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História Me gustas tu! - Capítulo Único


Escrita por: Seitto

Notas do Autor


Saindo um pouco das minhas fics de Haikyuu, hoje trago uma Ekkeal porque eu acho esse shipp a coisa mais engraçadinha do mundo!
Aproveitem a leitura.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Aquela era só mais uma manhã como as outras, onde os dois irmãos disputavam pelo uso do único banheiro da casa. A mais velha podia passar horas se arrumando, era vaidosa e gostava de cuidar de sua aparência, por mais cedo que tivesse que levantar todos os dias. Seu irmão mais novo não gostava muito de toda aquela demora, pois ambos acabavam se atrasando para ir para a escola, todos os dias.

- Ahri, sai desse banheiro, você tá aí há duas horas – o menor batia na porta impacientemente, trajando apenas um par de meias e uma cuequinha estampada com relógios.

- Você sabe que eu preciso de mais duas – a maior retrucou lá de dentro. – Você sabe disso, por que não usa o banheiro antes de mim?

Ekko apenas suspirou e desistiu de usar o banheiro, voltando para o quarto e vestindo seu uniforme rapidamente. Arrumou o topete como sempre e limpou os óculos antes de colocá-los, finalmente calçando os tênis e pegando a mochila para então descer as escadas.

Conforme ele descia, podia sentir cada vez mais o cheirinho do café da manhã que sua mãe preparava.

- Bom dia, mãe! – ele deu um beijinho na maior, se aproximando da mesa e sentando.

- Bom dia, docinho – Karma era uma mulher carinhosa e atenciosa, ainda mais quando se tratava de seus filhos. – Atrasado de novo?

- A Ahri tomou conta do banheiro outra vez.

- Eu vou conversar com ela sobre isso, pode deixar – a mãe piscou para Ekko, dando um sorrisinho reconfortante.

- Valeu, mãe – ele levantou novamente e pegou um pacote de biscoitos e uma caixinha de suco, enfiando tudo na mala. – Eu vou sair antes que eu me atrase mais. Tchau, mãe, até mais tarde!

- Se cuida, filho!

Ekko costumava correr bastante até a escola, mas naquele dia até tinha um tempinho sobrando. Mesmo assim, não diminuiu o ritmo da correria. Mais do que chegar no horário certo na aula, sua pressa tinha outro motivo e ele se chamava Ezreal.

Ah, sim, o garoto dos sonhos de Ekko. Ele tentava chegar o mais cedo possível na escola para poder ver o garoto antes de poder entrar na sala. Ele era mais novo, portanto suas classes eram diferentes, mas isso não impedia o moreno de sempre estar por perto do loirinho.

Por mais incrível que parecesse, o moreno não havia se atrasado naquele dia e conseguira chegar com tempo de sobra. Aproveitou para ir até os fundos do colégio, onde algumas pias eram dispostas do lado de fora, num canto do pátio. Olhou para os lados, se certificando de que não tinha ninguém por perto. Tirou a mochila das costas e mexeu nela, tirando dali uma escova de dente que ele sempre tinha como reserva, já que não era sempre que podia escovar os dentes antes de sair de casa por causa da irmã.

Abriu uma das torneiras e começou a escovar os dentes calmamente, fazendo daquela uma cena consideravelmente engraçada.

Por estar com a cabeça baixa, não percebeu a aproximação de alguém, que riu ao vê-lo fazendo aquilo numa pia da escola.

- Senpai, o que está fazendo? – era Ezreal, que se aproximou e se apoiou numa das pias, rindo baixinho.

Ekko levou um susto, erguendo a cabeça rapidamente e sentindo o rosto esquentar quando viu que o loirinho o encarava com um sorriso divertido nos lábios. Fez questão de enxaguar a boca o mais rápido possível, guardando a escova na mala e colocando a mochila nas costas em seguida.

- Bom dia, Ez – ele cumprimentou. – Eu tava escovando os dentes, já que a Ahri não me deixa usar o banheiro de manhã.

- As diversões de ter uma irmã mais velha – o tom do menor era brincalhão.

Os dois começaram a caminhar juntos pra dentro do prédio, conversando sobre qualquer coisa. Era assim todos os dias: eles se encontravam logo pela manhã e conversavam um pouco antes de entrar em suas devidas classes. Eram bons amigos desde que Ezreal havia entrado naquela escola e também para o clube de literatura do qual Ekko era presidente – por mais que o moreno tivesse um porte ligeiramente atlético e gostasse de coisas como baseball.

- Ah, Ez, hoje não tem atividades no clube, então você pode ir pra casa mais cedo, se quiser – Ekko avisou o menor antes de entrar em sua sala.

- Ótimo! Você pode ir lá pra casa comigo? Eu preciso de ajuda com história.

- Você? Precisando de ajuda em história? Essa é nova.

- Eu também tenho dificuldade em alguns assuntos, bobão!

- Tá, eu vou. Me encontra no portão depois da aula.

Eles se despediram e Ekko entrou na sala, colocando os materiais sobre a mesa. Demorou algum tempo para sua ficha cair. Aquela seria a primeira vez que ele iria para a casa do loiro! Como ele reagiria estando sozinho com Ezreal? Era o menino do qual ele gostava e nem sequer tinha coragem de contar a ele.

O moreno deu um pulinho quando sentiu alguém cutucar seu braço, suspirando ao ver que era Sona, sua amiga.

- Tá tudo bem? – por ser muda, a garota falava apenas em libras, linguagem esta que apenas duas pessoas por ali entendiam. – Você tá meio pálido.

- O Ez me chamou pra ir na casa dele – ele respondeu baixinho, tentando não chamar a atenção da professora.

Sona respondeu com algumas palminhas e com um sorriso, indicando que depois falariam daquilo.

E a aula demorou séculos para passar. Ekko só queria sair logo dali e conversar com a amiga, e depois ir correndo para casa e não ter que ficar sozinho com Ezreal.

Quando a hora do almoço finalmente chegou, a garota pegou uma cadeira e colocou em frente à mesa do moreno, esperando que ele falasse algo.

- Como você disse pro Draven que gostava dele? – ele perguntou.

- Eu não lembro – ela pareceu pensativa. – Acho que quem se declarou primeiro foi ele. Ele veio todo desajeitado e disse que gostava de mim e que queria que eu fosse namorada dele. Foi meio bruto, mas foi engraçado. Eu acho que isso não funcionaria pra você...

- Não mesmo. Eu gostaria de poder dizer pra ele o quanto eu gosto dele. Mas só de pensar nisso meu coração quase sai pela boca!

- Não precisa ter pressa com isso, Ekko. No momento certo você vai achar a deixa pra dizer pra ele!

- Valeu, Sona.

A conversa se estendeu por todo o horário de almoço enquanto eles comiam o que tinham levado. Normalmente a garota ia encontrar Draven nos intervalos, mas naquele momento, ela preferia ficar a apoiar o amigo.

As aulas da tarde pareceram ir mais rápido e logo já era hora de ir embora. Quando Ekko se aproximou do portão do colégio, pôde ver que Ezreal já o esperava ali.

Eles se cumprimentaram novamente e tomaram o rumo da casa do loirinho. A conversa daqueles dois fluía perfeitamente. Seus assuntos batiam, os dois gostavam de coisas em comum, assim como riam das mesmas pessoas e ouviam as mesmas músicas. Ter coisas em comum era sempre um bom sinal.

A conversa estava tão boa que eles nem notaram quando chegaram e Ezreal abriu o portãozinho para que ambos entrassem; e logo, a porta.

- Bem-vindo ao meu lar.

- Obrigado – Ekko agradeceu educadamente, olhando ao redor. – Cadê seus pais?

- Viajando, como sempre. Eles são muito ocupados, eu passo a maior parte do tempo sozinho.

- Que merda, cara.

- Não é tão ruim. Eu tenho a casa só pra mim praticamente todo o tempo. Ah, pode ficar à vontade, eu vou pegar algo pra gente beber!

Ekko entrou timidamente na casa, se sentando no sofá e tirando os materiais de dentro da mochila. Pegou cadernos e livros, tudo que achou que lhes seria útil, e esperou que o menor voltasse. Não demorou para que ele retornasse com dois copos de suco nas mãos, os deixando sobre a mesa.

- Pronto para ter uma aula particular com seu professor favorito? – Ekko ajeitou os óculos de um jeito cômico, fazendo uma pose.

- Oh! É claro, professor – Ezreal riu e sentou ao lado do maior, pegando seus materiais também.

- Onde você tem dúvidas?

- Shurima. É muita areia pra entrar na minha cabeça.

O estudo certamente começaria com aqueles risos. E os risos permaneceriam pelo resto de todo o assunto, afinal eles simplesmente não conseguiam estudar de uma forma séria.

As horas passaram tão rápido que eles mal perceberam. Quando foram ver, já era noite. E talvez muito mais tarde do que imaginavam. Estudar normalmente não era uma tarefa divertida quando se fazia sozinho, mas ambos prezavam pela companhia um do outro e aquilo fazia tudo ficar melhor.

- Eu acho melhor eu ir embora, já tá tarde – Ekko fechou os livros e começou a guarda-los.

- Mas a essa hora? – o loirinho pareceu preocupado. – É perigoso, senpai! Por que você não passa a noite aqui?

- É... Pode ser, eu vou ligar pra minha mãe.

Por mais que Ekko tivesse aquela aparência descolada e rebelde, ele não era nada daquilo. Pegou logo o celular e tratou de ligar para sua mãe para avisar que passaria a noite na casa de Ezreal, para que ela não ficasse preocupada.

Depois de tudo resolvido, Ezreal foi para a cozinha preparar alguma coisa para eles jantarem. E enquanto fazia aquilo, mandou Ekko ir tomar um banho e vestir um pijama emprestado que ficou muito curto para ele, o que fez o loirinho rir.

Eles jantaram e limparam toda a louça. Depois foi vez do menor tomar um banho e então ambos foram para o quarto, onde dormiriam. Arrumaram uma cama improvisada para Ekko no chão, ao lado da cama de Ezreal, e se deitaram.

- Você gosta de alguém, senpai? – o loiro perguntou sem pestanejar, bocejando em seguida. – Você parece ser bem popular com as garotas.

- Hã, não – Ekko ficou um pouco nervoso, não queria tocar naquele assunto porque não sabia como reagir. – É só impressão sua. Eu só pareço ser popular com elas porque eu normalmente saio com a Ahri e as amigas dela.

- Que coisa estranha. As amigas dela também são suas amigas?

- Elas só me levam junto nos passeios pra carregar sacolas pra elas.

- Que cruéis!

Não importava qual assunto fosse iniciado, sempre tudo acabava em risadas. Certamente eles não se divertiam com ninguém mais como se divertiam um com o outro.

- Ei, senpai – o loirinho chamou baixinho. – Eu tô com frio, podemos dormir juntos?

Ekko sentiu o corpo todo gelar quando Ezreal perguntou aquilo. Mas como ele era mais de agir do que de pensar, foi logo saindo da caminha improvisada e subindo na cama do loiro, se enfiando debaixo das cobertas com ele.

Estava um pouco escuro e não tinha como ver muita coisa, o que deixava o moreno meio desapontado, já que ele adoraria olhar para o belo rosto de Ezreal.

- E você, Ez? – Ekko resolveu perguntar do nada. – Gosta de alguém?

- Gosto – a resposta do loiro fez o coração do maior apertar e ele jurou que seu coração estava logo ali, em sua garganta. – Já tem um tempo que a gente se conhece e eu gosto dele... Mas ele é meio lerdo e não percebeu até agora! Não que eu me importe muito com isso, eu gosto da natureza ingênua dele. E também gosto de como ele me faz rir e de como age como bobo. Gosto de ficar olhando ele ler, quando tá concentrado. E eu acho aquele topete a coisa mais estilosa do mundo.

- Ez...

- Você é incrível, senpai! Eu tenho tanto ciúmes de quando você ganha aquelas cartinhas de amor! E também tenho inveja porque eu nunca tive coragem de te dar uma, por mais que eu seja a pessoa que mais gosta de você. É sério... Eu sou apaixonado por você, senpai.

Aquele era o momento em que Ekko precisava tomar coragem e fazer alguma coisa. Respirou fundo e levou as mãos até as bochechas de Ezreal, aproximando seu rosto do dele e selando seus lábios – ou o que achou que fossem seus lábios, não conseguia identificar por causa do escuro – num beijo meio desajeitado, mas cheio de sentimento.

Os dois ficaram grudados daquele jeito por um tempo e Ekko não precisou dizer nada quando se separaram. Não precisou, mas queria.

- Eu também gosto de você, Ez – confessou. – Desde que você entrou pro clube, eu olhava pra você o tempo todo e fiz questão de me aproximar de você.

- Obrigado por se aproximar de mim, então. Me deixa muito feliz ter você ao meu lado.

- Eu é que te agradeço por ter aparecido na minha vida.

Eles se abraçaram e dormiram daquele jeito, grudados.

Estavam tão felizes que era quase possível vê-los sorrir enquanto dormiam.

E pra falar a verdade, aquilo não era nada impossível; afinal, quando estavam juntos, tudo se tornava risos. 


Notas Finais


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