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História Maze Runner - Banimento


Escrita por: MiaMiaM

Capítulo 5 - Banimento


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Banimento

" O quarto estava escuro e silencioso, a garota sentia o coração acelerado enquanto sentia as mãos do garoto presentes em seu corpo e os lábios do mesmo famintos por sua boca; Porem algo naquele momento, apesar de excitante, não estava certo. Ela tinha plena consciência de que era nova demais, afinal tinha apenas 14 anos e não estava pronta para dar esse passo tão importante, mesmo que com a pessoa que mais confiava no mundo depois de seu irmão gêmeo.
- Newt - chamou a garota um pouco ofegante tirando sua boca da do "amigo" - acho melhor pararmos.
O garoto ficou imóvel no mesmo momento fazendo a menina quase se arrepender de ter falado, ela odiava decepciona-lo: - Tudo bem - o loiro finalmente concordou desistindo de tocar na "amiga" com um esforço enorme, ele sempre desejou aquele momento e nunca escondeu dela.
- Desculpa - rolou sobre o braço para olhar o companheiro, ele encarava o teto um pouco frustrado, mas tentando entender - sei que disse que queria que fosse você, mas não to preparada.
Como resposta o garoto pegou sua mão entrelaçando seus dedos e sorriu calmamente se virando para beija-la com leveza nos lábios: - Você pode ficar? - sussurrou a garota.
- Seu irmão me mataria se me visse aqui - riu com diversão.
- É sua última noite, Newt - lembrou - amanhã vão manda-lo para o labirinto.
- Eu sei - engoliu em seco tentando não parecer nervoso.
- Será que ainda vou te ver de novo? - ela continuou, se controlando para não chorar - você vai me reconhecer quando isso acontecer?
- Você é tudo que tenho nessa vida - ele tocou seu rosto com carinho - minha melhor amiga, meu único amor. Mesmo que tirem minhas lembranças, meus sentimentos eles nunca vão tirar. "


Era madrugada quando perdi o sono, dessa vez a certeza do meu sonho ter sido uma lembrança veio dos meus sentimentos; Eu sabia porque aquela noite havia acontecido, eu tinha medo de perder meu melhor amigo e sua última noite antes do labirinto eu queria que fosse comigo, eu confiava nele e sabia que ele me amava.
Apesar de todo o resto da história não existir em minha mente, eu não estava confusa com essa lembrança, o carinho que senti ao acordar e pensar em Newt fez tudo fazer sentido. Não importava nosso passado, como nos conhecemos ou quando nos tornamos amigos; Eu podia confiar nele.
Após momentos olhando as estrelas, momentos esses que não sei dizer se foram apenas minutos ou horas acabei adormecendo;
Acordei com um cutuco em meu braço, mas resisti em abrir os olhos com sono, foi então que senti um toque quente e macio no canto da boca, eram lábios. Abri os olhos assustada e empurrei Ben para longe de mim: - Seu nojento - resmunguei passando a mão na boca enquanto ele ria.
- Sorte sua que não me aproveito de garotas adormecidas - observou debochado e como resposta lhe dei um chute na cintura já que ambos estávamos no chão e foi onde pegou, não foi planejado, mas foi forte, o loiro se encolheu por reflexo e mordeu o lábio para não gritar - sua doida.
- Nunca mais ouse encostar em mim - avisei.
- Que eu saiba você tem um quarto para dormir - resmungou.
- Quer dizer que se eu não dormir nele você tem o direito de me incomodar? Como você pode ser tão idiota?
- Algum problema por aqui? - vi Minho se aproximar com a expressão séria.
- Como poderia haver problemas? - rebati ironica - eu só fui jogada nessa prisão para aturar babacas como esse - indiquei Ben - e pagar por meus pecados da pior forma.
Minho riu de lado: - Mau humor?
- Cala a boca e me ajuda aqui - estendi minha mão para o asiático que sem falar mais nada me ajudou a levantar.
Ben fez o mesmo gesto para o amigo, mas sua resposta foi um "se vira" que me fez rir: - Já vão correr? - perguntei a Minho e ele assentiu risonho - posso fazer uma pergunta?
- Faça.
- Se o labirinto é tão perigoso, por que vocês vão todos os dias? - perguntei.
- Porque alguém tem que ir - respondeu.
- Acha mesmo que tem uma saída desse lugar?
- Era uma pergunta só - desviou o assunto.
- Isso é um não? - me aproximei sem perceber e parei a dois passos de Minho.
- Depois conversamos - afirmou já se virando para sair, mas eu o segurei mal contendo a curiosidade.
- Você volta? - foi o que perguntei, quase implorando uma confirmação de que ele voltaria e eu teria minhas respostas.
Minho me olhou com um sorriso esperto nos lábios: - Sempre!

Mesmo aceitando trabalhar com Newt nas plantações acabei escalada para ajudar Caçarola na cozinha por no mínimo três dias, já que o mesmo estava sem ajudante, pois este estava doente. Era minha terceira ida ao bosque para buscar lenha quando dei de cara com Ben, com o susto derrubei toda a lenha que havia recolhido: - Que susto, garoto - reclamei, mas percebi que algo estava errado assim que o olhei com mais atenção. Ele estava ofegante, inquieto, os olhos escuros - não está muito cedo para estar de volta na clareira?
- Desgraçada - ele avançou com raiva, as mãos direto em meu pescoço.
Tentei pegar o facão em meu cinto improvisado, mas Ben era rápido e forte demais para mim, ele me derrubou apertando com força meu pescoço, me sufocando sem dificuldade; sem conseguir alcançar o facão tentei arranha-lo, o desespero de estar ficando sem ar era horrível.
- Você era a preferida - continuou totalmente descontrolado - seu irmão acabou com... - ele se interrompeu quando alguém o puxou de cima de mim.
Puxei o ar desesperadamente, engasgando tamanha a rapidez com a qual ele voltou para os meus pulmões. Rolei e me sentei com dificuldade vendo Ben agora atacando Thomas, o novato havia me salvado.
- Corre - gritou conseguindo fazer sua voz se sobressair aos gritos de Ben - chama ajuda.
Fiz o que ele pediu, corri para a clareira em busca de qualquer garoto que pudesse ajudar a segurar Ben, acabei esbarrando em Alby, meu corpo se chocou contra o seu com violência e eu caí no chão completamente ofegante.
- Por que está correndo? - perguntou preocupado me estendendo a mão para que eu levantasse;
Assenti sem ar tentando começar a falar, mas tudo que saiu foi: - Ben...
- Ele fez algo com você? - a preocupação cresceu em sua voz.
Nem tive tempo de responder e os gritos de Thomas foram ouvidos, o novato corria em nossa direção, mas Ben o derrubou no meio do caminho dominado pela raiva, foi um piscar de olhos e Newt o acertou com um pedaço de madeira, dando brecha para os outros garoto o segurarem.
- Levanta a blusa dele - Alby ordenou ao se aproximar.
Eu que estava logo atrás do líder pude ver o machucado em seu abdomen, as inúmeras veias negras que tinham seu início nele e se espalhavam por toda pele.
- O que é isso? - perguntei a Alby.
- Ele foi picado - disse para todos. A voz firme e pesada, dava para sentir que não era a primeira vez que os clareanos viviam essa situação - levem ele para o amançador.
- Não, Alby - Ben continuou a gritar.
Enquanto observava Ben ser carregado para longe dali, me assustei ao sentir uma mão em meu ombro: - Você ta bem? - Newt perguntou gentilmente, encarando meu pescoço que eu deduzi estar vermelho, talvez com o desenho da mão de Ben marcado na pele.
Assenti.

O silêncio reinava na clareira quando a tarde estava para terminar, Newt havia me explicado toda a situação, sobre a picada de verdugo, sobre a transformação e sobre o banimento. Ben não podia ser curado do que quer que seje que o transformaria em um pessoa insana e agressiva, por isso seria banido para o labirinto quando os portões estivessem para se fechar.
- Oi - Thomas se sentou ao meu lado, ficando como eu, de frente para onde tudo aconteceria, mas longe o suficiente para ficar de fora.
- Oi - respondi olhando para os meninos, todos tão tristes por terem que banir o corredor. Por um segundo me perguntei como Minho estava, eu não o tinha visto desde que chegou e eles eram tão amigos.
- Você ta bem? - o garoto ao meu lado perguntou, eu o olhei e ele indicou o pescoço.
Assenti: - Obrigada por hoje mais cedo - disse.
Ele assentiu e olhou para a frente assim como eu. Minho era quem levava Ben até os portões, os gritos do loiro cortando violentamente o silêncio da clareira.
Apenas abaixei meu olhar quando os portões começaram a se fechar e senti Thomas tocar meu joelho em solidariedade, ele também não estava confortável com a cena.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e perdoem qualquer erro.
Até o próximo.


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