1. Spirit Fanfics >
  2. Meant to be. >
  3. Capítulo 11

História Meant to be. - Capítulo 11


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Espero que tenham gostado do capítulo anterior e que tenham gostado da minha ideia de postar dois capítulos em seguida! Spoiler do capítulo: chorei rios de lágrima escrevendo. Quero agradecer à Shonda, Nicholas Sparks e Gayle Forman pois vários diálogos e cenas do capítulo foram baseados em obras deles. Boa leitura! :) ♥

(N/A: Quando Mark está narrando e diz: "até aquele momento", coloque para tocar Hallelujah - Rufus Wainwright)

Capítulo 11 - Capítulo 11


(POV MARK)

Estou morto?

Preciso fazer esta pergunta a mim mesmo.

Será que estou morto?

Parece óbvio que sim, estou morto. Imaginei que, a partir do instante que eu vi meu corpo na sala de operações e comecei a acompanhar minha cirurgia como telespectador seria apenas questões de minutos para uma luz surgir e me puxar para o além; no entanto, eu ainda estava ali.

Quando acordei na sala de cirurgia e quis avisar o anestesiologista que a anestesia havia acabado e eu estava acordado, me dei conta de que ninguém me via, ou escutava ou sentia. Esse universo estranho que é a luta pela vida e morte havia me colocado numa situação esquisita: eu via meu corpo, eu via as pessoas, escutava o que elas diziam, mas elas não sabiam que eu estava ali. Se, aparentemente, ainda não estou morto, mas também não sou eu quem está no meu corpo, será que sou um fantasma?

Será que consigo me transportar para uma praia no Caribe?

Será que consigo atravessar paredes?

Não. Não consigo atravessar paredes nem me transportar para o Caribe.

Tentei voltar para dentro de mim.

Tentei acordar.

E falhei.

Já no quarto da UTI, me dei conta de nada que eu fizesse iria adiantar, então desisti e fiquei ali observando as pessoas entrando e saindo daquele quarto; chorando pelo meu corpo. Primeiro vieram Derek e Meredith, então Arizona, Callie, Avery e até mesmo Julia.

Julia tinha estado ali. A mulher que eu decepcionei, a mulher que teve de ouvir de minha boca que eu amava outra. Todo mundo tinha vindo, menos ela.

Menos Lexie.                                 

Até aquele momento.

(N/A: Coloque para tocar!!)

Ela chegou caminhando tímida com seu rosto inchado e olhos vermelhos. Estava tremendo desde o momento em que abriu a porta até o momento em que sentou-se ao meu lado e segurou minhas mãos; eu tentava sentir seu toque, mas era uma tentativa em vão.

“Mark?”

Ela fungou enquanto outra lágrima escorria.

“Sou eu, Lexie...” – sua voz saía rouca – “sei que você não vai me ouvir, mas eu estou aqui, e não vou sair daqui; eu não vou te deixar.”

Ela parou.

“Você... Você me prometeu que nós dois seríamos felizes. Você me falou que eu seria uma excelente cirurgiã e que teríamos filhos para a Sofia ter irmãos e eu... eu quero me casar com você; eu quero ter filhos com você e construir uma casa! Quero me aposentar e envelhecer com você... Mark, você precisa ser forte, você não pode me deixar.” – as lágrimas saíam feito cascata de seus olhos.

“Eu não posso te perder; eu não vou sobreviver a isso e isso é culpa sua! Você me fez te amar, você me fez te aceitar e aí você quer morrer? Antes de você chegar eu era sozinha e solitária; mas eu era feliz e não me importava com isso! Sinceramente, eu nem queria ninguém por ter medo desse exato momento; eu... eu pensei: e se eu amasse alguém e depois acabasse, talvez eu não conseguisse sobreviver; era mais fácil ficar sozinha. Porque o que acontece quando você ama alguém? E se você gostar e depender dele? E se você modelar a sua vida em torno dele? E então… acaba. É possível sobreviver a essa dor? Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A única diferença é que a morte termina, mas isso? Isso continua para sempre.” – Lexie enxugou seus olhos – “Mark, você é a personificação de tudo que eu sempre procurei em um ser humano. Eu jamais havia pensado que um dia eu poderia amar da forma que você me fez te amar! Você é uma canção, um sonho, um murmúrio, e não sei como consegui viver sem você durante tanto tempo. Eu amo você, Mark, mais do que você é capaz de imaginar. Sempre te amei e sempre vou te amar; você mesmo quem disse que nós fomos destinados um ao outro então, seria injustiça você me deixar assim desse jeito... sem nós termos conquistado o nosso futuro, o nosso felizes para sempre.” – ela riu – “eu me sinto patética por falar tudo isso, mas é a verdade. Tudo. Cada palavra.”

“Acontece Mark Sloan, que eu não quero imaginar uma vida sem você nela, não consigo imaginar isso. Mark, por favor, por favor...” – Lexie beijava minhas mãos enquanto falava.

Ela engasgou-se em suas palavras e em seu choro. Ao olhar para o lado me deparei com Meredith, Callie, Bailey e algumas enfermeiras observando aquela cena, enquanto lágrimas desciam de seus rostos.

Voltei meu olhar para Lexie.

“Meredith costuma dizer que a vida humana é feita de escolhas: sim ou não; entrar ou sair; subir ou descer. Parecem decisões inúteis, mas também há as escolhas que fazem a diferença. Amar ou odiar. Ser um herói ou um covarde. Lutar ou desistir. Viver ou morrer. Então eu acho que não depende mais de ninguém além de você. Você tem que escolher, Mark; você deve escolher se quer viver ou se não. ”

 “E eu quero que você deseje viver, eu quero que você deseje isso mais que tudo! Eu quero que você fique mais do que já desejei qualquer outra coisa na minha vida; todos nós queremos que você fique. Mas esta é a minha vontade e vejo que talvez possa não ser a sua. Então, se você não conseguir, se tudo isso for demais para você, se você não se sentir à vontade para lidar com as consequências que podem vir; se você quiser partir...” – ela engasgou – “tudo bem se tiver de nos deixar, tudo bem se você decidir parar de lutar. Se você decidir que ficar é mais doloroso do que partir, você pode ir. Eu prometo que vou tentar entender, vou fazer o meu máximo e vou cuidar da Sofia por você, e tentar ser forte.”

As lágrimas pararam de cair enquanto ela encarava meu rosto atenciosamente.

“Eu te amo. Eu sempre vou te amar.” – ela falou enxugando uma última lágrima.

Lexie respirou firme e beijou a ponta do meu nariz enquanto me olhava. Passaram-se horas e ela permaneceu ali sem dizer uma palavra sequer; diversas pessoas apareceram na porta e quiseram entrar, mas ao ver Lexie sentada lá, apenas desistiam e davam meia volta.

Eu me ajoelhei ao seu lado e tentei pegar uma mecha do seu cabelo.

Nada.

Tentei tocar seu rosto.

Não funcionou.

Gritei o máximo que pude para fazê-la me ouvir.

Não adiantou.

Por fim, fiquei apenas ali parado, agonizando em lágrimas, ajoelhado em frente a ela, sentindo sua respiração bater em meu rosto enquanto ela adormecia.

“Lex?” – eu tentei – “Lexie?”

Suspirei derrotado.

“Lexie, eu estou aqui. Eu ainda estou aqui e eu não vou te deixar, está bem? Nós vamos conseguir superar isso. Eu e você, nós vamos conseguir.”

Ela sorriu como se estivesse concordando com isso.

E no fundo, eu sei que estava.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, se gostarem, deixem seus comentários positivos/negativos e/ou críticas construtivas. Eu ficaria grata!
Com amor, Joana!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...