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História Me deixe sozinha - A historia de Rebecca


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Eu estou em uma semana de provas então tenham amor por mim!! obrigada

Capítulo 13 - A historia de Rebecca


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - A historia de Rebecca

Me deixe sozinha cap.13

 

                Quando desci as escadas Victoria estava praticamente dentro de minha geladeira, em cima da mesa rinha todas as guloseimas calóricas de mamãe, pelo visto elas tem o mesmo gosto para comidas calóricas, ela fecha a porta da geladeira com um pote de morangos em baixo do braço, um pacote de torradas pendurado na boca, um pode de creme de avela em uma das mãos e uma jarra de suco na outra, ela vai comer tudo isso sozinha? Queria ter todo esse apetite isso com certeza faria mamãe para de reclamar de minha maneira de comer, assim que ela coloca tudo em minha bancada, me olha como se estivesse em um parque de diversões.

-Você tem noção de que sua cozinha é um paraíso? Eu nunca vi tanta coisa gostosa em um só lugar!!

 Ela parece realmente gostar desse tanto de bobagem, mas eu nunca me interessei muito, eu poderia pensar em provar, se minha cabeça não estivesse totalmente preenchida pelo o que aconteceu antes, o Murilo realmente me beijou, lembro do que primeiro suave e depois quente de seus lábios nos meus, abro o pacote com as barrinhas de cereal e pego uma, mal consigo prestar atenção em nada a minha volta, até escutar um assovio, Victoria me olhava com uma expressão sarcástica de surpresa, ela já deve ter comido cerca de 15 morangos com chocolate, só consigo rir da situação.

-O que foi?

 Tenho certeza de que estou mais vermelha do que o morango que ela passa chocolate, ele acena com a cabeça negando, mas o sorriso em sua boca demonstra que ela está gostando disso tanto quando eu.

-Você já pensou em como vai ser a aula hoje depois disso?

  Um pesar cai sobre mim, me lembro de que o restante do mundo não parou, me lembro do drama de Rebecca, REBECCA é isso, Victoria deve saber quem ela é!

-Posso te perguntar algo?

 Ela termina de comer o morango e olha para mim, sua boca está suja de chocolate.

-Não, tenho certeza de que é algo extremamente sinistro como “você já comeu grilos? ’’

 Olho para ela e minha cara de confusa deve ser explicita demais.

-Acontece com frequência.

 Não consigo segurar o riso, ela é realmente uma peça, a única pessoa que me sinto confortável de aproximar.

-Bom você não tem escolha, considere como um pagamento por todas essas bobagens que está comendo.

 Ela tira um pedaço de morango que estava comendo da boca, levanta as sobrancelhas e olha para mim, ela é muito fofa.

-Ok, qual é sua pergunta senhorita?

  Ela pega a garrafa de suco e começa a encher um copo.

-Quem é Rebecca?

 Ela treme um pouco e derrama suco na bancada, esse assunto parece mexer bastante com ela, isso parece mexer com todos, e isso claramente me incomoda, se ela é tão importante para causar essa reação em todos, por que eu não se de sua existência? Continuo esperando a resposta de Victoria, que fecha a garrafa de suco e com um olhar pesaroso olha para mim.

-O que você quer saber dela?

 Uma sombra negra parece ter entrado na cozinha, e não quer sair mais, respiro fundo, o que exatamente eu quero saber? Tenho certeza de que pelo rumo dessa conversa, isso vai acabar mal.

-Quem ela é, basicamente.

 Victoria respira fundo, parece realmente melancólica.

-Quem ela era...

 Ela me corrige, e isso torna a cozinha um lugar mórbido, não quero força-la a dizer algo que a fere, mas eu realmente preciso saber dos fatos.

-Sinto muito, isso é algo delicado pelo visto, mas pode me dizer mais?

 Victoria respira fundo, posso ver seus olhos lacrimejando, ficamos em silencio por um tempo.

-Ela era minha amiga de infância, nós duas crescemos juntas e nos mudamos juntas para cá, quando essa cidade não era nem metade do que é hoje.

 Amigas de infância, isso é realmente algo delicado de se falar, mas quando eu ia interromper Victoria, ela continua falando, parecia estar com aquilo preso por bastante tempo, e eu estou a dispor para escutar tudo.

-Nós fazíamos tudo juntas, ir à escola, passear, passávamos mais tempo juntas que separadas, mas... quando estávamos separadas, eu não sabia de nada sobre a vida dela.

 Estou em silencio, absorvendo cada palavra dela, sua voz é melancólica, mas firme.

-A mãe dela morreu antes de chegarmos aqui e o pai dela se casou novamente, uma megera de mão maior, traia o pai dela com qualquer homem que visse, ela maltratava Rebecca, talvez ela tenha descoberto isso, ou sei lá, mas o pai dela não acreditava nela, ele era um homem bom, mas cego de amor, então, um dia ela se cansou de sofrer, ou eu não sei, mas ela... ela...

 Victoria já estava chorando muito, eu vou até o lado dela, mas ela indica que quer espaço, ela quer terminar.

-Ela... se suicidou, ela era tão boa, mas, e vida dela era tão horrível, eu não pude ser amiga o suficiente para perceber isso.

 Ela chorava e eu finalmente pude consola-la, sua tristeza era tão grande que eu chorei junto com ela. Mas ela não tinha terminado.

-A autópsia mostrou que ela tomou muitos comprimidos, e depois se enforcou, não era a primeira vez que ela se medicava, ela já tinha tentado se matar. Bia, eu sou uma pessoa horrível bia, me desculpa, eu... eu sou.… eu.

 Eu impedi que ela continuasse e a abracei, assim que ela se acalmou sequei suas lagrimas.

-Não fique assim Victoria, não foi culpa sua, está tudo bem.

 Abracei ela novamente e ficamos assim, até eu escutar o som da porta se abrindo, mamãe chegou, entrego um lencinho para ela e corro até a sala. Assim que mamãe me vê, abre o maior sorriso que tem e levanta um monte de sacolas que carregava.

-Oi filha, meu amor eu senti tanto sua falta, comprei algumas coisinhas para você, e duvido voc...

 Ela para de falar e me olha atenciosa.

-Você estava chorando?

Agora que me lembro de secar minhas próprias lagrimas, as seco e sorrio para mamãe, mas isso não parece reconforta-la, ela vem até minha direção e me abraça.

-Minha filha, me desculpe, pode me contar o que aconteceu querida, mamãe resolve isso para você na hora.

 É por isso que eu amo minha mãe, o que me fez pensar em Rebecca, suicídio é algo horrível, mas pelo ponto te vista dela, eu meio que entendo ela não tinha mais mãe, seu pai não acreditava nela, e sua madrasta era uma megera, pobre Rebecca.

-Estou bem mãe não se preocupe, e.... muito obrigada, por tudo.

 Assim que termino a frase, Victoria aparece na porta, com os olhos inchados e o nariz vermelho, só ficaria mais evidente que ela estava chorando se ela escrever CRY BABY na testa, mamãe me solta e olha para Victoria, consigo sentir o extinto materno de mamãe gritando para abraçar a garota, mas ela não o faz.

-Olá querida, está tudo bem? Você é a amiga da minha filha?

 Antes que Victoria pudesse responder, eu assumo a conversa.

-Sim, mãe, essa é Victoria, minha melhor amiga.

 O rosto de Victoria se ilumina, e o de mamãe também, não sei quem está gostando mais dessa situação.

-Que bom querida, por que eu trouxe coisas demais só para você!

Mamãe segura a mão de nós duas e vamos até o carro tirar tudo de lá, eu, que estava chorando até agora a pouco, sinto que finalmente, estou vivendo minha vida.


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!
Laridorama0412


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