POV IAN SOMERHALDER:
Desde então, Paul e eu ficamos muito amigos. Ele sempre está conversando comigo sobre o quão paciente eu devo ser em relação à Nina e eu respondo que estou tentando me esforçar o máximo. Porque realmente é difícil quando ela não ajuda, é compreensível o motivo dela estar assim. Só espero que não dure para sempre, não quero que ela se afogue na dor e na tristeza por conta de alguém que sem escrúpulo algum tirou sua pureza. O pior é que com minha filha apegada à Nina, fica bem complicado de agir. Acho que vou pedir para minha mãe passar uns dias com a Ana até eu consegui colocar as coisas no lugar, pensando nessa situação toda não me concentro em dar atenção necessária para ela.
— Obrigado por vir, mãe! - a abraço.
— Então Ian, você quase nunca pede nada para mim. Devo supor que seja algo importante, certo?
— Sim! - suspiro e me sento triste.
— O que aconteceu meu amor?
— Eu conheci uma moça, dona Edna.
— E isso não é bom?
— Ela tem 17 anos e está terminando o colegial.
— Qual o problema em ela ser uns anos mais nova que você? Acontece!
— Mãe, nem é esse o problema. É que ela foi estuprada. Eu a conheci porque encontrei largada umas noites atrás aqui no condomínio toda ferida e machucada, então cuidei dela. Só que acho que agora estou começando a gostar dela de verdade e não sei se isso é certo.
— Minha nossa! - ela disse aterrorizada. - Mas ela está bem?
— Felizmente agora está.
— E você quer que eu leve a Ana para que possa colocar a cabeça no lugar e arrumar uma maneira de ajudar essa moça, certo?
— A senhora consegue ler mentes?
— Sou sua mãe e te conheço, filho. - ela me abraça. - Pode deixar que cuidarei dela o tempo que for necessário, Ian.
— Arrumei as coisinhas dela, estão lá no quarto. Não conversei com ela direito, então você pode dar uma forcinha?
— Claro, não se preocupe. Onde ela está?
— Na casa de uma amiguinha aqui no condomínio mesmo, pegue as roupas dela e leve para o carro. Daqui você já vai com ela para sua casa e bom, o resto é com a senhora.
— Entendi meu bem, ela vai compreender.
— Obrigado, mãe.
— Então já vou indo, fique tranquilo e pense com clareza no que vai fazer. - ela me dá um beijo na cabeça e pega as coisas da Ana. - Nos vemos em breve e espero que dê tudo certo. Adeus!
— Vá com cuidado mãe e obrigado mais uma vez. - me despeço dela.
Preciso fazer o que meu coração manda e ele grita por essa garota, parece ser errado mas eu não tenho outra saída. É ela quem me faz sentir borboletas no estômago e é ela que faz meu corpo inteiro estremecer apenas por sua presença. É quase meio-dia, ela deve estar saindo do colégio. Posso deduzir qual seja, pois só há um perto de sua casa. É isso aí, Ian: hora de encarar os fatos e correr atrás da sua felicidade.
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