História Meaning Of Life - I know who you are

Acordei com o sol invadindo meu rosto, após abrir os olhos percebi que ainda estava naquele hotel, fitei o quarto e não encontrei a moça, me sentei na cama e caminhei até a cômoda onde havia um celular, com certeza era dela, quando ia o pegar ouvi a porta do banheiro se abrir me fazendo rapidamente sair de perto.

- Você acordou, ótimo, vamos.

- o que? Para onde?

- pensei que queria ir para a casa.

- você vai me deixar ir?-perguntei a seguindo para fora do quarto.

- por que a teria como prisioneira?-perguntou e ela estava certa, eu acho.

Saímos do hotel e entramos em um carro que não sei de onde apareceu e logo ela já estava dirigindo em direção a minha casa.

- como sabia meu nome?-perguntei ao lembrar dela me chamar.

- Sei de muitas coisas.

- quem eram aqueles homens ontem?

- Moscou.

- e o que ele queria?

- Não acha que são muitas perguntas?-perguntou e riu.- não importa.

- Por que não deixou ele me matar.

- é complicado.

- complicado como? Me explique.

- Quem sabe outro dia, chegamos.- fitei a janela e lá estava minha casa.

- mas.- ela me interrompeu.

- Até mais Emily.

Bufei e então sai do carro indo até o portão, os seguranças abriram e segui para a casa.

- Meu deus, por onde você esteve?-perguntou meu pai eufórico.

- Eles me liberaram.

- fizeram algo com você? Por que não voltou para a casa?

- Eu estou bem pai, e não voltei para a casa por que estava tarde demais, passei a noite em um hotel.

- nunca mais, entendeu? Nunca mais sai de perto de mim.- disse ele me abraçando.

- ok ok, mas agora eu quero ir tomar um banho e descansar.

- tudo bem, pode ir.

Ele beijou minha testa e me deixou seguir meu caminho, subi para meu quarto e entrei no banheiro me despindo, tomei um banho gelado pensando em tudo que havia acontecido, eu ainda iria descobrir que era aquela mulher.

-Emily?- Chamou Ryan do lado de fora do banheiro.

- Só um minuto.

Terminei meu banho e me sequei, vesti um roupão que havia ali e sai indo em direção ao closet.

- Justin me contou que liberaram você
.
- hmn.

- você não tem nada a contar?- neguei.- Em, eu conheço aquela gangue muito bem e sei que não deixariam você sair dessa rápido.

- mas deixaram.- disse saindo do closet já vestida.- qual o problema em acreditar nisso?

- só quero a verdade.- suspirei.- então?

- por onde quer que eu comece?

- Pela parte de não te matarem.

- ok, quando ele ia me matar alguém o chamou no rádio.

- e quem era?

- Uma mulher, ela disse algo sobre acordo, em seguida ele me mandou para fora, o homem ia me levar para um lugar se não fosse..

- se não fosse?

- uma mulher, ela estava no baile eu acho.

- e por que ela iria te ajudar?

- não sei, ela me levou até um hotel e disse que seria seguro ficarmos la até amanhecer.

- e por que você acreditou nela? Ela com certeza tinha algo a ver com eles.

- eu não sei, eu sentia que podia confiar nela.

- e ela sabia quem era você?

- sim, sem ao menos perguntar meu nome, parecia que me conhecia a anos.

- Ela disse quem era?

- apenas o primeiro nome.

- e qual é?

- Kimberly.- o fitei e ele parecia tenso.- você sabe quem ela é? A conhece?

- não.- disse frio e se levantando.

- Ry por favor

- eu...eu não posso.

- quem é ela? –perguntei aflita.- por que não quer me dizer?

- Desculpe Em, isso já foi longe de mais.- ele disse indo a porta.

- Do que esta falando?-perguntei confusa mas então minha ficha caiu.- é ela.... Ryan...ela é minha mãe.- ele me fitou.- me diz, ela é minha mãe?

- Em eu...

- eu pensei que você ia me ajudar, eu pensei que estava do meu lado.- mordi os lábios.- mas me enganei, você é igual a eles, você não me quer ver feliz.

- Em.

- CALA A BOCA.- gritei.- quer saber? Eu cansei.- disse saindo do quarto rapidamente.

- Emily onde você vai?

- Fazer o que eu deveria ter feito antes.

Desci as escadas correndo, enquanto corria até a porta ouvi a voz de meu pai perguntando o que estava acontecendo, não respondi, entrei no primeiro carro que vi e dei partida, Ryan havia em ensinado a dirigir, era a forma mais rápida de ir atrás dela. Hoje pela manhã eu não havia encostado em seu celular mas havia visto uma notificação com um local, a marina. Estacionei o carro a alguns metros de distância e discretamente me escondi fitando o grupo de homens que conversava, e lá estava ela, apontando uma arma a um dos homens, ela era igual a ele? Uma gangster? Alguns minutos se passaram e o barulho do tiro soou pelos meus ouvidos, fechei os olhos tentando não ver isso, quando abri vi que os homens entregaram algo a ela que finalmente saiu entrando em seu carro. Esperei alguns segundos e a segui, estava a seguindo a alguns quilômetros quando seu carro para em um acostamento, droga. Diminui a velocidade e alguns metros parei, ela já sabia. Kimberly caminhava com uma afeição brava em direção ao meu carro, sai do mesmo e a encarei.

- Por que estava me seguindo?

- Eu preciso de respostas.

- você é louca? E se eles te vissem? E se eles contassem a Moscou? Você e seu pai estariam mortos, MORTOS.

- Eu já sei, já sei que você é minha mãe.- ela me fitou assustada.

- seu pai finalmente decidiu abrir o jogo?

- Quem dera, ele nunca nem falou seu nome.

- Faria o mesmo nas mesmas condições que a dele.- me encostei em meu carro e suspirei.

- por que?

- o que?

- por que me abandonou?

- é complicado.- respondeu se encostando ao meu lado.- desde o começo sempre foi complicado.

- eu preciso saber, por favor.-implorei e ela suspirou.

- Aqui não é um bom lugar, me encontre nesse endereço, daqui a duas horas.- ela me entregou um papel.- tem uma chave embaixo do vaso.

- mas.- ela me interrompeu.

- apenas vá.

Kimberly, minha mãe voltou a seu carro que rapidamente passou em alta velocidade por mim, voltei a meu carro e segui para o endereço que havia pego, era um apartamento, bem luxuoso para dizer a verdade, subi até o vigésimo andar e lá estava, 2050. Empurrei o pequeno vaso que estava em frente como decoração e ali estava a chave, abri a porta entrando em seguida, a tranquei e fitei o apartamento, era enorme e simples por sinal. Fitei todos os cômodos até chegar a sala novamente onde em cima da estante havia alguns porta retratos, eram fotos minhas quando pequena, algumas com meus pais e algumas com ela, fotos que eu nunca havia visto na vida.

- você era linda.- respondeu uma voz atrás de mim me fazendo dar um pulo.

- meu deus.- coloquei a mão no peito.- você me assustou.

- desculpe.- riu.

- então? Podemos começar?

- Quer algo para beber? Por que vai demorar.- sorri e assenti.

Após pegar um copo da água nos sentamos em seu sofá e ela começou a contar uma história que se eu fosse alguém de fora acharia uma coisa surreal, por que era. Eles haviam sofrido, separados e machucados inúmeras vezes, como isso poderia acontecer?

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- EMILY.- gritei ao ver ela sair correndo porta a fora.

Corri atrás dela mas era tarde, ela já havia passado pelos portões em alta velocidade.

- o que diabos aconteceu aqui?-perguntei fitando Ryan.

- temos um problema.

- Ryan, temos milhares de problemas.

- mas esse é diferente.

- diferente a qual ponto?-perguntei confuso.

- ela esta indo atrás de Kimberly.

- O QUE?- gritei, ela não poderia, não mesmo.