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História Me deixe sozinha - Uma quase disputa


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Eu sei que está atrasado, mas aconteceram uns problemas pessoais, sinto muito.

Capítulo 16 - Uma quase disputa


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Uma quase disputa

Me deixe sozinha cap.16

 

 O sr. Eduardo colocou uma pasta de couro em cima da mesa de professor e desabotoou os botões da manga de sua camisa, as garotas olhavam para ele como se fosse uma espécie de ídolo, ele parece aproveitar isso, colocas as mãos na cintura e olha em volta, seus olhos param sobre mim e ele dá um sorriso, pelo visto ele já sabia que daria aula para mim, mas eu não, seu olhar cai para minha mão que está junta a mão de Murilo, solto imediatamente e passo a mão pelo cabelo, ele sorri e caminha até mim.

-Olá Beatriz, isso deve ser uma surpresa para você -Disse ele se apoiando em minha mesa, com um sorriso simpático e elegante -Espero que goste de inglês.

 Meu cérebro que estava travado até agora, acordou para que eu possa responde-lo.

-Sim, gosto bastante.

 Ele inclina a cabeça, isso não pareceu ter sido respondido na língua certa, respiro fundo e respondo novamente.

-Yes, I like a lot.

 Ele sorriu, minha pronuncia não foi das melhores, mas quem pode me culpar? Acabei de descobrir que o homem que eu queria juntar é meu professor de inglês, não sei mais se isso seria uma boa ideia. Ele parece totalmente disperso da aula, mas assim que olho em volta, vejo que todos os alunos estão com os livros abertos em alguma pagina, até mesmo Murilo.

-Eu fiquei sabendo do que aconteceu, sinto muito, mas obrigada, se não fosse por você, aquele canalha continuaria abusando dos alunos.

 Ele pareceu melancólico ao falar sobre os alunos, por que parece que todos nessa cidade têm algum tipo de mágoa?

-Sim claro.

 Ele não parece querer parar de falar, e de repente pareceu sem graça.

-Então, como vai sua mãe? -Ele disse após uma longa pausa, ele está gamado na mamãe?

-Ela está bem, voltou de uma viagem de negócios hoje -Isso não perece fazer com que ele pare de falar.

-Deve ser cansativo para ela, e seu pai? -Ele não parece querer saber a resposta, mas pelo visto é um homem direito, quer saber se a mamãe está casada, é nobre da parte dele, mas um pouco doloroso para mim.

-Ele morreu, a muito tempo -Pensei que ele respiraria aliviado, mas ele pareceu compartilhar da mesma dor que eu.

-Sei como se sente, sinto muito por ele -Ele é realmente uma boa pessoa, talvez não seja ruim ter um professor como padrasto.

-Bom, aqui na sala temos a regra de dois dias, em um dia eu passo atividade no quadro e no outro, eles seguem as atividades do livro, hoje é o dia do livro, página 124, pode usar meu livro -Ele caminha até a mesa dele e me entrega um exemplar -Se tiver alguma dúvida, o que eu acho improvável, é só me chamar.

 Assim que ele sai, vejo que aquele não era uma edição de professor, o que é bastante incomum, abro o livro e na capa tem duas letras na borda RC fico curiosa, claro, mas agora só tenho mais 30 minutos para terminar esse dever, mas, assim que começo a folhear as páginas vou encontrando mais iniciais, RC+MM, seja lá o que for isso, já estou começando a ficar incomodada, assim que chego duas páginas antes da de exercícios, tem um pequeno texto no canto do livro, tenho certeza de que esse alguém não estivesse procurando não encontraria aquilo nunca.

“Olá para você que pegar meu livro no final do ano, hoje é dia 27 de abril, eu ainda não acredito que meu pai está dando aulas para mim, mas está tudo bem, pelo menos tenho um tempo longe da minha madrasta, ela vem tendo um caso com o nosso professor tarado, mas ninguém acredita em mim, só o MM, estou tão apaixonada por ele que a minha vida vale a pena. Ass: Rebecca”

 Um arrepio corre por todo meu corpo, não sei o porquê, mas sinto que toda essa história de Rebecca me persegue, não sei o que é mais estranho, o fato de ela escrever coisas tão pessoais em um livro, ou dela dizer que viver vale a pena e depois cometer suicídio, continuo olhando para o texto e o professor parece perceber, de repente ele parece nervoso e corre até minha mesa novamente.

-Sinto muito, te entreguei o livro errado, esse... ninguém pode usar esse.

 Entrego o livro para ele, assim que ele segura e o encosta no peito com delicadeza, parece algo importante para ele, ele me entrega outro livro que segurava na mão e volta para seu lugar, ainda com o livro encostado no peito, sinto que todo o ambiente foi coberto por uma grande sombra negra, a própria morte.

 As outras aulas que tive não passaram perto de toda emoção da primeira, mas todas as vezes que Murilo se virava para mim, seja para entrega um bilhete com uma caligrafia confusa demais para que eu entenda, ou quando ele descia a mão e apertava meu joelho, todos esses momentos, que eu tenho certeza de que mais alguém viu, fizeram a aula valer a pena.

 Assim que o intervalo começou, acelerei o passo para encontrar Victoria, eu adoro ficar com Murilo, mas ela é minha primeira amiga, assim que saio da sala, trombo com Luiz, antes de cair no chão, ele segura minha cintura e me puxa para perto de si, novamente, a sensação que tenho com seu toque retorna, mas agora diferente, é uma mistura de adrenalina com medo, medo de estar tão perto dele, medo de que ele faça algo, medo da reação de Murilo, que acaba de sair da sala.

 Eu me mexo para tentar me livrar dos braços de Luiz, mas ele não solta, seus olhos estão encarando Murilo como se fosse uma disputa de lobos, e eu estou bem no meio, ele se aproxima, está assustadoramente calmo, mas tenho a leve sensação de que em seus bolsos, suas mãos estão em formato de punho,  ele chega e olha diretamente para Luiz, que ainda está com as mãos em minha cintura, começo a me debater pois vejo que já há grupinhos se formando para assistir o pequeno espetáculo, foco, eu, Luiz para de olhar para Murilo e me encara, seu olhar faz com que eu pare de me debater, ele solta uma das mãos de minha cintura e ergue até meu rosto, sendo interrompido pelo rápido reflexo de Murilo, que desvia a mão dele com um tapa simples, porém eficaz.

-Nossa Murilo, como você é possesivamente infantil.

 Ele ergue a mão novamente, mas desvia de Murilo dessa vez, ele coloca a mão em ao lado das minhas orelhas e retira um papel do meu cabelo, o mostra para Murilo, que não perde a pose, interessante, eu teria desarmado nessa hora, ele deve saber de algo a mais, Luiz finalmente solta minha cintura, me desiquilibro e Murilo segura meu braço e me coloca atrás dele, como  se fosse uma muralha anti-Luiz, que sai com um sorrisinho bobo de vitória no rosto, Murilo só parece respirar fundo quando ele vira a esquina do corredor.

-Bia, eu preciso te contar algo sobre o Luiz.


Notas Finais


Obrigada por lerem.


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