Eu já não tinha mais sanidade alguma e meu juízo havia sumido completamente. Essa mulher me enlouqueceu… Mas eu sabia que deveria me conter e sair dali logo, antes que as coisas ficassem mais quentes.
— Lauren — falei entre o beijo.
— O que? — perguntou com os lábios roçando nos meus.
— Eu preciso ir, Liam vai me procurar e eu não posso estar me agarrando com você — respondi saindo de cima dela.
— Por que não? — me segurou pela mão e me puxou novamente para cima dela. — Preciso de você, Karla Estrabão — sussurrou em meu ouvido, o que me fez me arrepiar por completo.
— Lauren, eu não posso — soltei meu braço e sai de perto dela. — E aliás, como você sabe meu nome completo?
— Você é tão burra — riu e eu franzi o cenho em reprovação. — Desculpa, mas enfim, aquele dia que você dormiu, eu olhei seus documentos — deu de ombros.
— Como você mexeu neles?
— Simples, peguei do bolso da sua calça.
— Você é inacreditável mesmo — balancei a cabeça negativamente. — Tenho que ir — me despeço apenas um aceno e fui até minha sala.
***
Eu preciso fazer alguns exames com a Lauren e diminuir a dosagem do remédio então estou na minha sala estudando mais e mais sobre o caso dela, o que está entendiante, mas se eu quiser ficar com ela, vou ter que a curar… O QUE EU ESTOU PENSANDO? Não posso ficar com ela, não vou, foi um erro, mas um erro maravilhoso.
— Entra — falei ao escutar batidas na porta.
— Dra. Cabello? — perguntou uma mulher ao entrar na sala.
Ela tinha cabelos castanhos e olhos no mesmo tom, usava uma camisa cinza e uma calça jeans preta, no seu cinto havia um coldre com arma e destintivo ao lado.
— Sim, algum problema? — me levantei para comprimenta-la.
— Tenho que falar com você sobre Lauren Jauregui — disse e eu paralisei ao lembrar que havia retirado a Lauren da clínica, oh merda, era só o que me faltava.
— Claro, mas antes, qual seu nome?
— Lucy Vives.
— Tudo bem, pode se sentar — falei apontando para a cadeira.
Assim que Lucy se sentou, eu fiz o mesmo.
— Eu sou detetive da polícia, e estamos investigando o caso da Lauren, sabemos que a doutora que está tratando ela no momento então vamos precisar de você.
— Okay, o que precisa saber?
— Estamos tentando descobrir o padrão da Lauren, o porque e quem ela matava, precisamos saber os motivos.
— Hum… Okay, como posso ajudar?
— Preciso conversar com ela, será que eu poderia?
— Tudo bem, vamos lá.
Me levantei e caminhei até o quarto de Lauren, dei três batidas na porta e destranquei a abrindo.
— Lauren, essa é a detetive Vives — falei entrando.
— Olá — Lauren disse estendendo a mão e sorrindo com a língua entre os dentes.
— Tenho que fazer algumas perguntas para você — Lucy falou ignorando completamente a mão de Lauren.
— Tudo bem, pode começar, mas não vai obter nada — riu de um malévolo.
— Dra. Cabello, poderia se retirar? — olhou para mim, e eu encarei Lauren que assentiu.
— Se precisar, estarei em minha sala.
Retornei para minha sala e fiquei me girando na cadeira, eu precisava pensar sobre o caso de Lauren, as atitudes que ela teve com aquela criança naquela noite não batem com um perfil de psicopata. Eles simplesmente cagariam para a criança e não arriscariam sua vida por ela, mas Lauren foi totalmente ao contrário, se arriscou para salva-la.
Liam entrou na minha sala, sem ao menos bater na porta, falta de educação e arrogância total.
— Quem está falando com a Lauren? — esbraveja vindo em minha direção.
— A detetive Lucy Vives.
— Que caralho Camila, aonde está com a cabeça? — estava com o rosto e pescoço da cor vermelha por conta da raiva.
— O que tem de mais? Ela precisava fazer perguntas para estudar o caso dela.
— LUCY É A EX NAMORADA DA LAUREN — falou irritado.
Liam saiu batendo com os pés com força no chão e eu o segui até o quarto de Lauren, ele abriu a porta com força, que bateu na parede fazendo um estrondo. Lauren estava beijando Lucy, senti meu sangue ferver e correr rápido em minhas veias, que ódio.
— LUCY SAIA DAQUI — Liam gritou com raiva.
— Hey Dr. Payne, tudo bem? — disse sarcástica.
— Vai embora — apontou para a porta.
— Tudo bem — riu. — Até meu amor — deu um selinho na Lauren.
— Não volte mais aqui! — gritou Liam e saiu atrás dela.
— Camila… — Lauren começou falar ao perceber minha expressão trsite e os olhos marejados, mas eu a interrompi.
— Cala a porra da boca, Lauren — falei num tom baixo e olhando para baixo.
Assim que sai do seu quarto, o tranquei e fui até o meu carro.
***
— Lauren, para — suplicava enquanto as lágrimas escorriam pela minha bkcchea.
— Você que pediu, Karlinha — Lauren ria diabolicamente com uma lâmina em suas mãos.
— Lauren… LAUREN…
— Adeus, adeus, Camila — Lauren se aproximava, e meu psicólogico queria que eu me afastasse, mas eu corpo não obedecia.
Percebi o sangue escorrendo e pingando no chão cinza o tornando vermelho, olhei para Lauren e eu chorava e estava assustada feito uma criança que havia acabado de cair de bicicleta pela primeira vez.
— QUE MERDA — gritei desesperada ao acordar.
Eu estava soando frio, meus batimentos cardíacos estavam acelerados e minha respiração era ofegante.
— Chancho? — Dinah entrou no meu quarto enquanto coçava os olhos.
— Cheechee — falei enquanto sentia minhas bochechas molhadas e um gosto salgado na minha boca.
— O que houve?
— Me abraça — pedi.
— O que houve, Mila? — perguntou subindo na minha cama.
— Estou com medo — me abracei nela.
— Calma, Mila — fazia um cafuné em meus cabelos. — Está tudo bem.
Segurava a camisa da Dinah enquanto chorava, algumas vezes até soluçava, e ela continuava ali tentando me acalmar. Acabei dormindo nos braços da Dinah, como eu amo minha melhor amiga.
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