1. Spirit Fanfics >
  2. Maze Runner >
  3. Lembranças

História Maze Runner - Lembranças


Escrita por: MiaMiaM

Notas do Autor


Não resisti em postar logo outro...
Espero que gostem.

Capítulo 2 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Lembranças

Parei apenas há dez passos da abertura dos muros, cruzei os braços olhando fixamente para o local, tudo que eu podia ver era um corredor longo de pedras, mas Newt havia falou em labirinto. Aquele a minha frente era o ponto de partida. O loiro havia me explicado o que era os "corredores", que ele se arriscavam no labirinto na esperança de achar uma saída há três anos.
- Espero que não esteja pensando em sair - uma voz atrás de mim me fez pular. Gally.
O olhei por cima do ombro e voltei a olhar para o corredor: - É proibido olhar também? - respondi seca.
- Não. Todos tem curiosidade no começo - afirmou parando ao meu lado e olhando para o labirinto - mas se der um passo para dentro do labirinto será uma trolha morta.
- Isso é uma ameaça? - me virei para encara-lo e Gally segurou o riso.
- Ameaça? - repitiu - não machucamos uns aos outros. Mas existem criaturas lá - ele apontou para o labirinto - esperando por uma trolha como você para o lanchinho da noite.
- Escu... - fui interrompida por uma rajada forte de vento, seguida por um barulho ensurdecedor, dei um passo para trás assustada, a abertura estava se fechando - o que... ?
- De nada pelo aviso - Gally me deu as costas e se afastou.
Chocada continuei encarando a passagem se fechando e um aperto dominou meu peito, estávamos presos.
- Tudo bem? - uma nova voz me assustou. Dessa vez era Newt.
Corri até o loiro curiosa: - O que aconteceu? - apontei para a abertura agora fechada.
- Fecha todas as noites - o loiro comentou - é o que nos mantem seguros.
- Do quê? O que tem lá, afinal?
- Calma, novata...
- Eu tenho nome - o interrompi irritada.
- Eu sei que está curiosa, perdida, mas temos tempo para conversar - continuou com paciência - vamos, logo a fogueira será acesa e o caçarola preparou algo especial para comemorarmos a chegada da nossa nova trolha.
Diante do meu olhar assassino Newt sorriu envergonhado: - Desculpe, Esther!

Como prometido, uma enorme fogueira foi acessa não muito longe da sede. Os clareanos conversavam, riam e brincavam uns com os outros. Gally e um aglomerado de garotos faziam o maior barulho se desafiando entre si para lutas. Eu estava afastada deles com Newt ao meu lado, mas era impossível não prestar atenção em uma ou outra luta, acabei rindo com o tombo de um garoto o que chamou a atenção de Newt para mim;
- Uau - comentou me fazendo olha-lo - é a primeira vez que a vejo sorrindo. Nunca vi algo tão bonito.
Tentei disfarçar minha vergonha, mas senti meu rosto esquentar, o que fez Newt rir mais: - Acreditaria em você se eu não fosse a única menina nesse lugar.
Ele riu e me ofereceu um copo cheio com um líquido caramelo: - Quer?
Olhei para ele com uma careta: - O que é isso?
Ele deu de ombros: - Uma receita do Gally - contou - quer?
Peguei o copo de sua mão e tomei um gole, era forte, mas aceitável. Contive a careta ao sentir o líquido queimando minha garganta.
"Que porcaria, Gally" minha própria voz soou em minha cabeça.
" Papai me ensinou a fazer" era a voz de Gally, amigável e familiar.
Já havia tomado daquela bebida. Essas falas faziam parte de uma lembrança. Por instinto olhei para Gally, o garoto estava embolado em mais uma briga. Eu já o conhecia?
- Pode ficar com essa - disse Newt me despertando dos meus pensamentos - vou procurar Alby e ver onde você vai dormir.
Com um sorriso simpático ele se levantou e se afastou. Me levantei também soltando o copo, para caminhar um pouco, o olhar em Gally, entre uma luta e outra, ele devolveu meu olhar um pouco desconfortável. Me afastei do barulho dos garotos para pensar um pouco. Se aquilo foi uma lembrança, Gally era alguém próximo? Mas próximo quanto?
Já estava longe o suficiente para ver o bosque, uma luz brilhava solitária em meio a escuridão, me aproximei um pouco mais até identificar de onde vinha a luz, era uma cabana. A curiosidade falou mais alto, pulsando em cada parte do meu corpo e eu precisei ir até lá.
O que tinha no interior da cabana era inacreditável, uma enorme maquete de um labirinto feita artesanalmente: - O que está fazendo aqui? - uma voz furiosa me assustou. Um garoto asiático surgiu na minha frente tapando minha visão para dentro da cabana - só corredores podem entrar aqui.
- O que é aquilo? É o labirinto que nos cerca?
O garoto segurou meu braço com força me fazendo olha-lo assustada, sua mão era como garras de aço esmagando meu braço, tentar puxar só o fez doer mais: - Saía daqui e não volte mais, se não quiser passar sua primeira noite no amansador.
- Me solta - rosnei com raiva, contendo as lágrimas de dor.
Ele pareceu levemente assustado ao ver uma lágrima escapar dos meus olhos, de repente me soltou e falou com mais calma: - Esse lugar é proibido para não-corredores.
A raiva não me permitiu falar, empurrei sua mão para longe de mim e caminhei bosque a dentro. Me sentei encostada a uma árvore, me sentindo exausta.

Eram três crianças, um menino e uma menina da mesma idade e um garoto um pouco mais velho. A expressão de angústia e medo do mais velho assustava os mais novos;
- Por que estamos no sótão? - a menina perguntou quase em um sussurro.
- Mamãe pediu para ficarmos aqui - o mais velho respondeu - papai está doente e alguns... médicos... virão busca-lo.
- O papai vai enlouquecer como o nosso vizinho? - o garoto mais novo questionou estremecendo ao lembrar da cena.
O mais velho engoliu em seco se preparando para responder, mas um grito no andar debaixo o interrompeu. "QUERO VER MEUS FILHOS".
- Papai - a garotinha reconheceu, mas antes que tomasse qualquer atitude o irmão mais velho a segurou.
"ONDE ELES ESTÃO?".
- Ele parece com raiva - comentou o garoto mais novo.
- Eu to com medo - a garotinha choramingou se abraçando ao mais velho.
Logo o abraço se tornou triplo e a garotinha fechou os olhos apertados, encolhida entre os irmãos tentando ignorar os gritos do pai.
"ESTHER, ARIS, GALLY".

Acordei em um pulo ao ouvir um barulho, o céu nem bem havia ganhado os tons do amanhecer, eu ainda estava no bosque onde adormeci. O barulho insistiu e eu tentei encontra-lo, cada vez mais próximo se tornava absurdamente alto. Então os vi, dois objetos mecânicos voavam rapidamente em minha direção, só tive tempo de levantar o braço para proteger o rosto antes do metal cortar minha pele, gritei e tentei sair correndo, mas os instrumentos mecânicos atacaram minhas pernas cortando em vários pontos. Caí, apoiando a mão machucada no chão, um outro grito escapou.
Me forcei a levantar, o sangue escorrendo por meu braço e pernas, então corri de volta para o centro da clareira. Havia dois garotos perto dos muros, de longe não os reconheci, mas precisava de ajuda.
"SOCORRO" gritei caindo novamente. Os instrumentos machucando minhas costas; Vi os garotos se aproximarem correndo e algo se chocando contra os instrumentos, era Ben que os esmagava no chão usando um pedaço de madeira.
O outro me virou e eu pude ver o seu rosto, era o garoto asiático da noite passada: - Minho, leva ela para os socorristas - Ben ordenou ainda lutando para destruir os instrumentos mecânicos.
Minho, como Ben havia chamado, passou os braços por minhas costas e pernas me levantando em seus braços, gemi de dor, mas não protestei contra Minho me carregar, eu me sentia tonta.
- Mértila - Minho resmungou me deitando em uma cama após entrarmos em uma cabana bastante grande, ele me ajeitou de lado por causa dos ferimentos em minhas costas - aquelas coisas retalharam você inteira. Vou chamar o Jeff.
- Espera - o segurei com a mão boa - já aconteceu antes?
- Não - respondeu - sua mão ta ensopando o chão com sangue. Preciso trazer o Jeff.
Dessa vez o deixei ir; Esperei por alguns minutos até o tal socorrista Jeff aparecer com Minho ao seu encalço, precisei levar pontos na palma da mão esquerda, em um dos ferimentos das costas e acima do joelho. Segundo Jeff ou outros cortes eram superficiais; Minho passou o tempo todo sentado perto de mim, observando o trabalho de Jeff em silêncio. O socorrista estava terminando o último curativo quando Newt, Alby e Ben entraram.
Newt foi o único a sorrir ao me ver: - Como está nossa novata, Jeff?
- Vai ficar bem - respondeu o socorrista - mas perdeu muito sangue, então sem esforço por enquanto.
- Então não posso trabalhar com os construtores? - perguntei.
- Quer trabalhar com os construtores? - Minho pareceu surpreso - não é pesado demais para uma menina?
- Eu aguento - afirmei sem olha-lo.
- Onde mais ela poderia atormentar Gally? - Newt riu.
A menção do nome de Gally me deixou tensa, até então não havia parado para pensar no sonho (talvez lembrança) que tive. Olhei para Ben tentando disfarçar meu incomodo: - Você... quebrou aquelas coisas?
Ele assentiu, mas antes que pudesse dizer alguma coisa, Alby tomou a palavra: - Faz alguma ideia do que aconteceu? - me perguntou. Devia ser alguma obrigação de líder parecer sempre zangado.
- Eu adormeci no bosque - disse - e quando acordei fui atacada por aquelas coisas. É tudo que sei.
- Tem certeza? - insistiu o líder.
Assenti. Eu não contaria sobre o sonho para eles.
- Por que dormiu no bosque? - Newt perguntou.
Olhei de relance para Minho que me lançou um olhar culpado e então encarei a camiseta de Newt, não seus olhos: - Só quis ficar sozinha um pouco, é desconfortável ser a única menina em meio a tantos meninos.
- Vai dormir na sede apartir de agora - anunciou Alby - Newt ofereceu o quarto dele para você dormir.
-O quê? - Minho e eu falamos juntos.
- Vou dividir o quarto com outro chefe - explicou Newt - o quarto será todo seu, não se preocupe.
- Obrigada Newt! - sorri para o loiro que retribuiu.
- Enquanto Newt se esforça para conquistar a única garota da clareira - Minho comentou com um tom de deboche irritado - nós, Ben, vamos correr. Quem sabe não encontramos uma fêmea de verdugo atraente para você amigo.
Franzi o cenho: - Fêmea de que? - Minho não respondeu - seja como for, tente não ser um ogro com ela também.
Minho parou para me encarar: - De nada por hoje mais cedo - rebateu sarcástico.
- Não pedi sua ajuda - cuspi as palavras com raiva.
- Engraçado, eu ouvi você gritar por socorro.
- Mas não ouviu um "socorro Minho" - argumentei.
- Trolha irritante.
- Metido...
- Chega - Alby me interrompeu - todos fora daqui. Newt leva a novata pro Chuck.
Com a ajuda de Newt consegui sair da enfermaria a tempo de ver Ben e Minho sairem correndo pela passagem agora aberta entre os muros.
- Vamos tomar café da manhã? - disse Newt me fazendo concordar.


Notas Finais


Se apeguem a detalhes eles farão toda a diferença no final... E logo, logo o Thomas vai aparecer. Ele é um personagem importante, mas não terá envolvimento romântico com a Esther...
Perdoem qualquer erro e até o próximo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...