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História Me deixe sozinha - Final, primeira parte


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Desculpa a demora, mas não desiste de mim! fiquei sem internet por um bom tempo.

Capítulo 57 - Final, primeira parte


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Final, primeira parte

Me deixe sozinha cap. Final parte.1

 

                Dou uma olhada rápida no espelho antes de sair, passo as mãos pelo meu cabelo antes ondulado e longo, mas que agora bate um pouco abaixo de meus ombros, ainda me lembro da reação de todos quando cheguei com o novo penteado, quase fui massacrada, mas eu realmente sentia que precisava de uma mudança, ainda mais depois que todos os alunos começaram a me vangloriar tanto por continuar ter salvo aquelas garotas no ginásio à 3 anos, quando por ter pago totalmente o concerto com o cheque que havia recebido do pai de Luiz, que fiquei sabendo que estava passando por sessões psiquiátricas recentemente, mas isso não importa, ele não pode causar problemas, desço correndo as escadas não podendo nem mesmo me despedir, mamãe está em mais uma viagem de negócios, e Eduardo resolveu acompanhar depois de muita insistência de mamãe, é incrível como um homem daquela idade pode ter medo de avião.

                Durante o caminho até a escola, as ruas estavam mais vazias que o normal, apesar de ser uma cidade cheia, nesse horário, víamos nem mesmo que seja uma senhora comendo alguma fruta em alguma esquina, ou uma vizinha esquisita com suas duas filhas que sempre te cumprimentam e te oferecem coisas que você realmente não precisa, mas isso não me impede de agradecer toda vez que ocorre, mas isso está estranho, nem mesmo os gatos estão correndo pelas ruas miando como loucos como costumam as vezes.

                Chego na escola apenas ser recebida por um bilhete no portão no portão entreaberto, “As aulas de hoje com exceção de educação física, foram canceladas para as organizações da formatura”, a formatura tinha me esquecido disso tenho que preparar um discurso sobre como ser altruísta, mesmo eu meio que pense que o dinheiro teria sido melhor gasto comigo mesma, mas logo nego esses pensamentos egoístas, então apenas entro na escola para treinar os arremessos de basquete por alguns minutos e depois ser liberada, nem mesmo Victoria estava lá, por algum motivo grande parte dos alunos decidiram desistir da aula de educação física, eu também teria o feito se o silencio da minha casa não libertasse meus pensamentos solitários, então assim que eu acabo, vou até o lugar onde faço curso desejando intensamente para que me aceitem mais cedo hoje.

                Estou realmente sem sorte hoje, ou tem um furacão gigante vindo para cidade hoje, ou todos decidiram que ficar em casa deitados em sua cama era a melhor escolha para essa semana, além das ruas bem mais vazias que antes, não tem ninguém no meu curso nem mesmo uma recado que me avisasse a falta de profissionais hoje, sento na calçada para pegar meu celular e perceber uma nova mensagem, meu coração se acelera por alguns segundos apenas para se esfriar rapidamente, era a diretoria do meu curso, não trabalharemos hoje dizia a mensagem, depois de ler tudo, automaticamente vou até  a última mensagem que troquei com Murilo, já vai fazer 2 dias que não tenho uma resposta, talvez seja por isso que o silencio me incomoda.

                Volto a caminhar dessa vez em direção ao mercado, mesmo me lembrando o Murilo, trabalhar lá me distraia de todo o resto e tenho certeza de que não estará fechado e nem mesmo será um problema eu chegar cedo, o caminho é longo e nem mesmo consigo escutar música enquanto caminho, atendo uma ligação rápida de mamãe e troco mensagens com Victoria, que diz não ter ido até a escola por ter de ficar cuidando do pai que adoeceu, eu fiquei preocupada até ela dizer que isso deve ser teatro por causa da mãe dela que foi trabalhar brigada com ele, as coisas parecem estar ocorrendo normalmente na vida de Victoria, o namoro vai tão bem que a família de ambos estão falando sore casamento, mesmo quando o mais longe que os dois foram foi jogar vídeo game na mesma cama, ainda me lembro das bochechas coradas de Victoria enquanto ela me dizia isso. Continuo a caminhar, mas o caminho parece nunca diminuir, então apenas fico observando as poucas pessoas que passam pelas ruas, esse é meio que meu novo hobbie, imaginar o que elas estão fazendo, para onde vão, e porque, me faz parar de pensar em quem eu sou, em o que eu estou fazendo, para onde vou, e principalmente, o porquê.

                Depois de uma caminhada que parece ter levado uma eternidade, finalmente chego a rua da loja, mas até mesmo ela parece longa demais, então abaixo minha cabeça e sigo assim, até meus pensamentos soarem mais altos que os passos de meus tênis velhos e gastos, quando sinto minha cabeça ficando mais pesada por conta de tantos pensamentos bato de frente com algo e acordo do meu transe, isso tem acontecido tanto comigo atualmente que eu já estou fazendo tudo no automático, faço uma reverencia, me desculpo e continuo a caminhar, mas dessa vez, assim que volto a caminhar algo segura meu pulso, meu sangue gela, e antes que essa pessoa pudesse fazer qualquer coisa, com a outra mão, seguro e dobro seu pulso de uma maneira bem desconfortável, até escutar um grito, um grito muito familiar, tão familiar que meus olhos se enchem d´agua antes que eu me virasse para olhar seu rosto. Murilo, ele estava bem a minha frente, pode estar com uma mistura de sorriso e cara de dor ao mesmo tempo, mas é Murilo, e isso é o suficiente para fazer com que eu solte seu pulso rapidamente e corresse para um abraço que ele nem mesmo teve tempo de oferecer.

                Os batimentos dele em meus ouvidos, a respiração dele em meu cabelo, os braços dele que me seguram como se eu fosse desaparecer a qualquer segundo, memorizo tudo, como se realmente pudesse acontecer, apenas o solto quando sinto suas mãos subindo até minha cabeça, apenas para que eu as afastasse e ele a beijasse levemente, e antes que eu pudesse perceber, seus lábios estavam nos meus, era como se mel estivesse os conectando, mesmo eu sabendo e sentindo o desejo que escorria de todas as partes do corpo de Murilo, seu beijo era delicado, como todo o resto de seu aperto.

                Assim que nossos lábios se separam que eu posso observa-lo atentamente, seu cabelo está castanho, a cor natural de seus cabelos, e ele cai até um pouco acima de seus olhos, fazendo com que eu tampasse suas sobrancelhas, além de uma barba leve que se formando em seu rosto e uns centímetros a mais, era Murilo, o garoto que eu amo. Ele passa a mão em meu cabelo comigo ainda em seus braços e sorri antes de dizer:
 

-Você está tão linda quanto no dia em que eu fui embora.

                Talvez seja frase que ele disse, talvez seja essa nova voz mais grave que antes, mas eu choro com um sorriso no rosto antes de dizer o mesmo a ele, e assim ficamos por horas até termos que entrar por causa de uma leve garoa que nos lavava.

 

 


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!
Laridorama0412


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