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História Meant to be. - Capítulo 17


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Boa leitura! :)

Capítulo 17 - Capítulo 17


(POV MARK)

Deitada na minha desconfortável cama do hospital, eu me sentia atordoado. O silêncio dos corredores fazia com que eu me sentisse sozinho e a solidão me dava tempo de sobra para pensar. Pensar em tudo. Pensar em nada. E, em especial, pensar nela.

Lexie Grey.

A mulher dona dos olhos negros como o céu numa noite sem estrelas. A mulher dona daquele olhar que eu tinha tanta certeza de que já me encarara tantas vezes antes quanto a certeza de que o sol era amarelo.

Lexie Grey.

Era possível amá-la sem ao menos conhece-la? Meu coração batia mais forte perto dela e isso era incontestável. Minhas lembranças à respeito dela eram vagas, praticamente inexistentes e mesmo assim, eu tinha certeza de que o sentimento estava ali. Eu sabia que o sentimento sempre estivera ali.

Eu não sei como, simplesmente sabia.

Minha cabeça começou a doer. Forcei os olhos tentando pensar em algo que me fizesse lembrar; qualquer lembrança seria satisfatória e, no entanto, tudo que me vinha à mente era Lexie Grey... seu sorriso, sua risada, o contorno ao redor de sua boca...

Cada feição no rosto daquela mulher.

Cada detalhe nela me encantava.

Era possível amá-la sem ao menos conhece-la? Era.

A dor de cabeça começou a intensificar e comecei a me sentir frustrado. Essa coisa de amnésia e de não lembrar absolutamente nada era uma grande merda. A única conclusão que eu conseguia tirar disso tudo é que eu devia ser uma bosta de ser humano para que Deus quisesse me castigar desse jeito.

Senti a ponta dos dedos do pé latejarem e pensei em bipar Derek ou Callie. Seria aquilo um sintoma? Olhei o relógio. Era tarde e eu sabia que ambos não estavam de plantão hoje. Respirei fundo e tentei relaxar, em vão.

A claustrofobia que havia sentido mais cedo naquele dia na sala do Dr. Figgins estava me sufocando novamente.

Senti um formigamento nos dedos da mão. Aquela sensação era péssima.

Eu precisava de ar.

Precisava sair daquele quarto apertado.

Precisava caminhar ao ar livre.

Fraco e grogue, levantei da cama e coloquei as pantufas que estavam no chão. Cambaleei até a porta do quarto e notei que o andar estava completamente vazio.

Respirei fundo e calculei mentalmente o caminho que teria que fazer para chegar até o estacionamento. A dor de cabeça interrompeu a minha linha de pensamento e eu simplesmente comecei a andar tropeçando pelos corredores feito um alucinado, esbarrando em macas, aparelhos de raio-x e batentes de portas. Minha respiração fatigada estava bloqueando a parte do meu cérebro que me lembrava como respirar, enquanto flashes que eu não conseguia distinguir cegavam parcialmente minha visão. Eu sentia minhas costelas doerem. Tudo parecia pequeno demais ao meu redor. Tudo parecia diferente do que eu me lembrava. Tudo girava.

Eu senti que precisava... eu precisava de ajuda.

Foi quando esbarrei em uma massa loira. Aquela era Meredith?

“Mark?” – sua voz parecia distante.

Definitivamente não era Meredith Grey. Poderia ser Izzie? Não... Izzie era aquela que morreu, certo? Ou fugiu? Tanto faz.

“Mark, o que diabos está acontecendo?” – ela apoiou-me sobre seus ombros levando-me até uma maca próxima.

Claro! Aquela era Arizona.

“Robbins... Robbins...” – finalmente fui capaz de falar.

“Sim, sou eu. Arizona” – ela falou enquanto auscultava os meus batimentos cardíacos com seu estetoscópio. Eu havia esquecido como se respirava e tê-la ali pressionando meu peito não ajudava de jeito algum.

“Alguém traga a Cristina aqui agora!” – a voz de Arizona irrompeu pelos corredores.

Gritos.

Pânico.

Destruição.

Os flashes traziam à tona lembranças que haviam sido esquecidas. Disparavam como raios em uma noite de tempestade.

“Mark. Olhe para mim.” – ela tentava chamar minha atenção – “Mark, fique comigo.”

Arizona estava ali comigo, mas tudo o que eu conseguia visualizar era o seu semblante desesperador na noite em que achávamos que íamos morrer.

“Arizona. A perna... uma fratura exposta muito grave, Robbins. Você precisa tratar.”

Ela piscou incrédula e então pareceu entender o que estava acontecendo e pude jurar por uma fração de segundo que um sorriso se formou no canto de seus lábios.

“O que mais, Mark? O que mais há de errado?” – ela assumiu um tom encorajador enquanto colocava uma máscara de oxigênio em minha cara.

Eu tentava respirar e ficar calmo, mas não conseguia. O suor frio e pesado escorria pela minha testa e minhas pernas. Alguma coisa pressionava contra meu peito. Eu estava ficando sem ar. Eu estava sufocando.

“Tamponamento.” – eu sufocava no ar em que eu não conseguia respirar.

“O que foi, Mark?” – ela fez uma pausa – “O que aconteceu?”

 “Arizona.” – fiz uma pausa – “eu lembrei.”

“Do que você lembrou, Mark?” – seu olhar sério estava fixo em mim.

Engoli em seco. Havia um nó se formando em minha garganta.

“De tudo.” 


Notas Finais


Se gostarem, deixem seus comentários e sugestões para os futuros capítulos!
Em breve tem mais, beijos.


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