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História Maze Runner - Promessa


Escrita por: MiaMiaM

Notas do Autor


Desculpem a demora...

Capítulo 6 - Promessa


Fanfic / Fanfiction Maze Runner - Promessa

Era a terceira vez que eu espiava pela janela e ele continuava no mesmo local; A clareira estava silenciosa, todos já haviam ido dormir e eu não conseguia descansar sabendo que Minho não estava bem. O asiático se encontrava no alto da construção que Alby costumava levar os novatos para mostrar a clareira por completo, ele encarava os portões agora fechados e eu sabia que ele estava pensando em Ben, não estava sendo fácil para ninguém, mas era ainda pior para ele que passava todos seus dias ao lado do corredor no labirinto.
Peguei uma manta e saí do quarto, estava ventando um pouco no lado de fora, mas não estava tão frio; Minho não me viu até que eu já estivesse ao seu lado, me sentei perto da beirada da construção assim como ele:
- Não deveria estar dormindo? - ele perguntou sem me olhar.
- Você também, então não critique - retruquei também sem olha-lo, encarei a clareira escura e vazia absorvendo a solidão de cada canto daquele lugar e suspirei - você ta bem?
- Você se importa? - questionou quase de forma rude.
- Estaria aqui se não? - rebati tentando manter a calma.
Ele ficou quieto por um momento antes de responder: - Será que esse vai ser o fim de todos nós? Morrermos no labirinto, um por um?
- Não acredita que há uma saída? - perguntei me virando para olha-lo - os corredores nunca acharam nada? - ele se calou sem devolver meu olhar - Minho?
- Você esteve na casa dos mapas - disse enfim - você viu; O labirinto já foi todo mapeado, não há mais nada o que descobrir...
- Então, por que continuam procurando? - desafiei.
- Porque todos precisam de esperança - respondeu.
- E você tem?
- Na maioria do tempo, sim. Mas tem momentos... - ele se calou novamente.
- Eu sinto muito pelo Ben - disse baixo, mas com sinceridade.
- Ele podia ter matado você - Minho me olhou curioso - sente mesmo?
- O que ele fez não me faz sentir menos culpa pela dor de vocês - confessei.
- Culpa? - repetiu confuso.
- Eu acabei de chegar, não sou ninguém para vocês, já o Ben era e...
- Ele passou pela transformação, não tinha mais volta - me interrompeu - nada foi sua culpa, muito menos o fato dele te atacar.
Me calei sem ter o que falar, mas logo Minho voltou a puxar assunto: - Soube que é irmã do Gally - comentou e riu - que azar!
Acabei rindo também.

Acordei com o despertador de um relógio, abri os olhos devagar e não demorei para achar o foco do barulho, era o relógio de Minho. Havíamos adormecido em cima da construção enquanto conversavamos, estávamos lado a lado e a manta que trouxe comigo nos cobria parcialmente. O corredor acordou confuso olhando em volta, assimilando onde estava: - Mértila, já é de manhã - resmungou se sentando, fiz o mesmo.
- Você vai correr hoje? - perguntei preocupada - é mesmo necessário?
- Preciso saber o que aconteceu com Ben...
- É comum o que aconteceu com ele? E se acontecer com você?
- Não vai - afirmou se levantando, repeti seu gesto me apressando para segura-lo.
- Promete voltar? - me surpreendi com minha própria fala.
Ele sorriu calmamente e compreensivo antes de responder: - Sempre! - repetiu a resposta do dia anterior.
Me sentei na beirada da construção observando Minho se afastar, o sol começava a nascer e estar ali presenciando esse momento era muito agradável. Talvez ver o amanhecer fosse a melhor parte do dia. Ouvi a clareira começar a fazer barulho, os garotos conversando, começando a trabalhar, vi de longe quando os portões se abriram e Minho entrou no labirinto seguido por Alby, eles iriam a procura de Ben. Encarei os muros por um tempo imaginando como havia sido a noite de Ben isolado no labirinto, certamente devia ter sido apavorante e fatal.
Somente quando meu estômago reclamou de fome que resolvi descer e me juntar aos clareanos que ainda tomavam café da manhã, sorri para Caçarola ao me servir de sua comida e caminhei até a mesa onde estava Chuck e Thomas, me sentei ao lado do menor e o caçula quase não me notou de tanto interesse que tinha na comida, sorri para o novato e ele retribuiu sem dizer nada.
Respirei desejando um dia tranquilo.

Nosso dia de trabalho foi interrompido pela chuva forte e insistente; No começo somente me abriguei como todos os outros, mas aos poucos a preocupação passou a invadir cada um de nós, a chuva estava forte demais e logo os portões se fechariam, Minho e Alby tinham poucas horas para regressar a clareira. Observei Thomas chatear Newt com perguntas e reprimi as minhas próprias, não queria stressa-lo também, todos já estavam tensos o suficiente.
Encontrei o olhar de Gally que parecia ansioso demais para se importar em desviar e sustentei o olhar até que a pergunta de Thomas chamou minha atenção.
"E se não conseguirem?" perguntou a Newt que o olhou seriamente.
"Eles vão conseguir" afirmou o loiro.
Thomas virou as costas para Newt e me olhou, parecendo buscar ajuda pelo olhar, depois parou ao meu lado voltando a encarar a chuva: - Minho, prometeu que voltaria - repetindo tendo plena consciência que Minho podia não conseguir cumprir a promessa, mas rezando para tal feito acontecer.
Thomas pegou minha mão em forma de solidariedade e eu fiquei tonta com os flashes de imagens que invadiram minha mente, nenhuma fazia sentido ou era nítida o suficiente para ser considerado algo mais que um delírio. Estava escuro, borrado, mãos vi duas mãos pequenas entrelaçadas uma na outra.
- Está tudo bem? - a voz de Thomas me puxou de volta para a realidade e eu pisquei voltando a focar meu olhar no presente.
- Sim - respondi fracamente - só estou preocupada.
Ele assentiu e o silêncio reinou novamente entre os clareanos; Quando a chuva parou todos se reuniram em frente aos portões, se antes já estávamos preocupados, agora estávamos mais ainda, com a noite cada vez mais próxima cada segundo era precioso antes fos portões se moverem, eles precisavam aparecer.
"Olha" alguém gritou e eu avistei Minho ao longe trazendo em suas costas um Alby machucado e desacordado. "Vamos" torci baixinho com o coração nas mãos. Foi o barulho dos portões começando a se mover que me fez gelar.
"Corre, Minho"
- Eu vou ajudar ele - disse e imediatamente uma mão segurou meu braço. Gally.
- Não vai a lugar nenhum - disse sério.
- Me larga - puxei meu braço com força e quando me soltei corri para o labirinto sem pensar duas vezes.
"ESTHER" várias vozes se misturaram em um grito; Não olhei para trás, não podia perder tempo, os portões logo estariam completamente fechados.
- Você é louca? - Minho esbravejou quando o alcancei - volta agora para a clareira.
- Cala a boca e anda rápido - coloquei um dos braços de Alby em meus ombros para dividir o peso dele entre nós dois.
Tentamos correr, mas boa parte dos portões já haviam se fechado: - Não vai dar tempo, Esther, volta para a clareira - Minho insistiu - que mértila, corre sua trolha.
- Cala a boca, Minho - me esforcei para tentar ir mais rápido, mas Alby era muito pesado - eu não vou te deixar.
Vi os portões quase se fechando e engoli em seco, não daria tempo. Dei uma última olhada nas expressões de choque e angústia de cada clareano, até mesmo Gally parecia em desespero, mas foi em Thomas que meu olhar parou, o garoto nos olhava ansioso e quando seu olhar encontrou com o meu ele correu passando pela fresta que ainda estava aberta nos portões, se jogando no chão enquanto os mesmos batiam atrás de si.
Minho e eu soltamos Alby no chão e o asiático sorriu sarcástico afirmando:

"Vocês acabaram de se matar"



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