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História Me deixe sozinha - Uma briga de território


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


A sinopse da historia ficou meio bosta, mas eu gosto bastante dessa fanfic.

Capítulo 2 - Uma briga de território


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Uma briga de território

Me deixe sozinha cap.2

 

 Quando minha última caixa já está no meu novo quarto, coloco meu colchão ao chão em baixo da janela, que a um tempo atrás descobri que se abria até um pouco do teto, deixando uma visão do céu, um dos mais estrelados que já vi, o que me fez pensar, a única coisa que eu deixei para trás foram meus cursos, afinal, as pessoas não gostavam muito de mim, eu nunca fui uma pessoa amigável, não perdia meu tempo na aula falando sobre cantores de pop, ou sobre como as modelos estão magras, quando eu não estava estudando, estava lendo em algum canto ou treinando meu violoncelo, não podiam me considerar esquisita por ser inteligente, então me chamavam de prodígio mau feito, e apenas me ignoravam, desde o dia em que eu meio que sem querer taquei café em uma garota que veio me encher a paciência, e, ela falou que meu violino era viola.

 

 

 Quando acordo, mamãe está no telefone novamente, desde que ela foi promovida, a empresa sempre queria a alma de mamãe, o salário eram ótimo, mas ela sempre tinha que ir em viagens de negócios e coisas do tipo, e agora que eu estava em uma nova cidade, não sei bem se isso será confortável, só de imaginar aquelas vizinhas estranhas andando pelo quintal, já tenho arrepios, eu caminho até o a bancada e pego uma xicara gigante de café e provo, do jeito que gosto, forte e sem açúcar, e antes de que mamãe termine sua ligação, pego a caneca de café, e coloco uma torrada na boca, e subo para meu quarto.

Ao chegar lá eu arrumo minha velha mochila, deixando bastante espeço livre, eu sei que hoje voltarei com as matérias de todas as disciplinas, meu relacionamento com os professores sempre foi melhor do que os alunos de minha classe, tenho certeza que nessa escola não será diferente, já até sei de mente o que devo fazer, chegar, conhecer a diretoria, os professores, a classe, começar a repassar a matéria e pegar a matéria de hoje.

 Eu tomo meu banho e vou até meu quarto, onde a minha solitária caixa de roupas está, pego uma calça jeans, meu suéter, e uso minhas sapatilhas, esse era meu uniforme da vida, de todas as minhas peças de roupa, a maior parte com certeza são suéteres e jeans, eu vou até o banheiro que fica de frente para a porta do meu quarto, as cerâmicas de lá são azuis com detalhes amarelos, essa casa é colorida demais, me olho no espelho apenas para certificar que meu cabelo negro e ondulado está preso em um coque alto sem falhas, eu não gosto de deixar meu cabelo solto, pois atrapalha a tocar meus instrumentos, meus olhos que mamãe vive dizendo serem verdes, mas que são na verdade castanho folha seca, estão acompanhados das habituais olheiras, eu durmo bem, mas meu médico disse que elas são de esforço excessivo, não estou excedendo nada, se eu ainda consigo fazer algo, é porque não cheguei ao meu limite.

 

 

 São cerca de 12:30 quando mamãe para na frente da escola, ela era grande, mas tinha um modelo antigo, ela não é reformada a tempo, eu desço do carro de mamãe, e todos que antes encaravam o carro, viram suas atenções para mim, minha mãe me entrega uma nota de 50 reais e diz para eu comprar algo na cantina, me dá um beijo na testa e sai, nunca tive vergonha de demonstrações de afeto vindos de minha mãe, é tão infantil a ideia de alguém te amar ser vergonhoso, eu caminho até o portão da escola, ele era pequeno para o número de alunos que entram, mas por causa do show do carro de mamãe, todos me dão passagem, eu já escuto os sussurros familiares, mas ignoro, dentro da escola tem uma parte em frente a portaria com um jardim, plantas de regiões do serrado dividem o espaço com plantas típicas da mata atlântica, isso me dói os ossos, do lado do jardim em um dos bancos, há um grupo de garotas que param de falar sobre o que quer que seja quando eu chego, uma delas, loira de baixinha vem até mim com um sorriso simpático demais para meu gosto.

 -Olá, você deve ser a novata, meu nome é Gabriela, prazer.

 Ela estende a mão para mim, apesar de eu não dar a mínima para relacionamentos amigáveis eu a comprimento, somente por ela ter sido bem formal.

-Meu nome é Beatriz, prazer.

 Eu solto sua mão sigo meu caminho, mas ela anda atrás de mim, como se esperasse alguma coisa, eu me viro para ela e encaro por um tempo, ela não se altera, então após um suspiro pergunto.

-Você não saberia onde fica a diretoria, certo?

-Mas é claro que eu sei minha cara, mas não vai ser para lá que você irá, temos um ritual aqui, e você vai se divertir!

 Eu me afasto dela, me arrependi amargamente de ter perguntado algo.

-Eu não participarei de coisa alguma, não tenho interesse em diversão, e se você não for me levara até a diretoria, pode me deixar sozinha, que eu mesma encontrarei.

 A garota recua e leva uma das mãos ao peito como se estivesse ofendida, mas ela logo cai na gargalhada, o que me confunde, ela segura meu braço e ainda rindo aponta para um lugar.

-Olha só, ali fica a diretoria, é bem perto do nosso ritual, não vai te ocupar tempo, eu gostei de você, mas não tem escolha de participar ou não, isso é algo que até a diretora permite.

Eu me solto do aperto forte dela.

-Não ligo se é algo permitido, me recuso a participar.

Eu caminho até o local onde ela apontou antes enquanto bufo de raiva, eu poderia ter explodido, isso não seria algo legal de se ver, e ficaria pior para mim, assim que chego na porta, respiro fundo, sei que se der alguma coisa errada lá dentro será por conta de minha cabeça quente, eu bato na porta de madeira, e um ruído lá dentro de repente para, é como se eu tivesse acabado de matar alguém, a porta se abre e uma mulher alta e cheia de rugas me olha com uma expressão confusa.

-Você deve ser a novata, por que nenhum aluno aqui bate na porta, você pode simplesmente entrar querida.

Eu concordo com a cabeça e entro em um lugar com um ambiente completamente diferente do lado de fora, mas não parecia uma diretoria, parecia mais uma biblioteca, era um lugar bem iluminado e até mesmo moderno, eu olho para ela, que parece já estar acostumada com essa reação.

-Sim, aqui também é a biblioteca, esse era um dos melhores locais da escola, e eu não podia deixar os livros da minha escola em um destes cômodos mofados, eles são preciosos demais.

Ela sorri e eu sorrio de volta, já gostei dela, eu amo livros tanto quanto música, e ela parece amar ambas as coisas.

-Eu também respeito muito os livros diretora, tenho uma coleção imensa em minha casa, espero que possamos conversar mais sobre o assunto, porém sinto que precisamos falar sobre as matérias que não pude receber, por causa da situação.

 Ela recua com meu modo de falar, eu realmente amo essa parte, a surpresa de um adulto sobre meu vocabulário, adolescentes não tinham isso, eles apenas riem na maioria das vezes.

-Claro querida, será um prazer, porém sobre as matérias, os professores nem eu serei capaz de resolver seu problema, você terá que pedir aos seus colegas de classe, apesar de eu sentir que não precisava se preocupar com isso.

 Essa era a parte que eu não gostava, quando me tratavam como criança, como se minha amizade com adultos fosse impossível, mas o desafio só me encorajava mais.

-Eu não me dou muito bem com colegas de classe senhorita...

-Pode só me chamar de diretora querida, meu nome é complicado demais, tenho certeza que você consegue, mas por enquanto, tudo que posso te dar é o horário de matérias de sua classe.

 Ela não vai me dizer o nome, isso significa proximidade, ela me entrega uma folha amarelada e me guia para a porta, assim que estou saindo um garoto entra, como sempre eu desvio o olhar, se eu não gosto de adolescentes, eu desgosto ainda mais de adolescentes homens, mas ele parece não perceber isso entra na diretoria, e a diretora que segurava meus ombros para me fazendo frear.

-Olha só quem temos aqui, isso é perfeito.

Ela me vira para o garoto, que olha no fundo dos meus olhos, e sorri, apenas por educação, seus dentes são brancos e certinhos, ele deve ter usado aparelho, seus olhos são castanho escuro e sua boca é levemente rosada, e seu cabelo, tinha um tom dourado artificial, ele deve ter descolorido o cabelo, mas parado na metade, sua orelha tinha três argolas pequenas , ele parecia um bad boy, mas tinha um sorriso de príncipe.

-Vou deixar a novata em suas mãos Murilo, mostre para ela a sala dela.

 Murilo, o nome da minha porta, eu preciso muito apagar aquilo.

-Sim Carla, farei isso, a professora de artes me pediu para te entregar isso.

Carla... ele sabe o nome dela, ela sorri e nos empurra para fora, fechando a porta novamente, assim que me viro para ele o seu sorriso sumiu, e é substituído por um rosto de superioridade, ele me olha de cima a baixo e dá um sorriso irônico.

-Você pode se virar sozinha.

 Ele se vira e imediatamente, me bate a velha fúria, e eu não conto até dez, então minhas aulas de luta vieram a calhar, eu dou um chute em suas costas que faz ele cair de quatro e meu coque se soltar, eu respiro fundo enquanto ele se virá para mim ainda no chão, seus olhos só não estão mais agressivos que os meus.

-Eu posso sim me virar sozinha, pois diferente de você, não carrego o peso, de uma existência patética, e da próxima vez que você vier para perto de mim com esse olhar de superioridade no rosto, será mais do que um pouco de sujeira que você terá que tirar as roupas.

 Enquanto ele tentava se levantar, eu passo por cima dele, bufando, e saindo do grupo de garotas que me olhavam feio.

-FODASSE!


Notas Finais


Obrigada por lerem!!
Laridorama04


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