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História Me After You - Chapter Forty-Four


Escrita por: deleniandiaries

Notas do Autor


Por uns dias, tive um bloqueio na escrita. Graças à nian estou de volta!

Capítulo 44 - Chapter Forty-Four


POV IAN SOMERHALDER:

 

 

É engraçado como as coisas acontecem, o rumo que elas tomam sem ao menos esperarmos. Sério, é muito engraçado, sabe por quê? Eu vi o amor da minha vida subir num avião e ir embora para o outro lado da país, eu vi o que tínhamos se desmanchando por inteiro mas agora ela está de volta. Ela está aqui, comigo. Quer dizer, não comigo mas sim em Nova York. Estamos bem, isso é bom mas não significa que eu ainda tenha ignorado tudo o que aconteceu. Foi extremamente difícil esses últimos anos, não desejaria para ninguém passar o que eu passei. Perdoei a Nina? Sim, mas ainda dói! Toda vez que olho para ela, a cena se repete automaticamente em minha cabeça várias vezes. Quis muito culpá-la por ter me deixado, por ter feito o que fez, mas que culpa tem por eu amá-la demais? Bendito amor que nos consome por inteiro!

— Bom dia, pai! - Ana deu um beijo em minha bochecha enquanto se sentava para tomar café.

— Bom dia, princesa. Dormiu bem?

— Dormi sim, já me sinto bem melhor!

— Ótimo, isso até me alivia.

— Então filho, como está no trabalho? - minha mãe trazia torradas.

— Tudo tranquilo, mãe. É agradável de se trabalhar lá! - respondi enquanto pegava a comida e tomava meu café.

— Fico feliz por você. - sorriu.

— Pai, já contou para a vovó? - falou com um pedaço de torrada na boca.

— Sobre o quê, Ana?

— Wait. - engoliu e fez uma careta divertida. - They are back together again.

— Você e a Nina voltaram, Ian?

— Não exatamente, mãe. Só estamos bem, você mais do que eu sabe o quanto é impossível ainda ignorar tudo o que aconteceu. - Ana me lançou um olhar questionador. - Entendeu o que quis dizer, certo?

— Acho que sim. - riu pelo nariz.

— Mulheres da minha vida, preciso ir. - dei um gole no café rapidamente. - Hoje saio mais cedo, creio.

— Odeio que passe o dia fora, pai.

— A partir da próxima semana nem sentirá minha falta, suas aulas vão voltar e sua cabeça irá ocupar com outras coisas.

— De qualquer forma, continua sendo uma droga.

— É, eu sei. - ri e me levantei para dar um beijo em sua cabeça. - O pai ama você!

— Também te amo, pai. Bom trabalho! - sorriu com os olhos fechados.

— Mãe, se acontecer alguma coisa...

— Ligo para você. Entendido! - me despedi e saí de casa em direção ao meu trabalho.

Pior momento de se pegar estrada em Nova York claramente são nos horários de ida e saída. Não sei qual foi o milagre dessa sexta que o trânsito está maravilhoso de se transitar. Deve ter soado um pouco estranho, mas tudo bem. Aproveitei essa tranquilidade e aumentei a velocidade. Tinha algumas consultas marcadas para agora de manhã e quanto mais cedo eu chegasse lá, melhor.

E foi o que aconteceu. Acho que até pude ouvir os passarinhos cantarem enquanto dirigia. Ok, isso foi demais. Meu humor matutino é um pouco estranho.

Quando cheguei na clínica, já tinha alguns pacientes me esperando. Entrei na minha sala, coloquei o meu jaleco e comecei a atender. Foi assim praticamente a manhã inteira. Mais cansativo do que o normal, confesso. Na parte da tarde, tive uma consulta um tanto interessante. A maioria das pessoas costumam achar que psicologia é coisa de gente doida, mas não. O nosso trabalho apenas é ajudarmos aqueles que precisam desabafar, que precisam de um conselho ou uma orientação independente qual seja a área. Porém o que me veio nessa consulta foi um tanto fora do normal.

— Dr. Somerhalder? - uma moça loira abriu a porta.

— Boa tarde, entre! - respondi gentilmente e ela entrou. - Sente, fique à vontade.

— Obrigada! - se acomodou.

— Então, o que a trás aqui hoje?

— Estou com um pequeno problema e não sei como resolvê-lo.

— Acha que posso ajudar com isso?

— Acredito que sim, você é psicólogo né? - assenti. - Perfeito!

— Não estou entendendo o que quer dizer...

— Ok, vamos direto ao ponto! - cruzou as pernas e se aproximou de mim na mesa. - Você é o ex da Júlia, e eu como amiga apenas vim dizer que foi um completo idiota por ter terminado com ela.

— Na verdade, ela quem terminou comigo. - falei sem graça.

— Não interessa quem terminou com quem, por sua causa agora ela mudou completamente. Não quer sair, não quer se divertir. Só quer chorar e só fala de você o tempo inteiro. - bufou. - Nem se passou um dia inteiro e eu já não aguento mais.

— Olha, me desculpe mas eu não posso fazer nada a respeito disso. - passei a mão no cabelo. - Também me senti mal com tudo isso, porém foi a decisão certa. Ela está sofrendo no momento, mas seguirá em frente quando menos perceber.

— Pois diga isso você mesmo à ela!

— Você não está entendendo, eu não posso.

— Por quê? A tal da Ni...- a interrompi.

— Escute, compreendo e entendo a preocupação que está tendo com a sua amiga mas não envolva a Nina nessa história. - afirmei. - Provavelmente devo ser a última pessoa que Júlia queira ver, acredite. Ela está sofrendo, não é nada demais. As pessoas sofrem quando terminam relacionamentos, na maioria das vezes agem de maneiras estranhas mas precisam disso. Deixe que ela chore, deixe que se permite ficar assim. A dor precisa ser sentida!

— Acha mesmo?

— Tenho certeza e falo por experiência própria! - sorri fraco.

— Ok então! - respirou fundo e estendeu a mão. - Desculpe ter vindo assim, é que em relação à sentimentos eu não sei lidar muito bem. - ficou sem graça.

— Está tudo bem! - apertei. - Sentimentos são muito difíceis mesmo de lidar, é uma missão praticamente impossível.

— Já vou indo. Obrigada! - foi em direção à porta.

— Lembre-se: a dor precisa ser sentida! - assentiu com um sorriso fraco e saiu. Suspirei pesadamente, achei que o rumo dessa conversa não acabaria bem.

Fui checar meu celular a fim de ver as mensagens e tinha duas da Candice. Uma que mandou hoje de manhã e eu não vi, e outra que mandou agora há pouco. A primeira foi perguntando se eu toparia passar sexta (hoje) à noite, sábado e domingo na casa do lago dos pais dela com Chris, ela obviamente, Nina e Paul. Respondi que veria quando chegasse em casa, mas que provavelmente sim. A segunda me fez pular da cadeira e arrumar minhas coisas rapidamente, remarcar outras consultas que eu tinha hoje à tarde e correr para a casa dela: Nathaniel estava bêbado com uma mudança de humor agressiva e abraçava Nina de modo que não a deixava sair de nenhuma maneira. Gritava coisas sem nexo e ela, Candice, não conseguia fazer nada para que ele parasse.

Se o Flash existisse, eu já teria praticamente me igualado à ele. Saí literalmente voando da clínica em direção à casa das meninas. Quando estacionei o carro perto, vi uma Candice desesperada como nunca tinha visto antes. Correu em minha direção com seus cabelos bagunçados.

— Ian, graças à Deus. - me abraçou. - Eu não sei o que fazer para separá-lo dela. Pensei em chamar Chris ou Paul mas eles estão numa reunião e não quis atrapalhar. Espero não ter feito o mesmo com você. Ele ficou dizendo umas coisas sobre a Nina ser burra e idiota por achar que vocês vão voltar, que ela deveria ficar com ele porque ele era o homem certo e não você.

— Imagina, Candles. - retribuí. - Fique calma! Respire, ok? - segurei seus ombros. - Onde ele está com ela? - perguntei enquanto andávamos.

— Eles estão aqui na sa...- quando abriu, ninguém mais estava lá. - Ai meu Deus. NINA! - gritou.

— Aqui na casa tem alguma saída por trás?

— Não, papai já a comprou justamente por isso. Será que ele sumiu simplesment...- a interrompi. Pude ouvir a voz da Nina soar forte lá de cima.

— Candice, vem! - a puxei e subimos as escadas feito loucos. - Nina? - chamei.

Nate, me solta. Não, pare! Você é melhor do que isso! - Nina falava essas coisas de seu quarto.

— Nina! - tentei abrir a porta mas não consegui, estava trancada. - Candice...

— Nathaniel, abre essa porta agora. - começou a bater.

Deixa de ser trouxa, Nina, fica correndo atrás de quem não te quer mais. Aprenda a valorizar o que está na sua frente. - dessa vez, Nathaniel falava com a voz um pouco embaralhada por causa da bebida.

Nate, não. NÃO! - ouvi um tapa na cara ser liberado por alguém. - Nate...- a voz de Nina tornou a se embargar, ele havia batido nela. Meu sangue ferveu.

— Nathaniel, abre a merda dessa porta agora. Seu problema é comigo e não com a Nina, deixe-a sair. - aumentei o tom de voz.

— Ian, ele não vai abrir....- Candice queria chorar mas segurava suas lágrimas.

Nate, pare por favor!

— Me perdoe pelo o que vou fazer agora, loira. Prometo que depois recompenso.

— O que vai faz...- dei um chute na porta arrombando-a. Tive sorte por ela ser de uma madeira fraca, mas conhecendo a minha amiga já podia imaginar que seria.

— Nathaniel, solte a Nina agora! - Candice gritou. No momento em que entramos, ele estava agarrando-a tentando beijá-la. Nina estava com o rosto molhado pelas lágrimas e do lado direito de seu rosto, era possível ver a marca vermelha de uma mão.

— Seu covarde, solte-a! - fui para cima dele o empurrando. Ele me retribuiu com um soco na cara. Não foi tão forte, mas doeu.

— Covarde? - riu e eu segurei-o pela camisa.

— Como tem coragem de bater numa mulher por que ela não te quis? Ou melhor, como tem coragem de bater numa mulher?

— Ian, por favor...- Nina chorava desesperadamente abraçada em sua amiga.

— A vontade que eu tenho agora é de quebrar sua cara inteira seu moleque! - o encarei furioso. - Mas não vou fazer isso porque sei que, acima de tudo, ela tem consideração por você. Agora vá embora e não ouse nunca mais colocar seus pés dentro dessa casa.

— Ian Somerhalder, o poderoso chefão. - ironizou.

— Nate! - Nina falou com a voz embargada.

— Fique aí com esse otário, vocês dois se merecem mesmo! - tirou minhas mãos de cima e saiu do quarto. Cambaleou sobre as escadas e acabou caindo. - Estou bem! Como se tivesse importância...- levantou rapidamente e fechou a porta com tudo fazendo o maior estrondo.

— Anjo...- a abracei.

— Fiquei com tanto medo de que ele fizesse algo, nunca o vi tão alterado dessa forma.

— Ele bateu em você né amiga! - respondeu sem graça.

— Sim. - passou a mão no local. - Jamais pensei que fosse capaz de uma coisa dessas...

— As pessoas nos surpreendem a cada dia, Nina.

— Infelizmente! - se encostou em meu peito. Candice, eu e ela ficamos ali no quarto em silêncio por alguns minutos. - Candles, só queria dizer que estou disponível se ainda quiser ir para essa casa do lado. - falei enquanto mexia no cabelo da minha garota.

— Achei que fosse decidir pelo que respondeu na mensagem.

— Acabei de decidir. - sorri amarelo.

— Você vai conosco, Ian?

— Sim, anjo. - beijei sua cabeça.

— O carro do Paul é grande e ele preferiu nos levar, algum problema?

— Não, nenhum!

— Ele e Chris provavelmente já devem estar saindo do trabalho. Só vão passar em cada e depois virão para cá.

— Já arrumaram as coisas que vão levar?

— Sim, Cand e eu fizemos isso de manhã.

— Achei que tinha ido trabalhar.

— Não teve caso novo, então estou de folga por enquanto.

— Maravilha, anjo! Olha, vou em casa arrumar uma mochila e já volto para cá ok? - me levantei. - Se puderem, não deixem que os rapazes vejam essa porta assim.

— Nem morta! - Candice brincou. - Paul ficaria no meu pé o tempo inteiro e se eu mentisse, ele saberia.

— Vai ficar tudo bem, smolderhalder. Só não demore, por favor! - beijou minha bochecha.

— Não irei. - assentimos, todos, e eu desci correndo para o carro e fazendo o mesmo para casa.

Meu sangue ainda está fervendo por ter visto aquela cena, por ter visto minha Nina nos braços daquele maníaco e por ter visto a covardia dele em seu rosto. Como que um homem tem coragem de levantar um dedo sequer para uma mulher? É a maior covardia desse mundo todo!

Tentei desviar esse pensamento enquanto dirigia, também não queria chegar em casa puto da vida e preocupar Ana e minha mãe. Respirei fundo e segui caminho, que não era longe felizmente.

— Pai, que bom que voltou cedo! - Ana me abraçou quando cheguei. - Vamos assistir o quê hoje?

— Ah pequena, desculpe mas não vai dar. Candice chamou o pai para passar o fim de semana em Ithaca na casa do lago de seus pais.

— Nina vai? - assenti. - Então tudo bem, pai. Pode ir, ficarei bem com a vovó.

—  Mãe...

— Ficaremos bem, Ian. Vá tranquilo! Presumo que sairão hoje, certo? 3 horas de viagem se não estou enganada.

— Exatamente isso! - sorri fraco. - Obrigado mãe, não gosto de abusar da sua boa vontade.

— Deixe de bobagem...- me olhou gentilmente e eu saí para arrumar minha mochila.


Notas Finais


Esses dias em Ithaca promete viu? PS: escolhi Ithaca por ter o Lago Cayuga, podem pesquisar caso queiram!


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