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História Me deixe sozinha - No lugar de outro alguém


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Caramba Larissa, cada vez mais cedo.
Eu estou de férias e entediada, acontece...

Capítulo 20 - No lugar de outro alguém


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - No lugar de outro alguém

Me deixe sozinha cap. 20

 

 Assim que chegamos no mercado, grande parte do tempo foi gasta para decidir o que nós jantaríamos e tentar convencer Murilo a não me dar os produtos comprados de graça, ele dizendo que pagaria pois irá jantar na minha casa, eu dizendo que se eu tenho dinheiro para pagar, eu iria pagar, e Victoria, observando essa conversa sem sentido enquanto tomava um achocolatado de caixinha, no final, escolhemos espaguete, e eu tive que aceitar 50% de desconto em tudo, de 100 reais que eu tinha, gastei somente 34, mamãe vai adorar esse relacionamento.

 No caminho de volta, Murilo carregava as compras ao meu lado, e Victoria do outro, os dois brigavam e brincavam como irmãos de guerra, eu estava no meio, de uma coisa habitual deles, eu me sentia uma intrusa em uma conversa que sempre aconteceu.

 Chegamos em minha casa e vamos direto para a cozinha, Murilo começa a lavar os ingredientes e Victoria a pegar os utensílios, mais uma vez me sinto sem rumo, em minha própria casa.

-Eu vou me trocar e já desço para ajudar vocês.

 Os dois acenam e eu subo as escadas, assim que chego no meu quarto me lembro, está escrito “Murilo Mendes” em minha porta, meu Deus, e se ele subir? Eu já devia ter comprado a tinta, mas com tudo que aconteceu, simplesmente nem olhei para minha porta. Eu tiro o vestido e as sandálias e coloco meu velho short jeans e minha camiseta preferida, era do papai, mas mamãe sem querer a encolheu, então ele me deu, ela era de uma banda que ele gostava, sempre que eu usava ela, mamãe me olhava com uma certa tristeza, então só a uso quando ela não está.

 Desço as escadas e eles já estão preparando o molho, então apenas arrumo a mesa, eles são velozes, o que me fez pensar em quantas vezes eles já fizeram coisas desse tipo, e tentei não ficar triste com isso, só ter a companhia deles já era algo significativo para mim, então não vou ficar criando ilusões que não me acrescentarão nada, Murilo, que agora estava usando o avental florido de mamãe nota minha presença.

-Oh querido, você chegou -Disse ele imitando a voz de uma mulher -Esse cachorro está impossível! Leve ele já para carrocinha.

 Eu ia entrar na brincadeira, mas Victoria já tinha abatido a cabeça dele com uma colher de madeira, e ele já esfregava a cabeça, pelo som oco que isso produziu, e também estaria fazendo a mesma coisa.

 Quando senti que ele continuaria com a brincadeira, ele para e me olha de cima a baixo, sua boca se abre tanto que quase escuto um estalo, Victoria percebe o olhar pervertido de Murilo e o chuta, fazendo ele cair perto de meus pés.

-Olha o que você pensa, eu sei ler pensamentos tarados.

  Ainda no chão ele ergue as mãos em forma de suplica.

-Sim, sim, perdão -Ele levanta a cabeça e olha para mim -Você tem belas pernas querida.

 Victoria olha para mim, não sei qual de nós está mais corada com a situação.

-Obrigada....

 Victoria novamente me salva de qualquer coisa humilhante que eu possa ter dito.

-Murilo, levanta da porra do chão que o macarrão está pronto.

 Ele se levanta em um salto e volta para o fogão, Victoria me olha e pisca para mim, isso vai ser cobrado depois.

 O jantar foi agradável, uma hora eu ri tanto que senti que o macarrão queria voltar pelo nariz, mas felizmente não aconteceu.

 Terminamos o jantar e já estávamos todos arrumando a cozinha, Murilo que passou todo o jantar de avental, agora estava usando luvas rosas para combinar, Victoria cuidava dos restos e Murilo lavava a louça, e eu, bom, eu observava.

-Mas Bia, você tinha dito que sua mãe tinha ido jantar, ela foi sozinha?

 Murilo que enxugava um prato também olhou para mim.

-Ela saiu com.... o.... Eduardo...

 Eles se olharam e depois voltaram para mim.

-O professor de inglês? O Sr. Eduardo?

 Concordo, não tenho nada contra a ideia de minha mãe sair com meu professor, mas não quero que surjam boatos sem fundamento, eles se olham, e consigo ver aquela troca de olhares estranha entre os dois novamente tenho medo de saber o que é, mas se envolve mamãe, eu preciso saber.

-O que foi?

 Murilo é o primeiro a falar.

-Você sabe sobre Rebecca não é... -De novo o nome dela surge entre nós – Bem, o professor Eduardo, ele é.... era, o pai dela.

 Não sei mais como me sentir com relação a tudo isso, sinto que desde que cheguei a essa cidade, minha vida gira em torno de uma garota que eu nem mesmo conheço, tenho vontade de chorar, me trancar em meu quarto, ou fugir, mas apenas sorrio, estou cansada disso, mas ninguém merece alguém que reclama de tudo.

-Ah, sim, que coincidência, ele é um homem legal.

 Eles parecem aliviados com minha reação, mal eles sabem que por dentro, eu quero correr dali.

 Assim que terminamos de arrumar a cozinha, o celular de Murilo toca e ele vai até a sala atender, Victoria imediatamente corre até meu lado.

-Finalmente, achei que ele não iria desgrudar nunca, agora posso contar.

 Olho para ela como se fosse uma equação bizarra, mas me lembro logo, ela ia contar sobre algo antes de Murilo chegar, isso quebra todos os pensamentos que eu tinha, e eu presto atenção somente a isso, ela se abaixa e eu faço o mesmo.

-Bom, eu ia beber água quando o Luiz apareceu, colocou as mãos em minha cintura e me chamou para ir à festa, eu disse que iria por que sei que ele me encher até eu aceitar, como ele faz com todas, mas eu não tinha a mínima intenção de ir, mas ele não tirou a mão da minha cintura, e aquilo já estava me incomodando -Ela se aproxima mais de mim, e eu faço o mesmo -Foi quando Carlos apareceu, pode ser que ele faça isso com todas, mas, não sei, eu gostei bastante dele ter feito.

 -Desembucha logo mulher.

 Ela ri um pouco e continua.

-Ele se aproximou de mim assim -Ela me levanta e me puxa pela cintura, nossos rostos ficam próximos demais -Então ele virou para o Luiz e disse “Acho melhor você não brincar com a minha garota, ou teremos problemas” -Ela parou de imitar a voz de Carlos e olhou para mim com um sorriso gigante.

 Antes que eu pudesse começar meu habitual questionário, Murilo volta para a cozinha e nos encontra naquela posição, um sorriso malicioso surge em seus lábios, Victoria me solta e arruma o cabelo.

-Eu adoraria participar disso mais tarde, mas agora preciso ir embora.

Victoria mostra o dedo médio a ele, e eu seguro um riso, mas assim que nós saímos da cozinha, mamãe entra na sala com o rosto corado, que logo se torna uma expressão envergonhada, olho para Murilo instintivamente, mas ele parece tranquilo, e, ainda usando o avental rosa, caminha até minha mãe, é agora, vai dar merda.

-Olá, você deve ser a Laura correto? É um prazer finalmente te conhecer, mas, eu preciso ir agora, espero ser um genro prestativo, até mais.

 Ele acabou de dizer Genro? Sim, ele disse, e agora caminha até mim, tira os aventais, me entrega, e me dá um selinho, eu não sabia que meus olhos podiam ficar maiores, nem os de mamãe, ela olha tudo isso como se fosse um sonho, estou paralisada, forçada a olhar Murilo pegando na mão de mamãe, que ainda está boquiaberta, e sair, ficamos assim, até Victoria demonstrar vida.

-Bom, eu acho que também tenho que ir, até mais senhora Laura, até amanhã Bia.

 Ela corre até a porta e vai embora, deixando eu e mamãe paralisadas ruborizadas e chocadas na sala, mamãe lentamente olha para mim com um sorriso torno na boca, que depois se torna uma expressão maliciosa.

-Amanhã eu te falo como eu adorei isso aqui, mas por enquanto, a mamãe vai dormir, por que foi choque demais para um dia.

 Ela desliga as luzes e sobe as escadas, me deixando chocada, ruborizada boquiaberta e ainda segurando os aventais no escuro.


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!
Laridorama0412


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