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História Me diga quem é você! - Jev


Escrita por: AnjoGray

Notas do Autor


Me perdoem amores. Sou horrível, eu sei, passei décadas sem postar nada. Não sabem como é o período chegando perto do tcc, a faculdade ta sugando minha alma aos pedaços.
Consegui terminar o capítulo. Espero que gostem seus lindos.
Boa leitura!

Capítulo 13 - Jev


Fanfic / Fanfiction Me diga quem é você! - Jev

Anteriormente em ~ Me diga quem é você

No ônibus, o que havia acontecido entre Patch e eu não saia da minha mente em nenhum momento, mesmo que tentasse pensar em qualquer coisa, meu cérebro me puxava para o que ele disse.

Enquanto o olhava fixamente, ele parecia estar travando uma batalha interna com consigo mesmo. Por isso evitei falar, até respirar.

Patch suspirou e finalmente olhou realmente para mim.

- Nora! - a forma que pronunciou meu tinha algo de errado - Por que estava me espiando? - perguntou sério mudando de assunto.

Fui tirada de meus pensamentos, será que ele não havia entendido o que propus?

- Eu...- deveria dizer a verdade? Seus olhos me pressionavam de uma forma que não era capaz de desviar. Não se deixe abalar e fale logo, sem rodeios.

- Eu...quer dizer. Você - respira Nora -É..o...rapaz do capuz...que me salvou? Aquela noite? - pareceu que havia tirado um peso da minha consciência.

- Do que esta falando? - perguntou e pareceu confuso. Será que não era ele? Não! Tinha que ser ele!

- Quero dizer...foi você que me salvou daqueles homens, não foi, naquela noite? Você não lembra? - Patch pareceu mais confuso ainda, mas algo estava errado, só não sabia o que.

- Não sei do que está falando - então ele se corrigiu - Espere! Na verdade sei do que é, você me contou ontem a noite lembra?

Não podia ser, não era ele? Mas Patch insinuou ontem a noite. Será que ele está mentindo?

- Então...como conseguiu esses machucados? Com certeza foi uma briga! - tinha que ser ele.

- Nora, pessoas ruins sempre se metem em brigas, não é a primeira vez que brigo por causa de apostas de sinuca! - fazia e não fazia sentido ao mesmo tempo.

- Deixa eu te esclarecer algo! - Patch se aproximou de mim. Colocou um dos braços de um lado do meu corpo, enquanto o outro foi na parede do lado do meu rosto.

- O que...! - Foi então que ele estava tão perto do meu rosto que não me atrevi a dizer nada.

- Sou um homem. Não ache que só porque não fiz nada com você na minha casa, não posso fazer nada agora - sussurrou no meu ouvido. Senti o seu hálito na minha pele e tremi sutilmente.

- Não quero que tenha a ideia errada de mim - falou com o rosto extremamente perto do meu - Não fiz nada antes, mas agora é diferente, você que entrou sorrateiramente enquanto me trocava.

Patch então foi descendo o rosto até meu pescoço, senti seu hálito na minha pele e então seus lábios. Engoli em seco sem movimento nenhum.

- Como devo entender essa sua ação? - Meu coração deu um solavanco, e minha barriga doía, uma dor estranha. Não sabia o que significava. Mas deixando isso de lado, o que ele pensava estar fazendo.

Quando senti uma sensação estranha no meu pescoço dei um empurrão nele.

- O que pensa estar fazendo? - coloquei a mão no meu pescoço.

Me levantei de uma vez só. Tinha que sair de lá, mas Patch me impediu e eu estava novamente encurralada entre ele e a porta. Dessa vez ele havia prendido minhas mãos no alto de minha cabeça, num aperto forte.

- Me solta Patch! Isso não tem graça! - resmungei mas ele apenas me olhou fixamente.

- Não faça eu te mostrar o quanto sou ruim - disse com a voz rouca - Muitos inocentes já sofreram por isso.

- Então entenda de uma vez! - disse friamente levando a mão para meu queixo.

- Não tente se envolver comigo. Entendeu? Não preciso de ajuda.

Por que mesmo ele tendo tido que era uma pessoa ruim estava confusa a respeito? Queria entender o quão ruim ele deveria ser para me distanciar. Patch parecia estar travando uma batalha, eu apenas propus ajuda-lo, e percebi que ele estava considerando a possibilidade. O que deu errado? Fiz algo que não devia?

Agora apenas ficava cada vez mais curiosa e intrigada. No entanto tinha que deixar pra lá, ele me ameaçou a deixar de lado.

Não consegui dormi direito, fiquei enrolando de um lado a outro. Então me sentei para checar as mensagens que tinha trocado com a pessoa que supostamente me salvou.

Deveria investigar ela? Tentar conseguir informações sobre aquela noite?

- Por que estou me importando tanto com isso? Esqueça! - baguncei meu cabelo e minhas mãos foram para o meu pescoço. Peguei um espelho pequeno e tentei olhar o reflexo do meu pescoço nele.

Havia uma pequena marca roxa. Só de pensar naquele momento, senti meu rosto esquentar e minha barriga doer. Precisava dormi e por fim consegui.

Em meu sonho estava chovendo, muito forte. O céu estava escuro e sem lua. Percebi que andava na rua e descalça, pois sentia o chão molhado. Fios de cabelo colados em meu rosto além do gosto estranho em minha boca

Foi então que pisei em uma poça de água, ao olhar para baixo, vi minha imagem refletida ou o que parecia ser eu, me deixando completamente desnorteada. Meu rosto tinha marcas roxas e as roupas estavam rasgadas. Sangue podia ser visto em meu rosto, por isso o gosto metálico. E mais horrível, havia sangue entre minhas pernas. Meu coração então começou a bater muito rápido depois da voz que ouvi.

- Por que fugiu baby? Não terminei ainda! Tenho muito mais para te oferecer!

Então todas as peças se juntaram. Olhei o sangue em minha mão e minhas pernas começaram a tremer, não de frio, mas medo. Outra voz surgiu da minha direita.

- Você já teve sua vez cara. Minha vez não é baby? Sei uns truques que você vai dar valor e nem vai doer. Muito.

Meu ar começou a faltar, comecei a respirar com dificuldade. Olhei para os lados, tinha que ter uma saída. Percebi um beco atrás de mim e corri o mais rápido que pude, apenas para bater de cara com um enorme paredão.

- Aonde pensa que vai gatinha! Mia pra gente vai! - o medo e pavor tomaram conta de mim. Precisava sair dali. Alguém me ajuda. Por favor.

- Patch! - gritei com todas as minhas forças - Patch! - soluçava pelo choro e frio.

Senti então tudo tremendo no meu mundo e uma voz parecia estar me chamando, mas tinha algo de errado com o ar.

- Nora! Filha acorda! - decifrei a voz então vi meu pai mas não pode dizer nada porque não sentia o ar passar pelo meus pulmões. Apertei minha garganta, mas nada, desesperada me joguei no chão batendo no meu peito.

Não entendia nada que meu pai dizia, porque minha consciência ia indo embora as poucos e eu só ventilava, até apagar. Acordei com meu pai me carregando para fora do quarto.

- Pai! – chamei.

- Nora! Filha! – ele me colocou deitada na cama – Você está bem? – sua expressão não era muito boa, sua testa estava enrugada e ele tremia.

- Estou melhor pai. Realmente! Confie em mim! – apertei sua mão e ele retribuiu. Não sentia mais nada, estava bem, apenas não entendia o que havia acontecido.

- Não entendo o que aconteceu filha! Você não estava conseguindo respirar!.

- Não entendi também pai!

-Você estava gritando alguma coisa. Você teve um sonho ruim?

- Realmente não me lembro! – tentei buscar nas minhas lembranças o que sonhei mas nada aparecia – Mas...o que eu gritava?

- Acho que era Pi...pa...paty...

- Patch? – perguntei relutante.

- Isso, Patch. O que é isso?

- Nada pai, não é nada! – disse com os pensamentos voltados para ele, Patch!

- Agora estou realmente bem pai. Você não precisa se preocupar, vá dormir, nos dois precisamos trabalhar amanhã!

- Você está mes...

- Sim pai! – acariciei seu rosto, ele beijou minha testa e saiu do quarto.

Me virei de um lado pro outro na cama. Tentando sem sucesso lembrar do que havia sonhado. Por que eu chamará por ele? Por que? Mas nada veio a mente e então adormeci.

No sábado tudo ocorreu bem, mesmo que Patch não me falou nenhuma palavra em nenhum momento, exceto o necessário, além de frio e seco. No fim do expediente, quando estava saindo, o Sr.Mouret veio me avisar de uma visita.

- Nora! Um senhor quer falar com você, poderia por gentileza vir até aqui!

- Já estou indo! – disse confusa.

- Você não fez nada de errado não é? Porque ele se apresentou e é um policial! – meu coração deu um solavanco.

Por que tinha um policial querendo falar comigo? Não lembro de ter feito nada ilegal ou errado. Quando peguei minha mochila, vi que Patch olhava de canto de olho para mim, e percebi seu maxilar contraído, assim como vi que segurava forte sua mochila, devido suas veias expostas em seu braço. Foi então que ele me encarou, seus olhos estavam mais escuros do que de costume, não consegui diferencia sua pupila da cor de seus olhos.

- Vamos Nora! - Sr.Mouret chamou e por fim o segui, ainda sentindo a pressão do olhar de Patch.

- Esta é Nora Gray. Sintam-se a vontade e se precisar de algo é só chamar! - Sr.Mouret então acenou a cabeça e saiu para nos deixar a sós.

- Deixe eu me apresentar senhorita Grey. Sou o detetive Basso, prazer em conhece-lá - ele estendeu a mão e troquei uma aperto relutante - Por favor, sente-se! - fez um gesto para me que me sentasse e então se sentou.

- Fiz algo ilegal? - perguntei com medo, escondi minhas mãos embaixo da mesas pois elas tremiam involuntariamente.

- Não, não, você não fez nada! - ele balançou as mãos - Estou fazendo uma investigação e gostaria muito que você pudesse contribuir.

- Se eu puder! - respondi sinceramente, mas não tendo ideia de como iria ajudar.

- Então, ele é um assunto um pouco delicado. É sobre a tentativa que você sofreu de abuso a algumas semanas atrás - ele baixou a voz e falou com suavidade, mas isso não diminui o soco que tomei no estômago. Por que teria que relembrar aquilo de novo. Comecei a tremer e não era só as mãos.

- Vim aqui dizer para não se preocupar, aqueles crápulas estão na cadeia agora e vão ficar lá por um bom tempo! - o olhei incrédula.

- Eles...estão...pre...sos? Você está..falando a verdade? - perguntei e quando ele acenou que sim, não deixei de limpar uma lágrima que caia no canto do meu olho. Me senti aliviada e vingada.

- Recebemos uma denúncia anônima e foi crucial para prendermos aqueles bandidos. Agora, a questão foi quem denunciou? Porque essa pessoa sabia exatamente onde estava os culpados e entregou as provas em vídeo de tudo.

- Uma denúncia anônima? Quem poderia? - pensei e só me veio a mente aquela pessoa, que poderia ou não ser o Patch.

- É isso que queremos saber! Depois de pegar os depoimentos daqueles bandidos, soubemos que além de vocês três, havia uma quarta pessoa.

Ele sabia sobre a pessoa de capuz!

- Gostaria de saber, você lembra de mais alguém?

Seu eu falar que havia, como isso iria repercutir? Aquela pessoa havia me salvado de algo pior que podia imaginar!

- Sei que é doloroso lembrar disso!

- Realmente não quer...

- Senhorita Grey, você lembrar é realmente importante. Por que se essa pessoa estiver solta por aí, os riscos de inocentes se machucarem é extremamente grande!

- O que...você quer dizer? - aquilo foi estranho, realmente estranho. O detetive Basso deu a entender que a pessoa que me salvou é um criminoso realmente perigoso, mas ele havia me salvado. Tem algo errado!

- Bem, como posso te explicar essa situação. É um pouco estranho falar sobre isto aqui! - Não sei se você ouviu sobre um massacre que ocorreu em um orfanato chamado Santa Rita - começou e eu passei a me recordar.

- Praticamente todas as crianças foram massacradas e mortas por um criminoso, conhecido como Jev - lembro dessa notícia deixou todos desnorteados e compadeceu toda a população. Nenhuma imagem havia sido publicada por questões de respeito.

- Então você quer dizer que...

- Sim, temos indícios de que a quarta pessoa seja ele - não queria ouvir ele terminar.

- Que seja Jev! - sussurrou.

Ouvi um barulho da porta da frente, olhei para trás e vi Patch deixando o estabelecimento.

Nossos olhos se encontram e nunca tinha visto aquele olhar nele, não sei quanto tempo se passou, mas quando pisquei ele não estava mais lá.

- Nora! - escutei detetive Basso me chamar e voltei para encara-lo.

- Você está bem? - me analisou.

 Eu não sei!


Notas Finais


Então, o que acharam? A casa caiu! Não deixem de comentar, gosto de ler o que tem a dizer.
Beijinhos!


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