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História Me deixe sozinha - Sr. Sogra


Escrita por: Lari_Doramak04

Capítulo 32 - Sr. Sogra


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Sr. Sogra

Me deixe sozinha cap.32

 

  O caminho até a Range Rover da Sr. Sogra é silencioso, pelo menos para mim, ele conversa com Murilo sobre assuntos variados, como se estivesse desesperada para que meu silencio se dissipe, mas não funciona, até mesmo após entrar no belo carro dela, meu silencio é quase mortal, mas não faço por mal, tenho certeza de que se eu dissesse qualquer coisa, poderia não ser muito agradável, estou usando praticamente toda minha capacidade mental para tentar entender o que aconteceu agora a pouco, a aura de Carlos mudou completamente, ela veio e se foi muito rápido, mas a coisa mais complicada em tudo isso, e o porquê de eu ter namorado Murilo se essa atração eu sinto somente por Carlos.

-Sua namorada é calada assim mesmo querido?

 Eu escuto cada palavra, mas ainda não respondo “Sua namorada” isso me corta por dentro, não sei exatamente o porquê. Murilo suspira, e eu agradeço por estar sozinha no banco de trás.

-Ela não é, mas acabou de sair do hospital, deixa ela descansar.

 Eu sorri, claro que não é verdade, estou disposta, mas Murilo me entendeu, nós realmente já namoramos, o que me deixa ainda mais curiosa. A Sr. Sogra para no semáforo vermelho e me olha pelo retrovisor.

-A viagem será um pouco longa, não tem shoppings tão perto por aqui, pode cochilar se quiser.

 Aceno que sim e fecho meus olhos, mas não durmo, eu viajo sozinha em minha mente, alguns fleches de lembranças surgem em minha mente, porém nada muito marcante, apenas coisas como Victoria e eu correndo por ai, uma garota que zomba de mim por algum motivo, e um vulto, o vulto se torna mais visível, mas assim que posso enxerga-lo, ele me chuta e eu caio de uma escada, o susto dessa visão me faz acordar de repente, minha respiração está acelerada, sinto uma mão em meu ombro, e assim que viro a cabeça, a porta do carro está aberta e Murilo está do meu lado, sua expressão de preocupação nem me surpreende mais, olho para o outro lado e vejo que a Sr. Sogra está pouco mais a frente.

-Bia, eu sei que você está desconfortável, mas minha mãe tem razão, você não pode voltar para casa assim.

 Ele tira a mão do ombro e pega algo no banco da frente, ele praticamente se deita em mim para fazer isso, mas parece não notar.

-Eu sei que ela tem razão, por isso eu vim.

 Ele sorri, pela primeira vez desde que sai daquela casa, ele sorri sinceramente, ele é bonito, muito bonito, será que foi por isso que namorei ele? Ele percebe o quanto eu olho para ele, e para de sorrir.

-Algo errado? Você não está se sentindo bem?

 Ele tinha pegado um lenço úmido no banco da frente, ele oferece para mim, mas assim que levanto minhas mãos, vejo o a bandagem em meu pulso avermelhada por causa do sangue e apenas observo.

-Quer voltar para o posto? Você está pálida.

 Faço que não com a cabeça, eu não sei se tenho mais medo de chegar lá e descobrir mais alguma fratura em meu corpo, ou ver Calos e Victoria juntos. O pensamento foge de minha cabeça quando sinto algo úmido tocar minha testa, me assusto e abro os olhos, Murilo está perto de mim, perto o suficiente para ver suas clavículas definidas por dentro da camisa, ele parece estar acostumado com estar perto de mim, eu não me lembro de estar acostumada com isso, mas ele não está me agarrando, está apenas tentando ajudar, então eu deixo.

-O corte em sua cabeça dói?

 Faço que não no mesmo segundo em que ele passa o lenço perto de um pequeno corte acima da minha sobrancelha, me assusto com a possibilidade dele passar o lenço em meu ferimento e seguro a mão dele, vejo ele ficar pálido e congelar, como eu, eu paraliso ainda segurando a mão dele, ele engole em seco e se solta primeiro, obrigada, é a única coisa que penso, o momento constrangedor não dura muito, a mãe de Murilo chega com uma sacola pequena e coloca em meu colo, ela não estranha o clima, é claro que não, ela acha que somos namorados

-Aqui está querida, vista isso antes de entrarmos, não pode usar isso.

 Ela aponta para mim, e vejo minha blusa preferida coberta de sangue, ela fecha a porta e eu visto a roupa, é um vestido branco e leve, ela é esperta, hoje está quente, e eu estou machucada, essa peça é fácil de colocar, mas ainda é um vestido, eu não gosto de vestidos.

 Desço do carro já praticamente limpa pelos lenços umedecidos e com roupas não tingidas de vermelho por causa do sangue, mas assim que piso no chão, olho para meus tênis, sujos tanto de sangue quanto de outras coisas que não sei exatamente o que são, Murilo, que até agora apenas me observava em silencio, também para o olhar meus tênis, já a mãe dele apenas balança as mãos e caminha até mim.

-Lá dentro resolvemos isso, o principal já foi.

 Ele segura nós dois pelos braços e nos puxa para dentro do shopping, ele é maior do que eu achei que seria.

-Querido, eu e sua namorada vamos comprar algumas roupas, pode escolher umas também, eu te mando uma mensagem.

 Ele concorda, mas não parece estar muito animado com isso, possivelmente só vai ficar com o telefone na mão à espera da ligação de sua mãe. Ela segura minha mão e vamos até uma das araras mais próximas, a cada peça que ela pegava, comparava com meu tamanho e por algum motivo depois com o dela, ela pegou tantas peças que perdi a conta e me empurrou para o trocador, assim que achei que ficaria sozinha por um momento, ela entra junto comigo, o que me assusta, apesar de sermos todas mulheres, eu não tenho o costume de me trocar perto de pessoas mais velhas, mas algo me intriga, ela não age como se fosse se trocar, tenho mais certeza disso quando ao invés dela pegar uma roupa, ele me segura pelos ombros olha em meus olhos e respira fundo.

-A quanto tempo você e meu filho não estão mais juntos?


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!
Laridorama0412


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