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História Me apaixonei por um anjo - Protegida


Escrita por: MariaNSouza

Notas do Autor


Genteee...
Altas reviravoltas
Espero que vocês estejam gostando porque eu to amando.....
Menino Tae, seu danadinho com cara de anjo.

Capítulo 13 - Protegida


Fanfic / Fanfiction Me apaixonei por um anjo - Protegida

Fui designado para protegê-la desde o seu nascimento, fui ordenado para guardá-la e ficar do seu lado contra todos os perigos, não parecia ser algo difícil de se fazer, ela sempre foi uma criança linda, inteligente, vi Julia crescer, seus olhos quase negros aos poucos ficavam verdes conforme o nascer e o  por do sol, seus cabelos que eram lisos, finos e negros como o céu noturno aos poucos criaram lindos cachos, eram cachos soltos que brincavam com o vento. Aos seus dez anos eu vi ela aprender a andar de bicicleta, como ela adorava correr na rua da sua casa, tinha uma coragem diferente das outras meninas, simplesmente ela era uma criança única.

Vi ela crescer e ter as suas primeiras paixões, como doía ver seus sentimentos não serem correspondidos, não tinha muito o que fazer a não ser acompanhá-la e usar sua intuição como meio de nos comunicarmos, foi assim nos anos do ensino médio, na escola mesmo não sendo popular era como se tivesse algo que chamasse atenção onde quer que passasse, talvez fosse seu sorriso, talvez seu jeito de conversar com os outros. Primeiro ano de faculdade e eu estava ali, vi a sua primeira festa, vi o seu primeiro porre, como era brava ao ser desafiada pelos outros homens, todos da mesma idade, assim ela entornava varias garrafas de cerveja. Estava no momento em que quase se entregou para o homem errado, enfim, Julia era uma adolescente diferente e foi aos poucos se tornando uma mulher que me chamou mais ainda a atenção, no segundo ano da faculdade vi seu coração brilhar, brilhava tão forte que refletia em seus olhos, foi assim que vi a minha protegida, o meu objetivo de estar na terra, se apaixonar e ser correspondida, finalmente ela tinha alguém que a protegesse, não tinha muito o que fazer, apenas observar e engolir esse sentimento humano para longe.

Os anos foram se passando, 2009 era o ano da sua formatura, estava linda, seus cabelos presos com cachos muito bem desenhados, caídos até a cintura, seu vestido vermelho sangue, seus olhos castanhos sendo iluminados pela maquiagem, a acompanhei no recebimento do canudo, no baile de formatura segurava o riso ao vê-la tentando se equilibrar naquele salto dourado, mesmo com seu pai dançando a valsa tão bem tive que apoiá-la nos ombros para que ela fosse a mais bonita do salão, seu agora namorado assistia maravilhado e eu podia compreender esse sentimento, realmente ela estava linda. Os seus primeiros anos após a faculdade eram tão intensos, sua residência em um dos hospitais mais movimentados de São Paulo a desgastava, a deixava cansada, quantas vezes sequei os seus olhos a cada fugida que dava, a cada  óbito seus olhos seguravam para não chorar, para passar a noticia para os familiares, como aquela menina cresceu.

Inicio de janeiro de 2013, minha Julia não parava, a noite no Pronto Socorro era intensa, eram paciente graves, uma onda de acidentes de transito assolavam a cidade, como ela estava cansada, entre soros e bombas ela se prepara para receber o corpo de bombeiros para mais um atendimento, um jovem que acabara de sofrer um capotamento, um acidente de carro aparentemente grave, não pude fazer muita coisa, seus olhos cresciam, seu coração pulava, era o seu agora noivo, sentia a ira crescendo e a sua revolta por ele estar partindo assim, queria poder abraçá-la, dizer que ele ficará bem, mas só via seu olhar ficar cada vez mais perdido, não sabia o que fazer apenas pude ficar do seu lado, apoiando e escutando. -Por favor Deus, não o leve, alguém me ajuda Ela sussurrava, quase como uma oração e a minha sensação de inutilidade apenas crescia com a sua angustia. 

Não sei quem ouviu os meus pedidos, minhas angustias tinham cessado, tinha agora a minha própria casca, era como um humano que eu poderia finalmente encontrar a minha protegida. Mas esse país não era o Brasil, não era o meu corpo então eu tinha que fazer o que era designado. Morava agora com um grupo de seis meninos, por algum motivo cantava muito bem, mas como eu já tinha perdido as minhas asas não haveria muitos truques a se fazer a não ser esperar que Deus me ajudasse.

Entre rotinas humanas, entre compromissos e mais compromissos pude ver que era um bom cantor, cantava bem mas não no idioma que a minha protegida falava, com certeza não estava no Brasil, assim está sendo a minha vida de humano, tudo em nome de um compromisso maior, em nome do sentimento que guardava. 

-V, se arruma nós vamos desembarcar em 10 minutos, já estamos em Seul-

Disse Namjoon hyung enquanto o avião dava voltas para se alinhar com a pista.

-Se preparem que hoje irá encher de garotas-

O Jimin tinha todo aquele jeito de que era namorador mas por mais que me esforçasse não conseguia vê-lo com ninguém

-V hyung, será que iremos ver alguma menina mais bonita? Estou cansado das coreanas, sempre muito previsíveis-

Jungkook era o menos previsível, talvez por ser o mais novo ele sempre aprontava algo que me surpreendia, como era interessante que os humanos não eram completamente iguais, tinham as suas peculiaridades enquanto eu apenas tentava não pesar em Julia, já faziam quase quatro anos e eu ainda tinha ela em minha mente.

-Eu acho que o V hyung está apaixonado, sempre tão sério, quem será a garota-

Hoseok como era típico dele fazia brincadeiras fora de hora e eu não pude fazer muito a não ser rir, ria como se fosse um grade absurdo, mas que no fundo tinha um traço de verdade.

-Não vamos fazer brincadeiras com coisas tão sérias, afinal o primeiro amor sempre é o mais importante-

Yoongi como sempre era o mais sensato, a pouca diferença de idade não parecia quando o assunto era o amor, as vezes penso o quanto ele deve ter sofrido, quem sabe sofrido tanto quanto a minha protegida.

Mostrando uma animação típica do nosso grupo desço do avião e entro no hall do aeroporto, tantas meninas loucas gritando BTS, se espremendo para nos ver com maior facilidade. Quando de longe escuto uma voz.

-V, Taehyung....-

Paro sem olhar para trás, era a minha menina, era Julia, como ela viria até aqui em Seul apenas Deus poderia me explicar, suspirei tentando tomar coragem quando ela de repente some dos meus olhos. Ela esta de novo correndo, como ela gostava de correr, desde criança atrás da bola de futebol na quadra da escola, no hospital atrás das medicações e de pacientes e agora aqui. Quando eu sinto uma trombada, eramos praticamente do mesmo tamanho, seus cabelos se soltaram e sua mala desastradamente caiu no chão, era a minha Julia, mais abatida, mais velha talvez, com seus cabelos agora não tão cacheados mas com um leve ondulado, sua boca ainda mantinha o velho batom vermelho forte e seu rosto claro ficou vermelho talvez de vergonha.

-Sorry, sorry- perto 

Ela diz e simplesmente sai correndo, sai porta a fora e meu coração pela primeira vez desde que caí na terra pulava, meu sorriso não saia do meu rosto e os meninos começavam a desconfiar. Eu estava com a minha protegida perto de mim novamente, eu precisava agora apenas me aproximar, precisava tê-la nos meus olhos como era antes, como ela estava linda, seu corpo mais magro agora estava coberto por uma camiseta de banda totalmente do branco em que estava habituado a ver.

Já anoitecia, tudo estava prontamente organizado para mais um mini show, agora na MBC estúdios, toda a estrutura já estava pronta e eu abraçado com o Jungkook entramos na van. Toda aquela gritaria era típica quando estávamos em um local menor, mesmo com toda a estrutura era um ambiente pequeno pelo número de fãs. Assim um a um saímos da van, Rapmon sorria pois para ele era sempre um objetivo realizado a cada show que realizamos, com um animo que raramente tinha resolvi descer da van, quando de repente ela está na minha frente, seus olhos grandes brilhavam com os flashes e eu não me aguentei, parei na sua frente com a esperança de que ao menos lembrasse de mim.

-Sorry, sorry-

Brinco enquanto ela parece cair para trás de tão impressionada resolvi segurar em seu punho para levá-la comigo, dessa vez ela não sairia dos meus olhos. Implorei para ficar, praticamente quis prende-la em meus braços e nunca mais soltá-la. Ela estava ali, perdida no meio daquele mar de garotas enlouquecidas, arriscando alguns passos e cantando junto, como ela estava linda, seus cabelos brincavam no ritmo da música enquanto meus olhos não saiam dela, parava bem na sua frente apenas para ver sua reação, como se ruborizava fácil e eu aqui me encantando tão fácil.

Foi assim que eu a conheci mais, quero dizer, eu já a conhecia mas agora eu a tinha perto, bem perto, não a soltaria em hipótese alguma, assim como antes ela será a minha protegida, dessa vez não a verei sofrer sem poder fazer nada novamente.

 

 



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