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História Me deixe sozinha - Uma noite curta demais


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Mas feio Larissa, você atrasou o cap, o que quer que pensem de você?

Desculpa? ;-;

Capítulo 10 - Uma noite curta demais


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Uma noite curta demais

Me deixe sozinha cap.10

 

Já está quase escurecendo quando finalmente decido que Murilo não pode me oferecer risco algum, então eu ligo meu GPS pego um agasalho e saio, apesar de essa ser uma cidade pequena, tranco a porta, meu velho espirito da cidade sempre me acompanhará.

Ao chegar no endereço, vejo que é um mercado, um daqueles de franquias famosas sabe, era tão bonito e moderno que parecia estranho encontra-lo em uma cidade tão velha como essa, nossa como isso pareceu preconceituoso, apesar de ainda haver luz no céu, todos os postes estão com as lâmpadas acessas, o que faz o mercado parecer ainda mais belo, Murilo está encostado ao lado da porta do mercado, está usando um boné que esconde todo seu cabelo, e uma blusa de frio colada, ele parece querer mais exibir os músculos do que se aquecer, mas a visão não é nem um pouco desagradável, assim que ele levanta a cabeça vejo que há um pequeno corte em sua boca, e um curativo ao lado de seu queixo, caminho até ele, assim que ele me vê, um sorriso que é até estranho surge em seu rosto, ele já é bonito normalmente, mas sorrindo dessa maneira, é praticamente perfeito.

-Você demorou.

 Ele faz um beicinho, parece muito com um bebê carente, tenho que reconhecer, é adorável.

-Estava decidindo quais tipos de ameaça você poderia me fornecer.

 Meu comentário cria um sorriso em seu rosto.

-Eu pareço perigoso?

 Agora sou eu quem sorri.

-O que estou fazendo aqui?

 Ele não responde, ao invés disso, segura minha mão e nós entramos no mercado, ele é mais bonito por dentro que por fora, parece um pedaço da minha antiga cidade, é bem agradável, ele me puxa até uma parte do mercado, pizzas congeladas, olho para ele cética, esse garoto é maluco, começo a rir, mas ele me olha com uma cara séria.

-Não ria, tenho uma pergunta muito importante para te fazer.

 Congelo, não é assim que se conversa com qualquer pessoa, você guarda o ataque cardíaco para depois da informação bombástica, não mate a pessoa por antecedência, fico em silencio esperando a pergunta tão importante, ele me olha sério e respira fundo antes de falar.

-Peperone ou calabresa?

 Não sei se bato nele ou começo a rir, eu quase tive um ataque do coração, dou um tapa no ombro dele e ele começa a rir, ele parece bem mais tranquilo aqui do que na escola, seu lado brincalhão é realmente atraente.

-Por que não os dois?

 Seu sorriso quase pula para fora do rosto.

-Boa garota, já gostava de você antes, imagina agora.

 Coro, pelo visto gosto de que ele goste de mim, compartilhamos o sorriso quando ele pega duas embalagens de mini pizzas, e segura minha mão novamente, quando eu achava que estávamos indo para o balcão para pagar, ele desvia do caminho até uma porta de funcionários, ele vai roubar?

-Está ficando maluco? Você vai roubar isso?

 Ele olha para mim confuso, após um segundo ele parece se lembrar de algo e olha para uma das balconistas que parecia estar bastante concentrada em seu joguinho de celular.

-Julia, estou subindo.

 A moça leva um susto e se levanta.

-Desculpe chefinho, não te vi aí, quer algo?

 Ele olha para mim, e tento rapidamente esconder minha cara de espanto, chefinho?

-Não, tudo bem, continue.

 Quero me enfiar nesse chão branco perfeitamente limpo, mas Murilo me puxa e passamos pela porta, até mesmo a sala dos funcionários é limpa, ele solta minha mão e acena com a cabeça para um sofá no canto da sala.

-Vou esquentar elas, sente-se lá.

  Ele coloca elas no micro-ondas e me olha, o sorriso em seu rosto é tão lindo que quero tirar uma foto, estou com vergonha demais para dizer qualquer coisa.

-Não se preocupe, quando eu for roubara algo, será algo mais caro e bonito, e será para você.

 Ele é muito bom em quebrar a tensão.

-Não roube nada para mim, podemos fazer uma vaquinha e comprar.

 Ele concorda com um aceno de cabeça e caminha até o sofá, ele se senta do meu lado com os braços atrás da cabeça, respira fundo e me olha, seu olhar é tão intenso que coro e sou forçada a desviar.

-Agora a pouco, ela te chamou de chefinho... por que?

 Ele ainda tem o olhar sobre mim.

-Minha mãe é dona desse lugar, ela sempre está viajando por causa dessa franquia, eu supervisiono aqui.

 Ele supervisiona um mercado da franquia de sua mãe, essa eu não sabia, essa informação me fez até ver ele com um olhar mais responsável.

-Impressionante, mas e seu pai?

Ele coloca os cotovelos na barra do sofá e comprime os lábios.

-O que tem ele?

-O que ele faz?

Ele coça o canto da boca que não está machucado, fica em silencio por um tempo, e quando ele começa a dizer algo, é interrompido pelo bipe do micro-ondas, ele até parece aliviado em escutar esse som, se levanta rapidamente e colocas as mini pizzas em um prato e coloca as pizzas lá.

-Vamos subir?

 -Subir?

 Ele anda até uma porta mais afastada da sala e eu o sigo, ele inclina com a cabeça para que eu abra e eu o faço, tem um lance curto de escadas até outra porta, eu vou na frente e a abro, estamos no terraço, já está escuro, e apesar dos postes, aqui em cima é até um pouco escuro, o suficiente para que as estrelas de destaquem, é tão lindo. Ele caminha na minha frente até um local coberto por uma tenda, tem um sofá e uma caixa de som, junto com um pequeno frigobar, de onde ele tira duas latas de refrigerante, ele abra uma latinha e me entrega, se senta no sofá e estica as pernas, ele é realmente atencioso.

-Esse é seu lugar especial?

 Ele bebe um gole de seu refrigerante e me olha.

-É o lugar onde eu vendo drogas.

 Nem tento segurar uma risada, quando ele ri, coloca a mão sobre o curativo em seu queixo, minha curiosidade é maior que meu bom senso.

-Como se machucou?

 Ele respira fundo e dá outro gole em seu refrigerante.

-Eu briguei com alguém.

Nada de detalhes, ele não parece querer falar disso, ele está omitindo coisas demais, mas, ele foi muito legal e fazer isso por mim, então encerro o assunto. Conversamos sobre outras coisas até a todas a pizzas acabarem, estou farta, devo isso a ele, ele coloca os braços sobre a barra, eles passam pelas minhas costas e sua mão toca meu ombro, olho para ele que recua a mão, mas eu a seguro, foi um movimento totalmente automático, mas não tendo desfazer, ele me olha e ficamos em silencio por um tempo, ele gira o pulso e segura minha mão, meu coração bate tão rápido que sinto que vai explodir, ele se aproxima lentamente de mim, hesitante, como se tivesse medo que eu recuasse, mas não recuo, ao contrário, eu me aproximo também, nossos lábios estão a centímetros de distância, ele coloca a outra mão em meu rosto, e fecha os olhos, sinto que posso ter um ataque cardíaco a qualquer momento, e quase tenho, meu telefone toca, ele se afasta, e me olha nos olhos, não sei se fico com raiva ou vergonha, mas atendo o celular.

‘’-Filha? ’’

 Droga, droga, droga...

‘’-Sim mãe’’

 Ao ouvir a palavra mãe ele trava e olha em volta, deve achar que estamos sendo vigiados, seguro um riso.

‘’-Queria saber se você está bem, já jantou? ‘’

‘’-já sim mãe, eu fui em um mercado’’

 Murilo está me olhando atento.

‘’-ótimo querida, mamãe estará aí de manhã’’

‘’-Sim mãe, até’’

 Eu desligo o celular primeiro, acabei de chamar ela apenas de mãe, ela vai estranhar, olho para Murilo e checo a hora.

-Já está tarde, te acompanho até sua casa.

 Ele aí até minha casa, senhor, é agora que eu morro, tenho certeza.

-Não precisa se incomodar, é uma cidade pequena.

 Seu sorriso ainda domina o seu rosto.

-EU já te fiz vir até aqui sozinha, me deixe te levar até sua casa.

 Caminhamos até a porta, assim que passamos pelos balcões, a tal Julia me olha e faz uma cara de ‘’parabéns’’ e eu só quero me enterrar, tenho certeza que estou vermelha como um pimentão, assim que saímos, tem uma bicicleta na parede do lado da loja.

-Se importa de ir na garupa?

 Eu adoraria.

-Claro que não, vamos?

 Ele sorri quando eu subo na garupa, ele espera eu me segurar em sua cintura, mas eu apenas deixo as mãos abaixadas, ele olha para trás, pega uma de minhas mãos e coloca em sua cintura, consigo sentir sua barriga de tanquinho.

-Segure firme, eu corro bastante.

Faço o que ele manda, e era verdade, ele corre bastante, mas nunca o suficiente para que a gente se machuque, eu o guio até minha casa, e chegamos rapidamente, desço da bicicleta, ele apenas coloca um dos pés no chão, tenho certeza que tem um sorriso bem grande em meu rosto.

-Bom, boa noite Beatriz.

 Eu não sei se quero que essa noite acabe.

-Sim, obrigada pelas pizzas.

 Assim que sinto que ele ia dizer algo, minha vizinha surge.

-Boa noite Murilo, vocês são amigos, que legal.

-Sim, Boa noite senhora.

 Ele me olha, pelo visto não sou a única que queria que essa noite demorasse um pouco mais, aceno para a vizinha e entro em minha casa extremamente colorida.


Notas Finais


Obrigada por lerem!!


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