1. Spirit Fanfics >
  2. Me diga quem é você! >
  3. Lembranças

História Me diga quem é você! - Lembranças


Escrita por: AnjoGray

Notas do Autor


Olá pessoinhas do meu ♡ . Cheguei com mais um capítulo, espero que gostem e obrigada pelos comentários e favoritos que tenho recebido.
Esta capa foi uma amigo que fez, que atende pelo nome de Frog ;) Obrigada.
Então, aproveitem a leitura! xD

Capítulo 11 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction Me diga quem é você! - Lembranças

Anteriormente em ~ Me diga quem é você? ~
   POV's Nora
  -  Nora! Você está bem? - perguntou com as mãos em meus ombros e seus olhos fixos no meu. Me sentei e abracei Patch. Queria me sentir protegida, não pensei no que isso iria dar ou se iria me ferir mais tarde, só queria o abraço de alguém, mais especificamente, da pessoa que me tirou daquele pesadelo horrível. O abracei pelo pescoço encaixando minha cabeça na curva do mesmo. Quando ele retribuiu foi a gota d'água para que começasse a chorar. Ficamos assim até que não houvesse mais lágrimas para cair. Sabia que assim como ele estava ligado a mim por causa do seu segredo, este momento iria me ligar a ele.
  Nos separamos depois que havia me acalmado mais. Não tive tempo de ficar nervosa ou constrangida porque flash de agressões, canções de ninar e o rosto sorridente. Isto fez com que minha cabeça não parasse de doer, meu coração se sentiu encurralado e meu estômago revirava. Não tive tempo de avisar Patch e vomitei no chão. Minha cabeça rodava e perdi a consciência.
  Voltei novamente ao armário. Lá era frio e escuro. Tentei abrir a porta mas o barulho de correntes me indicou que estava trancada novamente. Pela fechadura da porta e vi aquela mulher cortando minhas bonecas e quebrando meus brinquedos enquanto cantarolava.
  - Me tira daqui! - chorava enquanto batia na porta, e de novo, e de novo, repetidas vezes até minha energia se esvaziar, mas era ignorada. Minha voz apenas se tornou um eco. Só queria acordar, queria sair daquele armário. Senti algo me puxando, novamente era uma mão e foi então que abri meus olhos, dando de encontro a órbitas tão escuras e profundas.
  - Nora! Você está bem? - perguntou com uma das mãos no meu ombro.
Será que aquilo no sonho era real ou somente um pesadelo? A mínima chance de ter acontecido realmente deixava meu coração apreensivo. Mas, porque estava tendo esse tipo de sonho?
  Tanto hoje como no outro dia, não há muito tempo atrás, os elementos eram parecidos. Aquela mulher, a canção de ninar estava presente no fundo, e dentro do armário escuro, uma criança.
  Havia parado de chorar mas a tristeza veio novamente e o fiz. Não bastava o que o médico disse, agora isto. Será que conseguirei me concertar?
  Meu coração doía tanto. Sentia um aperto, como se alguém o tivesse pegado nas mãos e pressionasse com toda a força, a ponto de ele parar te bater.
  - Nora! - Patch chamou novamente. Aos poucos ele vai entrando nessa minha vida confusa - Está bem?
  - Não muito... - sussurrei enquanto ele ajudava a me sentar na cama - Eu acho...acho que era maltratada...quando criança...pela minha - a última palavra ficou presa na minha garganta. Patch não emitiu nenhum som, apenas acenou com a cabeça.
  - Acho que vou enlouquecer por causa disso! - disse entre dentes - Só quero parar de ter esses sonhos, ou saber a verdade, mas tenho medo dela também - quando percebi estava falando alto - Só...só quero esquecer tudo isso - sussurrei cabisbaixa.
  - Esquecer não vai ajudar! - sussurrou para mim e senti um pouco de tristeza em sua voz, como se ele possuísse experiência no que falava.
  -  Essas lembranças vão voltar a te atormentar. O que você tem que fazer é supera-las! - ele fixou o olhar em mim - Não se renda ao fantasma do passado! - disse e percebi que ele tentava me ajudar. Será que Patch também possuía seus próprios fantasmas?
  - Atchim! - espirrei logo em seguida. Patch ao ouvir meu espirro tocou minha bochecha com a mão e depois meu pescoço. Aquilo me fez tremer, não por causa do resfriado, o motivo do meu tremor era seu toque. Todo esse contato físico por qual estava passando era novo para mim. A lembrança de quando o abracei apareceu em meus pensamentos e quando nos olhamos, mais pareceram uma eternidade, nem nossas respirações eram audíveis.
  Patch tirou-me daqueles devaneios e me deitou gentilmente, por fim, repôs o pano morno em minha testa.
  - Tenho que baixar sua temperatura - falou e acenei com cabeça bem levemente.
  - É... - agora ele que iria tirar minhas dúvidas - Aonde estou? - perguntei. Não tinha ideia nem discernimento do que ocorreu. Lembro de estar na calçada e dormir. Após isso aqueles pesadelos começaram. Só de lembrar deles, meu estômago doía. Por que tinha aquele tipo de sonho? Eles por acaso, teriam algo fundo de verdade?
  - Encontrei você dormindo na calçada enquanto voltava para casa. Você não tem medo de andar sozinha essa hora? Quer que aconteça como  última vez? - de repente Patch pareceu um pouco ansioso. Mas o que realmente havia chamado minha atenção foi o " como da última vez".
  Não lembro de ter contado a ele o que havia acontecido comigo. Na verdade não disse nada a ninguém. Minha lembrança foi puxada para algo em comum.
  A mensagem que eu mandei, somente ele sabia o que estava acontecendo, porque pedi ajuda a ele.
  Olhei para Patch, tentando entender. Será que ele...?
  - Como assim da última vez? - perguntei na busca de confirmar algo ou obter alguma informação adicional.
  - Você ainda tem as marcas do machucado - ele apontou para meu rosto - Pensei que tivesse se metido em uma briga, não foi isso? - perguntou bastante calmo.
  Lembrei novamente quando ele insinuou que havia brigado e não disse nada. Será que Patch entendeu meu silêncio como um sim? Mas, a dúvida sobre a mensagem ficaria em minha mente, no entanto  não conseguiria perguntar diretamente a ele, ainda não.
  - Patch... - será que deveria perguntar onde ele estava no dia que fui agredida? Se não, deveria pegar seu celular e comprovar? Ah, Nora se recomponha, o que diabos está pensando, balancei a cabeça. Patch nunca faria o que aquela pessoa vez, seria provável que se ele visse me deixasse lá por causa do seu segredo.
  - Não briguei... - resolvi lhe falar, talvez ele deve ter entendido que briguei por ter ficado em silêncio, talvez fosse normal não é? Quem cala, consente!
  - Então...por que estava daquele jeito? - perguntou sério.
  - Eu.. - respirei fundo - Eu fui...agredida - disse enquanto a última palavra passou rasgando por minha garganta. Meus olhos haviam começado a lacrimejar, olhei para baixo para que Patch não visse meus olhos. Ele apenas ficou em silêncio, mas de repente senti sua mão, deixou em cima da minha e por um breve momento em que ela estava lá, o toque me pareceu familiar.
  Patch ficou em silêncio, mas aquela mão, aquele toque, pareciam dizer o que ele não disse em palavras. Entendi algo como " Você vai sobreviver! Sei que consegue! Estarei aqui se preci...", Patch então retirou sua mão.
  Fiquei nervosa. Meu coração palpitava. Todo esse contato físico era novo para mim, além de tudo o que falei. Não posso continuar aqui, estava muito exposta.
  Me levantei, ficando em pé.
  - Estou indo! Meu pai...deve estar preocupado! - Patch me olhou de cima a baixo e depois virou o rosto colocando a mão para esconder sua expressão, pareceu incomodado.
  Me olhei, talvez tivesse algo em mim para causar isso. Me arrependi do que fiz, de ter saído da cama e de ter sentado naquela calçada. De tudo o que me levou aonde estou hoje.
  Vestia apenas uma blusa comprida e uma cueca. Coloquei a mão em meu rosto.
  Onde estava minha roupa e que roupa era essa? Como troquei? Então lembrei de Patch e sua expressão desconfortável. Não, ele não...
  - Não entenda errado garota! - Patch me encarava.
  - Não se... - fui andando de costa para a porta usando o meu braço livre para fazer uma barreira entre nos dois.
  Não me diga que ele, ele me viu daquele jeito.
  - Não se aproxime! - minha voz saiu tremida. Patch se levantou e veio em minha direção. Senti a parede atrás de mim enquanto me afastava. Ele chegou perto até minha mão ficar em seu peito, no fim ele foi se aproximando e empurrando meu braço até estar a poucos centímetros de mim. Percebi bem de perto o quanto Patch era alto.
  Senti como se não tivesse o direito de respirar no momento. Patch colocou um braço na parede do meu lado fechando uma das minhas rotas de fugas.
  - Já disse Nora. Não pense nada errado! - sussurrou bem perto que tive que fechar o olhos para não encara-lo e o quarto a seguir foi preenchido por um som, o da porta. Abri meus olhos e vi que ele tinha aberto ela, então deu para ver um pouco da vila.
  - Uma vizinha daqui, fez isso. Pedi que a fizesse! - Patch garantiu - Se não acredita, o problema não é meu.
  Tentei olha-lo mas a pressão de seus olhos escuros não me deixavam faze-lo.
  - Mesmo assim...preciso ir...para casa - respirei fundo - Meu pai...
  - Você tem ideia de  que horas são? Ir para casa agora? Você usa o cérebro que tem? - ele se afastou.
  - Esse bairro é muito perigoso pra sair esse horário. Vá amanhã de manhã - Patch falou aquilo como se eu não tivesse direito de negar.
  Respirei fundo, minha cabeça doía e me sentia quente. Patch pareceu perceber e me levou novamente para cama. Deu-me um mingau e depois fez com que bebe-se água.
  - Descanse! - falou e foi fazer algo no fogão.
  Olhei Patch por um momento antes de me virar.
  - Obrigada! - falei já de costas para ele, não queria ver sua expressão. Mas apesar de tudo, deveria agradecer, principalmente pelo trabalho que estava dando a ele.
  Como eu vim parar nessa situação? Como?
  No fim, não demorou muito a ser levada pelo mundo dos sonhos, mas o que me esperava não era um sonho bonito, mas um pesadelo que já me era íntimo. Lá estava ela novamente, cantando a canção enquanto destruía minhas coisas.
  - Por favor! - chorei sozinha no canto do armário, que era tão frio, escuro e solitário.

POV's Patch
  - Obrigada! - escutei vagamente o sussurro de Nora mas não a olhei.
  Como cheguei a essa situação?
  Além do mais, a vida dessa garota, realmente não é fácil. Eu pensando que ela daria importância ao que sabe de mim, mas ela não sabe nem o que está acontecendo com ela, nem o rumo que vai dar. Que vida complicada! Olhei para o hematoma em minha barriga. Será que me precipitei? Ah, que seja!
  Cochilei na cadeira mas acordei não muito tempo depois, Nora tinha começado a chorar e falar sozinha. Não sei se estava fazendo o certo, só queria ajudar alguém que parecia perdido. Algo que queria que tivessem feito comigo mas não houve.
  Sentei ao seu lado e segurei uma de suas mãos. Como um passe de mágica sua testa começará a parar de franzir e sua expressão suavizar. Agora um sorriso singelo formou sobre seus lábios. Desvie o olhar e me concentrei em dormir.
  - Boa Noite Nora! - sussurrei quase que inaudível.


Notas Finais


Então? Já estão formulando suas teorias? Hahaha
Obrigada por acompanharem e comentarem também.
Nos vemos no próximo capítulo.
Kissu :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...