1. Spirit Fanfics >
  2. Meant to be. >
  3. Capítulo 4

História Meant to be. - Capítulo 4


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Boa leitura! :)

Capítulo 4 - Capítulo 4


 

 

(POV MARK)

 

Flashback On

“Lex?”

Ela balbuciou alguma coisa.

“Lexie?”

Era domingo à noite, nós dois estávamos de folga. Lexie estava nua enrolada entre as cobertas, deitada sob meu peito nu quase pegando no sono. Seu cabelo estava um pouco desarrumado e uma pequena olheira formava-se embaixo de seus olhos.

“Estou... bem... aqui...” – ela falou entre um bocejo e outro, me fazendo rir.

“Eu quero ter muitos filhos com você. Dois ou três, talvez. Meninos. E uma menina também. Eu poderia ensinar os meninos a jogar baseball e você ensinaria a menina a fazer tranças e fazer cupcakes. Você gosta de cupcake, certo Lex?” – eu falava rapidamente com medo dela ter tempo para me cortar ou se assustar com a ideia. Ao invés disso, vi um sorriso abrindo no rosto de minha namorada.

“Eu adoraria ter filhos com você, Mark.”

Eu sorri. Adorava quando ela falava meu nome.

“Então vamos ter!” – falei empolgado.

“Agora?” – Lexie pareceu assustada.

Suspirei.

“Agora não. Talvez depois. Ou amanhã. Ou depois. Nós temos o resto de nossas vidas para ter filhos, não é mesmo?”

Lexie sorriu e beijou meu pescoço.

“Eu quero ter filhos só com você. Eu quero passar o resto da minha vida com você, Lexie Grey. Eu quero ser seu marido, seu parceiro, seu amigo. Eu e você.”

Nós havíamos acabado de voltar, e naquela época ainda não sabíamos de Sofia.

“Você está me pedindo em casamento?” – ela me encarou.

“Ainda não. Quando o fizer, quero que seja especial, assim como nós.”

Ela voltou a deitar, dessa vez aninhada em meus braços enquanto acariciava meus dedos.

“Eu amo você, Mark Sloan.” – eu beijei o topo de sua cabeça enquanto enrolava seus cabelos com as pontas dos dedos.

“Eu também amo você, Lexie Grey.”

Flashback Off

 

Estava de volta ao quarto de descanso dos médicos, olhando fixamente para a parede e pensando nela.

Em seus cabelos.

Em seus lábios.

Em seu toque.

Em sua risada.

Mesmo quando eu tentava afastá-la, Lexie sempre estava de volta. Mas eu tinha Julia agora, e ela, bem... Lexie estava bem agora.

“Mark?”

Callie adentrou na salinha e sentou-se do meu lado na cama.

“Você está bem?” – ela perguntou segurando minhas mãos.

“Eu estava pensando nela...” – suspirei.

“Julia?”

“Lexie...” – afirmei.

“Lexie?” – Callie não parecia surpresa.

“Ela quer ter um filho comigo.”

“LEXIE?” – Callie gritou.

“Não, Julia...” – eu parecia derrotado, esgotado.

“Julia quer ter um filho com você? O que você disse?”

“Bem... Sofia precisa de um irmãozinho. Seria legal, não seria?”

Callie bufou.

“Mark, por favor. Você realmente está aqui sentando, choramingando, pensando em Lexie e está considerando a proposta de Julia de ter um filho? Achei que você fosse mais esperto do que isso.” – ela riu.

“Torres, o que devo fazer?”

“Porque você tá perguntando para mim?”

“Você sempre sabe o que fazer.”

Callie franziu o cenho parecendo pensativa.

“Eu amo você.” – ela disse – “eu amo você, e é por isso que nós dois temos uma filha, Mark. Porque eu amo você. Você é meu melhor amigo. Arizona é o amor da minha vida, mas você é meu melhor amigo e, acho que é isso que você deve levar em consideração quando pensa em ter um filho com alguém. Você deve amar essa pessoa e ter a certeza de que vai estar preso à ela pelo resto da vida. Eu não me importo de estar presa à você até que nós dois sejamos dois velhinhos gagos, mas e você? Você ama a Julia? Você está pronto para ficar preso à ela para sempre?”

Eu gaguejei.

“É isso que estou querendo dizer.”

“Derek acha que é loucura.” – choraminguei.

“É porque tanto eu, como Derek, como qualquer pessoa nesse hospital é capaz de ver aquilo que você é incapaz de enxergar.”

“E o que seria?”

“Você ama a Lexie. Não Julia.”

Abaixei a cabeça e passei a encarar minhas mãos.

“Amo?” – olhei para Callie.

Ela assentiu.

“Por mais que Julia seja uma ótima pessoa, você sabe que Lexie é a sua pessoa. A sua alma gêmea. Assim como Arizona é a minha.”

Deitei minha cabeça no ombro de Callie.

“Torres, o que eu devo fazer?”

“Eu não posso te falar o que você deve ou não deve fazer, Mark. Você tem que descobrir sozinho. Você tem que decidir sozinho. E eu sei que você vai conseguir.” – ela beijou o topo de minha cabeça.

“Agora se apresse, ouvi dizer que você tem uma cranioplastia agendada para hoje. Isso é excitante.”

“Lexie estará lá.” – falei triste.

“Boa sorte.” – Callie saiu da sala rindo me deixando sozinho com uma pergunta cuja resposta eu não conhecia.

 

“Julia? Aqui é o Mark.” – o celular de Julia havia caído na caixa postal – “estou entrando para uma cranioplastia agora mesmo e talvez vou demorar mais do que o esperado.” – respirei fundo – “você pode vir até o hospital depois? Queria conversar com você. É importante.”

Desliguei.

Derek me encontrou no corredor.

“Pronto?” – ele perguntou.

“Nunca estive tão pronto na vida.”

Nós dois entramos na sala. Lexie chegou logo depois. Charlie já estava apagado na mesa e todos estavam a postos, apenas esperando Derek começar.

“É um belo dia para salvar vidas pessoal.” – ele falou e assim começou a cirurgia.

 

“O músculo temporal está atrofiado. Sabe por quê, Dra. Grey?” – Derek pediu, acabando com o silêncio perturbador que se formava ali.

“Falta de uso? Ele não tinha onde se fixar já que o osso se foi.” – ela respondeu corretamente. Lexie era um gênio.

“Correto.” – Derek falou seco – “está tarde demais para esse músculo.”

Lexie o olhou assustada.

“Ele perdeu a chance de se fixar.” – ele frisava bem cada palavra. Ela parecia perturbada.

“Porque estamos falando do temporal?” – eu pedi tentando alfinetar algo.

“Momento de aprendizagem, Dr. Sloan. Fique fora disso.” – Derek parecia querer chegar a algum ponto o qual eu não estava captando – “depois de injetar a gordura na têmpora de Charlie, o músculo...”

“De novo o músculo?” – falei interrompendo-o. Aquilo estava me deixando frustrado.

“O músculo que era saudável, se reduzirá a nada.” – Derek continuou, agora olhando fixamente para mim. – “sozinho, cercado por uma camada grossa de gordura...”

Nós três nos entreolhamos. Eu havia entendido aonde Derek queria chegar.

“Muito astuto, Dr. Shepherd. Recado recebido, alto e claro.”

Ele era contra eu e Julia termos um filho e, até certo ponto eu também era contra. Mas eu gostava de Julia. Ela me fazia rir, o sexo era bom, nós dois nos entendíamos... O que faltava nela? O que tinha de errado com ela? A resposta era simples e clara: Julia não era Lexie Grey e por mais que se esforçasse para me fazer feliz, Lexie sempre seria Lexie.

O resto da cirurgia foi quieta. Nenhum de nós falou mais nada. Permanecemos todos concentrados no que fazíamos, sem sequer piscar. Como recompensa, a cirurgia foi um sucesso. Saí da sala rapidamente, sem nem falar com Lexie ou Derek. Precisava de espaço. De ar puro. De tempo. Precisava conversar com alguém.

“Alô?”

“Dr. Sloan?” – ouvir a voz de Avery me tranquilizava.

“É, sou eu. Só, sabe como é... Queria saber como foi a prova. Sei que você já deve chegar aqui, mas eu queria ter certeza de que foi bem.”

“Eu... ah... Acho que fui bem.” – ele pestanejou. Isso não era bom.

“Acha? Eu não te treinei à toa pra você achar alguma coisa. Você deve ter certeza Avery!”

“Não... Não foi isso que quis dizer. Eu consegui, provavelmente consegui.”

“Que bom...” – respirei aliviado.

Permanecemos em silêncio durante alguns segundos.

“Sloan?”

Engoli em seco e demorei para responder.

“Sim?”

“Você está bem?”

“Sim, sim. É só...” – engoli em seco. Eu deveria falar disso com Jackson? Nós dois tínhamos permissão de ter essa conversa? – “Você e a Lexie. Eu acho que ela ainda gosta de você. Vocês formavam um casal legal.”

Avery ficou quieto e depois riu.

“Mark, com todo o respeito, você é mesmo tão burro assim?”

Ele riu de novo.

“Logo estou de volta. Nos falamos.”

E desligou.

Aquele dia estava ficando cada vez mais confuso, e ainda faltavam algumas horas para chegar ao fim. Eu precisava de um pouco de calor humano para lidar com tudo aquilo. Precisava de Sofia. Minha Sofia. Minha filha. Ela deveria estar na creche nesse momento; Julia não se importaria se eu me atrasasse, Sofia era uma boa razão para atrasos!

Ao chegar na creche, me deparei com Sofia brincando.

Brincando com Zola.

Brincando com Lexie.

Eu suspirei e fiquei vendo aquela cena sem ter coragem de interromper ou sequer sinalizar que estava ali.

“Você teria sido uma boa mãe, Lex.” – sussurrei para mim mesmo enquanto as observava desejando mais que nunca que Lexie fosse a mãe de Sofia.


Notas Finais


Se estiverem gostando da história, favoritem ela e comentem o que estão achando! Até logo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...