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História Me deixe sozinha - Duvidas


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Eu sou muito pontual mesmo!! sqn

Capítulo 25 - Duvidas


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Duvidas

Me deixe sozinha cap.25

 

  Mesmo isso não sendo provável ele olha em meus olhos, seu olhar é intenso e tão familiar quanto todo ele, dessa vez não consigo controlar minha respiração e ela começa a acelerar, lágrimas caem dos meus olhos, mas não sei exatamente o porquê, o garoto a minha frente nota meu súbito desespero, e diz algo bem baixo, tão baixo que tenho que ler seus lábios.

“Calma Bia, logo...”

 Logo? Bia? Ele parece me conhecer, e até me chama por um apelido, ele sabe que estou acordada, o que me faz ficar preocupada com o homem, que até agora falava no telefone algo sobre o quanto ele vai ferrar a vida do outro cara, minha respiração ainda está acelerada, e ele finalmente percebe e se vira para mim.

-Hey, garota, você está acordada?

  Eu tento controlar minha respiração, mas toda a calma que eu tinha em meu corpo fugiu com o olhar do garoto aos meus pés, que agora fingia estar inconsciente novamente, sim esperto da parte dele, e idiotice da minha por pensar que ele se levantaria e acabaria com o homem que agora me cutuca com o pé, o garoto está bem mais ferido que eu, o homem vê minha esquivada involuntária de seu pé, e se retrai.

-Puta que pariu.

 Ele desliga o telefone e sai do lugar, uma curta faixa de luz passa pelo meu rosto por uma fração de segundo, junto com uma onde oxigênio puro, que logo se dissipa em meio ao mofo do lugar, o garoto se levanta rapidamente a caminha, ou melhor engatinha até mim, ele está tão ferido que a cada passo é um gemido, a cena é tão agoniante que fecho meus olhos com força, ele para perto de mim e sua respiração pesada me dá calafrios.

-Bia, Bia, você está machucada?

 Sua voz é dolorida, mas carrega uma preocupação tão amigável que me sinto imediatamente mais calma, abro os olhos assim que sinto suas mãos onde o nó que amarra minha venda está, a venda cai e vejo que seu cabelo tem um tom de loiro muito forte, mas agora tinha pingos de sangue em algumas partes, as lágrimas que desciam pelos meus olhos se acalmaram assim que seus olhos cinzas se desviaram de mim até meus pés, ele começou a desamarrar a corda que prendia meus pés, sua nuca está roxa, sua camiseta regata está rasgada e frouxa, deixando as marcas de briga bem expostas em seu tronco, eu levanto as mãos para toca-las, mas assim que me lembro de que estão amarradas de uma forma dolorosa eu desisto da ideia.

 Ele ergue a cabeça para minhas mãos enquanto jogava a corda que prendia meus pés para longe, ele bufa, não tem como soltar minhas mãos agora, ele se levanta com um gemido agoniante e olha em volta, não entendo, como uma pessoa no estado dele se preocupa comigo?

-Quem é você?

 Ele parece surpreso com minha pergunta, faz cara de quem não entende e depois de um tempo parece finalmente ter uma resposta.

-Não se preocupe, eu não estou no modo batalha.

 Modo batalha? Do que esse cara está falando? Não sei se estou mais segura com ele do que com o homem que me vigiava.

-Não é isso que quero saber.... Quem é você?

 Ele para de mexer na caixa de papelão que não tinha nada útil e olha para mim com uma expressão bem mais confusa que a anterior, seu rosto tem um corte na bochecha que me faz desviar o olhar, mas não por muito tempo, tenho que parecer séria para que essa situação faça sentido.

-Quero saber quem é você, o que aconteceu, e porque eu estou aqui, seria ótimo se essas perguntas fossem respondidas antes que o maníaco volte.

 Ele passa as mãos feridas pelo cabelo loiro e sujo, ele parece estar à beira de um colapso mental, mas não tanto quanto eu.

 -Você está falando sério Bia? Não se lembra da merda que aconteceu? Não lembra de mim?

  Ele fala de uma forma que me fax parecer a errada da história, eu tenho certeza de que a culpa por estarmos amarrados feridos e presos em um local mofado não é minha culpa, eu posso ter inimigos, mas só por não ser muito sociável, ou por gostar mais de música do que de pessoas, nenhum idiota me sequestraria por isso.

-Pareço estar brincando? Não estou gostando dessa situação tanto quanto você, então ajudaria se você pudesse responder as minhas perguntas.

 Um sorriso sarcástico ocupa seus lábios feridos e suas covinhas se sobressaem, ele esfrega o rosto com um flash de dor por causa dos ferimentos, ele respira fundo e se ajoelha ao meu lado, devagar por causa dos hematomas em seu estomago.

-Eu sou Carlos, você não gosta muito de mim, mas não temos outra escolha já que seu namorado está dando uma de herói agora, estamos em um quartinho na parte assombrada da nossa cidade, e você não precisa saber o porquê está aqui, pelo menos por enquanto.

 Pelo visto a única coisa que ele disse que realmente faz sentido é que eu não gosto muito dele, eu poderia ama-lo, mas essa história não faz sentido, minha cidade não tem um pedaço assombrado, ela é uma metrópole, e...

-Namorado? Eu não tenho nem amigos, como terei um namorado?

 Ele está mexendo nas travas de plástico em minhas mãos como um louco, mas parece ter uma onde frustração e as larga, fazendo com que elas machuquem mais um pouco minha pele.

 -Pelo amor de satanás cala a boca, assim que a gente sair daqui eu te conto tudo por escrito, mas me deixe pensar primeiro.

 Ele está realmente certo, eu não gosto dele, mas ele está me ajudando, então apenas fico em silencio enquanto ele se levanta novamente e volta a rodar o pequeno quarto.

-Vai ter que ficar com isso por um tempo.

 Olho para minhas mãos que agora tem pequenas linhas de onde o sangue começou a escorrer, me levando com mais facilidade que ele, e acho até que foi por isso que ele me lançou um pequeno e curto olhar de inveja.

 Fico em silencio enquanto ele caminha até a porta e tenta abri-la, é claro que está trancada, ele faz uma pequena pirraça e bate na maçaneta, logo se arrependendo, pois, uma dor parece subir de sua coluna e ele se joga no chão, vou até ele, que me afasta e respira fundo, o silencio fica no ar por pouco tempo.

-Como vamos sair daqui?

 Ele ergue sua cabeça como se ela pesasse uma tonelada e passa os dedos nos lábios.

-Vamos esperar seu namoradinho chegar.


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!
Laridorama0412


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