cada nome, cada função, absorvendo tudo que podia sobre o local e aqueles garotos. O facão ainda preso fortemente entre meus dedos.
Newt terminava de explicar o trabalho dos socorristas quando novamente dirigiu seu olhar ao objeto em minha mão e sorriu sem mostrarr os dentes: - A regra sobre não machucar uns aos outros é levada a sério aqui. Sei que está desconfiada e com medo, mas não precisa ficar armada.
Recuei a mão com o facão em um ato involuntário: - Prefiro assim - ditei - não quero devolve-lo.
- Pode ficar com ele até se sentir segura entre os clareanos - rebateu calmo - sei que não vai precisar usa-lo e logo você também saberá.
- O que o seu amigo falou é verdade? - perguntei sem me conter, as perguntas rodeavam minha cabeça como lobos famintos por respostas - ninguém tem lembranças de fora desse lugar?
- Sim, é verdade - respondeu simplesmente e ajeitou a postura - estou aqui há quase três anos e nunca tive uma lembrança sequer.
Me virei para ele o fazendo parar junto a mim: - Por que acha que nos jogaram aqui?
Ele deu de ombros sem resposta: - Vamos, você deve estart com fome.
Voltamos para a sede sob os olhares intrigados de muitos garotos, só então, durante esse breve momento de silêncio parei para pensar que não havia visto sinal de outra presença feminina no local, estava pronta para perguntar sobre o assunto quando ao sentir o cheiro de comida senti uma pontada em meu estômago, eu estava faminta.
Conhecer Caçarola não foi tão empolgante quanto atacar um prato de sua comida;
- Coma devagar ou vai devolver tudo - aconselhou o cozinheiro me fazendo desviar o olhar da comida para olhar para ele, mas minha atenção foi roubada por um garoto grandalhão, "ele era realmente grande" pensei comigo mesma. Ele entrava na cozinha secando o suor da pele em um pano velho, ele não nos olhou apenas foi tomar água.
- Você tem até amanhã para escolher no que quer trabalhar - Newt informou - mas se quiser pode testar cada uma das funções para ver o que prefere depois.
Assenti voltando a olhar para o prato;
- Nem pense em trabalhar com os construtores - o garoto grandalhão se intrometeu.
- Por quê? - rebati levando mais uma colherada de comida a boca sem desviar os olhos dele.
- Não é trabalho para trolhas - respondeu.
Bati com força na mesa ao me levantar furiosa: - Quem é trolha aqui?
Ele arqueou a sobrancelha me encarando e eu sustentei seu olhar, seu tamanho não me intimidava e eu preferia apanhar a me encolher diante de um garoto. Ele então sorriu: - Esther é um nome bonito - comentou antes de se virar e ir embora.
Olhei para Newt confusa e ele sorriu;
- Gally fugiu de uma briga? - Caçarola parecia espantado.
- É o poder feminino - brincou Newt risonho.
- O que é uma trolha? - perguntei os fazendo gargalhar.

Apos a refeição, meu único desejo era um banhoe segundo Newt eu só conseguiria isso no rio. Não era nada confortável pensar em me banhar no rio sendo a única atração feminina em meio a tantos garotos. Então Newt e Alby, após debaterem sobre o assunto, decidiram proibir todos os garotos de saírem de suas funções e irem até o rio enquanto eu estivesse lá. Chuck, o caçulinha da clareira, vigiaria todos e quem descumprisse a ordem iria ser punido.
Já com roupas limpas em mãos, fui para o rio. Obviamente não fiquei nua, não podia arriscar, permaneci de calcinha e sutiã e fui nadar aproveitando para lavar meus cabelos. Não demorei no "banho", pois não estava nem um pouco confortável com a situação, mas demorei o suficiente para descobrir algumas cicatrizes em meu corpo e uma tatuagem na lateral abaixo do meu seio, era o desenho da metade de uma chave, todas marcas sem histórias e era horrível a sensação de não se conhecer.
Estava começando a me vestir quando um barulho me fez pegar o facão e me virar assustada; Era um garoto loiro e alto, mais alto que Newt, ele parecia extremamente espantado ao me ver;
- Não deveria estar aqui - ralhei furiosa.
- Quem é você? - soltou chocado, o seu olhar percorrendo meu corpo com curiosidade.
Apontei o facão com mais firmeza em sua direção para que ele desfocasse o olhar do meu corpo.
- Não me viu sair da caixa? - rebati rudemente - cego eu sei que não é ou não me olharia desse jeito.
- Eu não estava na clareira - declarou.
- Como não? - o interrompi - onde mais poderia estar?
Ele não respondeu, seu olhar havia voltado descaradamente para o meu corpo: - Para de me olhar - ordenei com o facão mais perto de seu peito.
Em um movimento rápido o garoto puxou meu braço tentando me desarmar, mas no mesmo movimento puxei o braço novamente e lhe dei um cotovelada no estômago. A arma firme em minha mão, a lâmina perigosamente perto de seu pescoço.
- É selvagem - comentou com um sorriso - meu nome é Ben.
- Some daqui - disse com raiva - Alby proibiu todos de virem até o rio.
- Como eu disse, não estava na clareira.
- Onde estava então? - perguntei sem paciência.
- Além dos muros - respondeu.
- Mas isso é contra as regras, Alby falou que é proibido.
- Não para os corredores...
- Corredores?
"BEN" um grito interrompeu qualquer resposta que ele fosse dar, reconheci a voz de Newt e me afastei do garoto a minha frente indo me vestir, não queria que mais ninguém me visse semi-nua.
- Algum problema aqui? - o loiro encarava Ben seriamente.
- Não - o outro negou com um sorriso irritante no rosto.
- Newt - chamei observando o facão - o que aconteceria se acidentalmente eu tropeçasse e o seu facão atravessasse esse idiota?
Newt riu, mas foi Ben quem se apressou a responder: - Você seria banida.
- Mas antes haveria um julgamento - acrescentou Newt - e eu te defenderia.
- É bom saber - sorri para ele.
- Quero te mostrar um lugar - disse e eu concordei.
Apesar do meu cérebro dizer que eu não deveria confiar em ninguém naquele lugar, meu instinto dizia o contrário em relação a Newt. Deixamos Ben para trás e seguimos pela clareira até perto de um dos muros. Esse pedaço em questão era todo rabiscado com nomes raspados na pedra, os nomes dos clareanos. Observei vários desses riscados e não precisei perguntar para saber o motivo disso. Newt sorriu e me estendeu uma faca:
- Vá em frente - incentivou - agora você é uma clareana.


Notas Finais


Perdoem qualquer erro e quero opiniões.


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