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História Me apaixonei por um anjo - Ira


Escrita por: MariaNSouza

Notas do Autor


Só pra vcs verem como amo vcs... Mais um capitulo novinho.....

Capítulo 15 - Ira


Fanfic / Fanfiction Me apaixonei por um anjo - Ira

Os dias com a minha protegida praticamente ao  meu lado me fizeram experimentar um mar de emoções, ela tinha mudado tanto desde da ultima vez que a vi, sempre tão independente, tão corrida, sua nova vida na Coréia aparentemente servia apenas para ela esquecer o que aconteceu no Brasil, os outros hyungs aparentemente sentiram uma mudança desde que a minha menina tinha aparecido, eu não era mais o mesmo e ainda não compreendia o porque.

-V, hoje teremos mais um pocket show, será que desta vez teremos fãs diferentes?-

Perguntou Jungkook com seu interesse insistente em ver estrangeiras nos nossos shows.

-Já não basta a noona, você ainda quer mais gente de fora-

Provoquei tentando arrancar mais alguma coisa daquela criança.

-Não tem nada de errado querer conhecer alguém diferente tem?-

É verdade, não tinha nada de errado  mas por algum motivo eu ainda me prendia naquela menina, talvez o fato de eu tê-la acompanhado desde sempre me fez ascender um sentimento totalmente diferente, um sentimento mais humano do que qualquer outro que eu já tenha experimentado, era talvez o maior do meu pecado, ter me apaixonado por ela. Olho em volta e não a vejo, provavelmente estaria na sua pós-graduação, sua correria, os compromissos conosco e com a sua faculdade a fazia cansada, sem tempo para nada.

-Estou com saudade da noona, ela sempre me ajuda com o dormitório-

Comenta Jin hyung e como um reflexo automático meu coração pula, como assim saudade? Suspiro pegando meu boné e descendo para o térreo onde a van nos esperava. Minutos depois todos os outros já estavam dentro comigo. Tudo estava correndo conforme o nosso manager tinha planejado, o camarim já estava pronto, a estrutura para o show completamente montada e eu ainda não pude ver a minha menina, Julia muito provavelmente estava atarefada, entre auxiliar a produção e a direção ela ainda deixou nosso camarim impecável, isso realmente era bem a sua cara, fazer tantas coisas ao mesmo tempo. 

Tudo pronto, estava arrumado, seguia Namjoon hyung para todos os lados, gostava da companhia dele e a sua maturidade em querer deixar tudo perfeito, isso me acalmava quando estávamos perto de um show. Eu estava com um figurino que a minha menina tinha separado, tudo muito bem escolhido mas ainda não estava perfeito, não tinha visto ela ainda e isso me incomodava, me deixava inquieto, precisava pelo menos tê-la no alcance da minha vista, por perto,, isso parecia cada vez mais egoismo da minha parte.

Já passamos por coisas extremas, como seu corpo me atraia, me empurrava como para a beira de um abismo sem volta, era uma necessidade já, extrapolava a mera paixão, não sabia porque mas desejava tê-la, precisava disso, era meu vício, meu pecado. A hora da apresentação chegava, Namjoon, Jin, Jimin e Jungkook já se organizavam quando por intuição sinto falta do Yoongi, por onde ele andou esse tempo todo, resolvo então seguir Namjoon a distancia para ver se ele sabia onde estava.

Quando me dou conta, ele estava na frente da minha menina, Julia estava suada, cansada, seus cabelos presos quase em um coque mostrava seu pescoço, Namjoon sorri e a aborda.

-Não sei bem o que você fez noona, mas o Yoongi me pediu ppara te chamar, não sei o que você tem mas está realmente fazendo sucesso hein-

Como assim sucesso, o que ele queria dizer, meu coração de repente pulou, depois de tudo o que eu passei para estar do seu lado, como isso seria possível, para acabar com as minhas dúvidas resolvo segui-la, como ela corria, sempre corria, paro atrás de duas caixas amplificadoras e observo os dois.

-Julia noona, que bom que você está aqui-

Como assim que bom? O que Suga queria com ela, seu sorriso era muito estranho, aberto e alegre demais, isso me incomodava muito.

-Suga, aconteceu alguma coisa, você está bem?-

A enfermeira falando novamente, ela se preocupava demais e Yoongi já estava me deixando com raiva. Assim sem terminar meu hyung a beija, ele era diferente de mim, a observei ficar vermelha, sem reação, não gritou,  não empurrou, isso fez meu coração disparar de novo, como ela podia fazer isso comigo.

-Meu amuleto de sorte, precisava do meu amuleto de sorte-

Não consegui segurar, o ódio crescia, a ira me tomava, mas não podia  falar nada, ela não sabia da minha origem, por mais que eu desejasse que ela soubesse de tudo ainda não era a hora. Assim ela vira e me vê, seus olhos se arregalaram, sentia que ela queria falar algo, não deixei minha ira transparecer mas minha postura deve ter denunciado o que eu tinha visto e principalmente como estava me sentindo. 

-Fica,  depois do show nós precisamos conversar-

Praticamente em tom de ameaça falei e subi para o palco para o nosso show.

Era alta madrugada, todos estavam dormindo e minha mente estava a mil, precisava conversar com ela, precisava deixar as coisas bem esclarecidas mas a minha raiva me dominava mais do que a razão, como um beijo pode me deixar assim, tão irado, tão irritado. Conhecia seu código, praticamente invadi a sua casa sem fazer muita cerimonia, olho em volta e ela ainda não tinha chegado, prefiro assim me manter no escuro, quando ela chega e liga a luz decido acabar logo com essa maldita espera.

A beijo com força, com fúria, a ira me dominava, sentia que ela tentava respirar mas meu instinto não deixava, queria ela para mim o mais rápido possível.

-Então ele te beijou, espero que tenha gostado, pois hoje você vai ser minha-

Deixou o desejo me dominar, abaixo sua jeans sem fazer muito esforço, sentia que ela também queria ou apenas não tinha mais força para fugir de mim, como eu a amava, seu corpo estava mais magro, algumas marcas que por algum motivo não lembrava que tinha, uma cicatriz no joelho direito, outra na barriga, por Deus onde eu estive para ela ter conseguido essas marcas. Olho dos pés a cabeça quando retiro sua camiseta, seus seios estavam rígidos, aperto o bico de um deles, sentia seu coração disparar ao meu toque, não fazia a menor ideia do que estava fazendo apenas a desejava, precisava dela. Experimentei cada centímetro do seu corpo, minha mente, meu objetivo não existia mais, apenas sucumbi ao meu desejo e meu corpo humano respondia fazendo meu pênis doer cada vez que eu a penetrava com a mão.

-Você é minha, minha-

Praticamente urro ao seu ouvido, queria ela para mim desesperadamente, praticamente abri mão da minha graça, por pouco ela descobre meu segredo, pois a marca das minhas asas ainda teimavam como cicatrizes profundas nas minhas costas, Julia era uma mulher inteligente, muito em breve ela descobriria a verdade. Do nada percebo um solavanco, seu coração vacilou e com uma força que eu não sabia que ela tinha sinto um empurrão.

-Como assim? Você não é meu dono, você não me conhece-

Como eu desejava querer dizer que sim, que a conhecia mais do que qualquer outra pessoa, como eu desejava isso.

-Sei sobre você, sei sobre o seu noivo, não conseguiu salvá-lo por isso você está aqui-

Do nada percebo a besteira que fiz, agora compreendo porque dizem que aqueles que caem são chamados de demônios, a machuquei mais do que qualquer outra pessoa, porque disse aquilo, olhei para ela tentando reagir e vi suas lágrimas brotarem, a feri sem fazer a menor cerimônia, tudo por causa deste sentimento humano, orgulho maldito, ciúme desgraçado.

-Sai- 

Ela disse com um sopro de voz, seus olhos marejavam, pude ver a cicatriz que eu fui cutucar, a magoei e não sei bem o porque.

-Noona eu...-

Esboço uma desculpa quando ela dispara.

-Você tem razão Kim Taehyung, não fui capaz de salvar o meu noivo, não consigo nem mais ficar no meu país, sou uma fracassada, mas não sou sua-

Senti a mágoa na sua voz, ela não era minha, muito pelo contrario, eu que pertencia a ela, era completamente dela e eu fiz a besteira de fazer isso, meus olhos não conseguiam desviar o olhar dela, seu corpo quase nu passou por mim, sua camiseta em uma das mãos, como a minha protegida cresceu e eu me sentia um completo inútil como da vez que ela perdeu seu noivo, novamente não pude fazer nada.

-Você não é o anjo que eu pensei que fosse, você não passa de um demônio-

Ela fala em um tom sério enquanto abre a porta, talvez fosse verdade, pude ver a dor que a causei, deveria apoiá-la e  só fiz machucá-la mais. 

Assim saio e fico parado no corredor, a porta fechada não me fazia deixar de ouvir sua dor, algum suspiro, um soco na parede, podia sentir pelo o que ela estava passando e tudo isso pela ira que senti, que Deus tenha piedade da minha alma e que Julia me perdoasse pelo que fiz, a amo tanto que não fui capaz de protegê-la agora como um "humano".



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