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História Meant to be. - Capítulo 19


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Demorou um pouquinho, mas tá aqui!!
Espero que gostemmm :)

Capítulo 19 - Capítulo 19


(POV MARK)

Haviam se passado sete semanas desde a última vez que eu havia falado com Lexie. Não é que eu não queria vê-la ou conversar com ela, por Deus, isso é o que eu mais queria na vida. No entanto, eu não sabia como fazê-lo. Me sentia constrangido só de olhar para ela.

Todo esse tempo havia sido maçante. Apesar dos protestos constantes de Callie e Arizona, eu havia me isolado em casa e raramente havia saído de lá. As únicas visitas que eu ganhava, além das duas, era de Sofia, Derek e Jackson. Todos se diziam preocupados comigo, mas eu estava bem, ao menos era o que eu dizia. Eu sabia que não estava bem, prova disso era o meu apartamento que não havia sido limpo nas últimas sete semanas. Eu tinha quase certeza que logo mais eu seria possível achar algum rato correndo pela pia da cozinha.

Estava deitado no sofá com uma bacia de pipoca quando o telefone tocou. Era Derek.

“Mark?” – ele gritava enquanto um barulho ensurdecedor atrapalhava a ligação.

“Que é?” – resmunguei. Vale ressaltar que o fato de não sair de casa por sete semanas contribuía fortemente para a proliferação do meu mau humor.

“Meredith e eu estamos dando um jantar em comemoração à você.”

Engoli em seco.

“Vocês o quê?”

“Sim. Hoje à noite. Tome banho, Arizona falou que faz tempo que você não vê um chuveiro e... hm, vista-se com uma roupa decente, tente não ficar cego com a luz do dia, existe uma coisa chamada sol no céu. Ele é bem brilhante.” – ele deu uma risada.

“Derek, eu não vou...”

“Não aceito não como resposta, Sloan.” – ele me cortou – “Meredith tirou o dia de folga para cozinhar. E Meredith não cozinha. Você virá e ponto final. Vai ser bom sair de casa e você sabe disso.”

 Assim que Derek desligou o telefone na minha cara, ouvi a campainha tocar.

Carrancudo, me ergui do sofá e caminhei até a porta dando de cara com Jackson, Richard e Bailey que me encaravam assustados.

“Céus, alguém morreu aqui dentro?” – Bailey exclamou fechando o nariz.

“Isso aqui está um desastre.” – Jackson completou.

“Nojento até para você, Sloan.” – Richard alfinetou.

“Eu... eu... ah...”

Bailey botou seus dedos sob minha boca.

“Nós estamos aqui para garantir que você vá tomar banho e se arrumar para o jantar de hoje.”

“Eu não vou.”

Os três se entreolharam.

“Você vai.” – responderam em uníssono.

 

Não lembro bem de como tudo ocorreu, mas em um minuto eu estava na porta do meu apartamento e no outro, eu estava sendo arrastado com roupa e tudo para debaixo do meu chuveiro. Depois de alguns segundos debaixo daquela água quente, percebi o quão burro havia sido por ter sido tão relaxado nas últimas semanas. Tomar banho era muito bom.

Perdi a noção de quanto tempo fiquei lá embaixo, mas quando saí, me sentia outro homem. Me olhei no espelho e me sentia outro homem. Minha barba estava feita e eu me sentia inexplicavelmente limpo. Saí do banheiro e ao entrar no quarto, vi que minha roupa estava separada em cima de minha cama arrumada. Sorri comigo mesmo e comecei a me vestir.

Eram 17h39.

Fora do quarto, o cheiro de lixo e podridão do apartamento, bem como a sujeira em todos os cantos não estavam mais aparentes. Jackson, Richard e Bailey estavam sentados juntamente com Callie e Arizona. Todos rindo e conversando. Os cinco haviam feito uma boa faxina no tempo em que eu permaneci no chuveiro.

Eu tossi para que eles notassem minha presença

“Oh meu Deus, quem é você e o que fez com Mark Sloan?” – Callie falou arrancando uma risada de todos.

“Estou tão mal assim?” – sorri de volta e ela veio em minha direção para me envolver num abraço caloroso.

 

Ao chegar na casa de Derek, me dei conta que o jantar estava mais para uma festa. Dentre os rostos conhecidos, avistei Meredith, Amelia, Cristina, Hunt, Karev, Kepner, além daqueles que estavam no meu apartamento. Cumprimentei a todos e não pude deixar de perceber que Lexie não estava ali. Tentei parecer discreto ao procurar por ela, mas não a encontrei em lugar algum.

A noite seguiu tranquila. Conversamos, bebemos e rimos. Na hora do jantar, Derek fez um brinde em minha homenagem. O peru que Meredith havia assado estava levemente queimado, mas eu, assim como todos, fingimos ignorar o fato e a elogiamos excessivamente.

Com o passar das horas, a noite foi caindo e os convidados começaram a ir embora, até que por fim, restaram apenas eu, Derek e Meredith jogados no sofá com uma garrafa de vinho tinto.

“Isso é uma blasfêmia!” – Meredith gargalhava visivelmente afetada pelo álcool.

Foi quando ouvimos o barulho da chave na fechadura e a porta se abriu.

“Lexiiii!” – Meredith exclamou rindo.

A morena enrubesceu.

“Oi... eu não sabia que vocês ainda estavam aqui.” – ela falou totalmente parada rente à porta.

“Meredith e eu estávamos indo dormir.” – Derek falou sorrindo – “talvez você possa fazer companhia ao Mark.”

Eu engasguei.

“Na verdade eu já estava de saída também.”

O casal tentou conter um sorriso, sem sucesso. Ajudei-os a limpar a mesa e então me despedi dos dois com um abraço caloroso, lançando um aceno de cabeça para Lexie que retribuiu com um sorriso tímido.

Lá fora, o clima estava agradável. O céu estava coberto por estrelas e apenas o som de alguns grilos preenchia a noite. Estava prestes a entrar no carro quando ouvi a porta da casa bater e passos afobados seguirem em minha direção.

“Mark!” – ouvir aquela voz me fez arrepiar. Demorei alguns segundos para conseguir lembrar como se respirava e virar na direção oposta à que eu estava.

Agora, em minha frente, Lexie Grey estava parada há poucos centímetros de mim. Seus olhos escuros e sua pele pálida se destacavam naquela escuridão.

“Lex.” – sussurrei.

“Você quer dar uma volta?” – ela gaguejou.

Eu assenti ainda com o coração acelerado.

Caminhamos em silêncio pela propriedade até chegar num ponto em que podíamos ver toda a Seattle e ninguém podia nos ver. As luzes da cidade contrastavam com o brilho das estrelas. Aquela vista era esplêndida.

Enquanto eu olhava em frente, percebi Lexie virar em minha direção. Sua respiração estava pesada. Ela estava claramente nervosa.

Inesperadamente, ela deitou sua cabeça em meu ombro e começou a chorar. Passei meu braço ao redor de sua cintura e a puxei para perto de mim sentindo o calor de seu corpo pela primeira vez depois de tanto tempo.

“Eu amo você, Mark.” – ela fungou – “mas dói amar você; dói tanto que às vezes eu tenho vontade de morrer pra ver se essa dor passa. Parece que o universo conspira contra a gente e isso é uma droga.”

Ela tentou segurar as lágrimas que agora pingavam em minha camisa.

“Eu amo você, mas queria não amar, porque amar você me destrói de todas as maneiras possíveis.”

Ela se afastou de mim e passou a me encarar com seus olhos marejados.

“Nós tínhamos um plano aonde eu seria uma excelente cirurgiã e nós teríamos filhos, e Sofia teria irmãos. E eu não quero perder você e não quero viver sem você, muito menos imaginar uma vida sem você nela, mas a vida é feita de escolhas, e eu acho que você fez a sua.” – ela fez uma pausa – “Mark, não dá mais pra esperar você tomar um rumo na sua vida. Eu cansei, não posso mais viver assim; eu preciso seguir em frente com a minha vida, com ou sem você.”

Lexie deu as costas para mim e seguiu para a direção de onde havíamos vindo me deixando ali parado completamente arrasado.

Fiquei parado ali até perde-la do meu campo de visão e só então percebi que eu estava cometendo o mesmo erro novamente.

Eu estava deixando-a ir embora.

De novo.

Sorri comigo mesmo e comecei a correr na direção em que ela havia ido.

“Lexie!!” – gritei ao ver sua silhueta há alguns metros de onde eu estava.

Ela parou e virou.

“Lex...” – eu me aproximei.

Ela ainda estava com os olhos levemente inchados.

“Eu não vou te deixar ir embora novamente, little Grey.” – eu sorri envolvendo sua cintura em meus braços – “você é a minha escolha.”

Ao ouvir isso, ela abriu um sorriso que eu havia sentido falta de ver e deixou algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Subitamente, aproximei meu rosto do rosto dela até sentir sua respiração ofegante chocar-se contra minha pele, e então a beijei.

Beijei-a ardentemente e delicadamente.

Um beijo que eu faria durar para sempre.


Notas Finais


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Beijoss


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