História Me agrada o seu desagrado - imagine Min Yoongi (Suga) - Capítulo 22

Ela simplesmente se retira da sala, sem trocar mais nenhuma palavra

   Somente aquelas simples palavras de S/N foram suficientes para despertar uma paixão antiga que eu tinha no tempo em que eu era apenas uma criança
 
   Eu sempre gostei de ouvir todos os estilos de músicas que eu conhecia, porém eu sempre fui uma criança rica e por conta disso a minha mãe sempre me incentivou a ouvir músicas do estilo clássico, e eu gostava de ouvi-las até conhecer o Hip Hop
 
   Eu o conheci através de um dos meus únicos "amigos", o Hip Hop havia se transformado em um grande sucesso nacional naquela época, e por ele ter crescido tão rápido, juntamente as críticas também cresciam 
 
   A grande maioria que era contra esse gênero musical, eram as mães ricas que debatiam sobre esse assunto porque segundo as palavras delas: "o Hip Hop  tem levado as nossas crianças a se portarem como pessoas do 'gueto"
 
   "Levando-as" a proibirem essas músicas que segundo elas são do "gueto" aos seus filhos e filhas, em um país conservador pra caralho, como a Coréia o Hip Hop e Rap eram praticamente um "crime" ouvi-los, mas hoje em dia essa questão tem sido muito mais aceita do que antigamente
 
  Hoje eles são levados mais como uma arte do que algo ruim, pois querendo ou não a música é uma arte *ou deveria ser*  e achar que esse gênero musical é do "gueto" generalizando o caso, é ter uma visão muito fechada sobre o assunto
  
  O Hip Hop tornou-se mais que um gênero musical; passou a ser toda uma cultura, sob as formas artísticas em geral ou seja é a arte de se expressar que fez com que a sociedade coreana mudasse, ao menos um pouco
  
  
     A minha mãe não foi diferente das outras e me proibiu de escutar; porém eu sempre fui desobediente e ouvia essas músicas, sem me importar se eu levaria algum tipo de castigo por parte dela, ou não
  
     Relembrando esses momentos, eu acabei me lembrando de que eu costumava escrever raps, no período entre a minha infância e pré-adolescência, e de uma certa forma não "ouvir" a minha mãe foi algo bom pra mim, foi bom para eu finalmente sair daquele "mundinho" do qual eu mesmo me trancava
   
     Eu simplesmente escrevia muitas músicas, me expressando em palavras toda a minha "guerra interior"; todas essas lembranças me faz perguntar a mim mesmo uma pergunta que não quer calar:
   
   Por quê eu não corri atrás desse sonho? ou qual motivo causou o meu esquecimento sobre esse assunto? Bom a resposta eu não sei, mas agora eu irei correr atrás dele
   
   Kim Namjoon também tem o desejo de se tornar um rapper e ele estava me contando que o mesmo irá prestar uma audição em uma gravadora, chamada... big...bughit, eu esqueci o nome da gravadora! 
   
   Porém eu irei perguntar a ele que dia ele irá na gravadora, para assim eu poder acompanhá-lo; não posso perder mais essa oportunidade na minha vida...
   
   Em menos de 15 minutos eu descido oque eu desejo fazer durante a minha vida, eu sei que não vai ser fácil alcançá-lo, mais finalmente eu achei algo que eu realmente goste, tirando dormir!  Me levanto do sofá e fui procurar a S/N para me despedir dela
   
    Depois de procurá-la pela a casa toda eu acabo achando-a dormindo na cama; então para não acordá-la eu simplesmente me aproximo dela e beijo a sua testa me despedindo enquanto eu a cubro pois ela estava completamente gelada nesta noite fria de inverno rígido aqui em Seul
   
   Porém S/N acorda durante este período, a mesma me encara sem intender muito bem oque estava acontecendo
   
   -S/N- você vai embora? - Ela pergunta séria e ainda sonolenta
   
   -Eu- sim eu já estava indo embora, e como eu não queria lhe acordar eu vim aqui ver se você está bem e te dar um beijo, antes de ir...
   
   S/N não responde absolutamente nada, apenas olhando séria para mim; depois de um tempo sem resposta eu falo:
   
   -Eu- aconteceu alguma coisa, pequena? - digo me sentando na beirada da cama já preocupado com a resposta que eu poderia receber
   
   -S/N- é que eu estou meio enjoada 
   
   Prestando mais atenção em seu rosto eu percebo que ela estava mais pálida 
   
   -Eu- sério? Então eu vou ficar 
   
   Eu me levanto tirando o meu casaco e o pendurando e depois a minha touca 
   
   -S/N- não Suga pode ir... é só um enjoo
   
   -Eu- eu não vou ficar tranquilo enquanto você está aqui passando mal, então eu irei ficar contigo
   
   -S/N- eu já falei que não precisa, ter enjoo é normal para a gravidez
   
   -Eu- pra mim não importa se é normal da gravidez ou não, a minha prioridade aqui é você
   
   Ela apenas abre um enorme sorriso que me encantou, abro o armário pegando mais cobertores e a cobrindo com eles todos, me certificando se a mesma estava bem aquecida
   
   Enquanto eu ainda estou ajeitando os cobertores, S/N diz:
   
   -S/N- você é um chato... um chato que eu amo... e muito
   
   A mesma sorri abrindo os braços, pedindo um abraço de uma forma que a deixou fofa, sem pensar duas vezes eu me aproximo dela e lhe dou um abraço seguido de um selinho rápido 
   
   -Eu- e você é a minha chatinha! 
   
   -S/N- eu posso ser chata, mais você é mais!
   
   -Eu- não, você que é!
   
   -S/N- você é mais!
   
   E ficamos nessa discussão 100% infantil durante pouco tempo até eu perder a minha pouca paciência e falar:
   
   -Eu-  chega de discutir sobre isso! A verdade está tão óbvia que o "chato" da nossa relação é você... não tem nem porque discutir isso
   
   Eu digo brincando e me afastando de S/N, enquanto a mesma dá risadas sacásticas sobre a minha declaração anterior
   
   -Eu- espera aí, que eu já volto...
   
   Eu saio do quarto indo direto a cozinha, ali eu preparo um leite com achocolatado para S/N, depois de terminar de prepará-lo eu o levo até S/N 
   
    Já entregando o copo em suas mãos a mesma dá algumas risadas fracas e fala:
    
    -S/N- você sabe que eu vou vomitar tudo isso depois né?
    
    -Eu- eu sei, fazer oque né! Pelo menos eu fiz a minha parte, com cara de nescau o nosso filho não vai nascer, disso eu já tenho certeza!
   

Continua...