História Me permite amá-la? (Klaroline) - Vaca - O retorno

Pov Caroline.

Estava estranho,por mais que tentasse disfarçar eu notei.Depois da ligação da minha mãe ele não era o mesmo,parecia preocupado,receoso à algo,só não sei o que...Pelo menos não ainda.Tenho que descobrir.

-Podemos ir agora?

-Claro.Mas agora eu que pergunto qual é a pressa?

-Digamos que...Também muitas coisas pra fazer.

-Como o que por exemplo?

-É...-Ele não tinha ideia do que responder e isso era evidente.-Rebekah quer que eu...e meus irmãos passemos o dia juntos à ela e ao namorado.-Ele diz namorado com um certo...desprezo,raiva.

-Por que não gosta dele?

-Vamos indo pro carro,no caminho conto tudo,ok?-Assinto e assim fazemos,vamos até o carro e damos início ao nosso trajeto de volta pra casa.

-Agora que já me deixou curiosa.Pode contar tudo.

-Desde que cheguei ao orfanato,tive muitos amigos mas nenhum comparado ao Marcel Gerard...

~FlashBack On~

Ele era humilhado,menosprezado pelos outros garotos,um belo dia enquanto o agrediam eu interrompi eu fui a favor dele.E desde então tive sua fiel amizade e companhia.

-Não sei como te agradecer.

-Nem precisa...Amigo.-Eu sorri e sai de lá.

Com o tempo fomos nos tornando inseparáveis,até que...

-Eu te disse que iríamos nos ferrar,Klaus.Mas é claro, nunca me ouve,não é?Sempre egoísta,não pensa em ninguém além de você mesmo.

-Então por que ainda está aqui?Por que não some?Eu não quis nem te pedi pra me ajudar.Foi até lá por que quis,pois te convém.Veja só,eu não sou o único egoísta por aqui,Marcellus.

Brigamos feio como nunca antes.Um tempo depois acho que...Uma semana fizemos as pazes,ou pelo menos achei que tivéssemos feito.A partir daquele momento,virou confidente da diretora,contou tudo que eu já havia feito,o que fazia e até o que iria aprontar.Por esse motivo fui expulso,me largaram na rua,como um zé ninguém.Passei dias e noites,sóis e chuvas nas ruas.Eu ainda era um garoto não sabia o que fazer.Até que em mais umas das noites dormindo em bancos de praça uma senhora viu,me levou até sua casa,me alimentou,logo depois levou-me as autoridades que imediatamente me abrigaram em outro orfanato,esse sim, era aquele que sua mãe me encontrou.

~FlashBack Off~

-Nossa!Eu...Sinto muito.

-Não...Tudo bem.Já superei.

-Tem certeza?Sua cara quando o viu aquele dia não foi lá das melhores.

-Eu posso ter superado a situação,mas nunca a traição.Eu o odeio,e não sabe como me esforcei pra não lhe dar um soco na cara no dia em que o vi com a minha irmã.-Ele diz com raiva,bufava,resmungava.

-Fica calmo.Isso foi o passado,e pensa bem se ele não tivesse feito isso não teria mudado de orfanato,minha mãe não teria te adotado,e não estaríamos aqui agora.Como você diz:É o destino.

-E por falar em destino...Chegamos!E a propósito,você tem toda razão,amor.Vou deixar o passado pra trás,e viver meu presente e o futuro com você.

-É uma ótima ideia.-O beijo um pouco antes de descer,me despedir pela janela e o ver partir.Entrei e logo na sala minha mãe já parecia a minha espera.

-Filha.Nunca mais faça isso,entendeu?

-Do que está falando?

-Sair sem me avisar.Quase morri de preocupação,pensei mil coisas e maioria delas nada boas.

-Que drama,mãe.Só dei uma saidinha e acabei me esquecendo das horas.

-E o...Klaus?Onde está?-Ela pergunta com desconfiança.

-Foi resolver algo com a família.

-Com a família?

-É Por que?Tem algo que eu não esteja sabendo?

-Não.Claro que não.-Aham...sei.

Pov Klaus.

Cheguei em casa,e quando cruzo a porta já me deparo à ela sentada no sofá com a cabeça baixa,cotovelo nos joelhos e batendo os pés freneticamente.Quando me vê se levanta e posso notar que estava chorando,seus olhos estavam vermelhos,inchados...

-...Cami?

-Klaus!Que bom que chegou.-Corre e me abraça,sinto um volume em baixo(não é isso que estão pensando).Com certeza ela percebeu,pois soltou-se repentinamente.-Esse é o motivo pelo qual eu voltei...Estou grávida...de você.

-O que?Não.Isso não é possível!-Me viro e começo a me retorcer de ódio,fechei os punhos e soquei a primeira coisa que vi.

-Olha...Eu sei que tudo tá muito confuso agora mas...Aconteceu.E a única coisa que podemos fazer é conversar sobre isso.

-Tem razão.Vamos conversar,mas aqui não!-A puxo pelo braço,e em pouco tempo já estávamos num barzinho qualquer.-Então tá,pode começar.

-Tudo bem.Quando...Eu fui embora,e como pôde notar fiquei por lá vários meses,tudo estava bem até eu descobrir a gravidez,decidi não te contar nada,mas dai meu tio...Faleceu.E eu não tinha mais motivos pra ficar lá...Sozinha,com um filho.

-E...O que quer que eu faça?Quer dinheiro?

-NÃO ME OFENDA DESSE JEITO!-Ela grita trazendo a atenção de todos naquele lugar.

-E então?-Digo mantendo o mesmo tom de antes,afinal eu não podia mais perder as estribeiras,vai que tenho aquele ataque novamente.

-Quero que meu filho,possa conhecer e conviver com o pai,quero que ele tenha seu sobrenome que...o ame.

-Sinto muito não ser o papai perfeito do seu filhinho.Tenho que pensar sobre isso,depois conversamos.-Me levanto,ela também e me impede.

-Não pode me deixar aqui.Não tenho pra onde ir.

-Tudo bem.Te levo pra procurar um hotel,você fica por lá e...Felizes para sempre.-Vou indo em direção a saída depois de deixar um dinheiro na mesa.

-Você está com outra,não é?

-...Sim e vou me casar com ela.-Falo decidido e ela coloca a mão na cabeça,parece que ia cair mas a seguro.A guio até o carro e decido que seria melhor,levá-la pra casa.

Pov Caroline.

Alguma coisa estava errada,muito errada.Então decido ir a Mansão dos Mikaelson.Quem me atende é Elijah.

-Olá,posso ajudar em algo?

-Oi...Klaus me disse que iria passar com dia com vocês,e preciso falar com ele.-Minto e então Rebekah também se aproxima.

-Oi cunhadinha,o que te traz aqui?Ou melhor "quem",ou seja Klaus.Ele não está.Pra falar a verdade nem o vi hoje.

-Ele...Me disse que iria ficar na companhia dos irmãos e do seu namorado.

-Ah...ele disse?-Eu não acredito ele estava mentindo pra mim.-Ah,olha ali,ele chegou.-Ela aponta para seu carro mas antes mesmo que eu pudesse voltar os olhos pro lado do motorista me surpreendi ao ver a Camioneira descer do carona.O que eles estavam fazendo juntos?Ah,Caroline como você é idiota é óbvio imaginar o que estavam fazendo.Perai,olha o corpo dela,mais gorda e inchada que nunca.Não pode ser meu pior pesadelo se tornou realidade.Naquele momento lágrimas cobriam todo meu rosto,quando foi se aproximando.

-Caroline?Eu...-E mais uma vez não o deixei falar,lhe dei um belo tapa que rendeu marcas perfeitas dos meus dedos.Saio de lá correndo mas ele vem atrás de mim.-Espera!-Não digo nada,nem o olho só sigo,mas me pega pelo braço e me prensa contra a parede.-Nós precisamos conversar.

-Me solta.Tá me machucando.

-Me desculpa.Mas...Por favor,escuta o que eu tenho pra dizer.-E só então me solta e lhe permito chance de explicação,bom...Mais ou menos.

-Então era isso que te deixou tão sério cedo não é?Minha mãe te ligou anunciando que sua amante voltou,minha mãe...Outra traidora assim como VOCÊ.Pra isso a desculpa que não poderiamos fazer amor não é?Estava se preparando pra ela.Só me pediu em casamento porque estou grávida e sentiu pena...

-Ela também tá grávida.-Eu já podia imaginar,mas ouvir isso dele era demais.-Mas...Eu só amo você,e se gravidez fosse desculpa eu também poderia a escolher.Mas eu te quero,nenhuma outra me importa,não me interessa.Eu só a trouxe pra cá pois estávamos conversando sobre isso,e ela se sentiu mal,e achei que seria mais prudente trazê-la,eu faria isso por qualquer um,sem preferências.Me entende,não é?

-É...Acho que sim,mas tenho que levar um "papinho" com a Camioneira e mostrar pra ela que você é MEU,só MEU.

-Tudo bem,vamos lá.

-Mas antes...O que pretende fazer com o...filho que ela espera?

-Não sei.Acho que dar meu sobrenome à ele pagar uma pensão...não sei,Caroline.E se não se importa,não quero discutir sobre isso agora.

-Claro.Então...-Entrelaço nossas mãos.-Vamos.-E assim partimos a entrada.-Que surpresa.Achei que os demônios nunca pudessem sair do inferno.-Pude notar a vontade de gargalhar de Rebekah que segurava a boca com as mãos.

-E eu achei que vadias não pudessem sair do local de trabalho,antes do expediente.

-Eu vou acabar com ela.-Murmuro a Klaus e quando menos se espera dou a louca e tento correr pra atacá-la,mas ele me impede.

-Calminha!Sabe que isso pode te fazer mal.Shiiiu.Tranquila...-Fala calmamente tirando uma mecha de cabelo do meu rosto com os dedos.

-Eu só não te dou uma lição,pois meu "estado" não permite.-Diz fazendo drama.

-Ah querida é,uma pena quando eu acabar com você e não poder fazer nada pra impedir.

-Rebekah!Bem que podia ajudar,não?-Klaus pede ainda me segurando.Se eu voasse naquele cabelinho oxigenado dela eu a deixaria careca,e melhor se eu arrancasse aqueles olhos dela que só servem pra fingir choro.

-O problema é de vocês!Quem sou eu pra me envolver...-Ela diz e sai sorrindo.

-Então...Meninas rebeldes.-Mesmo nessa situação ele caçoa.-Que tal conversarmos como gente civilizada?

-É acho que é hora de BATER...Um papinho.-Digo e sorrio cinicamente sem tirar os olhos dela que faltava comê-lo com os olhos.Não se tratava só de ciúme era uma guerra antiga que vamos decidir AGORA a vencedora...e a perdedora.Pra mim não era mais uma disputa por ele,era por tudo que ela me roubou,e agora vai me devolver com juros.