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História Me Sinto De Novo - Fim?


Escrita por: anoitedospoetas

Notas do Autor


OOOOOIII GENTE!!!! Eu imagino que vocês devem estar querendo me matar, eu peço imensas desculpas pela demora, eu estive sem tempo e em um blecaute literário, mas saibam (e não se preocupem) que eu não desistir da fic <3 o capítulo não está muito grande, então peço desculpas por isso também. Eu não tive tempo de revisar muito bem, porque tô morrendo de sono e já queria lançar ele pra vocês. Desculpem-me novamente e boa leitura! Espero que gostem! Não se esqueçam que os comentários de vocês ajudam muito <3 Agora... Aproveitem!

Capítulo 15 - Fim?


Fanfic / Fanfiction Me Sinto De Novo - Fim?

 

Mas o tanto que eu levar de você

Eu deixo um pouco pra me misturar

E não descanso pra você dormir

 

- Me apronto alguns minutos, JJ – Hotch passou as mãos pelo cabelo tentando voltar a postura normal – Vá indo e avise os outros, nos vemos direto no jatinho.

- Ok, senhor – JJ fez menção de ir embora e deu meia volta, chamando Hotch novamente – Ah Hotch, eu já avisei os outros, apenas não consegui avisar a Emily.

- Eu aviso ela – Sem dizer mais nada, voltou para a sala onde a morena já abotoava a blusa.

Ela voltou o olhar para cima e abriu um sorriso de canto.

- Temos um caso – Caminhou para mais perto de Aaron – Ouvi JJ, vou me aprontar.

Hotch inclinou-se até ela e depositou um selinho demorado em seus lábios.

Emily sorriu e foi em direção ao banheiro para terminar de se arrumar. Ao olhar-se no espelho, permitiu que seu olhar vacilasse. Ela estava com medo. Ian tinha dado uma semana. Ela sabia o que tinha que fazer. Precisava afastar Hotch, porque não suportaria se ele se machucasse por sua causa. E precisava ser logo.

(...)

O caso envolvendo crianças havia sido intenso, durando exatamente 6 dias. O elemento sequestrava duas crianças por ano, as mantendo seis meses com ele e partindo para próxima. O objetivo não era mata-las, pois ele as deixava vivas, porém desnutridas, desidratadas, com marcas de amarras e vestígios claros de abusos sexuais. Ele acreditava estar dando uma lição a elas, mostrando o que a vida é capaz de fazer, praticando o reflexo de sua infância. O pequeno garoto de apenas 4 anos foi encontrado pela equipe após dias vivendo em um espaço subterrâneo nas terras do pai do criminoso, que foi preso no local.

A equipe voltava tranquila para casa, enquanto os pensamentos de Emily eram totalmente contrários a isso. Estava um caos lá dentro. Era amanhã.

- Consigo ouvir o caos de sua mente daqui – Morgan sentou-se a frente da amiga que havia se isolado em um canto do jatinho, olhando pela janela em silêncio absoluto – O que está havendo?

Emily suspirou profundamente e respondeu se tirar os olhos da vasta escuridão que enxergava pela janela.

- Eu estou bem – Pronunciou apenas.

- Não foi isso que perguntei – Desafiou a morena, fazendo com que ela voltasse seus olhos até ele – É cabeça dura demais para admitir que não está bem, então perguntei o que está havendo.

Prentiss balançou a cabeça em negação levemente e voltou seu olhar, agora marejando em lágrimas, para a janela novamente.

- Não é nada, só preciso de silêncio, Derek – Permitiu-se olhar para ele com as lágrimas transbordando, direcionando seu olhar para a poltrona de Hotch, para ter certeza se ele ainda dormia – Eu não quero falar.

Os olhos dela transbordaram, inundaram, marejaram em lágrimas, tentando limpar a dor que se encontrava ali.

Morgan levantou-se, abaixando-se na frente de Prentiss em seguida. Sem dizer qualquer palavra, estendeu os braços para amiga e a abraçou fortemente, esfregando movimentos circulares em suas costas.

- Não importa o que seja – Ele sussurrou suavemente – Eu estou aqui.

(...)

Prentiss estava indo para casa de Hotch em um carro e ele em outro, para evitar questionamentos da equipe. Nesses últimos dias tinha sido fácil se manter afastada de Aaron por conta do caso, mas agora era a hora. Era o fim. Tinha que ser.

Emily estacionou o carro e viu que as luzes da casa já estavam acesas, ele já havia chegado. Respirou fundo e tentou se manter o mais forte possível.

Ao entrar em casa, andou até a sala e foi possível inalar o cheiro de Cabernet misturado com o perfume de Hotch antes mesmo de chegar bem perto. Era seu aroma favorito sem dúvidas alguma. Aproximou-se e encarou a imagem do homem que estava sentado no sofá abrindo uma garrafa de vinho e que sorriu ao vê-la.

- Ei – Ela retribuiu o sorriso, portanto não era caloroso e feliz, mas sim nervoso e triste – Eu adoro esse vinho.

Ela andou em passos lentos até o sofá e sentou-se ao lado de Hotch que entregou uma taça com líquido até a metade para ela. Prentiss contornou a borda da taça com o dedo indicador e observou-o ajeitar-se no sofá e voltar seu olhar para ela. Emily bebeu um gole do vinho e colocou a louça na mesinha de centro, logo voltando seu olhar para ele.

- Eu sei – Aaron inclinou-se e beijou-a calmamente.

E ela sentiu o mundo balançar. Era esse o seu lugar, mas não podia ser. Permitiu-se se despedir, perdendo as mãos no cabelo do homem que balançava seu mundo. Gemeu entre o beijo e afastou-se abruptamente com os olhos lacrimejados. Aqueles olhos tão escuros e brilhantes, agora opacos e tristes, encharcados de dor.

- Não posso mais fazer isso – Tentou engolir o nó que havia se formado em sua garganta – Preciso ir embora.

Ele a olhou perplexo. Seus olhos já vacilando e querendo transbordar. Ele havia deixado coisas para trás por ela, vencido barreiras, quebrado regras que jamais imaginou que um dia quebraria. Não se arrependia, mas não entendia o que estava acontecendo.

- Emily do que está falando? – Sua voz falhou e ela viu que seus batimentos aceleraram – Me conte o que está havendo.

Ela balançou a cabeça tentando se livrar das lágrimas, e encarou o rosto do homem que havia se aproximado mais dela.

- Não importa – Ela não queria magoá-lo, sabia que o Agente Aaron Hotchner saberia que tinha algo de errado, mas viu o agente forte vacilar na sua frente – Apenas deixe-me ir.

Ela levantou correndo andando até o corredor que dava acesso a porta sentindo algumas lágrimas que não conseguiu conter escorrendo por suas bochechas. Antes que conseguisse girar a maçaneta, sentiu suas costas sendo prensadas contra a parede e uma respiração quente em seu pescoço.

- Não faça isso – Ele segurou o choro – Eu sei que tem algo errado, por favor me deixe ajudar. Eu estou com você!

Emily não conseguiu conter mais algumas lágrimas, mas sabia que não podia ceder. Ele levantou o rosto para encará-la com olhos marejados.

- O que está havendo, Emily? – Ele perguntou, dessa vez suplicando na voz e no olhar.

Ela respirou profundamente para não vacilar na voz e olhou-o diretamente nos olhos lacrimejados.

- Isso é um erro – Sua voz falhou um tom – Não gosto de você o suficiente, não o suficiente para arruinar minha carreira.

E ela o viu quebrar. A voz dela não vacilou, soou intacta. Precisava soar intacta. Ela o empurrou de leve, sentindo que seu corpo havia virado uma pluma. Ele ficou com a testa encostada na parede e antes que ela virasse a maçaneta, observou-o e ouviu-o chorar. Um choro abafado. Antes de sair, deixou uma lágrima escorrer e sussurrou em uníssono com ele um “eu te amo”. Eles sussurraram no mesmo momento. Mas agora não importa.

(...)

Prentiss entrou na pequena igrejinha abandonada do interior de Washington após dirigir algumas longas horas. Eram 3 da madrugada e o silêncio do local era sepulcral. Ela sentou-se na primeira fileira de bancos empoeirados e encarou as imagens de santo ao redor da igreja que tinha as paredes cor de areia. No altar a imagem de Jesus Cristo estava quebrada e as velas eram a única iluminação do local.

- Sabia que seria pontual – Emily virou a cabeça pra direita para encarar a imagem de Ian a olhando com as mãos no bolso do sobretudo e um sorriso sarcástico no rosto.

- Olá Emily – Seus lábios se curvaram ainda mais – Eu sempre sou.

 

Horror, amor 
Te ver partir enfim 
Eleva a dor, neva 
Mas vê se não congela, por favor 
Trevas ângelas de Tom Jobim 
Trevos de quatro folhas 
Mal me quer, mas me quer assim


Notas Finais


até o próximo, bjs <3


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