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História Meant To Be - Two


Escrita por: kunpimoose

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem?
Demorei um pouquinho, mas aqui estou. Vim com mais uma das partes de Meant To Be.
Vocês sabem, o consumo no trabalho é bem excessivo e eu aproveitei que hoje eu consegui e vim até aqui. Tudo bem que eu deveria estar dormindo, mas tudo bem.
Eu não esqueci de Mad Teacher e tenho aproveitado os meus horários de almoço e folga para organizar minhas ideias e vir até aqui para mais uma atualização. hehe

Gostaria de agradecer ao meu amor, @yugnism por ter betado mais um capítulo. Eu te amo, amor meu. Você é a melhor. ♥

Espero que gostem desse capítulo, vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 2 - Two


As próximas semanas passaram lentas como um filme para Bambam. Às vezes até se pegava distraído, admirando o quanto sua mão havia se encaixado perfeitamente na semelhante e o quanto seu rosto podia passar horas moldado na curvatura do pescoço do mais novo sem que houvesse uma reclamação.

Yugyeom era o primeiro amor de Bambam, o que parecia até irreal demais de se pensar. Mas nunca se lembrou de alguém que chamasse a atenção e seu corpo reagisse da forma que estava acontecendo.

Talvez na infância houvesse alguém, mas passou mais rápido do que seus olhos piscando.

E finalmente parecia ter encontrado alguém que pudesse dividir seus medos, inseguranças e segredos mais íntimos.

Porém, Yugyeom não sabia que estava sendo seu primeiro amor. Ainda que gostasse de Bambam, tinha guardado o sentimento pela ex-namorada, vez ou outra se relembrando dela. Nada que o afetasse muito, de fato. Até sentia-se mal quando o assunto era não estar cem por cento envolvido na história toda.

Bambam dizia que o que tinham era mais casual do que formal. A cada semana, um novo ponto de relacionamento crescia entre os dois, mas não precisavam de um status de para cobrir a situação.

Mas no sexto mês, Bambam já não conseguia nem ao menos fingir que não estava esperando um pedido oficial, enquanto Yugyeom fingia que não via.

Foi naquele mesmo sexto mês que Bambam se entregou de corpo e alma para o outro rapaz, aguando os lençóis de sua cama que, por sorte, comportou confortavelmente ambos os corpos entrelaçados. E ao fim, Bambam não conseguiu conter algo que parecia entalado em sua garganta, depois de meses esperando sentir que deveria dizer.

—Eu te amo... – Os fios castanhos emaranhados juntamente do suor e jogados em frente ao olho do rapaz, movimentaram-se levemente. Não havia reação. E o que Bambam esperava não aconteceu. Suspirou, lidando apenas com aquele beijo na bochecha que ficou entre a vaga sensação de que havia algo errado.

Yugyeom não sabia exatamente se aquilo era realmente o que queria. Mesmo que suas dúvidas fossem o tipo de sentimento mais absurdo do mundo.

Tudo havia começado quando sem querer encontrou-se com Ashley por acaso do destino. A garota estava sozinha e não mediu esforços em sair de onde estava e seguir em direção do rapaz que havia paralisado.

— Eu senti falta de te ver. – Também não esperava aquela confissão. – Eu sofri muito tempo sem você, Gyommie. Eu sei que o que fiz foi errado, sei que você tem outra pessoa também.

— Nós não temos nada. – Amaldiçoou-se naquele momento. – Quer dizer... Temos, mas não é tão sério.

— Oh, mesmo? Eu não esperava que você fosse de todo ficar com um garoto, aquilo foi novo. Mas eu ainda não vi o rosto dele, talvez se pareça com uma garota.

— Bambam é uma boa pessoa.

— Eu também era só uma boa pessoa? – O rapaz ficou olhando ali a garota parada em sua frente, esperando uma resposta que não veio. Em sua cabeça, aquilo não deveria estar acontecendo e seu estômago se contorcia com força dizendo para sair dali correndo porque era errado e sujo.

Não respondeu.

Mas, na semana seguinte, se encontraram novamente e dessa vez o moreno já se encontrava dividido ao ponto de duvidar de seus sentimentos pelo rapaz.

Bambam não podia dizer que não notava as indiferenças ligeiras que batiam na voz do outro, dizendo para si que era só algo de sua cabeça, passaria. E passava, minutos depois. Mas voltava uma hora depois.

— Yu...? – Aqueles olhos sempre iriam prender sua respiração. – Você tem certeza de que está tudo bem?

Era seu momento. Ele podia contar, ele podia conversar com o tailandês. Tinha certeza de que ele entenderia e que seria mais fácil, que seria menos doloroso.

— Sim, está sim. Vem cá. – Mas não o fez, estendendo o braço para que o menor se acomodasse ali.

A conversa impediu ambos de dormirem saudavelmente.

 

xxx

 

 

Passado mais um mês, Bambam já não tinha mais nenhuma expectativa. Yugyeom e ele mal se viam e o que ficava era apenas sua saudade. Aquele “logo nos vemos”.

— Bambam, isso é só algo de sua cabeça. Você só está assim porque se viam o tempo todo e agora o tempo encurtou. – Youngjae tentava confortar o menino que parecia franzino em seus pensamentos.

E foi naquela maldita quarta feira, dois dias depois daquela conversa com Youngjae e exatamente um mês após a conversa com o coreano, que a mensagem de Yugyeom lhe atormentou.

Não dá mais...

Bambam não estava surpreso e queria entender, mas também tentou manter a calma naquele momento. Mesmo que tudo parecesse doer ainda mais e de forma violenta. Que tipo de pessoa faria uma coisa dessas?

Seus sentimentos pareciam se esmagar a cada fração de segundos.

Na sexta, três dias que não se falavam por mensagem, um mês que não se viam e quase nove meses depois de terem se conhecido. Seus olhos parcialmente ligaram a figura que estava parada no estabelecimento sentada numa cadeira um pouco afastada da porta que parecia dar visão total do que ocorria.

Seus olhos encontraram com os do outro que parecia estático na porta, desejando não mais existir. Sabia quem era aquela que agora tinha as mãos entrelaçadas as dele.

Mais dor.

Não sabia o que deveria fazer naquele momento vendo Yugyeom junto daquela mocinha que costumava chamar de namorada.

Sabia o que era aquele sorriso e sabia do que se tratava aquilo tudo. E não queria ter entendido nada.

A sensação de descarte lhe abatia no momento que seus olhos percorreram a extensão do braço subindo e encontrando-os em volta do ombro feminino, que rapidamente visualizou a figura de Bambam ali, os encarando e por mera intuição, deduziu sobre quem era, mal esperando para ver a cara do rapaz quando soubesse que haviam reatado. Já Yugyeom, desejava nunca ter visto aqueles olhos cheios de dor, seguindo o corpo que saia para fora do recinto em passos rápidos.

Bambam desejava apenas um lugar. E por ironia, seriam justamente os braços de Mark que lhe dariam todo o conforto necessário. Era o único que poderia lhe ajudar.

Porém, não foi ele quem encontrou no local enquanto seu rosto estava inundado em lágrimas e dono da maior fragilidade do mundo.

Seus olhos encontraram os de Junior que, por um leve momento, assustou-se, temendo que algo sério houvesse acontecido para o mais jovem estar daquela forma.

Alguns segundos foram necessários para Bambam decidir recuar, sendo parado por uma mão que o segurou e o puxou com leveza, esperando que o garoto ficasse. A empatia era muito maior que qualquer coisa, mesmo sabendo que não foi sua pessoa que o rapaz havia ido procurar.

—Você está bem? – Soltou-o e foi assim que o movimento de cabeça negou e ali, bem em frente aos seus olhos, encontrou uma estrutura inteira desmoronar aos soluços, algo que cortou seu coração em mil pedaços.

Sem pensar ou dizer nada, nivelou-se junto ao menino, tomando-o em seus braços, confortando de maneira sincera e esperando até o momento em que estivesse mais calmo para guiá-lo até o sofá e pudesse falar sem pressão.

Na medida que Bambam contava a situação, Jinyoung  jurava que teria um acesso. Yugyeom era definitivamente o oposto de seu irmão e a pior pessoa que conhecia. Talvez fosse a falta de amadurecimento que ainda tinha um tempo até agir de forma saudável. E aquilo lhe acertava em cheio, porque jamais havia visto Bambam chorar ou alguém lhe contar uma história em que ele ficasse devastado daquela forma.

O que, claro, demonstrava o reflexo da própria decepção.

Ali, naquele breve momento, se perguntava por que se esquivava do garoto pensando mal de sua pessoa, quando ele era apenas um ser humano normal e com um enorme coração.

—O que você pretende fazer? – O semblante mais calmo respondia por si só.

—Eu não sei... – Um suspiro percorreu o espaço da sala. – Eu acho que... Acho que fingir... Que nada aconteceu?

—Você consegue? – A voz preocupada de Junior manifestava-se de acordo com a forma que o rapaz negava as perguntas. Sabia como aquilo era sem dúvidas doloroso.

Foi exatamente nesse momento que Mark entrou no local, admirando o rosto da última pessoa que gostaria de ver naquele momento.

—Você já ficou sabendo? – Era difícil de dizer sobre o que seria, principalmente por julgar o pesar na voz do outro rapaz. Mas a vaga noção afugentava qualquer duvida que abrandava seu semblante.

Mark tomou aquilo como um sim, mas ainda assim, retirou o celular do bolso para mostrar o status de relacionamento que reapareceu na linha do tempo das redes sociais.

Aquilo foi um tiro no peito de Bambam que se remexeu inquieto. Vomitaria a qualquer instante, assim como seus olhos brilharam em pura mágoa.

—Oh, meu bebê... – Mark prontificou-se a acariciar os cabelos do menino enquanto Junior segurava sua mão. – Eu me sinto tão culpado...

—Na verdade, o culpado sou eu... – Respirou profundamente, engolindo a voz que ficava embargada, pouco notando que era apenas algo rápido. – Eu acreditei que poderia ser algo mais, mas acho que fui um pequeno passatempo.

O susto veio quando seu celular vibrou no bolso e sabia exatamente quem era. Não queria, não iria, mas olhou o visor se arrependendo depois.

A gente pode conversar?”

Junior fitava os dedos do menino de pele escura que batucavam na tela do celular.

“Sobre o quê?”

“Você sabe, sobre... Sobre aquilo...”

“Não deveria ter acontecido.”

“Bambam...”

Era o suficiente.

—Eu vou para casa. Eu tenho que me preparar para as provas se quiser me sair bem nessa faculdade, eu... – Mordiscou o inferior. – Eu preciso ocupar minha cabeça com algo.

—Você promete que vai se cuidar? Sei que Jackson já está lá e ele sabe de toda história, mas você promete? – O menino assentiu. – Nós estamos aqui, caso necessite.

—Eu agradeço o apoio, de verdade... Mas eu vou ficar bem. – Os rapazes assentiram acompanhando o garoto que saiu pela porta, jogando um tchau leve, fazendo a figura de Mark suspirar.

—Ele não vai ficar bem, não é? – Jinyoung perguntou com medo da resposta.

—Eu espero não estar certo ao te dar certeza...

 

xxx

 

Seu rumo era totalmente incerto, mesmo que no fim das contas soubesse que estava indo para casa. Ao tempo que seus olhos se enchiam de admiração pelas nuvens que cobriam o céu e as cores que eram substituídas do entardecer até a noite, nada parecia amenizar a dor que cobria qualquer expectativa de um dia bom.

O anoitecer era quase o balanceamento do quanto se sentia preso no escuro, vagando sem total rumo.

E o pior de tudo era o fato de quase tudo parecer ridiculamente feliz à sua volta, contrariando todos os pensamentos que acertavam sua alma. Admirando os casais que passeavam pela rua de mãos dadas e as lojas que pareciam mais iluminadas que o normal.

Agradeceu por finalmente chegar ao prédio, juntando seus passos para adiantarem e dobrarem a velocidade, somente parando quando a porta do elevador abriu e pôde relaxar.

O que claro, não durou muito ao sair do elevador e deparar-se com a figura de Yugyeom na porta de seu apartamento.

—Bambam...

—Yugyeom, você não deveria estar aqui.

—Eu te devo ao menos uma explicação. Não sei algo que te conforte.

—Isso é uma piada? – Deveria ser. – Não existe explicação no meio dessa... Coisa toda. Você praticamente me usou, entende? E por um minuto a mais, eu acreditei que isso tudo pudesse ser alguma coisa. Eu acreditei. – Dessa vez prendeu a respiração, pouco de importando com seu estado naquele momento. – Mas você não se importa e eu não sei por que eu fiz isso.

—As coisas não são assim...

— São assim e me desculpa te confirmar isso. Infelizmente eu sou ingênuo e aqui estou eu chorando na sua frente, quando deveria estar lá dentro fazendo qualquer outra coisa. Volta pra ela Yugyeom e, por favor, não volte aqui outra vez.

—Bambam, por favor, eu só queria que você me ouvisse e me desculpasse, qual-

—Yugyeom, você ouviu ele. – Jackson, que antes estava próximo à porta, resolveu que era hora de intervir, dando um fim à discussão. – Eu acho melhor você ir. – O rapaz de fios ruivos aproveitou a abertura para entrar apartamento a dentro e se trancar em seu quarto, temendo que as coisas piorassem, por mais impossível que parecesse ser.

Odiava situações daquele porte, porque era sempre o mais vulnerável.

Yugyeom não teve escolha que não fosse dar meia volta à contra gosto.

Sabia que o que havia feito não estava certo, óbvio, mas no fundo era sua vontade que prevalecia. Mas aquela era realmente sua vontade naquele momento? Sua cabeça ia e voltava ao mesmo ponto, desistindo de novo. Talvez no dia seguinte as coisas estivessem mais calmas e claras.

Jackson e Youngjae resolveram que era melhor não incomodar o rapaz no quarto.

 

xxx

 

Eram exatamente três horas da manhã segundo seu relógio de cabeceira quando Bambam recebeu uma pequena e incômoda ligação, fazendo-o coçar os olhos inchados. No fundo sabia quem era, mas assim atendeu.

—Bambam? – Surpreendeu-se ao ouvir a voz diferente na linha. Junior ligando? Às três? Algo havia acontecido.

—Hm? Algo de errado? Aconteceu alguma coisa? – O outro lado da linha ficou mudo antes que alguém pigarreasse.

– Bem... Eu não consegui descansar direito pensando se você estava bem ou não. Então peguei seu número com Mark. – Um outro pigarro escorregou de sua garganta. – Você sabe, digo... Você me odeia?

—Não, na verdade, eu sempre achei que você não gostasse muito de mim ou coisa semelhante. – Até aquele determinado momento, já estava suficientemente acordado, pensando no motivo daquela ligação.

—Entendo... Eu quero te ajudar. Se você deixar. E isso implicaria no fato de que teríamos de nos ver amanhã, pois eu tenho um plano. – A voz apreensiva denunciava o nervosismo de ser interpretado errado.

— Starbucks?

—Fechado. – Suspirou aliviado. – Você está bem mesmo?

—Eu sobrevivo.

—Que horas eu te encontro Bam?

—Antes do período da manhã, você sabe... Faculdade.

—Então tudo certo, te vejo amanhã!

—Até!

Junior foi o primeiro a desligar contente da conversa ter terminado de forma amigável. Talvez tivesse as impressões erradas do garoto.

—Você estava falando com Bambam?

Yugyeom ainda estava acordado, pouco conseguia dormir e assim que passou pela sala e ouviu o nome do outro rapazinho, começou a prestar atenção na conversa de Junior.

—Sim.

—Essa hora? Ele me disse que estuda cedo, deveria estar dormindo.

—Eu o acordei, chamei-o pra sair amanhã.

—Vocês dois? – O mais alto da sala praticamente engasgou com a saliva.

—Qual o problema?

—Nenhum, só...

—Enfim, eu tenho de dormir, amanhã pretendo buscá-lo. Até, Yugyeom.

E ali ficou com a cara de embasbacado que tinha. O que ambos fariam juntos? Aonde iriam? Talvez não fosse de sua conta, mas sua cabeça girava tentando descobrir.

Seu sono legitimamente havia ido embora.

 

xxx

 

Jinyoung apreciava seu copo de chá verde e limão que dançava na medida em que a mesa balançava, enquanto Bambam fitava o próprio copo de Caramel Macchiato, tentando decifrar o que era aquele encontro e assim, esperando que o outro rapaz começasse a falar de uma vez por todas.

— Hm... – Arranjou um jeito de chamar a atenção do rapazinho.

— Sim?

— Bem... Sei que isso pode parecer estranho, mas... Olha, eu sei o quanto isso vai ser estranho. Porém, eu conheço Yugyeom e sei que ele gosta de você. Ele só é preso naquela menina por alguma razão desconhecida.

— Hyung... – Não queria voltar com aquele assunto novamente.

— Ele gosta de você, Bam. Mas precisa de um belo empurrão pra sair dessa cegueira.

— Eu não posso dar um empurrão nele. Eu nem faço ideia de como fazer isso!

— Saia comigo.

— Como?

— Finja que está saindo comigo.

— Eu não posso hyung. É errado.

— É uma ajuda.

— Como isso pode ajudar?

— Yugyeom é ciumento. Ele só precisa acordar e ver que o que ele sente, é por você e mais ninguém.

— Mark sabe disso? – Bambam suspirou. Aquilo deveria ser alguma brincadeira.

— Isso é um segredo nosso. Mark gosta demais do irmão dele para vê-lo sofrer e não fazer nada para intervir.

O tailandês pensou. Sua mente vagava demais nos prós e contras da situação, pronto para dizer não mais uma vez.

Porém, a sensatez se foi quando o casal recém-reatado pôs os pés no estabelecimento. Jurou que cairia, mas lembrou-se de que estava sentado e seguro. Jinyoung percebeu a mudança de semblante e notou que algo estava errado, decidindo virar-se, sendo impedido.

— Não olhe. Eu aceito. – De soslaio, seus olhos captaram a imagem de Yugyeom que já havia parado qualquer coisa que fazia para admirar o que acontecia, quando a menina também focalizou Junior e o garoto que não gostava na outra mesa.

— Oh, Gyeomie, vamos cumprimentá-los! – A garota era símbolo de puro veneno.

— Não, Ash. Eu acho melhor nós- – Tarde demais.

Atravessou as várias outras mesas até parar de frente aos outros dois rapazes que estavam juntos, sorrindo. Ambos olharam para a garota, perguntando-se o que a menina queria.

— Não sabia que vocês tinham bom gosto de frequentar lugares como esses.

— Na verdade, hoje é o último dia. Paramos já que ele começou a ficar mal frequentado. – Ashley apenas deu de ombros. – Bam, você quer algo para a viagem?

— Não. Acho melhor nós irmos, Jinyoungie. – Jinyoungie? Yugyeom estava petrificado.

— Mas está tão cedo, oppa. Sente-se com a gente! – Bambam pensou que deveria recusar a proposta, mas que boa hora que não fosse aquela onde poderia colocar seu plano em pratica?

Ajeitou as próprias roupas, pegando sua mochila e foi sendo seguido pelos olhos de Junior que entendeu seu recado.

— Vem, Gyeomie.

Pouco se falaram. Bambam acabou se apoderando de um café gelado, enquanto Junior arquitetava o que era melhor naquele momento.

Espreguiçou-se e seus braços caíram em direção dos ombros do ruivinho que deu um sorriso um tanto tímido.

O sangue de Yugyeom ferveu. Então era aquilo? Junior estava flertando com Bambam? Quem ele pensava que era? Chegava a estar incrédulo com tamanho descaso.

— Eu estava pensando em talvez nós dois irmos ao cinema um dia desses ou essa semana mesmo. Tem ótimos filmes em cartaz. Até lá, podemos fazer tudo o que tínhamos combinado também. – O sorrisinho do garoto alegrou o rapaz a sua frente.

—Terror, eu aceito! – Inacreditável? Yugyeom continuava repetindo tudo em sua cabeça, tentando não ficar tão desorientado com a vaga lembrança do melhor dia de sua vida.

—Que tal um encontro de casal? – Ashley estava disposta a incomodar e não deixaria tal coisa para trás.

—Bem... – O rapaz de fios castanhos mais escuros coçou a cabeça. – Eu estava pensando em algo mais reservado, se você consegue me entender. Mas por enquanto, acho que podemos fazer assim.

—Que tal esse final de semana mesmo? Ou sexta-feira! – A menina sugeriu.

—Oh, Ash. O Bambam deve estar ocupado demais, suas provas começaram recentemente. Porque não adiamos e marcamos para-

—Sexta eu posso. Jinyoungie pode me buscar em casa ou na faculdade. – O mais velho assentiu.

Aqueles apelidinhos já estavam lhe tirando do sério.

— Você está bem, Yugyeom? Seu rosto está vermelho. – Era quase impossível não rir, mas teve de se conter. Estava tudo funcionando perfeitamente e não era nem o começo do plano.

—Eu acho melhor nós irmos, Jinyoungie. Apesar de tudo, eu tenho uma prova essa semana e preciso estudar. – Torceu o nariz, tomando o copo de café que estava pela metade, em mãos.

—Eu posso te ajudar a estudar, se quiser. – O moreno não fez cerimônia alguma para se levantar, seguindo o rapazinho a porta, despedindo-se antes de ambos. A garota de fios loiros quase se engasgou ao admirar as mãos dadas dos dois, enquanto Yugyeom parecia petrificado. Então era isso?

—Eles estão mesmo saindo juntos? – Pouco conseguia engolir a história.

O rapaz não respondeu a pergunta. Talvez não quisesse a resposta.

 

xxx

 

— Você sabe que não precisava me levar até em casa. É fora do seu caminho quase. E agora, você volta como? – O tailandês preocupado, suspirou ao perceber que não haveria desistência.

—Eu volto do mesmo jeito que vim. Eu só queria me certificar que você está realmente bem. Como se sentiu hoje?

— Péssimo. – A sinceridade espantou o coreano, que agora havia parado de andar de forma praticamente brusca. – Você sabe, eu gosto dele. Ver ele com ela me faz ficar ligeiramente possesso, mas acima de tudo, chateado por ter sido descartado da maneira que fui e com tamanha facilidade.

Jinyoung suspirou. Dessas vez, despojou seus braços em volta dos ombros longos do menino.

—As coisas vão se acertar, Yugyeom só está preso na ilusão de que precisa daquela garota.

Bambam respirou, esperando que aquilo fosse verdade, por mais que ele sentisse que no fundo, ele mesmo mentia para si.

—Eu espero que sim...

— Elas vão. Mas agora você deveria estar mais preocupado com sua prova, tem realmente certeza de que não quer ajuda?

—Eu posso me virar, hyung. – Bambam deu de ombros, sorrindo infantilmente.

—Podemos fazer um piquenique e aproveitar o final de tarde enquanto eu te ajudo, isso pode ser bom para-

—Hyung, eu vou ficar bem. – Respirou fundo, concordando.

—Você tem mesmo certeza?

—Tenho.

Mesmo sabendo que não deveria, continuava mentindo para si. 


Notas Finais


E então?
Pobre Bambam, não é? :( E o menino Jinyoung muito esperto.
Eu não mudei o Junior por Jinyoung por preguiça, porque a fanfic já estava escrita antes. :')

Originalmente, o nome da namorada do Yugyeom era Hyemi, mas eu achei trash colocar uma asiática pra namorar ele enquanto eles estão pelos EUA. Então, achei que Ashley poderia ser um nome bom pra eu colocar. Se houver algum Hye/Hyemi perdido, peço todo o perdão. deve ter passado pelos meus olhos.

Espero comentários e opiniões de vocês, hm? Até! ♥


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