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História Me deixe sozinha - Final


Escrita por: Lari_Doramak04

Notas do Autor


Foi muito bom escrever essa fic <3

Capítulo 58 - Final


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - Final

Me sozinha cap. final segunda parte

 

 

 

                A chuva não havia parado lá fora, muito pelo contrário, suas gotas caiam tão rápido e com toda força, que mesmo dentro da ela de funcionários ela ressoava, fazendo com que os dois sempre tivessem que se aproximar um do outro quando falarem algo, não que isso seja ruim, eu nem mesmo me lembro de gostar tanto da chuva quanto gosto dela agora, já passara tempo demais longe de Murilo, e agora, mesmo que sem razão, eu me aproximava dele as vezes apenas para olhar em seus olhos e passar a mão pela leve barba que crescia em seu rosto.

-Eu gosto.

                Essas duas palavras foram o suficiente para fazê-lo rir, e assim o silencio retornava, não um silencio desagradável, mas sim um cheio de sorrisos e toques carinhosos no rosto. Ficaram assim até o chocolate quente que a funcionaria havia trago para eles parar de soltar um leve e doce vapor sobre a caneca. Mas após um certo tempo, enquanto ele fazia um leve cafuné em mim, ele de repente é consumido por uma expressão preocupada então ele afasta as mãos e me olha nos olhos, fico preocupada junto com ele, mas sem que eu precisasse perguntar o que ouve, ele o faz.

-Preciso do seu celular, acho que Victoria gostaria de saber que eu estou aqui.

                Ele estava preocupado com isso, é fofo, mas não deixa de ser engraçado, ele se preocupa bastante com os amigos, então eu solto uma risada baixa e enquanto tiro o celular do bolso, pergunto a ele o porquê de ele estar sem um.

-Eu meio que quebrei o meu depois de uma assembleia insuportável antes de vir para cá sabe, eu joguei ele na parede e fui proibido de comprar outro por “fazer pirraça”

                Agora a risada é mais alta e com mais dentes, claramente eu teria feito o mesmo se eu fosse a mãe de Murilo, então finjo estar do lado dele com uma expressão de te entendo coberta de ironia, o que apenas faz ele beijar meus lábios de leve e finalmente pegar o celular.

-É provável ela não vir, está chovendo e ela passa bastante tempo com o pai...

                Antes que eu terminasse minha frase, Victoria abre a porta com um estrondo, ela usa uma capa de chuva preta que a faz parecer um ceifeiro e está encharcada, posso ver atrás dela de relance Carlos, que nem mesmo capa de chuva usava, estava completamente molhado, e seu cabelo loiro, agora tão curto quanto o de Murilo tapava os olhos com goteiras em suas pontas, ele respirava intensamente como se tivesse corrido. Victoria está com uma expressão de raiva, olho para Murilo tentando saber o que ele pensa sobre a reação dela, mas ele apenas beija minha testa e se levanta sem pressa, e sem mesmo que eu notasse, Victoria pula em seu abraço chorando e xingando ele como se tivesse cometido um pecado horrível, ela nem mesmo retirara a capa, o que fazia dessa abraço algo molhado e emocionante, dou um gole em meu chocolate agora frio enquanto Victoria se solta de Murilo e me olha com sorriso e lágrimas no rosto, então vemos os dois garotos se cumprimentando enquanto ela tira a capa secando as lágrimas sempre que voltavam a escorrer.

                Depois disso a chuva parou e nós subimos até o telhado e ficamos lá por um tempo, conversando do porque ele ter demorado, escutando Victoria brigar com ele cada vez que ele tentava se justificar e ficando em um abraço apertado até o sol se pôr, até as estrelas chegarem, e até o pai de Victoria ligar para ela por não conseguir achar os remédios para dor de cabeça, Victoria apenas riu se despediu, e junto com Carlos se retirou, então éramos apenas eu e Murilo novamente, sozinhos, a ideia me agradava bastante também. Mas logo após todos saírem ele beija o topo de minha cabeça e se levanta, minha expressão de insatisfação é clara, mas ele apenas ri.

-Pare de pirraça, tenho que te levar para a casa, sua mãe me mata se saber que já te roubei no meu primeiro dia aqui.

                Um sorriso irônico surge em meu rosto, olho para ele já de pé e me acomodo mais ainda na poltrona na qual já estou super familiarizada.

-Primeiro, você já me roubou muitas vezes antes dessa, e segundo, minha mãe não está em casa, posso ficar aqui a noite toda.

                Consigo perceber uma expressão selvagem por um segundo em seu rosto antes dele fechar os olhos e respirara fundo, ele não me olha nos olhos, sei o que ele está pensando, e os efeitos que só esses pensamentos fizeram em mim já era o suficiente para eu querer isso tanto quanto ele.

-Quando será a formatura mesmo?

                Ele gagueja quando me faz a pergunta, mas sei que ele não quer uma resposta, ele só quer mudar de assunto, o que é uma pena, por que eu não quero, mas eu sigo a onda por enquanto.

-Semana que vêm, vamos, eu preciso ir embora mesmo.

                Ele parece tranquilo, e volta a respirar novamente, mas ele segue todo o caminho de volta com certa precaução em torno de mim, mantendo  mão na minha, sem qualquer movimento ou palavra que trouxesse aquela aura selvagem de volta, mas eu deixo assim, apenas até chegar em minha casa, a poucos metros da porta a chuva volta, leve, mas  se não corrêssemos ficaríamos totalmente encharcados em poucos segundos, e o fazemos, quando chegamos até minha porta, precisamos ficar colados para que a chuva não continuasse a nos molhar, se bem que a essa altura era bem inútil, Murilo estava encharcado por me proteger, mas mesmo assim algumas partes de minha roupa estavam molhadas. Murilo rapidamente abre a porta atrás de mim faz um sinal para que eu entre primeiro, leva alguns segundos para que ele faça o mesmo, mas ele logo o faz, olho para as roupas dele por um segundo, ele parece mais musculoso que antes, ou talvez seja apenas o desejo falando mais alto que a memória.

-Pode subir e tomar um banho, você precisa mais do que eu, vai ficar resfriado, eu pego algumas roupas do Eduardo.

                Ele responde com um aceno de cabeça e corre pelas escadas rapidamente, ele está tentando fugir de mim, esse pensamento rouba um sorriso de meus lábios, e eu subo para o quarto de mamãe, mas paro em frente à minha porta, como se eu tivesse entrado em modo automático e entro no meu quarto e pego meu roupão. Assim que bato na porta do banheiro ela se abre levemente, ele não trancou, correu tão rápido que se esqueceu disso, eu nem mesmo sorrio ao ver isso, estou ocupada caminhando até a cortina a ducha onde Murilo toma banho, coloco o roupão na pia e começo a tirar minhas roupas molhadas, Murilo nem mesmo percebe minha aproximação até eu o segurar por trás, estamos nós dois em um banho juntos, consigo sentir o desejo crescendo em Murilo quando ele fala, em um tom tão sério que me surpreende.

-Tem certeza disso?

                Encosto minha cabeça em suas costas e sinto a água passar pelo meu rosto quando aceno positivamente, nem preciso falar pois logo após isso ele se vira, a última coisa que me lembro são seus lábios por todo meu corpo.

 

                Estou discursando em frente a cerca de 500 pessoas, alunos chegando, alunos indo, amigos, aminimigos, mas isso não importa, sei o que dizer, sei o porquê devo dizer e o digo, o discurso é aplaudido e logo vejo pessoas comemorando o fim desse inferno de ensino médio, mas a única coisa que consigo ver são meus pais, Murilo, Victoria e até Carlos, é com eles que passarei o resto de minha vida, e isso é a única coisa que quero, passei tempo demais evitando pessoas por não serem como eu, e agora... não me deixem sozinha.


Notas Finais


Muito obrigada por lerem!!
Laridorama0412


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