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História Meant to be. - Capítulo 15


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Pra felicidade (ou tristeza) de vocês, hoje acordei inspirada a escrever mais um pouquinho sobre slexie!!!
Espero que gostem. Boa leitura :) ♥

Capítulo 15 - Capítulo 15


(POV MARK)

Morrer é fácil. Viver é que é difícil.

Sentado no consultório do meu terapeuta, hoje em particular, eu não me sentia muito confortável. Aquela sessão não estava sendo muito benéfica, ao menos era o que eu pensava. As paredes daquela sala pareciam mais próximas do que o normal, o ambiente parecia mais fechado. Eu me sentia claustrofóbico.

O Dr. Figgins chamou minha atenção com um estalar de dedos.

Fechei meus olhos.

Relaxei os ombros.

Estralei o pescoço.

Respirei fundo.

Inspirei.

“New York.” – foi a primeira coisa que ele falou.

“Addison e Derek.”

“Alguma razão em especial?”

“Nós morávamos lá. Antes de... bem... Derek pegar eu e Addison transando. Foi quando ele se mudou para Seattle... Addison se mudou para cá e eu vim atrás.”

“Você consegue se lembrar de tudo isso com clareza, Mark?”

Eu assenti.

Eu tinha certeza de que o quadro com o cavalo galopando na fazenda estava mais perto de mim do que no dia anterior. Era incontestável que aquela sala estava menor e tal fato estava me deixando aborrecido.

Sorrateiramente, o Dr. Figgins parou de falar e ficou me encarando curioso. Ao notar seu olhar, eu lhe expliquei a situação, enquanto ele anotava alguma coisa em sua prancheta mantendo um olhar sereno; as rugas em sua testa pareciam mais profundas do que nas semanas anteriores, era possível ele ter envelhecido tanto assim em um só dia? Ou será que era eu que estava ficando louco?

“Mark, eu vou te mostrar a foto de uma pessoa em especial e quero que me diga se a conhece, tudo bem?”

Eu concordei e tomei a imagem em minhas mãos. Passei a fitá-la; na foto, encontrava-se um homem velho de cabelos grisalhos e olhos azuis. A foto estava cortada, havia um braço feminino agarrado em seu pescoço. Os dois estavam em um bar, provavelmente comemorando algo. Comecei a focar nos olhos daquele homem... olhos azuis... eu já havia visto esse homem. Teria sido algum paciente?

“O nome dele é Thatcher. Isso te lembra algo?”

Eu mordi os lábios. Aquele rosto, aqueles traços, aquele bar... sim... eu o conhecia. Eu já o tinha visto. Mas, como? De onde eu o conhecia? Quem era ele?

“Thatcher Grey.” – ele tornou a repetir.

Grey... aquele sobrenome era tão familiar. Uma luz começou a iluminar-se no fim do túnel, mas tão instantânea quanto veio, tão imediatamente se foi.

“Desculpe. Não me lembro.” – suspirei me dando por derrotado.

 

(POV LEXIE)

Despertei naquela manhã sob os olhares de Meredith e Zola. Ambas olhavam curiosas para mim. Ao vê-las, tomei um susto e arranquei uma doce gargalhada de minha sobrinha.

“Vamos, Lexie. Está na hora de voltar ao trabalho!” – Meredith falou entusiasmada e eu sorri para ela.

Ainda sonolenta, tomei uma ducha quente e parei em frente ao guarda-roupa observando atentamente cada peça. Quase três semanas longe do hospital e eu nem sabia mais que roupa usar para trabalhar. Eu não sabia mais como atender um paciente!!! Céus, eu estava perdida.

As últimas semanas haviam sido um borrão para mim; depois que saí do hospital, passei praticamente todos os dias na casa de Meredith deitada em minha cama comendo porcarias e assistindo filmes inúteis. Eu também cuidava de Zola; e, por mais que meus amigos tentassem me animar, eu não me sentia à vontade em qualquer âmbito que não fosse aquele.

 

Ao chegar na cozinha, o cheiro de omeletes e bacon impregnava os ares. Zola comia sorridente enquanto Meredith se queixava de dores da gravidez. Eu assentia sem fazer ideia do que diabos ela estava falando. Ao começar a comer, percebi o quanto sentia falta da comida de minha mãe. Eram 7h05min quando o pager de Meredith começou a tocar; apressadamente, terminamos nosso delicioso café e fomos para o hospital.

O caminho para o trabalho nunca havia sido tão longo. Por mais que o trânsito fluísse normalmente, eu sentia que não chegávamos nunca. Tudo piorou quando Zola começou a chorar e nem eu, nem Meredith sabíamos de que forma acalma-la.

Vinte minutos depois, quando finalmente estacionamos, precisei de um pouco de ar antes de entrar no hospital. Apesar de querer estar lá dentro e voltar ao trabalho, meus pés pareciam presos ao chão.

“Você está bem?” – Meredith parou ao meu lado.

“Não tenho certeza...” – engoli em seco olhando a porta de entrada que parecia três vezes maior do que o normal.

“Entre com o pé direito. Vai dar sorte.” – ela me deu um tapinha nas costas.

Eu assenti e segui em frente.

Minha decepção começou quando, diferentemente do que eu pensava, o hospital estava... calmo! Não havia caos, não havia pânico, não havia adrenalina. Não haviam internos correndo loucamente pelos corredores ou atendentes berrando em todos os cantos. Tudo parecia tão diferente.

Suspirei desapontada.

Fui até meu armário e peguei meu jaleco. Olhei no espelho e respirei fundo. Hoje eu estava ao serviço de Callie.

 

O dia passou tranquilo. Não houve grandes traumas para resolver. Uma artroplastia havia sido a grande emoção do meu dia. Perto do fim da tarde, Callie já havia me liberado para “tomar um ar”.

Fui em direção à cantina e acabei esbarrando com April.  Havia alguns dias que eu não a via e me espantei com o quão enorme estava a sua barriga. De quantos meses ela estava grávida? Seis? Talvez sete...

Ao me ver, April arregalou os olhos. Ela estava visivelmente desconfortável por me ver ali. Depois de alguns segundos constrangedores, ela lançou um sorriso.

“Lexie!! Quanto tempo!” – sua empolgação me deixava nervosa.

Eu assenti com um sorriso.

“Não sabia que você tinha voltado...” – ela continuava sorrindo.

“Hoje.” – tentei parecer simpática.

“Eu estava indo para a cantina... você...”

“Eu também...”

Ela sorriu e começamos a seguir o mesmo caminho em direção à cantina. April começou a falar de sua gravidez e ela estava tão empolgada que eu quase enlouquecia só de ouvi-la falar; e, aparentemente, Jackson estava tão empolgado quanto.

Subitamente, ela parou e segurou meu braço.

“Mark está recebendo terapia cognitiva com o melhor terapeuta que existe...” – ela precisou tomar um fôlego antes de continuar” – “eu nem deveria te contar isso mas hoje, Jackson e eu estávamos verificando como ele estava e tudo mais... e ele começou a conversar conosco. Mark nos disse que suas lembranças estão começando a voltar de forma limitada. São pequenos fragmentos que ele consegue conectar à fatos. Ele disse que tem lembranças sobre Jackson...” – April sorriu esperançosa e eu sorri junto. Aquilo era bom, não era?

“Lexie, em semanas, ele vai lembrar de tudo. Eu tenho certeza.”

Eu concordei mesmo não tendo certeza sobre isso.

Sem eu esperar, April jogou seus braços em torno de meus ombros me envolvendo em um caloroso abraço. Havia tempos que ninguém me abraçava e, para falar a verdade, eu sentia falta daquela sensação.


Notas Finais


E aiiiii, o que acharam???? Espero que tenham gostado e se sim, deixem seus comentários.
Logo tô de volta, ♥


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