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História Meant to be. - Capítulo 10


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Vou postar mais dois capítulos hoje só porque sou a melhor! :)

Capítulo 10 - Capítulo 10


(POV LEXIE)

 

Flashback On

“Lexie, o avião nunca chegou à Boise.”

Eu desabei. Senti meu peito apertar.

“Então...” – eu tentava falar entre lágrimas – “se o avião nunca chegou até lá, aonde eles estão agora?”

Eles permaneceram quietos.

“CADÊ ELES?” – eu gritava descontroladamente – “CADÊ  MER? E DEREK??? MARK, ARIZONA, YANG... AH VAMOS LÁ, VOCÊS DEVEM TER ALGUMA IDEIA!!!!”

“Por favor...” – falei baixinho.

“O avião simplesmente sumiu dos radares de localização. Várias equipes de busca estão trabalhando nesse momento. Nós os acharemos em breve.”

Breve...

Flashback Off

 

O barulho do helicóptero era ensurdecedor. Bailey estava sentada do meu lado agarrando minhas mãos. Eu sabia que nós duas estávamos pensando o mesmo; em minutos o helicóptero perderia a estabilidade e entraria em queda livre e nossa passagem seria só de ida para a morte.

Haviam passado três dias desde que eu havia recebido a notícia do acidente e desde aquela noite, eu não havia conseguido pregar os olhos por um minuto sequer. Toda vez que eu fechava os meus olhos, a imagem dos restos mortais de Meredith me vinha à cabeça; eu via lobos e coiotes brigando por seu corpo sem vida esticado na floresta; eu via o corpo de Mark queimado devido à explosão da queda do avião e via Derek implorando pela morte que não chegava nunca. Estávamos todos preparados para a notícia de que os corpos haviam sido achados.

No entanto, ali estávamos nós. Eu, Bailey, Hunt e Callie, dentro de um helicóptero voando para Boise a fim de ver nossa equipe viva.

Todos eles.

Não sabíamos em que estado se encontravam ou o quanto seus psicológicos estavam abalados; a única coisa que sabíamos é que estavam vivos. 

O helicóptero começou a pousar. Eu sentia uma forte náusea e sei que Bailey sentia o mesmo. Estávamos preparados para sermos lançados no chão à qualquer momento.

 

O hospital de Boise era minúsculo comparado ao Seattle Grace Mercy West e todos nele estavam muito agitados, correndo de um lado para o outro. Desesperados. Do mesmo jeito que nossa equipe fica em meio à um tragédia.

“Grey? Torres?” – Bailey falou nervosa.

“Oi.”

“Só... sejam positivas, entenderam?”

Nós assentimos.

Passamos pelo primeiro quarto aonde Meredith estava tendo um surto. Ela gritava e chorava e estava suja. E machucada. Eu entrei correndo e tentei acalmá-la.

“Mer? Mer, sou eu. É a Lexie.” – passei a mão em seus cabelos do mesmo jeito que minha mãe fazia comigo quando eu estava assustada.

“Lexie?” – seus olhos ficaram marejados.

Eu assenti.

“Ohh, Lexie...” – ela começou a chorar descontroladamente.

Eu sentei ao seu lado e a abracei. Ficamos assim até o efeito do sedativo pô-la para dormir. Meredith estava esgotada.

Ao sair dali, o quarto mais próximo era o de Arizona. Ela dormia enquanto Callie acariciava seus cabelos em meio à lagrimas. Não vi Yang nem Derek. Continuei à procura de Mark.

“Com licença?” – eu perguntei para um enfermeiro que passava. Ele parou e me olhou.

“Eu sou médica. Meu namorado, Dr. Mark Sloan sofreu um acidente de avião e está em algum lugar por aqui... Você poderia me ajudar?”

Ele olhou em sua prancheta com nomes.

“Mark Sloan?”

Eu assenti.

“Está em cirurgia agora.”

“Você pode me informar o estado dele?”

O enfermeiro olhou para uma enfermeira idosa que estava por perto ouvindo nossa conversa. Ela caminhou e me lançou um sorriso triste.

“Vocês gostaria de uma xícara de café querida?”

Eu engoli em seco.

“Ele vai morrer, não vai?”

Senti as lágrimas voltarem.

“Nós não temos muita informação para lhe passar agora. Tudo o que eu sei se resume ao Dr. Sloan ter tido um tamponamento cardíaco quando sofreu o acidente.”

“Tam... tamponamento?” – mordi meus lábios e olhei para ela que me encarava com pena.

Ela assentiu e colocou sua mão em meu ombro .

“Pensando bem, acho que vou aceitar uma xícara de café, ou leite, ou chá... Qualquer coisa.”

Ela sorriu.

“Eu sabia que sim.”

 

Algumas horas depois, estávamos num avião, voltando para Seattle. Por causa da gravidade dos ferimentos de Mark e Arizona, eles precisavam de médicos melhores urgentemente. Todos permanecíamos quietos; eu estava sentada do lado de Mark vendo-o dormir e pensando que ele poderia estar morto amanhã. Ou depois. Suas mãos estavam frias e seu rosto estava pálido.

“Por favor, não morre... Você não pode me deixar, não agora... Por favor Mark, fica comigo.” – eu sussurrava na esperança de ver uma melhora súbita no monitor cardíaco mesmo sabendo que essa melhora não aconteceria.

“Lexie?” – Hunt pousou a mão sobre meus ombros – “ele é um homem forte, valente, bravo... Como um touro. Ele não vai desistir.”

Eu sorri tentando acreditar em suas palavras.

 

“Como ele está?” – eu perguntei à Teddy quando ela saiu da cirurgia. Estávamos sentadas na recepção.

“Ele está bem. Está estabilizado...” – ela parou e olhou para baixo – “no entanto, tivemos algumas complicações durante a cirurgia.”

Respirei fundo.

“Com... complicações?” – tentei não me abalar. Falhei.

“O coração de Mark sofreu sérios danos durante a queda, o corpo dele sofreu muitos danos.” – ela parou – “durante a cirurgia, ele teve um derrame...”

Teddy parou como se tivesse tentando procurar as palavras certas.

“Ele entrou em coma, Lexie. Sinto muito.” – ela falou abaixando a cabeça

“Co-ma?” – eu tentava pronunciar aquelas palavras – “Mark está em coma?”

Ela assentiu.

“Ele vai acordar, não é Teddy?” – senti meus olhos se enchendo de lágrimas.

“Lexie... Você é uma médica, sabe tanto sobre comas quanto eu. Talvez ele acorde hoje ou amanhã, mas talvez ele acorde em um ou dois meses...”

“E talvez não acorde.” – eu terminei sua frase. Ela ficou quieta.

“As chances dele acordarem são grandes e você não pode perder a esperança, entendeu?”

“Sim...”

“Você devia ir vê-lo”, vai fazer bem para o Mark, sabe? Saber que tem alguém ali com ele.”

“Eu vou... Só preciso me preparar.”

Ela concordou e foi embora.

Apesar de querer ver Mark, eu permaneci lá sentada durante horas vendo o fluxo de pessoas que entravam e saíam do hospital. Tudo que havia acontecido nos últimos dias fora inacreditável; do nada eu havia ido do inferno ao céu e num piscar de olhos, voltara para o inferno.

 

“Dra. Grey? Eu lhe trouxe uma xícara de chá.” – Richard falou carinhosamente enquanto sentava-se ao meu lado.

“Obrigada.” – murmurei enquanto pegava a xícara.

Ele suspirou.

“A Dra. Altman me contou que você ainda não foi vê-lo... Você sabe que isso é um erro, certo?”

Eu assenti.

“Ele está em coma, Richard. Ele pode permanecer assim durante meses... OU ANOS!”

“McSteamy...” – ele parou e deu uma piscada.

“McSteamy? Como... Como o senhor sabe disso?”

Ele deu uma gargalhada.

“Eu sou os olhos e os ouvidos desses hospital, Dra. Grey. Eu sei de tudo.”

Eu sorri.

“Inclusive sei que vocês estão juntos novamente. Já era hora...”

“Eu deveria estar naquele avião, chefe Webber.” – dei um gole em meu chá

“Mas não estava, o que é muito bom para nós. Você é uma excelente médica, Lexie. Mas agora? Agora não é hora de bancar a médica, agora você deve ser a irmã desesperada, a namorada triste... Agora é a hora de você aceitar o carinho e o apoio de todos ao seu redor; nós estamos aqui e iremos ajudá-la a passar por isso, entendeu?”

Eu suspirei.

“O senhor acredita em destino, Dr. Webber?”

“Eu acredito que, nossas vidas já estão planejadas desde o momento que chegamos ao mundo...” – ele parou – “eu acredito que tudo acontece, ou deixa de acontecer, por uma razão, Dra. Grey.” – ele piscou.

“Eu não sei o que fazer.” – suspirei.

“Eu também não sei o que você deve fazer, mas se eu tivesse que recomendar algo, diria para você ir até a UTI visitar o Dr. Sloan; é a minha sugestão.” – Richard ergueu as sobrancelhas.

“Parece uma boa sugestão.”

Ele levantou-se primeiro e me ofereceu sua mão para eu me levantar enquanto me envolvia em um abraço caloroso. Respirei fundo e segui em frente a fim de meus pés me levassem aonde eu deveria estar: com Mark.



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