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História Me and my K-Dancer Friend - Imagine J-Hope - Sala Trancada


Escrita por: GeekGirlS2

Notas do Autor


Oeeeee cambada! I'm back!

Olha, eu posso jurar para vocês que eu pensei que iria demorar bem mais para terminar esse capítulo, porque eu sempre soube que ele seria grande... tipo, bem grande. Era para ser um capítulo especial :3
Mas sabem como eu consegui terminar nesse prazo? Isso mesmo... ME MATANDO DE ESCREVER! Foram três dias escrevendo até de madrugada, tanto que eu fui terminar esse capítulo ontem às DUAS FREAKING HORAS DA MANHÃ
SINTAM-SE ESPECIAIS COM A MINHA DEDICAÇÃO!

Então, vocês vão afinal descobrir o que acontecerá entre ____ e Hobi dentro da sala trancada.
Por incrível que pareça, eu até que gostei desse capítulo (o que é algo bem raro, então deve significar que ele está ao menos aturável)...

Não me perguntem sobre a capa, porque nem eu sei o que eu fiz...

Bem, vou parar de enrolar e deixar que vocês aproveitem suas 4.592 palavras. EU AVISEI QUE IRIA BATER O MEU RECORD! LIBERDADE DE ESCRITA, UHUUU!
Se vocês leem na mesma velocidade que eu, sugiro que reservem pelo menos uns quarenta minutos para ler isto aqui feigfbeiogbie

Boa Leitura!

P.S.: BTS GANHOU A BILLBOARD! VAMOS ESFREGAR ESSE MOMENTO NA CARA DA SOCIEDADE QUE DIZ "ESSES COREANOS NÃO TEM TALENTO"!

Capítulo 24 - Sala Trancada


Fanfic / Fanfiction Me and my K-Dancer Friend - Imagine J-Hope - Sala Trancada

____ Pov’s

Ah, não posso mais confiar em Ji U. Meu celular desaparecido uma ova, nunca mais deixo essa garota me arrastar com ela para qualquer lugar!

Mas eu, ingênua, havia caído em sua estripulia sem nem desconfiar que ela estivesse aprontando alguma. Ela sempre estava aprontando alguma...

Mas dessa vez, eu só fui reparar que algo estava errado depois de ouvir vozes se aproximando da sala de ensaio. Quando Hoseok e Yoongi pararam à porta, ficamos nos encarando atordoados por alguns segundos, os quais foram suficientes para Ji U disparar para a saída e para Hoseok ser empurrado dentro da sala. Foi então que, ao ver a chave na mão da peste da minha amiga, me dei conta do que estava acontecendo...

-Espera! –exclamei, já correndo em direção à porta. Assim que Hoseok percebeu a situação, não tardou a tentar uma fuga também.

-Desculpa... –foi tudo o que Ji U disse antes de bater a porta na minha cara.

Agarrando a maçaneta, comecei a gira-la desesperadamente. Nada.

-Ji U, abre a porta! –ordenei quase desesperada, batendo na porta como se aquilo fosse resolver alguma coisa.

-Não. –a voz da garota veio do corredor.

-Ji U, por favor, não faz isso! –Hoseok insistiu. –Abre a porta!

-Não até vocês dois fazerem as pazes! –ela exclamou descaradamente. –Só depende de vocês...

-Ahn Ji U, abra essa porta agora! –zanguei-me. Ji U sabia que, quando eu falava seu nome completo, era porque eu estava prestes a matar alguém.

Mesmo com esse aviso, nenhuma resposta mais veio do corredor. Somente o eco dos passos de dois traidores era ouvido. Ainda assim, continuei a chamar por Ji U e a forçar a porta.

-Você vai quebrar a maçaneta! –Hoseok se intrometeu depois de algum tempo.

-Você tem alguma ideia melhor? –lancei uma expressão fulminante para ele, aproveitando seus segundos de silêncio para voltar às minhas tentativas de arrombar a porta.

-Bem, eu acho que temos três opções. –voltei meu olhar de tédio para o dançarino enquanto ele falava. –Podemos tentar derrubar a porta à força, mas acho que isso não é uma opção válida, porque teríamos prejuízos sérios... a segunda opção é a que Ji U nos deu.

-O que, reconciliação?

-Também acho essa uma opção difícil, por mais que eu realmente pense que devêssemos ao menos ter respeito mútuo aqui...

-Eu não me lembro de ter te desrespeitado, sunbaenim. –sublinhei a última palavra em provocação.

-Que bom então, dongsaeng. –o garoto estava visivelmente se esforçando para não girar os olhos para o teto. –E também temos uma terceira opção.

-Qual?

-Esperar. Uma hora os outros vão sentir nossa falta e vão nos procurar. Se não, pelo menos eu tenho certeza de que os garotos vão ter que vir ensaiar aqui de manhã; até onde eu sei, eles não podem fazer isso com a porta trancada.

-Vamos ter que ficar aqui até amanhã?!

-Provavelmente vão nos procurar antes disso. Espero...

Comecei a me estarrecer ao ver Hoseok ficar duvidoso. Logo iniciei uma caminhada em círculos pela sala, evitando a raiva que vinha do meu interior.

Ótimo. Era só o que me faltava. Ficar trancada por horas em uma sala com Jung Hoseok... ah, quando eu encontrasse Ji U! Ela vai se arrepender de sequer ter pensado em nascer!

-A questão é –o garoto voltou a falar depois de algum tempo. Olhei para ele para indicar que estava ouvindo, sem parar de andar. –Como Ji U conseguiu aquela chave? Nós dois éramos os únicos que sabiam que esta sala tem uma tranca...

-Verdade... –concordei. Nenhuma das garotas tinha ideia da existência daquela chave. –Então como...?

Memórias me arremeteram. Quando Ji U havia percebido que minha relação com Hoseok era mais do que só amizade... naquele dia em que havíamos trocado experiências amorosas, eu contei para ela sobre o ensaio na sala trancada? Não me lembro agora, conversamos tanto... mas e se...?

-O que foi? –Hoseok perguntou confuso após quase um minuto do meu silêncio.

-Eu acho... acho que fui eu quem contou para Ji U que esta sala tem uma tranca...

-Então a culpa disso tudo é sua?! –ele me lançou um olhar de repreensão.

-N-não! Eu contribuí para o problema, mas a culpa não é toda minha! Foi Ji U quem... espera... como foi que Ji U conseguiu aquela chave?

Franzi o cenho, pensativa, enquanto uma expressão de insegurança vacilava nos olhos de Hoseok. Era quase como se ele tivesse acabado de se lembrar de alguma coisa terrível...

-O que foi?

-Eu... talvez... não tenho muita certeza! –ele rapidamente se defendeu, olhando para baixo. –Mas eu posso, acidentalmente, ter perdido a chave da sala...

-Você o que?! –foi minha vez de olha-lo com repreensão. –Onde você encontrou aquela chave, para início de conversa?

-Na sala do zelador, é claro! Ele tem um molho de chaves lá, então eu destaquei uma que tinha a etiqueta “Sala de Ensaio 1”! Eu ia devolver a chave depois que saímos daqui, mas aí eu pensei: “a sala nunca está trancada, não acho que o zelador precise dessa chave”. Sendo assim, eu levei a chave comigo!

Ele falou tudo tão rápido que precisei de alguns segundos para assimilar tudo. Piscando algumas vezes, perguntei em um tom cético:

-E então?

-E então eu estava voltando para o dormitório quando esbarrei com Ji U e ela me perguntou onde você estava. Eu disse que não sabia, mas ela ficou desconfiada... enfim, quando eu fui procurar a chave no meu bolso depois, ela não estava mais lá. Ela deve ter caído em algum lugar...

-Talvez ela tenha caído quando você estava conversando com Ji U, aí nossa cara amiga pegou a chave para si. Resumindo: a culpa disso tudo é sua!

-Minha?! –ele arqueou as sobrancelhas, demonstrando um ceticismo indigno de J-Hope. –Se você não tivesse falado sobre a tranca da sala para Ji U, ela nunca teria armado isso tudo!

-Você disse que a chave tinha uma etiqueta escrita “Sala de Ensaio”! –também comecei a perder a paciência. –Não é difícil somar dois mais dois, Hoseok. Se você não tivesse perdido a chave, ela não teria nos trancado aqui!

-Mas se você não tivesse contado para ela, ela nunca teria pensado em fazer isso! E agora vou ter que ficar preso aqui com você...

-Você tem qualquer problema com a minha presença, sunbaenim? –perguntei com desdém.

-Absolutamente nenhum problema. –Hoseok falsificou um sorriso.

-Que bom!

Logo que disse isso, eu dei as costas ao garoto e me sentei em um canto da sala, aonde eu planejava ficar até que alguém viesse nos encontrar. Imitando meu ato, Hoseok também foi se sentar, tentando claramente ficar o mais longe possível de mim. Entreolhamo-nos uma última vez, dividindo um pensamento: fique no seu canto que eu fico no meu.

Vários minutos se arrastaram sem que nos encarássemos novamente. As gotas de chuva começaram a produzir uma sinfonia em contato com o chão lá fora.

Deixando o som da repentina chuva me levar, eu pensava seriamente em dizer “Ji U não teria feito isso se não tivéssemos brigado, em primeiro lugar”. Mas é engraçado como nossa mente orgulhosa funciona: ela muitas vezes nos impede de perceber que estamos errados e, quando afinal percebemos, nos impede de verbalizar qualquer coisa semelhante a um pedido de desculpas. Eu ainda me arrependia de todas as coisas horríveis que eu havia dito, mas a raiva ainda borbulhava dentro de mim por todas as coisas que Hoseok também havia dito. Coisas que meu coração se negava a esquecer.

Coração e mente: os dois conspiravam juntos contra mim.

Eu estava imaginando se Hoseok também sofria com essas coisas quando o garoto disse a primeira coisa em quase meia-hora:

-Qual foi o pretexto de Ji U para te arrastar para cá?

Ousei olhar para o dançarino. Ele ainda estava sentado em seu canto no chão, a cabeça encostada na parede, uma expressão ligeiramente pensativa em seu rosto. Tentei limpar qualquer emoção do meu próprio rosto antes de responder:

-Ela disse que tinha emprestado o meu celular para o Namjoon e que ele tinha deixado o celular aqui. –minha voz saía monótona como em um documentário inútil. –E Yoongi?

-Ele disse que tinha perdido o celular dele e eu me voluntariei para ajuda-lo.

-Imaginei que você fosse fazer algo assim...

-Ao menos eu sou um bom amigo. –ele disse friamente. –Se fosse outro celular que não o seu, você viria ajudar Ji U?

-Lógico que viria! –exclamei, sentindo o leve rosnado raivoso de algum animal que habitava meu coração.

-Não, não viria. –Hoseok desencostou a cabeça da parede e me encarou com sarcasmo no olhar. –Você é egoísta demais para isso.

Aquele animal rosnou mais alto, me obrigando a me levantar de onde estava e seguir até o meio da sala, enquanto as gotas de chuva aumentavam de volume do lado de fora e um breve momento se manifestava em minhas lembranças...

-(...) Já não bastasse você ser linda, você ainda é gentil, esperta, esforçada, canta e dança muito bem e é uma ótima amiga! Você se importa com os outros, e sempre se esforça para fazer o seu melhor por quem você ama!

(Capítulo 13)

-Você é mesmo um mentiroso, Jung Hoseok. –comentei, tentando manter o escárnio enquanto torcia meu nariz em aversão.

-Ah, sou? –o dançarino se levantou também, logo vindo em minha direção e parando diretamente à minha frente, com pouco mais de um palmo de distância. –E o que acha que você é?

Foi muito repentino: um trovão estrondoso sacudiu o chão da sala e, logo em seguida, as luzes enfraqueceram, piscaram e se apagaram. Dois gritos de susto se sobressaltaram nisso, um dos quais reconheci ser meu. No momento seguinte, outro trovão absurdo se fez ouvir e eu tive certeza de que, se aquela sala tivesse janelas, elas seriam fortemente iluminadas por um raio ameaçador. Senti arrepios, enquanto Hoseok gritava mais.

Para fechar a confusão, fortes estampidos foram ouvidos, e faíscas descendo do teto (provavelmente das lâmpadas ali) foram a última fonte de luz antes de um negrume denso tomar o aposento.

Meu coração estava acelerado. Mas era outro coração que eu ouvia. Demorei alguns segundos para perceber que eu e Hoseok estávamos abraçados, provavelmente pelo instinto do susto. Demorei mais um pouco para raciocinar. Eu só queria ficar ali, nos braços dele, a cabeça encostada em seu peito; ouvindo seus batimentos espantados se acalmarem...

Mas o meu raciocínio voltou e, junto com ele, o indesejado ato de me desvencilhar dos braços do garoto.

-O que aconteceu? –perguntei involuntariamente, tentando me orientar no repentino breu.

-Eu diria que foi uma queda de energia.

Finalmente chegando à parede, encontrei o interruptor e tratei de aciona-lo. Mas nada aconteceu.

-Por que não funciona? –continuei a tentar ligar o interruptor, frustrada. –Pensei que o prédio tivesse um gerador, era para a luz continuar funcionando depois de uma queda de energia...

-A menos que alguma coisa tenha atingido a corrente elétrica. –a voz de Hoseok vinha de algum lugar à minha direita. –Nesse caso, acho que a luz deve ter queimado...

-O que?! Não! –reclamei, logo tentando voltar para onde o rapper estava. –Escuro... não consigo... AI!

Tropeçando em alguma coisa completamente invisível, fui de encontro ao chão e, como a queda não satisfaria o desejo do universo de ver a minha dor, enfiei a cabeça na parede com uma força que me surpreendeu por não ter feito um buraco até a outra sala.

Fechei apertados meus olhos e senti lágrimas de dor começarem a enchê-los enquanto eu cobria a cabeça com as mãos. A voz de Hoseok novamente veio:

-____?

Logo, uma luz fraca atravessou minhas pálpebras e, alguns segundos depois, senti minhas mãos serem seguradas e delicadamente puxadas para pararem de segurar minha cabeça.

-Você está bem?

Senti a mão calorosa de Hoseok acariciando minha cabeça. Abri os olhos com um pouco de esforço e vi que o dançarino estava usando o flash do próprio celular para nos fornecer iluminação.

-Ai... –foi só o que respondi.

-Aigoo, tão distraída. –o garoto deixou que eu me sentasse antes de começar a analisar meu dolorido cocuruto. –Não quebrou nada?

-Acho que não... só está doendo, mas vou sobreviver... quanto de bateria você tem?

-Hum... eu carreguei depois que voltamos para a empresa, então estou com noventa e quatro por cento.

-Ótimo. Então você pode ligar para algum dos garotos ou para o manager ou sei lá. Só peça para alguém nos tirar daqui! –exclamei animada e ao mesmo tempo aliviada.

O rosto de Hoseok imediatamente se iluminou com a ideia, e ele logo começou a digitar o número de alguém. Porém, sua expressão demorou menos de dois segundos para murchar quando a mensagem “sem sinal” brilhou na tela.

Arregalei os olhos e senti a raiva voltar a borbulhar em mim.

-Eu mereço! Era tudo o que eu mais precisava, sério!

-Não poderíamos fingir que está tudo bem para Ji U nos soltar logo? –o dançarino sugeriu.

-Você acha mesmo que Ji U vai voltar para nos soltar? Eu a conheço, ela vai nos largar aqui a noite toda. –cruzei as pernas e bufei em desagrado, olhando para o teto. –Só o que nos resta é esperar alguém.

Dito isso, o silêncio voltou a se instalar na sala. Hoseok resolveu se sentar novamente, encostando-se à parede oposta à qual eu estava sentada. E esse silêncio perdurou mais uma hora enquanto eu encarava o além escuro. A luz do flash de Hoseok se apagou em algum ponto nesse meio tempo, dando lugar à fraca luz da tela ligada de seu celular.

Aproveitei esse tempo para refletir. Afinal, o que tinha de tão ruim em ficar em presa em uma sala com Jung Hoseok? Há duas semanas, não era isso o que eu mais queria? Ter algum momento para ficar a sós com ele? É... mas isso era antes, quando tínhamos uma relação mais do que “meramente profissional”.

Ah, Hobi... sinto saudades dos seus abraços, dos seus carinhos, dos seus beijos... sinto saudades de chama-lo de Hobi, das nossas danças e do seu jeito alegre e amável de demonstrar afeto, sinto saudade até mesmo dos meus motivos infantis para ter um ciúme inútil...

Agora que confirmei que Hoseok gostava de outra pessoa, eu não podia deixar que as coisas ficassem frias entre nós. Afinal, ainda podíamos ser ótimos amigos, não podíamos?

-Aquilo que aconteceu mais cedo... –ele começou, mas o interrompi.

-Não precisa dar satisfação. Então... Eun Young, hein? –dei um sorrisinho fraco.

-Eu n...

-Vocês... já estavam namorando antes ou... –senti as lágrimas tentando vir, mas consegui contê-las.

-____, não estamos namorando!

(Capítulo 13)

A ideia de que eu tivesse me sentido tão aliviada ao ouvir aquilo me parecia, agora, risível. Outra ideia engraçada era a de que eu o tentara beijar naquele dia, na chuva. Eu me senti tão envergonhada depois daquilo que mal conseguia encara-lo, com exceção daquele momento, no trem, quando eu encarava um Hobi dormindo de modo fofo.

Sem pensar direito, voltei meu olhar para o dançarino parado a alguns metros de distância. Fiquei surpresa ao constatar que ele estava me observando há, pelo visto, algum tempo.

-Por que está me encarando? –perguntei, franzindo as sobrancelhas.

-E-eu não estava te encarando! –Hoseok rapidamente pigarreou e se fez de desentendido. –Você é que está me encarando!

-Não, definitivamente você que está me encarando!

-Você que está!

-Ok, vamos dizer que nós dois estamos nos encarando e não tocamos mais no assunto.

-Fechado. –um sorrisinho se espreitou em seu rosto.

Estando entediados e perdendo o fio dos pensamentos, continuamos nos observando por mais algum tempo, até que ele tirou o fone no qual estava ouvindo música e fez um sinal repentino pedindo para que eu me aproximasse. Fiquei um pouco surpresa, mas ainda assim me levantei e dirigi ao lado do garoto, onde me sentei novamente. Hoseok me ofereceu um fone e colocou o aleatório para tocar. Imediatamente (escolha uma música que você goste!) começou a tocar!

-Oh, o seu aleatório tem bom gosto! –comentei.

-Haha! Você e as garotas também tem bom gosto, esse fone que vocês me deram no meu aniversário é simplesmente ótimo! –ele riu.

Sorri enquanto o refrão da música vinha se aproximando. Ousei começar a cantar e até ser acompanhada por Hoseok, nós dois na vibe animada da música. Os minutos em que (música escolhida) ficou tocando foram quase como os velhos tempos de paz, eu e Hobi fazendo um coro desajeitado. Foi um momento bem simples, mas ativou em meu coração uma felicidade que eu pensava estar extinta.

 Porém, assim que a música acabou, ela deu espaço a uma música melancólica que eu não conhecia, mas que parecia ser perfeita para uma cena extremamente triste de filme. Essa nova trilha sonora, por algum motivo, reativou meus pensamentos filosóficos e, inevitavelmente, mais lembranças...

-E por que você as estava entreouvindo, para início de conversa? –ele começou a ficar com raiva também. –Estava me espionando? E não quer ouvir quando dou uma explicação? E ainda por cima não quer me contar quando quer confirmar o namoro?! Quem não está confiando em quem agora?!

-Eu confiava em você, mas quando você pensa que eu virei as costas, me apunhala e diz que não me ama o suficiente! Eu desistiria de muita coisa por você, do que você desistiria por mim?

-Eu tenho minha carreira a mais tempo do que te conheço!

-E sua carreira tem sentimentos, por acaso? –reparei que já estávamos começando a gritar.

-Não, mas eu tenho!

(...)

-Você simplesmente chega nessa empresa e começa a me arrastar para longe do que é realmente importante!

-O que é realmente importante? –provoquei com a voz embargada. Ele não respondeu. Finquei o pé e tentei controlar minha respiração. –Ótimo! ÓTIMO! Se é assim, também tenho coisas mais importantes a que tratar!

 (Capítulo 20)

-Eu não queria que tivéssemos brigado...

Foi a única coisa que consegui dizer naquele momento. Hoseok pareceu ficar chocado com essa declaração e passou alguns segundos sem falar nada. Meu coração vinha doendo desde que brigamos, e ainda doía agora... mas de uma forma diferente: era a dor de deixar o orgulho de lado.

-Eu também não. –o rapper admitiu, baixando o celular sem parar a música. –Você é o meu tudo, não queria te perder... e... eu disse muita coisa sem pensar... –trocamos um olhar por uma fração de segundo antes de ele baixar os olhos e morder o lábio. –Aquele dia, quando eu conversava com Seong Hun e você acabou ouvindo a conversa...

-Sei...

-Por causa das fotos, o manager perdeu um pouco de confiança em mim. Depois de mais de três anos nessa empresa, ele esperava que eu fosse mais responsável quanto ao meu contrato, mesmo com suas muitas exceções... então ele... –Hoseok me lançou mais um olhar antes de terminar a frase. –ele ameaçou me despedir.

Por mais que eu quisesse gritar de choque, tudo o que pude fazer foi arregalar os olhos e cobrir minha boca com as mãos.

-Por quê?!

-Foi uma quebra de contrato! –ele exclamou. –O meu contato exigia que eu estivesse sempre solteiro ou, se por alguma circunstância eu viesse a ter alguém, eu deveria manter máxima discrição até que a empresa resolvesse divulgar oficialmente o relacionamento!

Essa era a triste realidade de um Idol. Eu também tinha essa restrição em meu contrato, mas Yeong Ho nunca a comentou conosco e nem foi muito crítico quanto a isso quando meu deu a bronca sobre as fotos. Mas para Hoseok, que já estava nessa empresa há muito mais tempo...

-O manager pediu para que eu tomasse muito mais cuidado a partir dali, e disse que, se eu saísse da linha, estaria fora da empresa... –o garoto começou a brincar com o fio do fone de ouvido. –Ser o que sou agora é mais do que eu jamais sonhei, e o medo de ter isso arrancado de mim... sem pensar, disse tudo aquilo que você ouviu...

–Eu não amo ____ tanto assim, eu faria tudo pelas A.R.M.Y’s, e se ____ as chatearia...

(Capítulo 18)

-Eu também disse... coisas horríveis... –eu disse com a voz fraca.

-PORQUE FUI IDIOTA! FUI IDIOTA DE SOMENTE OLHAR PARA ESSA FALSA IMAGEM PERFEITA E GENTIL QUE VOCÊ EXIBE E NÃO REPARAR NO QUANTO... no quanto... no quanto você...

(Capítulo 20)

-Desculpa...

Hoseok olhou imediatamente para mim quando me ouviu dizer aquilo, e, mesmo com a iluminação precária que tínhamos, pude ver sua expressão de espanto. Lágrimas começavam a marejar meus olhos enquanto toda a dor, todo arrependimento que me acometia dia após dia parecia finalmente estar desabando sobre mim.

-Desculpa –repeti, fazendo uma lágrima vitoriosa escorrer. –me desculpe por ser tão egoísta, me desculpe por não pensar no quanto o seu trabalho é importante para você, me desculpe por não ter confiado em você e por ter sido tão arrogante. Eu só queria ter certeza de que você me amava, porque temos centenas de impasses a mais do que os casais normais e... às vezes é difícil aceitar que não somos e talvez nunca sejamos um casal normal...

Incentivadas pelo meu discurso, mais lágrimas começaram a se aventurar por meu rosto. Sequer me dei ao trabalho de limpá-las, pois o escuro as tornava insignificantes.

-____...

Virei-me para Hoseok no momento em que ele se levantava e oferecia a mão para me ajudar a fazer o mesmo. Comigo de pé, ele desconectou o fone de ouvido do celular e, orientando-se novamente pelo flash da câmera, me puxou para o meio da sala. O dançarino então tratou trocar a música, aumentar o volume ao máximo e pousar o celular de tela para baixo em uma mesinha perto da porta, extinguindo nossa única fonte de luz e nos mergulhando novamente em uma escuridão impenetrável.

A música que começou a tocar era mais alegre. Repentinamente, senti as mãos carinhosas de Hoseok me envolverem em um abraço. Demorei um pouco para retribuir, encostando minha meu rosto em seu peito e me contentando em ouvir seu coração, enquanto minhas lágrimas tentavam resolver se cessavam ou não. Senti-me instantaneamente envergonhada quando senti Hoseok pousar um beijo suave em minha cabeça.

-Não gosto de ter ver chorando. –ele disse, começando a balançar de um lado para o outro, ainda me abraçando, me convidando silenciosamente para dançar. –Eu também tenho que pedir desculpas. Desculpe por agir tão mal, por não pensar em como você ainda é nova nessa vida de Idol e em como é difícil se encaixar. Eu devia pegar mais leve com você e parar de me deixar levar só pelos meus sonhos, como se você também não tivesse os seus...

Tentei encontrar forças para contestar, mas não consegui. Somente suspirei e, acompanhando os passos de Hoseok (que começavam, lentamente, a ficar mais amplos) e o ritmo da música falei:

-Acho que nós dois estamos bem agora, Hobi...

-Fiquei com saudades de te ouvir falando “Hobi”... –mesmo que estivesse escuro, eu praticamente podia sentir aquele sorrisinho de coração se abrindo no rosto do dançarino enquanto começávamos a inventar uma coreografia mais louca. –Mas sabe uma coisa que eu reparei?

-O que?

-Você nunca me chamou de oppa! Nunquinha!

Comecei a rir, sentindo minha dor ir embora pouco a pouco.

-Ok. –comentei. –Posso pensar em te chamar de oppa daqui para frente. Dependendo do meu humor, é claro...

-Em todo caso, eu gosto de outra pessoa.

(...)

-Ah é? –perguntei, tentando parecer educadamente interessada enquanto via o sol ir sumindo lentamente. –E como é essa pessoa?

-Ah, ela é fantástica! –Hobi comentou em tom de quem se lembra de algo muito bom. –Ela é... simplesmente perfeita!

-Hum, entendo. –comecei imaginar quem seria uma concorrente tão boa pelo coração de Hoseok. –E você pode me contar quem é essa pessoa?

Ele hesitou por alguns segundos e meramente disse:

-Você.

(Capítulo 13)

Rimos, dançamos, pulamos, rimos, cantamos e rimos mais um pouco. Foi uma experiência bela, um brilhante arco-íris depois de uma tempestade pavorosa. Desde que eu havia conhecido Jung Hoseok, os tempos sem ele simplesmente tinham menos sentido. Porque ele era uma pessoa tão especial, especial demais este mundo... porque eu o amava, tentaria sempre manter aquele arco-íris ali. Nosso arco-íris.

-Ah... –Hobi deixou escapar, desapontado, quando o que me parecia ser a vigésima música que dançávamos parou na metade. –A bateria deve ter acabado...

Sendo guiado pela fraca luz do corredor que agora passava pelas frestas da porta (a luz já devia ter voltado lá fora, o que provava que as luzes na sala de ensaio realmente tinham queimado), o garoto seguiu para perto da mesinha onde havia depositado o celular mais cedo.

-É, acabou... –ele constatou, mas logo foi surpreendido pelo abraço que eu o dava por trás. -____?

-Eu te amo. –falei. –Nunca se esqueça e, por favor, nunca me deixe esquecer disso...

-Nunca. –ele se virou para retribuir o abraço e deu um beijo em minha testa para frisar seu dito, enquanto a criatura em meu coração ronronava mansamente.

.

.

.

-Prazer, sou Jung Hoseok! –o último deles se apresentou com um dos sorrisos mais estranhos e mais fofos que eu já vi. –Espero que possamos ser todos amigos em alguma oportunidade!

(...)

–desculpa, falei demais...

-Não, está tudo bem! –Hoseok disse com aquele sorriso adorável. –Você está perfeitamente certa! É amanhã que os ensaios vão começar e vocês vão ter que cumprir um monte de horários... _____, não é?

 (Capítulo 3)

 

–Olha... se você precisar de alguma ajuda...

-Não, eu disse que não precisa se preocupar! Você já deve ter o suficiente para fazer sem ter que perder tempo comigo, Hoseok...

-Não vou perder tempo! Estarei ajudando uma amiga, que uso melhor eu posso fazer do meu tempo?

(Capítulo 5)

 

-Da próxima vez eu danço sozinha, Senhor Ridículo. –eu disse, zombando da cara de Hoseok.

-Prefiro Hoseok, J-Hope, Hope ou Hobi. –ele riu-se, sem se importar com o fora.

-Então te chamo ou de Hope ou de Hobi a partir de agora, ok?

 (Capítulo 6)

 

-Você está bem? –ele perguntou com uma expressão um pouco preocupada.

-E-estou. –gaguejei, rapidamente secando meus olhos. Não foi o suficiente para convencê-lo.

-Como pode estar bem se você está chorando?

-N-não quero falar sobre isso...

-É bom falar sobre o que te aborrece. Caso o contrário, como posso te animar?

(...)

-Hey! –ele se afastou lentamente e, sorrindo, secou as lágrimas que riscavam meu rosto. –Minha intenção era te animar, não te fazer chorar mais!

-Eu estou mais animada. –respondi, rindo um pouquinho e me engasgando com o choro.

-Boba! Você não devia ligar para o que Ji U disse, ela só estava com raiva!

(Capítulo 8)

 

Desde o momento em que ele, junto com os outros garotos, nos desejou boas-vindas à empresa...

Desde que eu e os garotos fomos parados no corredor para sermos apresentados às futuras Phoenixes...

Eu já esperava que fôssemos grandes amigos.

Eu soube que ____ seria uma ótima amiga. Mas não tão ótima assim...

Eu não esperava que ele fosse virar meu melhor amigo, muito menos que fosse algo a mais... meu coração começa a disparar quando ele fala comigo...

Ela me fazia sorrir mais do que eu já sorria...

Todas as vezes em que ele havia me puxado para dançar, eu havia sentido algo estranho.

Ela me fazia corar, coisa que ninguém mais fazia há muitíssimo tempo.

Eu acho, ou talvez já tenha até certeza...

De que gosto de ____

De que gosto do Hoseok

Mais do que como amigo...

.

.

.

“Eu te amo” e “Me desculpe”. Duas das sentenças mais difíceis do mundo foram ditas de uma forma tão simples em uma sala trancada...


Notas Finais


Zzzzz.... *wakes up* ah... já acabaram?

Olha, eu sei que eu falei que não iria me conter para escrever esse capítulo, mas... foi meio inevitável. Porque, sabe, quando o capítulo passa das 5.000 palavras você tende a querer apagar umas coisinhas. MAS 4.000 PALAVRAS ESTÁ MAIS DO QUE BOM, CHEGA, NÉ?

Então, nossos protagonistas finalmente se resolveram, o que bota um fim no grande clímax da história. Tentei fazer o meu melhor aqui e realmente espero que tenha sido o suficiente para vocês não me matarem :3

Olha, não tenho muito mais o que falar então, antes de eu fazer a pergunta especial de hoje, tenho uma coisa a dizer: COLOQUEI UM EASTER EGG QUASE IMPOSSÍVEL NESSE CAPÍTULO, DUVIDO ALGUÉM ACHAR HUAHUAHUA

Bem, bem, bem, pergunta especial de hoje então: quais são as músicas que mais estão na sua cabeça ultimamente? Eu tenho estado muito com "Ma City - BTS", "Come Back Home - 2NE1 (choremos ;-;)" e "Sarcasm - Get Scared". Contem-me suas musiquinhas chicletes e vamos dividir o sofrimento :3

Eu tenho estado muito esquecida ultimamente, então não lembro mais se eu tinha outra coisa para falar... então uma última coisa: vocês já sabem que eu AMOOOOOOOOOOOOOOO comentários quase tanto quanto amo Nutella! Ou seja, eu amo muito comentários. Eu NECESSITO comentários. Eles são o que mais me motiva a trazer capítulos para vocês ^^

Ok então, foi isso!

~Byeee!

P.S.: hoje é o Dia Oficial (só que não) do Recomende uma Fanfic. Eu recomendaria as fanfics das minhas amigas, só que elas estão meio inativas e eu tenho medo de elas baterem na minha cara, porque elas são umas idiotas (que eu amo). Então, vou recomendar uma outra fanfic (que por sinal é muito boa) do mozão J-Hope: https://spiritfanfics.com/historia/jung-j-hope-7818355
Só não me abandonem depois de verem uma escrita tão boa :T


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