História Me Apaixonei... - Mas eu posso ouvir você

Um triste amanhecer, o teu sorriso não está mais entre nós.

- Já está ficando tarde, eu vou sair. *17h30min*

- A gente vai ficar mais um pouco. – Falou o Lys, piscando pra Rosa.

Eu acenei com a mão para todos, saindo logo em seguida.

Pego minha toalha e me enrolo, levando minha bolsa em umas das mãos. Chego no quarto coloco minha bolsa em algum lugar e vou pro banheiro tomar banho e tirar todo aquele cloro...

O Lys estava ‘’fofo’’ demais, enfim! Adorei ver acara de ciúmes do Castiel, mas por que ele estava com ciúmes? Será que ele gost... Não, não! Ele apenas estava emburrado. Eu acho...

Sai do box, penteei meus cabelos e coloquei um moletom que ia até a metade de minhas coxas e fui para o quarto. Me lembrei do meu pai de repente ... Ai que saudade. Fui até o guarda-roupa pegar minha caixinha de música, que eu ganhei do meu pai um dia antes dele morrer. Me sentei na cama e abri ela, começando a olhá-la, era uma bailarina e como dançava... Eu sempre quis ser uma, mas depois que ele morreu, perdi a vontade porque aquilo me lembrava ele! Fechei meus olhos e comecei a cantar a música que ele cantava para mim, me fazendo dormir:

You tucked me in
Turn out the light
Kept me safe and sound
At night
Little girls depend on things like that

Brushed my teeth and combed my hair
Had to drive me everywhere
You were always there
When I looked back

You had to do it all alone
Make a living
And make a home
Must have been as hard as it could be

And when I couldn't sleep at night
Scared things wouldn't turn out right
You would hold my hand
And sing to me

Caterpillar in the tree
How you wonder who you'll be
Can't go far
But you can always dream
Wish you may and wish you might
Don't you worry
Hold on tight
I promise you there will come a day
Butterfly fly away

Butterfly fly away
Butterfly fly away
Got you're wings

Lágrimas desciam do meu rosto, a dor me voltava de pouquinho e pouquinho. Eu precisava dos meus pais comigo, porque eles tinham que morrer?

Abro os olhos lentamente, com a visão embaçada das lágrimas, e o Castiel estava na porta me olhando.

- O que aconteceu? – Ele pergunta com um ar de preocupado.

- N-nada. – Falo limpando meus olhos.

-Eu não posso acabar com todos os seus problemas, dúvidas ou medos... Mas eu posso ouvir você – Ele se senta do meu lado.

- Bom, quando eu tinha seis anos eu perdi meus pais, eles estavam viajando e sofreram um acidente de carro, eu tenho minha tia, mas não é a mesa coisa sabe ? – Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, meu coração ficava cada vez mais apertado. Até que ele começou a limpar meu choro e me abraçou em seguida.

- O-obrigada. – Eu o aperto forte, eu precisava de um abraço apertado e aconchegante. Nada melhor do que o do Castiel...

- Vamos para o jardim? – Ele pergunta puxando minha mão.

- Eeer... – Eu olho para minha mão, que ele tinha pegado e desvio o olhar rapidamente. – Fazer o que?

- Você vai ver...

Fomos até o jardim, que tinha várias árvores e muitas flores...

- Que lindo aqui, nunca tinha visto.

Ele me mostrou um lugar para sentarmos na grama e perguntou;

- Você já parou para ver as estrelas?

- Não.

- Esse é o momento. – Ele dá o sorriso de... (Preciso falar?) derreter corações.

Eu deitei minha cabeça no seu ombro e ele começou a apontar para as estrelas dizendo que formava desenhos e ficamos ali um bom tempo...

- Eu sei que isso é meio gay, mas acho que te fez bem!?

- Fez e muito, obrigada. – Falo dando uma corada de leve e deitando em seu colo.

- A propósito, você e o ‘’Lys-fofis’’ estão muito próximos né? – Ele fala alisando meus cabelos e me olhando.

- É sim. Haha.

- Interessante. – Ele fala revirando os olhos.

- Cast, já percebeu como o Lysandre é lindo? – Falo em um tom de deboche.

- Olha minha cara de quem fica procurando beleza em macho. – Ele fala sério.

- Hahaha!

- E vc já percebeu como a Rosa é gostosa? – Ele falou no mesmo tom de deboche.

- Com certeza, gostosa pra caralho! – Falo rindo.

- Já tá felizinha né? – Ele aperta minhas bochechas.

- Tou sim, lembrei-me do Lys-fofis e fiquei assim. – Falo colocando a mão no rosto fazendo cara de pensativa.

- Ah fala sério, eu to aqui do teu lado te aturando e tu falas dos outros? Vamos falar de mim, bem melhor.

- Ai credo, vou vomitar.

- Vomitar arco-íris né? Haha. – A propósito, você cantou muito bem hoje.

- V-você escutou? – Falo envergonhada.

- Escutei.

- Argh! Coisa feia escutar atrás da porta viu? – Mostro a língua.

- Não é por nada não, mas quem dá língua pede beijo. – Ele abre um sorriso cínico.

- Ah é? Vou mostrar a língua pro Lys-fofis. – Abro um sorriso cínico também.

- É sério isso? – Ele fala com a cara emburrada.

- Seríssimo, por quê? Tá com ciúmes?

- Eu com cíumes de você? Nunca senhora mocinha.

- Bom, portanto vou lá ao quarto do Lys, tu sabe onde fica? – Me levanto, fingindo que vou andar para dentro do colégio.

- Nananinão, você vai ficar aqui comigo! – Ele me puxa para se sentar de novo.

- Primeiramente: Não sou obrigada a nada. Segundamente: Minha vida agora é ser puxada, em todo lugar que eu passo alguém me puxa, não é possível. – Reviro os olhos.

- Ah é? Olha ali pro céu oh: - Ele aponta, e eu olho em seguida. – Tá passando um grande: FODA-SE! – Ele me olha com cara uma cara de bunda.

- Ai credo, pega esse foda-se e envia no cu! – Me levanto, mando beijo e dou tchauzinho.

HAHAHAHAHAHA! Que engraçado, aquele viado dos cabelos tingidos a ketchup.

Chego no quarto, e começo a fazer altos nadas.

- Divaaaa do Brasil! Chegueiii. – O Alexy abre a porta e me abraça.

- Relou besha, não te vi na piscina hoje. Todo mundo tava lá.

- Eu não tava com clima pra ir.

- Ah, sei...

- Menina enfim, adorei oque tu fizeste com a Ambrega.

- Adorei também, mas eae, o que ela ‘’ganhou de castigo?’’

- Ela vai ajudar as tiazinhas da limpeza depois das aulas e antes delas.

- Nossa, é tipo meio pombo. Mas para a loira oxigenada tá de boas, porque se ela pegar numa vassoura quebra a unha.

- Tá tá, mas o que tu tava fazendo lá fora ?

- Ah sacomené?

- Sei comé...

- Hahaha! - Bocejo.

- Minha diva precisa descansar essa beleza, eu vou indo tchau gatinha. – O Alexy me dá um beijo na testa e sai.

Eu me deitei, e estava quase dormindo até que:

- Alohaaaaaaaaa! – O Cast entra no quarto pulando na cama.

- Ah véi, tava quase dormindo aqui e tu chega nesse escândalo. – Faço voz manhosa.

- Oh meu Deus, a bebê quer dormir quer?

- Quero sim. – Faço biquinho.

- Então venha aqui pra o papai te colocar pra dormir bebê. – Ele fala com uma cara maliciosa me chamando com o dedo.

Eu me levanto, pego meu cobertor e vou em direção a cama do Castiel que me olhava com uma cara de: é sério que tu vai vim pra cá?. Eu estava prestes a me deitar ao lado do Castiel, até que dei meia-volta e falei:

- Haha, vá sonhando vá. – Mostrei língua de novo.

- Quem dá língua pede beijo. – Eu me deito na cama e falo;

- Pros teus amigos eu peço beijo, pra tu eu peço que cale a boca pelo amor! Quero dormir nesse inferno.

- Ai magoou. – Ele fala com a voz manhosa.

- FODA-SE. – Falo com a voz sonolenta, e um pouco alto.

Eu acabei adormecendo...