1. Spirit Fanfics >
  2. Me deixe sozinha >
  3. Encontros inesperados

História Me deixe sozinha - Encontros inesperados


Escrita por: Lari_Doramak04

Capítulo 50 - Encontros inesperados


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Encontros inesperados

Me deixe sozinha cap. 50

 

                A noite foi agradável, nem mesmo os mosquitos conseguiram estragar, como o resto as semana, ocorreu tranquilamente, meia e volta escutávamos boatos de que Luiz apanhava na cadeia, o que sempre me fazia pensar no porque dele ser assim, que passava logo, eu tinha mais uma semana com Murilo, não passaria ela pensando nos problemas psicológicos, o restante do fim de semana estendido foi ir até a loja de Murilo para ficar horas apenas sentados no sofá velho no telhado, saindo com mamãe em meu novo padrasto, apesar de eu ainda não chama-lo assim e indo para várias cidades com Victoria para achar um vestido que ela não se lembrava onde tinha visto.

                Agora só faltam mais dois dias para o baile, a escola está ficando cada vez mais bonita, pelo visto o baile irá durar todo o final de semana, mas Murilo só participará da primeira noite, seco as lágrimas enquanto caminho para a casa, Victoria está ocupada com toda a organização do lugar, então caminho sozinha, os dias estão cada vez mais nublados e essa é a primeira vez que não fico feliz por isso, é como se o céu não quisesse me dar nem um pouco de apoio em forma de luz, mas não é isso que irá me impedir.

                Quanto ainda faltavam poucas ruas até minha casa, esbarro em algo, com passos desengonçados não caio, mas fico de pé em uma posição estranha enquanto seguro o poste, respiro fundo, não devia andar tão distraída, me viro para a sombra a minha frente apenas para notar que era um homem alto, usando terno, seu cabelo partido no meio me lembrava os CEO´s de empresas multinacionais, quando ele olha no meus olhos, fico arrepiada, ele se parece com Luiz, ele me estende a mão, mas me arrumo de pé sozinha, ele parece constrangido.

-Desculpe, não havia percebido que você estava distraída.

                Abaixo a touca do meu agasalho e tiro os fones, que agora tocam em um volume baixo uma sinfonia triste de violino, ele parece intrigado com minhas escolhas musicais. Apenas faço que sim com a cabeça e começa a me afastar, até sua voz me fazer virar.

-Desculpe, você pode me ajudar? Preciso achar uma pessoa.

                Considero sair correndo, mas isso seria infantil demais, então tento apenas agir como qualquer pessoa dessa cidade pequena faria.

-Claro, mas, para quê?

                Em seu rosto, um sorriso formal se forma, o que me deixa ainda mais intrigada.

-Bom, essa pessoa que estou procurando, fez algo com meu filho, que eu não conseguia fazer, e eu só queria... hum, conversar com ela, acho que ela deve ter coisas importantes para me falar, e eu um pedido de desculpas.

                Sou, meu Deus, com certeza sou eu, tento não demonstrar nervosismo algum, então apenas pisco para conter o nervosismo e respondo.

-Sim, quem é essa pessoa?

                Ele pega um papel em um bolso dentro de seu paletó e o abre.

-Desculpe, são duas, Murilo e Carla.

                Murilo? Carla? E eu? Foi eu quem apanhou até desmaiar duas vezes do filho desse desgraçado, ainda temos Eduardo, que perdeu a filha por isso. A fúria enche meus ossos como um liquido quente, apenas para eu perceber que nem mesmo sei se posso confirmar que esse homem é o pai de Luiz, então apenas aceno com a cabeça, a fúria se esvaziando de meus ossos.

-Claro, posso te levar para Carla e chamar o Murilo para que nos encontremos lá, pode me seguir.

                Me viro para onde estava voltando apenas para parar segundos depois, ao perceber que ele não me segue.

-Está tudo bem em apenas me mostrar o lugar, eu não vou me incomodar, você pode ligar para seu amigo daqui também.

                 Percebo sua expressão preocupada, ele está com medo? Seguro uma risada e me olho, não pareço com um assaltante, bom, pelo menos não mais que o normal, o que qualquer um pode parecer. A semelhança física dele e de Luiz são grandes, mas a personalidade é tão diferente que me obrigo a perguntar.

-Quem é seu filho?

                De repente ele parece bem mais tenso que antes, falar do filho dele deve causar incomodo extremo, mas ele aperta ainda mais a bolsa que ne, havia percebido que estava em sua mão e me reponde.

-Luiz, o nome dele é Luiz.

                A fúria que estava totalmente livre de mim volta com a velocidade de um raio, e eu nem mesmo consigo controlar a cara de desgosto, ele percebe isso e recua, colocando a bolsa sobre o peito. Assim que olho para ele, seus olhos estão arregalados.

-Por que está com medo? O único monstro aqui é seu filho, e talvez você.

                Ele retorna a postura, mas sem muita confiança e tenta me olhar friamente, mas sua pele pálida o entrega.

-Quem é você? Meu filho tinha muitos inimigos.

                Todo o nervosismo dele finalmente faz sentido, ele tem medo dos rivais de seu filho, viro a cabeça para o lado respiro fundo.

-Eu sou um dos inimigos de seu filho, de seu filho, não do senhor, foi eu quem colocou ele na cadeia, esperava que você quisesse falar comigo.

                 Ele faz um “ah” silencioso e parece mais calmo, mas não o suficiente para se aproximar.

-Você é a Beatriz, eu esperava falar com você após isso, fico feliz que esteja bem quero pedir desculpas pelo meu filho, talvez, eu possa te pagar um almoço?

                Ele com certeza não representa ameaça, mas resolvo não confiar nele, talvez ele seja culpado de transformar Luiz nessa pessoa de mente destruída.

-Não obrigada, prefiro me reunir com todos as outras pessoas de sua lista.

                Estou recusando como ele, mas não de medo, eu não tenho nada a temer. Ele apenas concorda com a cabeça, guardando o bilhete agora todo amassado de volta no bolso de seu paletó, ao mesmo tempo em que pego o celular e pressiono a discagem rápida, Murilo atente no primeiro toque.

“-Olá Bia, já está com saudade? “

                O ignoro, apesar de achar engraçado sua maneira de atender.

-Olá Murilo, você precisa ir à escola agora, o pai de Luiz está aqui.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...