História Me and my K-Dancer Friend - Imagine J-Hope - Pequenos momentos...

Eun Young Pov’s

Mais cedo naquele mesmo dia...

Não sei bem por qual razão, mas Ji U tem estado bem estranha hoje. Ela estava insistentemente colada em ____, arrastando-a para lá e para cá...

E por falar em ____, ela tem estado bastante irritável desde seu rompimento com Hoseok, e isso nem eu podia ignorar. Sempre que o nome do dançarino era mencionado, ela desviava os olhos e fazia cara de desolação. Já perdi a conta de quantas vezes pedi para que ____ fosse conversar com ele...

E o mesmo parece estar acontecendo entre os garotos, segundo me contava Tae.

-Já estou quase desistindo de falar alguma coisa para Hope hyung. –o garoto comentou, coçando a cabeça.

-Também já estou perdendo a paciência com ____ unnie. –respondi, aborrecida. –Ela simplesmente se recusa a resolver isso...

-Ah, esquece eles. Uma hora eles vão se resolver sozinhos, tenho certeza. O importante é não interferir de forma direta. –ele acrescentou sabiamente.

Eu e Tae tínhamos nos encontrado por acaso no meio do corredor de novo, e planejávamos nos separar a qualquer momento; mas não o fizemos. Era difícil nos separarmos quando uma conversa começava, porque ela tendia a não acabar mais, já que mudávamos de assunto milhares de vezes.

-Como você tem estado? –Tae perguntou repentinamente, me lançando aquele sorrisinho fofo dele. –Não temos tido muito tempo para conversar já faz umas duas semanas!

-Verdade... ainda acho que vão nos matar de tanto ensaiar todos os dias, mas tenho estado bem. E você, sunbae? Como está?

-Sunb... quantas vezes tenho que repetir?! –ele me encarou com impaciência. Então começou a falar em uma voz lenta, como se tentasse explicar para uma criança que um mais um são dois. –Nós somos amigos. Amigos, Young. Você sabe, porque eu já te expliquei muitas vezes, que você não precisa ser tão formal. Por que essa mania de ficar me chamando de “sunbae” toda hora?

-Fui criada assim, sunbae! –provoquei.

-Aish, que hábito irritante esse que seus pais te deram! Irritante! –ele me lançou uma careta, antes de passar as mãos pelo meu cabelo.

Senti minhas bochechas enrubescerem. Meus pais sempre me ensinaram a ser formal com pessoas mais experientes que eu, então eram poucas as vezes em que eu chamava Taehyung de “oppa”, menos ainda de “chingu”, mesmo que tivéssemos praticamente a mesma idade.

E esse era um dos motivos pelos quais eu não tinha tempo para me preocupar com ____: eu já tinha a minha própria vida amorosa para cuidar. Bem, eu não chamaria essa amizade que tenho com Taehyung de vida amorosa...

Mas por que Taehyung? Por que meu coração o havia escolhido? Eu bem queria saber... quando eu escutava ao BTS em casa, eu nunca realmente dava atenção a V, a menos que ele estivesse em foco. E esse era meu problema: eu não costumava prestar atenção em nada a menos que aquilo estivesse bem na cara.

Mas esse meu déficit de atenção mudou quando conheci Tae. Ele às vezes também era bem distraído e já tinha ouvido mais de uma vez que era esquisito, assim como eu. Mas, desde que virei amiga dele, descobri que ele tinha talento e personalidade que mereciam ser notados, quer estivessem em foco ou não. Ele era aquela pessoa que me mostrara que as pequenas coisas da vida também devem ser vistas... acho que era por isso que eu passara a gostar dele...

Por mais que eu tivesse tentado superar esse sentimento, somente o escondi, enquanto nós ficávamos cada vez mais próximos... mas eu não conseguia ver Tae somente como amigo, de jeito nenhum... não uma pessoa tão especial quanto ele.

 E foi então que o que eu estava considerando como um simples amor unilateral se tornou algo um pouco mais complicado: eu comecei a me ver com ciúmes da amizade de ____ com Tae. Eles sempre andavam juntos e conversavam... a minha única segurança era que ela talvez gostasse de Hoseok, o que aumentava minhas chances...

Mas eu errei.

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No cruzeiro, eu tinha esperanças de fazer Taehyung entender o quanto ele era especial para mim. Mas ____ chegou primeiro. Talvez aquilo fosse só um abraço, mas para mim foi como uma declaração de guerra. Principalmente pelo fato de eu ter ouvido as palavras “Tae”, “amo” e “você” saindo na voz de ____.

Foi um momento de puro desespero quando tomei medidas drásticas. Meu mundo desmoronava à minha volta enquanto eu, sem nem ao menos pensar, tomei fôlego, me virei para Hoseok (que estava ao meu lado assistindo a cena) e forcei um beijo, as lágrimas brotando em meus olhos.

Foi estranho... não só para mim, mas para todos os outros presentes também. Hoseok me encarou por alguns momentos, completamente pasmo, antes de se virar para ____ e chamar por ela. Mas a garota o deu as costas e saiu correndo. Hoseok ficou chocado por mais alguns instantes, até que decidiu se virar e seguir de volta de onde tinha vindo, ainda tentando processar o que acontecera.

Ficamos eu e Taehyung, sozinhos.

-____? –Tae chamou baixinho, encarando a ponta do corredor pelo qual minha unnie havia desaparecido, parecendo completamente chateado.

Eu mesma não estava conseguindo pensar direito agora. Então, Tae se virou para mim e me lançou um olhar de quem não acredita no que vê.

-O que foi isso, Young?

Foi ao ver o desamparo nos olhos do garoto que eu percebi meus atos, e a realidade desabou sobre minha cabeça. O que eu acabei de fazer?!

-E-eu... –gaguejei, sem saber como me justificar.

O silêncio pairou entre nós dois como nunca antes. Eu me sentia absurdamente arrependida, e Tae, abismado. Ele continuou com um olhar de puro descontento quando virou as costas e saiu andando para algum lugar, coçando a cabeça e murmurando algo como “aquilo foi um fora”.

Aish, eu sou tão idiota!

Sem me importar em voltar a jogar cartas com os outros, simplesmente me sentei no chão e fiquei observando o sol das onze horas refletir na água azul do mar enquanto o navio seguia lentamente. Fiquei ali. Sozinha...

Abracei minhas pernas contra meu peito, e logo escondi o rosto entre meus joelhos. A culpa era de ____, não era? Ela havia tomado o lugar que vinha cuidando com tanto carinho no coração de Tae...

E, novamente, eu errei.

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Estávamos mais uma vez de volta à Big Hit, ensaiando furiosamente. Quase todos os assuntos alheios sumiram da minha cabeça, com exceção de Tae. A expressão chateada dele flutuava em minha mente, juntamente com a culpa por ter feito Hoseok passar vergonha daquele jeito...

Em consequência disso, a única coisa em que eu estava conseguindo me concentrar eram os ensaios em si. Todas as conversas ao meu redor passavam pela minha mente sem deixar registro. Eu só queria era ficar sozinha...

E meu pedido veio a ser realizado de madrugada, quando o ensaio acabou e eu fui a primeira a sair voando da sala. Sem nem pensar em jantar, simplesmente abandonei minhas amigas e fui andar longamente pela empresa.

Estava tarde, e as estrelas do lado de fora das janelas brilhavam intensamente, zombando de mim. Ironicamente, eu quis ajuda-las a fazer isso, e comecei a cantarolar Forget the Darkness pelos corredores. Era a música que ____ havia ajudado a compor...

Não sei quando exatamente decidi me sentar nos degraus de uma escada aleatória, nem sei por quanto tempo fiquei ali. Só sei que, à altura em que eu já cantava Forget the Darkness pela quinta vez, alguém apareceu no escuro me chamou. Identifiquei aquela voz como pertencente a ____.

-O que você quer? –perguntei tediosamente, tentando esconder minha tristeza.

-As garotas estavam te procurando. Mas... eu queria conversar. –ela respondeu, sentando (sem permissão) ao meu lado.

-Sobre...?

-Sobre o cruzeiro. Você...

-Seu grande amigo Hoseok sunbaenim foi prestar queixa quanto ao meu beijo? –atirei, rígida. A raiva se postou em primeiro plano na minha mente. Eu não daria explicações para a pessoa ao meu lado. –Problema dele se ele não gostou. Problema do mundo se não gostou! Nem tudo na vida é como a gente quer, não é mesmo?

A garota ficou confusa quando comecei a falar de Taehyung, até que ela pareceu finalmente entender a situação. E, quando ela deu explicações para que eu entendesse, senti meu estômago despencar, como se tivesse pulado um degrau sem querer.

____ não havia me roubado Tae. Eu fiz toda aquela idiotice simplesmente porque eu era idiota. E agora, por ter colocado tantas pessoas em uma situação desconfortável por nada, fiquei mais culpada ainda. Eu esperava que ____ brigasse comigo, mas ela... foi compreensiva. Senti que um pedido de desculpas era o mínimo a ser feito...

-... acha que devo pedir desculpas para o Hoseok sunbaenim? –mordi o lábio.

-Talvez fosse bom... –____ respondeu, logo em seguida me puxando para um abraço, o qual eu retribuí aliviada.

-Obrigada por ter paciência comigo, unnie...

-Não foi nada. –Ela me soltou, e começamos então a subir as escadas. –Acho melhor nós duas irmos tomar um banho. Eu pessoalmente estou um caco! Mas hey... –ela deu um sorrisinho malicioso. –“Taehyung oppa”?

Corei. Aish! Sunbae, Young! Taehyung Sunbae!

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Que ironia. No tempo que se sucedeu desde então, Tae vivia me dizendo para não chama-lo de sunbae. Para a minha felicidade, ____ não comentou uma palavra sobre eu gostar de V.

Mas tanta coisa mais tinha acontecido, como quando Tae me disse o que sentia por ____...

-Taehyung... –eu perguntara. Algum tempo já havia transcorrido desde o cruzeiro, e eu estava curiosa sobre algo. –O que exatamente... aconteceu quando você e ____ estavam conversando sozinhos no cruzeiro aquele dia?

-O dia em que você beijou Hoseok? –ele dissera, tentando esconder a amargura do momento em uma voz zombeteira. –Bem, é um assunto delicado...

-Era sobre esse assunto que vocês conversaram quando ____ berrou seu nome no corredor?

Ele se virou para me encarar incrédulo. Nossa amizade manchada no cruzeiro se reatara depois que os dois tiveram aquela conversa.

-Era. –o garoto finalmente respondeu, e me fitou por mais alguns segundos, como se pensando o que falar em seguida. –Você guardaria um segredo? –confirmei. –Sabe... eu sentia... alguma coisa por ____. Pensei nisso por algum tempo, sem saber exatamente o que era, até que comecei a dizer a mim mesmo que era amor.

Meu coração se apertara ao ouvir aquelas palavras. Muito. Mesmo que eu reconhecesse que a culpa não era de ____... senti que meus sonhos e esperanças desciam pelo ralo, mas ainda me forcei a ouvir o resto.

-Então, naquele dia do cruzeiro eu não sei o que deu em mim... eu me declarei para ela. Mas, antes de ela me dar uma resposta, você apareceu e... bem...

-Desculpa... –murmurei.

-Enfim, eu fiquei um tanto chateado depois da ____ sair correndo daquele jeito, então ela veio falar comigo naquele dia no corredor e... meio que tornou o fora oficial.

Estranhamente, ele riu ao dizer isso.

-E então...?

-E então conseguimos ao menos ter a nossa amizade de volta. Depois do vexame que foi minha declaração, eu achei que ela ia começar a me evitar ou sei lá... mas ela quis continuar a ser minha amiga normalmente.

-E você a superou?

Tae me observou pelo canto do olho, como se tentasse me flagrar rindo. Mas não foi o caso. Ele então suspirou:

-Já faz umas duas semanas que isso aconteceu, claro que a superei... –o garoto franziu as sobrancelhas. -Agora quando penso, não sei dizer se era amor o que eu tinha que superar... acho que era algum tipo de sentimento de proteção ou amizade muito forte, e eu acabei dizendo que era amor como uma desculpa para não ter que pensar no que realmente era... talvez seja por isso que eu estava tão confuso... –seu semblante ficou pensativo ao dizer isso.

-Você confundiu amizade com amor? –repeti.

-Acho que sim...

-Eu sou sua amiga, oppa?

Tae se virou para mim, um pouco espantado. Retribuí seu olhar com um sorrisinho inocente.

-Lógico que é, Young! –ele exclamou.

-Mas você não está apaixonado por mim, está? Está confundindo nossa amizade com amor? –eu ria agora.

-Ah não, Young! –o cantor sorriu nervosamente. –Meu coração não vai se iludir duas vezes, nem vem!

-Ah, poxa! Eu estava esperançosa aqui... –eu disse com desdém. Tae começou a rir, sem ter a mínima ideia de que eu falava verdade...

****

E foi isso. Nós dois ficamos muito próximos, de fato. E o tempo do collab só fez melhorar isso. E agora eu estava ali, no corredor, caminhando com um Tae mais sorridente que o normal em um corredor da Big Hit, falando sobre ____ e Hoseok...

Talvez a minha leve indignação por pensar em todas essas lembranças tenha se demonstrado no meu rosto, porque Tae me olhava um pouco preocupado quando perguntou:

-Hey, você está bem?

-Que? –pisquei algumas vezes, retornando à realidade.

-Você está bem? –ele repetiu. –Estava olhando para o além com cara de funeral de novo.

-Ah, não, só estava pensando... cara de funeral? –me indignei.

-É... acho que essa é a sua cara normal mesmo.

-Aish, sério! –o encarei com raiva e estirei a língua.

E Tae estirou a língua de volta. Fiz uma careta, ele retribuiu fazendo aegyo. Então eu fiz aegyo também. E ele fez outro.

Resumindo: começou a Guerra do Aegyo.

-Noona, eu quero chocolate quente! –V fez a voz mais fofa do mundo, parecendo realmente uma criança. Tive me segurar para não vomitar arco-íris quando ele sacudiu meu ombro. –Noonaaaaa...

-Não sou sua noona, mas sei fazer chocolate quente. –eu disse, sorrindo e admitindo a derrota. Quem o ouve cantando nem imagina...

-Sério? –ele ficou genuinamente animado.

-Eu faço para você um dia desses.

-Yay! –ele deu pulinhos alegres. AEGYO!

Não sei como, mas, em seguida a esse show de fofura, começamos a falar de animes, mais especificamente One Piece. Prazer: Eun Young, forever otaku.

-Acho que uma das partes que eu mais gosto no mangá é quando o Brook racha a cara e o Luffy perde um dente, aí os dois bebem leite e magicamente voltam ao normal! –ri ao procurar uma imagem do anime salva no meu celular.

-Adoro o Brook sunbaenim! –Tae declarou sem tirar os olhos de mim, me fazendo rir mais ainda. –Eu sei imitar a risada dele, espera...

Fiquei sem ar quando ri da imitação quase perfeita que Tae fez do “Yohoho!” do esqueleto comediante (aka péssimo comediante). Até esqueci que estava mexendo no celular.

-Oh, você é bom nisso. –comentei sorrindo. Não notei quando, mas nós havíamos estacado no corredor. –Além de bom cantor também é um ótimo ator. Foram precisas mais dádivas para ser escalado para Hwarang?

-Ah, você assistiu? –ele perguntou, impressionado. –E ainda reparou em mim? Pensei que você só prestava atenção nos personagens principais, eu mal pude ser considerado um personagem secundário!

-As pequenas coisas da vida merecem ser notadas. –recitei com ar de sabedoria.

-Pequenas? Eu sou mais alto que você! –ele frisou. Ok, ele era bem mais alto do que eu, grande coisa!

-Haha! De qualquer forma, eu gostei muito do Han Sung, e fiquei muito chateada por ele t...

Antes que eu pudesse completar minha frase, senti meu celular ser puxado da minha mão, e vi Tae sair correndo com ele. Indignada, desatei a segui-lo.

-Yah! Volte aqui! –gritei. Taehyung já estava a vários passos de mim, no topo da escada que eu ainda começava a subir.

-Para quem tem a mania de me chamar de sunbae, você está sendo bem insolente! –ele riu.

-Isso não tem graça, Taehyung!

-Você está rindo!

-Não!

-Sim!

-Oppa!

-Oppa?

Tae repentinamente parou na curva do próximo corredor, me fazendo colidir em cheio com ele e levando nós dois ao chão.

Eu poderia ter corado somente por isso, mas o que realmente me fez ficar igual a um morango foi o modo como caímos: Tae estava esparramado no chão, e eu sobre ele com as mãos em seus ombros e... nossos lábios encostados.

Arregalando os olhos absurdamente, saí de cima dele e me sentei rapidamente, colocando a mão na boca (pude sentir que minhas bochechas estavam fervendo). Tae fez o mesmo.

-D-d-desculp-pa... –balbuciei. Fiquei surpresa que minha voz ao menos saísse, pois o meu coração batia com força, quase saía pela garganta. Até minhas mãos estavam tremendo, tal era minha vergonha.

-N-não, a c-culpa foi minha... –ele gaguejou com a voz também trêmula.

Ficamos alguns minutos ali nos recuperando do choque, sem mesmo nos olharmos. Pude sentir aquele beijo acidental formigando em meus lábios quando o outro finalmente disse, agora mais calmo:

-Você me chamou de oppa. Acho que já é a quinta vez que isso acontece... estamos progredindo.

-É... –o encarei, ainda sentindo meu rosto arder. Tae ainda cobria a boca, mas eu podia ver em seus olhos que ele sorria.

-Gosto quando você me trata com informalidade. Faz eu sentir que somos realmente amigos...

-M-mas somos realmente amigos! –exclamei.

Continuamos nos encarando por quase um minuto inteiro antes que ele continuasse:

-Lembra-se do dia em que ____ gritou meu nome no corredor e veio oficializar o fora dela? –confirmei com a cabeça. –Naquele dia... ela me disse que você tinha algo importante para contar...

Meu coração, que estava acelerado como asas de beija-flor, parou bruscamente. O que ____ fez?! Ela se meteu em minha vida amorosa?! E ela... ela me deu uma oportunidade de ouro para falar...?

Olhei nos olhos de Tae. Eram os olhos hesitantes de quem está em dúvida se fala ou escuta primeiro. Decidi que era agora ou nunca... não tinha como eu ficar mais envergonhada que isso...

 -Tenho. –comecei, fazendo força para continuar olhando nos olhos do garoto enquanto falava. –Eu... eu... Taehyung, eu gosto de você. Eu gosto de você, oppa!

Pronto. Voltei os olhos para baixo e instantaneamente senti o vermelho das minhas bochechas aumentar. Foi quase um minuto inteiro de silêncio até eu notar que Tae se movera para mais perto de mim. Não só meu coração, mas agora minha respiração também parou ao sentir os braços de V me envolverem.

-Engraçado. –ele disse ao meu ouvido. –Dessa vez, pelo menos, o sentimento é reciproco...

Meu coração disparou novamente, protestando contra essa alteração emocional. Tentei fazer Tae a me soltar, mas eu não tinha forças.

-V-Você disse que não ia confundir amizade com amor, Tae! –exclamei. –Você disse que não se deixar iludir duas vezes, então não me iluda...

-Não estou me iludindo... –ele disse, ainda me abraçando. –Isso é diferente do que eu sentia meses atrás por ____... isso é amor...

-Se você não tem certeza, não diga isso!

-Eu não perguntei se era amor. Eu afirmei. –ele se afastou e colocou as mãos em meu rosto, limpando as lágrimas que eu nem havia percebido que desciam dos meus olhos. –Você é diferente, Young... e eu nunca tive tanta certeza algo antes.

Estávamos sentados no chão, eu chorava, meu celular estava jogado (e provavelmente quebrado) a três metros de nós e o céu do lado de fora estava tempestuoso. Mas, ainda assim, foi o momento mais bonito da minha vida, quando Kim Taehyung aproximou seu rosto do meu e deixou que nossos lábios se tocassem de novo, dessa vez intencionalmente.

Foi um momento pequeno, de poucos segundos, enquanto nossos corações batiam em sintonia.

De fato, os pequenos momentos da vida mereciam ser notados...